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HASMANN

CAROL

RANGEL

JESSICA

KARINA FRANÇA

N O

V

VOLUME III

V


04

08

SUMÁRIO

Introdução

Parte 1

art, minimalismo

Minimal

suas tipologias

e


20

26

Parte 3

minimalista

Objeto

utilitário

Parte 2

Entrevista com Shigeru Ban


Introdução

Tadao Ando

"(...) busca de uma arquitetura

unitária, onde se utiliza um número

de elementos, materiais e linguagens

limitadas e articuladas de forma

essencial".

Josep Maria Montaner

O trabalho proposto neste terceiro

volume aborda o minimal art,

minimalismo e suas tipologias segundo

Montaner, em seu livro 'Sistemas

arquitetônicos contemporâneos'.

Também será retratado uma entrevista

fictícia com o arquiteto Shigeru Ban e a

relação das sua obras com minimalismo.

Além da concepção de uma ideia para

um cenário arquitetônico na era

pandêmica.

O tema abordado pela equipe é a 'A

falsa inovação da arquitetura'

parafraseando a música de Cazuza

"Exagerado" de 1986 que fala sobre a

intensidade dos sentimentos, da

maneira de se expressar.

Somos as estudantes Ana Carolina

Hasmann, Jessica Rangel e Karina

França, da cadeira de Arquitetura

Contemporânea, orientada pela

professora Ana Luisa Rolim, do sexto

período (2020.2) da Universidade

Católica de Pernambuco, apresentandolhes

N.O.V.A. volume 3!

04


DICIONÁRIO

MINIMALISMO

MASCULINO

SUBSTANTIVO

DE REDUZIR AO MÍNIMO O EMPREGO DE ELEMENTOS OU

1. PRINCÍPIO

RECURSOS.

DE PINTURA ABSTRATA QUE VÊ NUM QUADRO UM OBJETO

2. ESCOLA

COMPOSTO BASICAMENTE DE FORMAS GEOMÉTRICAS

ESTRUTURADO,

EXECUTADAS EM ESTILO IMPESSOAL, REDUZINDO AO MÍNIMO

ELEMENTARES

SEUS ELEMENTOS.

05


MINIMAL ART

MINIMALISMO

e suas tipologias

MI


MINIMALISMO

SHIGERU BAN

IMALISTA/UTILITÁRIO


Minimal art

Donald Judd

O minimal art, em português arte

mínima, se refere exclusivamente as

artes visuais, podendo se manifestar

em esculturas, na moda, em utensílios

domésticos, etc. Esse movimento

apresenta um vocabulário formal

reduzido, serialismo, composições de

técnicas não relacionadas (um

exemplo arquitetônico seria uma

empena de concreto e uma pele de

aço) e o uso de materiais novos e

frutos da produção industrial.

Artistas como Dan Flavin, Carl Andre,

Robert Morris, Donald Judd e Sol

Lewitt foram grandes representates

dessa arte,

dessa arte, sendo os dois últimos

citados com artes que tem potencial

arquitetônico.

Os trabalhos de Donald Judd tem

cunho geométrico, que dialogam de

perto com a estética industrial, na

forma e nos materiais empregados. Já

nas obras de Robert Morris, a

escultura deixa o pedestal e se fixa no

espaço real do mundo, a ênfase

passa a ser na percepção, pensada

como experiência ou atividade que

ajuda a produzir a realidade

descobertas.

Donald Judd

08


Dan Flavin

Yves Saint Laurent

Sol Lewitt, 1972

Studio Martell

Cedar pedaços

Carl Andre, 1964

09


Minimalismo

David Chipperfield

O minimalismo tradicional surgiu

inicialmente nas artes plásticas, depois

começou-se a associar a arquitetura,

sobretudo a japonesa, à ideia

minimalista, havendo uma certa

especulação sobre a repercussão da

suas características mínimas e

simples na arquitetura.

O primeiro arquiteto considerado

minimalista oficialmente pela mídia foi o

japonês Tadao Ando, na década de 70.

Outros arquitetos radicalmente

minimalistas são os britânicos David

Chipperfield e John Pawson.

A marca desse tipo de arquitetura é

explorada no serialismo, na repetição

e no uso de formas simples, que é

pontual na definição do minimalismo

geométrico objetual.

Define-se, também, o estilo minimalista

como metodológico e essencialista,

que possui uma grande influência da

luz natural e estuda seu efeito sobre a

edificação, se articulando com

aberturas.

Há, ainda, aquele estilo que considera

fortemente o entorno, o urbano e

paisagístico, que não altera a

topografia existente, mas se adequa e

se desenvolve em relação à essa.

Gagosian Gallery

10


Igreja da luz

Arquiteto: Tadao Ando

Ano: 1999

Local: Ibaraki-shi, Japão

Nessa obra de Tadao Ando, a igreja é

despida de qualquer ornamentos,

criando um espaço puro, já a luz que

só entra por um rasgo na fachada,

define e cria novas percepções

espaciais e aos ususários entrem na

mesma, sentem uma paz imediata.

Há uma filosofia entre a natureza e a

construção, com o natural e a

coloração da vegetação e o duro e

cinza da edificação.

11


Objetual e geométrico

Objetual e geométrico

Ludwig Hilberseimer

O minimalismo objetual e geométrico

destaca a forma em sua essência, com

geometrias puras e simples, essa

tipologia se fundamenta na ênfase da

lógica da repetição e a natureza

atemporal da arquitetura, onde

escultura se faz presente.

Segundo Montaner, é aquele mais

direto, segundo a sua geometria pura

e restrita. Os primeiros modernistas

são mestres em fazer esse tipo de

arquitetura como Mies, Hilberseimer,

Le Corbusier, fazendo objetos unitários,

silenciosos e isolados.

Mies, com suas Composições

complexas que navegam com qualquer

possibilidade de articulação

geométrica; Hilberseimer com um

intenso desejo intelectual do retorno ao

primitivo através do uso de tecnologias;

Le Corbusier, estudando Tendência a

cidades minimalistas, ou seja, não

articulada, construída pela soma de

edifícios residenciais autônomos.

É possível observar, ainda, a

arquitetura de volumes isolados que

quase não se conectam um com os

outros, com o ambiente, uma

arquitetura solta no espaço, que flutua,

vontade de descolar as peças com uma

separação dos materiais.

Campus del Illinois, Mies Van der Rohe

12


Biblioteca Sant Antoni

Arquiteto: Joan Oliver / RCR

Arquitectes

Ano: 2007

Local: Barcelona, Espanha

Reorganiza e unifica sistemas

complexos de coleção em museus,

para atualizar estruturas funcionais

obsoletas e em transformação ou para

intervir em estruturas urbanas

complexas, caóticas ou degradadas,

A estrutura realiza uma leitura de

materiais neutros, o perto para

"desaparecer", se inserindo no vazio

preexistente, se conecta com a rua e

o edifício. Esse compreende o entorno

e lê os gabaritos e as linhas estreitas

para fazer o museu.

13


Metodológico e essencialista

Metodológico e essencialista

Ludwig Mies Van der Rohe

Segundo Montaner, o minimalismo

metodológico e essencialista vem com

um viés poético, é considerado o

minimalismo menos óbvio, tendo

como características dessa tipologia a

influência da luz natural e das

texturas dos materiais. O essencial

é comunicar uma ordem e uma

harmonia implícita.

Nessa tipologia são encontrados

duas teorizações arquitetônicas

minimalistas que partem de métodos

opostos, segundo Montaner, o

primeiro tem a teoria pioneira do

monge benedito Hans Van der Laan,

que se baseia em uma arquitetura

básica e ascética, de exclusão e

renúncia, e o segundo tem a teoria do

arquiteto Juan Borchers, que queria

chegar a uma síntese de todas as

teorias sobre as proporções

arquitetônicas.

Pavilhão Japonês Expo 2000, Shigeru Ban

14


Haesley Nine Bridges Golf Club

House

Arquiteto: Shigeru Ban

Ano: 2010

Local: Coréia

Haesley Nine Bridges Golf Club

House apresenta um cuidado com a

escolha dos materiais, a combinação

de pedra e madeira permitem a

estrutura respeitar a legislação da

Coréia e compor de forma mais

natural possivel uma estrutura que

lembre as copas de árvores, seu pédireito

alto permite que a luz invada

todo o espaço e as aberturas

planejadas deem formas aos espaços

internos da edificação.

15


Urbano e paisagístico

Urbano e paisagístico

Paulo Mendes da Rocha

O minimalismo urbano tem sua grande

foco na leitura do entorno, sem alterar

ou modificar o ambiente, esse tipo de

estilo procura ter a ideia de "pousar"

sobre a topografia existente sem

grandes mudanças, se mesclando com

ela.

Essa tipologia, segundo Montaner,

apresenta formas geométricas

simples, assim como o tradicional do

minimalismo, mas com tendência a

apresentar grandes vãos e grandes

escalas, os edifícios são abertos e

geralmente com leveza, mesmo com

materiais maciços e pesados, se

utilizando apenas o básico para sua

efetivação.

A relação é tênue entre o que

paisagismo e o que é arquitetura, pois

resulta do estudo do existente para

projetar de acordo com ele.

A arquitetura presente nas obras do

arquiteto Paulo Mendes da Rocha, no

Brasil, é uma grande referência de uma

postura racionalista e minimalista, desde

o projeto da casa à cidade.

Mendes da Rocha criou um sistema

arquitetônico coerente como estruturas

que aspiram a ser suspensas graças às

mais avançadas tecnologias de concreto

armado e aço.

Museu dos Coches

16


Casa do Butantã

Arquiteto: Paulo Mendes da Rocha

Ano: 1964

Local: São Paulo, Brasil

Casa do Butantã utiliza de formas

geométricas simples, com materiais

na sua forma pura, além da edificação

ter um diálogo interessante com a

natureza e se conecta com a

topografia em sua volta.

Em seus dois níveis é visto que a

construção pousa sobre o terreno

irregular do local.

17



MINIMALISMO

SHIGERU BAN

IMALISTA/UTILITÁRIO


Entrevista

Shigeru Ban

Nascido em 5 de agosto de 1957, na

capital do Japão, Tóquio. Shigeru Ban é

o arquiteto vencedor do prêmio Pritzker

2014 por sua significativa contribuição às

inovações na arquitetura e filantropia.

Ban estudava Universidade de Artes de

Tóquio até ler um artigo sobre o influente

arquiteto, John Hejduk, que lecionava na

Escola de Arquitetura da Cooper Union

em Nova Iorque. Isso foi determinador

para que Ban se transferisse para

Cooper Union.

Os projetos de Ban focam em

abordagens experimentais em relação

aos materiais e sistemas construtivos.

Em muitos caos, usa materiais comuns,

como papel, madeira, tecido e

contêineres de carga, para compor

edifícios extraordinários.

Como o arquiteto classificaria seus

projetos, segundo o ideal minimalista,

citado pelo autor Montaner, abordando os

aspectos minimalistas objetual, que

trabalha com a forma pura; essencialista

que tem influencia da luz natural e textura

dos materiais; paisagístico que lê o

entorno?

Com projetos minimalistas, essencialmente

metodológicos que se comunicam com a

influência da luz natural e a materialidade

orgânica quase sempre buscada nos meus

projetos. Sem a luz natural, minhas obras não

tem força. A minha principal característica é o

foco para a iluminação e a sustentabilidade.

Diante do viés minimalista, como é o

processo de criatividade na escolha dos

materiais?

Passei minha infância toda em um ambiente

criativo e cultura essencialmente minimalista,

sempre recebendo visitas de carpinteiros na

casa que morava com o estilo tradicional

japonês. Além do Japão incentivar o estudo de

diferentes tipos de materiais, direcionado para

o ideal sustentável e ter um sistema de

educação, que permite que os arquitetos

japoneses experimentem mais seus projetos.

20


Qual relação pode se ter a partir dos

materiais recicláveis quase sempre

utilizados e a estética minimalista?

Sempre utilizo materiais disponíveis

localmente e ecologicamente corretos e

por isso as opções utilizadas numa

mesma obra são de dois a três materiais

no máximo. Emprego-os quase do

mesmo jeito que chegaram para mim,

mantendo-os na sua forma mais pura e

simples e é nesse ponto que vejo sua

ligação com a estética minimalista.

Você acha que a postura minimalista

facilita ou dificulta o emprego de

suas ideias para objetos

arquitetônicos temporários, já que é

algo muito repercutido em seus

projetos?

Desde de jovem recebi influência de

diversos arquitetos que seguiam esse

movimento. Além de não existir apenas

uma forma de projetar na concepção

minimalista, apenas estudo a melhor

forma de atender as necessidades dos

usuários e do local e naturalmente meus

projetos tomam o aspecto desse estilo.

Como o senhor ver a relação da

função abrigar com a idéia básica do

minimalismo?

Tenho como primeira diretriz projetual a

compreensão do local e das pessoas, e

sei que ao chegar aos locais devastados

não terei tantos materiais e tempo ao

meu dispor, é nesse momento que o

princípio minimalista me guia, utilizo a

menor quantidade possível de materiais e

me atento ao clima e relevo local.

Quais construções minimalistas de

caráter poética o senhor escolheria

para exemplificar o repertório de suas

obras?

Das minhas obras, o que tenho em

mente é fazer uma arquitetura para ser

amada pelas pessoas. A Paper House,

sem dúvida representa melhor meu estilo

de projetar, levando em consideração os

princípios minimalistas que estuda a luz

natural do ambiente e o material orgânico

e sustentável, quase sempre utilizado

nos meus projetos. É uma maneira de

destacar a imaterialidade do projeto tanto

quanto o material e sua textura.

21


Paper House

Ano: 1995

Local: Yamanashi, no Japão

Essa é composta por cerca de cem

tubos de papel. São eles que definem

como áreas internas e externas da

edificação que brincam com a luz

externa do ambiente. Foi o primeiro

projeto em que eu empreguei tal

material como base estrutural e de fato,

se observa uma boa distribuição de

cargas verticais e horizontais na

estrutura.

O que você diria para seu “Eu”

iniciante que gostaria de trabalhar

com esse tipo de construção?

Para o meu "Eu" e para jovens

arquitetos que queiram trabalhar dessa

forma eu indico sempre que me

consultam: primeiro atinjam um bom

grau de competência como arquitetos.

É bom se interessar pelos trabalhos

humanitários. Mas se não tiver

habilidades profissionais suficientes,

não há como ser muito útil para as

associações. Então, primeiro trabalhe e

depois volte.

Quais são as principais críticas

relacionadas à seus trabalhos?

A minha maior crítica está relacionada

como raízes japonesas e como técnica

de construção orientais. O meu trabalho

tem abraçado uma combinação de

formas e métodos construtivos tanto do

oriente quanto do ocidente. E também

por ter explorado materiais não

convencionais, reciclados ou baratos.

Meus projetos estimulam economias

devastadas e proteção e dignidade

para aqueles mais afetados pelas

crises em todo o mundo.

22


Igreja de papel

Ano: 1995-2005

Local: Kobe, Japão

A planta está inserida numa pele de

papelão ondulado, folhas de

policarbonato. Dentro deste, 58 tubos

de papel, foram colocados em um

padrão elíptico. Este padrão é baseado

em projetos da igreja de Bernini, e o

espaço entre a elipse e a borda externa

do local retangular formam um corredor

e geram um apoio lateral.

Abrigo de emergência

Ano: 2016

Local: Quito, Equador

Protótipo feito por Shigeru Ban e

adaptado por arquitetos locais, sua

materialidade consistem em palha e

bambu, sendo feito encaixe e em série.

O projeto conta com o chamado “paper

partition system”, que consiste em uma

estrutura com divisões internas e

design simplificado.

23


OBJETO

MINIMALISTA

MINIMALISTA

UTILITÁRIO

MI


MINIMALISMO

SHIGERU BAN

IMALISTA/UTILITÁRIO


Objeto Objeto utilitário utilitário

Structures

Sol Lewitt, 1993

Proposta

Elaborar um objeto utilitário que irá

impactar de forma positiva a vida de um

indivíduo que está em plena era

pandêmica.

A equipe utilizou de inspiração as obras 'A

good chair is a good chair' de Donald Judd

e 'Structures' de Sol Lewitt para

confeccionar mobiliários sob medida que

otimizam o espaço de 20m² onde o usuário

reside, além de trazer leveza ao ambiente

e quebrar com o monotonia de um

mobiliário comum.

O primeiro mobiliário foi inspirado na obra

de Judd de 2010, este consiste na junção

da cama com o sofá, sendo divido por um

pequeno septo,

A good chair is a good chair

Donald Judd, 2010

pequeno septo, dessa forma há uma

otimização do espaço, aclopado ao sofá

tem uma pequena bancada onde o

residente pode fazer suas refeições e

praticar outras atividades, na parte de

baixo, há ninchos que servem para

armazenamento de objetos pessoais. Já

o segundo mobiliário tem como

inspiração a obra de Sol Lewitt de 1993,

este compõem um guarda-roupa, pia e

bancada com cooktop e espaço para

eletrodomésticos, para armazenar

objetos menores são postas caixas

transparentes que contribui para a leveza

do móvel.

26


27


Antes

Depois

28


Antes

Depois

29


?

Questionamento

Que fica...

"Exagerado

Jogado aos teus pés

Eu sou mesmo exagerado

Adoro um amor inventado"

Cazuza, 1986

O novo conceito minimalista surgiu da quebra total do

que era visto constantemente: Um exagero de adornos

das antigas vanguardas. Um novo olhar sobre o

exagero de informações, EXAGERADO, MUITO

EXAGERADO!

Seria o minimalismo uma ideia revolucionária que

quebrou paradigmas ou a volta para à origem em sua

essência?

30


Referências

Referente à Parte 1:

"Sistemas arquitetônicos contemporâneos" de Josep Maria

Montaner

Referente à Parte 2:

Doroteo, Jan. "Em foco: Shigeru Ban" 05 Ago 2016.

ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo).

<https://www.archdaily.com.br/br/792780/em-foco-shigeruban>

ISSN 0719-8906

https://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/shigeruban-arquiteto-japones-arquitetura-materiais-construcaoabrigos-humanitarios/

Referente à Parte 3:

A good chair is a good chair de Donald Judd, 2010

Structures de Sol Lewitt, 1993

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