N.O.V.A- Nada Original na Velha Arquitetura- VOLUME II
Segunda revista da serie N.O.V.A, produzida pelas alunas Karina França, Jessica Rangel e Ana Carolina Hasman, do curso de arquitetura e urbanismo da UNICAP- Universidade católica de Pernambuco, durante a realização da cadeira de História da arquitetura contemporânea,2020.
Segunda revista da serie N.O.V.A, produzida pelas alunas Karina França, Jessica Rangel e Ana Carolina Hasman, do curso de arquitetura e urbanismo da UNICAP- Universidade católica de Pernambuco, durante a realização da cadeira de História da arquitetura contemporânea,2020.
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HASMANN
CAROL
RANGEL
JESSICA
V
N O
KARINA FRANÇA
VOLUME II
V
04
08
SUMÁRIO
Introdução
1 Parte
tipologias de museu,
As
segundo Montaner
26
36
Parte 3
Uma especulação no
bairro do Recife
Parte 2
Análise do Museu Kolumba
Introdução
Introdução
“Os museus contemporâneos
seguiram na esteira dos
protótipos do movimento
moderno e de algumas
realizações dos anos
cinquenta, recuperando valores
tipológicos dos museus
históricos; ao mesmo tempo,
porém, eles realizam uma
completa transformação de sua
concepção convencional.”
(MONTANER, 2003)
Josep Maria Montaner
O trabalho proposto nesse segundo
volume retrata a Arquitetura Cultural,
mais especificamente os museus
contemporâneos seguindo as diretrizes
do autor Montaner, em seu livro
'Museus para o século XXI'. Neste será
analisado suas tipologias e
características, além de uma análise
detalhada do Museu Kolumba de Peter
Zumthor.
O tema abordado pela equipe é a 'A
falsa inovação da arquitetura'
parafraseando a música de Cazuza "O
tempo não para" de 1988 que fala sobre
a hipocrisia da sociedade, do sujeito e o
quão controversos somos.
Somos as estudantes Ana Carolina
Hasmann, Jessica Rangel e Karina
França, da cadeira de Arquitetura
Contemporânea, orientada pela
professora Ana Luisa Rolim, do sexto
período (2020.2) da UNICAP,
apresentando-lhes N.O.V.A. volume 2!
04
MUSEU
MASCULINO
SUBSTANTIVO
DICIONÁRIO
1.TEMPLO DAS MUSAS.
2.INSTITUIÇÃO DEDICADA A BUSCAR, CONSERVAR, ESTUDAR OBJETOS
DE INTERESSE DURADOURO OU DE VALOR ARTÍSTICO, HISTÓRICO
ETC."O MUSEU HISTÓRICO NACIONAL"
05
TIPOLOGIAS
DE MUSEU
M Segundo
O MUSEU-MUSEU
O MUSEU QUE SE VOLTA PARA
SI MESMO
O MUSEU COLAGEM
ontaner
O ANTI-MUSEU
Museu como
organismo extraordinário
Frank Lloyd Wright
Esse tipo de museu, geralmente,
acontece em contextos urbanos
consolidados, a obra se destaca
em relação ao entorno.
Frank Lloyd Wright é quem estreia
esse museu com uma estética
mais artística, como uma grande
escultura inspirada em formas
orgânicas.
"O que se configura como
organismo singular, como
fenômeno extraordinário, como
acontecimento excepcional, como
ocasião irrepetível” (MONTANER,
2003).
Os edifícios são tão
exuberantes que o visitante
recorda apenas o contentor e fica
com uma ideia confusa e vaga do
conteúdo expositivo do interior,
oculto, máscara pelo exterior.
Museu Guggenhein
08
Museu Soumaya
Arquiteto: FR-EE / Fernando Romero
Enterprise
Ano: 2011
Local: Cidade do México. México
O Museu Soumaya retem em seu
conteúdo o ideal expressionista
presente no conceito do organismo
extraordinário.
Musée des Confluences
Arquiteto: Coop Himmelb(l)au
Ano: 2014
Local: Lyon, França
A ánalise do Museu Soumaya se
aplica perfeitamente ao Musée des
confluences quando se depara com
sua estética extravagante e única que
se destaca de seu entorno.
09
A evolução da caixa
A evolução da caixa
Corbusier
Le
Esse tipo de museu evolui a ideia
primitiva e ao mesmo tempo
moderna do museu, ou seja, um
museu que começa como um armário
ou caixa. A flexibilidade e os
avanços tecnológicos dos espaços
internos facilitam a resolução dos
problemas e as transformações de
certas coleções em constante
crescimento e de determinados
critérios museológicos em evolução.
Manteve-se a ideia da caixa, mas
transformando totalmente sua
concepção. O interior da caixa
opaca e simbólica do museu,
começou-se a diluir.
Um espaço neutro, um forte suporte
tecnológico e a máxima
plurifuncionalidade são a melhor
resposta ao caráter sempre mutante e
complexo do museu contemporâneo.
E os avanços conceituais e
tecnológicos permitiram que se
fosse evoluindo da caixa simples,
fechada e opaca à megaestruturas e
as pavilhões transparentes, ou seja,
um museu como caixa polifuncional e
eletrônica.
Museu de Arte Ocidental
10
Fórum Carmen Wurth
Museu da Silésia
Arquiteto: David Chipperfield
Architects
Ano: 2020
Local: Künzelsau, Alemanha
O Fórum Carmen Wurth tem
notoreamente a forma básica da caixa
em sua composição simples e
absoluta resultando assim, em uma
maior flexibilidade de espaços
internos.
Arquiteto: Riegler Riewe Architekten
Ano: 2013
Local: Katowice, Polônia
O Museu da Silésia, assim como o
Fórum Carmen Wurth tem seu
destaque em sua forma modular que
se desenvolve em seu entorno e
desmitificando o ideal de caixa.
11
O objeto minimalista
O objeto minimalista
Ando
Tadao
Esse tipo de museu adota formas
bastantes definidas de caixa, são
obras que recriam as formas mais
essenciais e estruturais e tentam ir
mais além da evolução do tempo e
dos recursos tecnológicos.
Essa tipologia se apresenta
fortemente nas intervenções de
museus, citadas por Montaner que
com o mínimo formal consegue
transformar a construção existente.
Parafraseando o autor, "com o
mínimo de forma conseguir o
máximo de transformação do
museu existente” (MONTANER,
2003).
Esse incorpora obras de arte,
museografia, abrange o entorno em
uma mesma lógica de rigidez,
firmeza e irracionalidade.
Museu de Arte Moderna
12
Moritzburg Museum
Arquiteto: Nieto Sobejano
Ano: século XV
Local: Alemanha
O Moritzburg Museum é um exemplar
da arquitetura militar gótica da
Alemanha do século XV.
O museu sofreu uma intervenção de
coberta quando precisou ser
expandido. O escritório Nieto
Sobejano Arquitectos foi responsável
pela alteração.
Pavilhão Pierre Lassonde no
Museu Nacional de Belas Artes
Arquiteto: OMA
Ano: 2016
Local: Canadá
O Pavilhão Pierre Lassonde
contempla os atributos minimalistas
quando notoriamente apresenta
formas marcadas da caixa se
desenvolvendo e evoluindo a partir de
sua estrutura racional.
13
O museu-museu
O museu-museu
Essa tipologia coloca a essência da
própria disciplina arquitetônica, na
estrutura espacial do edifício,
tradição tipológica do museu.
Possui sua maior característica na
projeção e gestão, em que toda
ênfase é colocada na essência do
próprio preceito arquitetônico.
Esse tipo de museu configura a
estrutura dos edifícios a partir do
caráter das coleções, entendendo o
tipo arquitetônico como algo que vem
se definindo e deve ter continuidade.
Josef Paul Kleihues
Para intervir em museus já existentes
pode ser adotados espécies de
síntese entre a tradição tipológica
que atende a estrutura existente e o
mecanismo minimalista que podem
conferir unidade à diversidade.
O museu é entendido como a
presença de diversos extratos
arqueológicos e históricos a espera
de serem interpretados e inseridos
em uma nova ordem tipológica.
Fundação Pilar e Joan Miró
14
MEPE
MACS
Arquiteto: Gehry Partners Architects
Ano: 1929
Local: PE, Brasil
O Museu do estado no Recife, Brasil
mostra a relação do arquétipo ligado
diretamente a tradição de tipologias
antecedentes, constando seu enfoque
na forma básica e essencial da
arquitetura.
Arquiteto: Gehry Partners Architects
Ano: 1947
Local: Santiago, Chile
O Museu de arte contemporânea de
Santiago se inspira no arquétipo e faz
uma leitura histórica do contexto
inserido, se preocupando na
continuidade e desenvoltura do que o
precede.
15
O
museu
museu
que
que
se
se
volta
volta
para
para
si
si
mesmo
mesmo
Esse tipo de museu é caracterizado
por Montaner como resultado de
uma forma orgânica, como no
Museu-Museu e expressionista
como no Objeto extraordinário.
Essa museologia se situa entra uma
planta mais livre e uma mais
desmarcada, sendo essa em
questão, a junção entre as citadas,
ou seja, uma planta livre e
desmarcada.
É importante considerar, ainda, que
o Museu que volta para si mesmo
considera informações espaciais
anteriores.
Álvaro Siza
Portanto, esse distingui os objetos
em exposição e confeccionando
espaços próprios com a sua
finalidade direcionada para esses e o
espaço exterior considerando o
contexto urbano inserido.
Outro aspecto presente no museu
que se volta para si mesmo é a
procura pela luz natural e vistas
para seu entorno, mostrando-se
neutro com espaços específicos.
Fundação Iberê Camargo
16
Museu Mimesis
Arquiteto: Alvaro Siza, Jun Sung Kim,
Castanheira & Bastai Arquitectos
Associados
Ano: 2009
Local: Paju-si, Coreia do Sul
O Museu Mimesis apresenta as
características dessa tipologia pois é
uma obra neutra com espaços
específicos, com uma forma
minimalista.
Museu Chinês da Coleção de
Design da Bauhaus
Arquiteto: Carlos Castanheira, Álvaro
Siza
Ano: 2018
Local: Hangzhou, China
Esse museu se volta tanto para o seu
conteúdo como para o seu entorno,
essa obra tem tom neutro e seus
espaços permitem flexibilidade o fluxo
dos visitantes.
17
Museu colagem
Museu colagem
Dos meados do anos oitenta, o
Museu colagem se resulta da
combinação da cultura de massa do
anos oitenta, sendo esse, o
resultado de um aspecto de recorte
e adição de trechos e fragmentos,
teorizada no livro collage city de
Rowe e Koetter (1978), essa
tipologia se comunica com a massa
com ar de diversão, se expressando
a partir da forma e no conteúdo.
Se caracteriza como um tipo de
cpolagem
Hans Hollein
colagem pós-moderna que se
destacou com a cultura popular de
massa e obteve um alto destaque
em varias cidades.
"Em direção ao interior e ao local
para recompor a coesão social, em
direção ao exterior e ao global para
reforçar a imagem urbana e
turística." (MOTANER, 2003)
Essa tipologia de museu costuma
apresentar um teor aditivo,
expandindo-se de acordo com o
conteúdo vigente nele inserido.
Staatsgalerie
18
Biomuseo
Arquiteto: Gehry Partners
Architects
Ano: 2014
Local: Panamá
O Biomuseo demonstra
claramente o aspecto de
colagem descrito por
Montaner como aditivos de
trechos e fragmentos que ao
se agruparem forma algo
único no contexto urbano.
19
O anti-museu
O anti-museu
Essa tipologia diz a respeito dos
museus que querem deixar de sêlos,
dissolvendo-se na realidade,
negando qualquer solução
convencional e representativa. A
ideia genérica do anti-museu se
consolidou quando houve uma
crise definitiva da caixa branca,
pura e definida de arquitetura
moderna, seguindo o impulso de
ampliação das possibilidades de
conteúdos e continentes para um
museu.
Duchamp
O anti-museu se utiliza espaços
metropolitanos que não
pertencem às redes de museu
como utilização de vitrines de
armazéns, edifícios a ponto de
serem derrubados, obras em
construção, quartos de hotel ou
estações de metrô. Quase nunca
estão localizados nos centros
representativos das cidades, mas
nos bairros periféricos e muitas
vezes em lugares perdidos na
paisagem.
"Consolidou-se como crise definitiva
da caixa branca." (MOTANER,2003)
Le Magasin
20
Museu Errante
Arquiteto: Héctor Ayarza
Ano: 2019
Local: Panamá
O que faz esse museu encaixar nessa
tipologia é sua forma, por ser um
container em si e nunca estar fixado à
um local, levando para todas as
cidades do Panamá a cultura.
Pavilhão Pulp Press
Arquiteto: A2 Architects
Ano: 2013
Local: Jevnaker, Noruega
Esse museu fica localizado em um
lugar incomum, os visitantes só
percebem sua função ao entrar na
construção.
21
Formas Formas de de
desmaterialização
desmaterialização
Holl
Steven
Esse tipo de museu explora caminhos
bastantes diversos, tenta se diluir e
desaparecer, alcançar uma mítica
desmaterialização recorrendo sua
própria essência material: energia, luz
e transparência.
A desmaterialização pode ser
desenvolvida de diversas formas,
desde a caixa transparente e leve até
formas que se camuflam atrás de
outras edificações. Essa tendência
niilista tem origem nas obras de
Mavelich, Moholy-Nagy e Duchamp.
O objetivo é a dissolução do espaço.
Os museus e as coleções se
converteram-se em polos de
atração, turístico. Esse arquétipo de
museu é ativo e integrado ao
consumo e a relação do museu com a
cidade e a sociedade, passou-se a
ser um lugar de continua
transformação, com princípios
sempre relativos e revisáveis e uma
multiplicidade de modelos e formas
que tem muito a ver com o caráter
poliédrico e multicultural do século
XXI.
Le Carré d'Art
22
Museu Liyang
Museu da Moeda
Arquiteto: CROX
Ano: 2019
Local: Changzou, China
Esse museu se desenvolve a partir do
perfil da natureza à sua volta.
Também utiliza o elemento chinês,
Jiaoweiqin, como um dos partidos
para sua forma.
Arquiteto: Costa Lopes
Ano: 2015
Local: Luanda, Angola
Essa obra aparace com duas
propostas, a primeira é de passar o
museu para o subterrâneo permitindo
silêncio no local e a segunda é cria
uma praça que celebre o local e
anuncie a entrada do museu. Sua
forma única fica em destaque no meio
de edifícios históricos.
23
ANÁLISE DO
MUSEU KOLU
MBA
O MUSEU-MUSEU
O MUSEU QUE SE VOLTA PARA
SI MESMO
MBA
O MUSEU COLAGEM
O ANTI-MUSEU
Museu Kolumba
Museu Kolumba
Ficha técnica
Arquiteto: Peter Zumthor
Local: Kôln, Alemanha
Ano: 2007
Área: 1.750m² (área da exposição)
Peter Zumthor
Contexto histórico
A Paróquia de Saint Kolumba, com
estilo romano e depois ampliado na
época do gótico tardio, era maior e
mais importante igreja da cidade. A
igreja durou décadas até ser
destruída por um bombardeio em
1943, tendo uma única peça que saiu
ilesa, a imagem gótica da Virgem.
Em 1949, foi construído por um
arquiteto local (Gottfried Böhm), uma
capela ortogonal que servia como
homenagem e esperança à cidade. E
em escavações feitas em 1970, foram
descobertos, nas ruínas da igreja,
vestígios de casas romanas e de eras
posteriores, tornando o sítio
arqueológico da igreja, um local com
muita história da cidade.
Em 1997, a Art Kolumba Society
tomou posse do terreno da igreja, a
mesma também era detentora de um
grande acervo de arte cristã e tinha
ânsia para homenageá-la, por isso,
no mesmo ano foi lançado um
concurso para construir o que seria o
museu. A proposta vencedora foi de
Zumthor que prometia conservar as
ruínas e construir um sítio
arqueológico sem impactar seu
símbolo de monumento histórico.
26
A análise
O conceito do "objeto minimalista" de
Montaner se aplica ao museu
Kolumba por apresentar formas
definidas, demarcadas e que exprime
a estrutura.
A tipologia em questão apresenta,
ainda, uma estética minimalista e que
reformula o modelo básico de museu.
Contudo, ao analisar a sua tipologia,
se obteve uma reflexão maior acima
das características do "museu que
volta para si mesmo".
O objeto de estudo em questão
demonstra, apesar da negação da
forma mais orgânica, uma
complexidade interior e introspecção,
além da pontual importância para seu
conteúdo com espaços demarcados
feitos para cada exposição, buscando
focos de luz natural que se articulam
introvertidamente para a vista do
entorno.
É interessante observar que a
tipologia, segundo Montaner, se
aplica principalmente para arquitetura
pós-guerra, com conteúdo bem
específico e de valor histórico.
Imagem da Virgem
Cidade após bombardeio de 1943
27
Por fim, apesar de aspectos
minimalistas, o Kolumba foi
classificado como museu voltado
para si mesmo, com seu volumes
neutros, adaptáveis para cada
ambiente que se alternam com as
articulações de aberturas tímidas dos
cobogós para o lado externo, se
comunicando com o seu entorno de
maneira mais retraída, retendo-se ao
seu conteúdo em específico.
Perfurações na fachada com intuito de iluminar as
ruínas de formas diferentes a cada estação do ano.
Os tijolos queimados, feitos exclusivamente
para o projeto e com tom acolhedor, pousam
sobre as ruínas sem causar aversão, tendo
um bom diálogo com o novo e o antigo.
Vista para pátio 1.
28
01
06
02
03
05
Planta baixa do térreo.
07
04
01 - Entrada
02 - Foyer
03 - Pátio
04 - Escavações | Ruínas
05 - Sacristia | Pátio 2
06 - Capela
07 - Passarela
A distribuição do layout
Zumthor dividiu o museu em três
grandes setores: as ruínas, as galerias e
os pátios.
No térreo, é onde está as ruínas mais as
escavações que mostram vestígios de
construções anteriores a igreja, também
nesse pavimento, está a capela
construída como símbolo de esperança.
O lobby e as ruínas são dispostos com
vistas para o pátio, já a entrada para a
capela
capela se da por uma porta separada
para a rua.
O átrio com vista para as ruínas e o pátio
podem ser acessados ao atravessar uma
cortina de couro pesado, para dar a
impressão que o visitante está indo para
o outro espaço-tempo.
O pátio ladeado pelo lobby e a sala de
ruínas é um espaço a parte do museu,
onde os visitantes podem relaxar e curtir
eventos sociais.
29
01 - Galeria
02 - Almoxarifado
02
01
01
Planta baixa do primeiro pavimento.
Para acessar as galerias no
primeiro pavimento, o visitante
deve subir um estreita e
comprida escada, esse
elemento mostra a disciplina e a
simplicidade de Zumthor.
As galerias foram dispostas de
forma orgânica, sem um
caminho lógico ou linear,
permitindo que o visitante
explore da forma que se sentir
mais a vontade. E em cada
galeria o pé-direito assume uma
altura diferente formando assim
galerias torre e galerias íntimo.
02
01
02
04
01
01
02
03
01 - Galeria
02 - Torre de galeria
03 - Sala de leitura
04 - Corredor
01
Planta baixa do segundo pavimento das galerias.
Volumes de áreas delimitadas e bem demarcadas que se
adaptam segundo seu conteúdo.
30
Cortina de couro
Escadas que levam as galerias
Ruínas
Integração do novo com o velho
31
Vista do térreo do museu, é possível ver
a passarela passar gentilmente pelas
ruínas de forma que os visitantes
vejam-as sem danifica-las.
Vista do exterior do museu, é
possível ver seus traços de
introspecção na sua fachada. O
autor teve sua atenção voltada
para a neutralidade e para seu
acervo, fechando-se para o
entorno com poucas janelas e
aberturas para o contexto urbano.
Apesar das poucas janelas,
Zumthor teve o cuidado de dispôlas
de forma que o visitantes ainda
consigam interagir com o entorno.
32
Vista do exterior, onde fica posicionado as
escadas de emergência. Zumthor teve o
cuidado das escadas não ficarem em um
local de destaque e ainda assim não
destoasse do resto da construção.
Vista para o pátio 2, esse em especifíco tem
a função de ser um espaço de relaxamento
para os visitantes e também para eventos
sociais.
33
ESPECULAÇÃO
DO RECIFE
O MUSEU-MUSEU
O MUSEU QUE SE VOLTA PARA
O NO BAIRRO
SI MESMO
O MUSEU COLAGEM
O ANTI-MUSEU
Construção atual
A proposta
A especulação no bairro do Recife vem
como uma forma de propor um museu
temporário para um terreno localizado no
coração do bairro do Recife, entre as ruas da
Moeda e Madre de Deus, onde são vistos
diversas edificações históricas. Atualmente,
o terreno é ocupado por uma construção
desgastada, sem personalidade e totalmente
murada, que não se relaciona nem um
pouco com seu entorno.
Para essa proposta a equipe incorporou no
museu as mesmas tipologias e
características presentes no Museu Kolumba
de Peter Zumthor, adaptando para a
realidade
Proposta da equipe
realidade do local.
Começando pela premissa do Museu que
volta para si mesmo, o Museu NOVA traz
elementos em sua fachada que são comuns
de fachadas da época colonial portuguesa,
gabarito coindizente com o entorno e suas
exposições serem dedicadas a esse
momento da história.
Para contemplar as características do
museu como Objeto minimalista, a equipe
propôs uma fachada mais pura e
simplificada, apesar dos elementos
coloniais, e bem demarcadas como também
adotou cores pouco vivídas, além de dispor
as salas das galerias de forma orgânica.
36
01
01 - Recepção
02 - Exposição
03 - Escadas
4.1 - WC Feminino
4.2 - WC Masculino
05 - Reserva técnica
02
03
O layout
Pavimento térreo
4.2
05
4.1
A equipe dispôs no pavimento
térreo a recepção que indicada
por um grande balcão quadrado
e um amplo vão onde é exposto
artefatos ligados a colonização
portuguesa. As escadas ficam
localizada logo atrás da
recepção.
Também nesse andar, ficam os
banheiros feminino e masculino
e a reserva técnica.
37
01
02
04 03
04
01 - Vazado
02 - Cafeteria
03 - Circulação
04 - Galeria
Já no segundo pavimento, há
mais duas salas de exposição,
seguindo o mesmo projeto do
primeiro pavimento, que o
visitante que escolhe o
percurso, nesse andar também
tem um vazado que permite as
pessoas de interagirem com os
outros pavimentos.
04 04
01 - Vazado
02 - Circulação
03 - Galerias
01
Primeiro Pavimento
No primeiro pavimento se encontra
a cafeteria vazada para a entrada
no térreo, também nesse andar se
encontram mais salas de
exposição, onde foram dispostas
de forma que o visitante entrasse
nelas conforme sua curiosidade,
de maneira orgânica.
03
03
02
Segundo pavimento
38
39
Questionamento
Que fica...
" Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
a caridade de quem me detesta "
Cazuza, 1988
Será que a arquitetura cultural está
?
vivendo ou só sobrevivendo? Para quem ou
o que ela está vivendo? Sua importância
está na sua estética ou no seu conteúdo?
40
Referências
Referente à Parte 1:
"Museus para o século XXI" de Josep Maria Montaner
Referente à Parte 2:
Fotografia: Rasmus Hjortshøj – COAST Studio, Jose
Fernando Vasquez, Guido Erbring, Farbanalyse
https://issuu.com/bekfortes/docs/pca_kolumba_museum
https://www.archdaily.com/72192/kolumba-musuem-peterzumthor
https://www.archute.com/kolumba-museum-peter-zumthor/
https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/05.0
51/3912
Referente à Parte 3:
Imagem 'Construção atual': Google maps 2020
41