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da Igreja sobre a necessidade de os não-Católicos abandonarem os seus erros e<br />

regressarem à única e verdadeira Igreja de Jesus Cristo, tal como os Papas préconciliares<br />

ensinaram por unanimidade.<br />

Há relatórios de casos em que Cardeais do Vaticano desencorajam activamente os<br />

não-Católicos de quererem converter-se ao Catolicismo concordando, evidentemente,<br />

com esta mesma interpretação falsa do Concílio. O Catholic Family News publicou a<br />

história do Padre Linus Dragu Popian, que tinha crescido sob a influência da Igreja<br />

Ortodoxa romena. Em 1975 arriscou a vida para deixar a Roménia comunista e<br />

apresentou-se como seminarista ao Vaticano, exprimindo o seu desejo de se converter<br />

ao Catolicismo. O então Secretário de Estado, Cardeal Villot, e outros Cardeais do<br />

Vaticano ficaram horrorizados. Disseram ao jovem Popian que ele não devia fugir ao<br />

Comunismo, nem devia converter-se ao Catolicismo, o que prejudicaria as relações do<br />

Vaticano com a Roménia comunista e com a Igreja Ortodoxa romena 67 .<br />

Poucas coisas mudaram em Roma desde então. O Bispo Fellay, da Sociedade de S.<br />

Pio X, contou numa entrevista recente que encontrara um Bispo cismático (ortodoxo)<br />

que desejava converter-se à Igreja Católica. O Bispo Fellay aconselhou-o a tratar<br />

directamente com Roma. Quando o Bispo ortodoxo comunicou ao Vaticano que queria<br />

fazer-se católico, «entrou-se em pânico. No dia seguinte, o Cardeal Neves, Prefeito da<br />

Congregação dos Bispos, disse ao Bispo cismático: “Excelência, não é necessário<br />

converter-se. Desde o Concílio que as coisas mudaram! As conversões já não são<br />

precisas”» 68 .<br />

Esta recusa deliberada em permitir que um Bispo ortodoxo, cismático, voltasse a<br />

Roma está completamente de acordo com a Declaração de Balamand de 1993,<br />

negociada entre certos funcionários do Vaticano e várias igrejas ortodoxas. Neste<br />

documento, o representante do Vaticano (o Cardeal Cassidy, do Conselho Pontifício<br />

para a “Unidade dos Cristãos”) chegou a concordar com a situação; devido a<br />

“perspectivas radicalmente alteradas, e com elas as atitudes”, fruto das manobras do<br />

Vaticano II, a Igreja Católica treinará novos Sacerdotes «para abrir caminho às futuras<br />

relações entre as duas Igrejas, passando além da eclesiologia ultrapassada do regresso<br />

à Igreja Católica» 69 .<br />

A noção de que pode ficar “ultrapassado” o ensinamento constante do Magistério<br />

sobre o regresso dos dissidentes (hereges e cismáticos) à única Igreja verdadeira como<br />

único meio da autêntica unidade dos Cristãos é herética, uma vez que nega<br />

rotundamente não só o ensinamento da Igreja quanto ao retorno dos dissidentes, mas<br />

também o dogma infalivelmente definido de que fora da Igreja Católica não há<br />

salvação.<br />

O abandono do ensino tradicional da Igreja nesta área não representa “caridade”<br />

para com os irmãos separados; representa, sim, a negação do dever que a Igreja tem de<br />

os esclarecer com a verdade. Uma vez mais, o resultado não é nenhum benefício para os<br />

não-Católicos, mas antes uma Igreja enfraquecida, cheia de escândalos, que dificilmente<br />

é capaz de servir de fermento à sociedade, o que é a Sua missão. Quanto à Igreja, sendo<br />

uma instituição tanto divina como humana, será - sem qualquer dúvida - restaurada até<br />

atingir o Seu antigo vigor, tal como aconteceu no passado, depois de outras crises; mas -<br />

sem qualquer dúvida, também - a Igreja e o Mundo estarão sujeitos a grandes<br />

sofrimentos até que acabe esta crise de Fé.<br />

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