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até infiltrar-se insidiosamente em associações católicas e religiosas. Assim, em alguns<br />

lugares, mantendo-se firmes em seus perversos princípios, convidam os Católicos a<br />

colaborar com êles, no chamado campo humanitário e caritativo, propondo por vêzes<br />

coisas em tudo até conformes ao espírito cristão e à doutrina da Igreja. (...) Velai,<br />

Veneráveis Irmãos, por que se não deixem iludir os fiéis. Intrìnsecamente mau é o<br />

comunismo, e não se pode admitir, em campo algum, a colaboração recíproca, por<br />

parte de quem quer que pretenda salvar a civilização cristã 42 .<br />

O Papa Pio XI não podia ter sido mais claro quanto ao dever de evitar o “diálogo” e<br />

a colaboração com Comunistas. E por que razão? «Diz-me com quem andas, e dir-te-ei<br />

quem és,» ou, como dizem os italianos, Dimmi con chi vai, e ti dirò che sei. Como o<br />

Papa Pio XI reconheceu, quem se associa a um certo tipo de pessoas acaba<br />

inevitavelmente por ser influenciado, mesmo contra vontade, a tornar-se como elas.<br />

Quem colabora com as forças do mundo defrontará a tendência destas para o seduzir, e<br />

ficará como elas. Se a Igreja Se abre ao mundo no sentido de cessar a Sua oposição aos<br />

poderes a que Ela anteriormente se opôs, e se a Igreja agora disser que passará a<br />

colaborar e a dialogar com os Seus inimigos, os membros da Igreja ficarão, a seu tempo,<br />

como aqueles a que dantes se opunham. Deste modo, a abertura ao mundo resultará em<br />

a Igreja ficar como o mundo - como até o Papa Paulo VI se viu obrigado a admitir na<br />

declaração supra citada.<br />

A Igreja “reconcilia-se” com o Liberalismo<br />

Os “conservadores” que negam que o Vaticano II constitui uma quebra da tradição,<br />

ou que contradiz ensinamentos anteriores, certamente não escutaram os promotores e<br />

agitadores do Concílio, que confessam desavergonhadamente a verdade. Yves Congar,<br />

um dos “peritos” do Concílio e o principal dos artesãos das reformas conciliares,<br />

confessou com uma satisfação discreta que «A Igreja teve pacificamente a sua<br />

Revolução de Outubro» 43 . Congar admitiu também, como se fosse algo de que devesse<br />

orgulhar-se, que a Declaração sobre a Liberdade Religiosa do Vaticano II é contrária<br />

ao Syllabus do Papa Pio IX 44 . E acrescentou:<br />

Não pode negar-se que a afirmação da liberdade religiosa pelo Vaticano II diz<br />

materialmente uma coisa muito diferente da que o Syllabus de 1864 disse, e até mesmo<br />

o oposto das proposições 16, 17 e 19 deste documento 45 .<br />

Congar sugere jubilosamente que o Vaticano II desfez uma condenação papal de<br />

erro que era infalível.<br />

Particularmente notáveis são as declarações do Cardeal progressista Suenens, um<br />

dos prelados mais liberais do século XX e, além disso, um Padre Conciliar, que<br />

escreveu com alegria dos antigos regimes que vieram a ser demolidos. As palavras que<br />

usou para louvar o Concílio são excepcionalmente reveladoras, talvez as mais<br />

arrepiantes e as mais condenatórias de todas. Declarou Suenens que “o Vaticano II é a<br />

Revolução Francesa da Igreja” 46 .<br />

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