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(Lamentabili). Na Sua encíclica Pascendi, este grande Papa escreveu: «(...) continuam a<br />

derramar o vírus por tôda a árvore, de sorte que coisa alguma poupam da verdade<br />

católica, nenhuma verdade há que não intentem contaminar». Na mesma encíclica<br />

chamava ao modernismo “o distilado de todos os erros”, declarando que a obrigação<br />

mais importante do Papa era assegurar a pureza e a integridade da Doutrina Católica, e<br />

que, se nada fizesse, faltaria ao Seu dever essencial 14 .<br />

Mas S. Pio X não se deteve aqui. Alguns anos depois da Pascendi, reconhecendo que<br />

os Modernistas deviam ser esmagados antes que se erguessem e causassem uma<br />

devastação na Igreja, este santo Papa apresentou a sua carta Sacrorum antistitum, que<br />

ordenava que todos os sacerdotes e professores fizessem o Juramento Anti-Modernista.<br />

Supervisou o afastamento dos modernistas de Seminários e Universidades, e<br />

excomungou os obstinados e os impenitentes. S. Pio X sabia que os modernistas<br />

atacavam a própria natureza da Igreja e que, na sua audácia, estavam já a tentar destruir<br />

o Dogma e a Tradição da Igreja:<br />

[A] gravidade do mal cresce de dia para dia, e deve conter-se a todo o custo. Já não<br />

nos defrontamos, como no princípio, com adversários “em pele de cordeiro”, mas com<br />

inimigos aberta e desavergonhadamente assumidos na nossa própria casa, os quais,<br />

tendo feito um pacto com os maiores inimigos da Igreja [isto é, os maçons, liberais,<br />

protestantes, judeus, muçulmanos, etc.], estão decididos a arrasar a Fé (…) Querem<br />

renová-la como se estivesse consumida pela velhice, expandi-la e adaptá-la ao gosto do<br />

Mundo e aos seus progressos e confortos, como se ela se opusesse, não apenas à<br />

frivolidade de alguns, mas ao bem da sociedade. (…) Nunca haverá demasiada<br />

vigilância e firmeza da parte daqueles a quem foi confiada a guarda fiel do sagrado<br />

depósito da doutrina evangélica e da tradição eclesiástica, para se poderem opor aos<br />

ataques que lhe fazem 15 .<br />

S. Pio X conseguiu efectivamente deter o avanço do modernismo na sua época. Dizse,<br />

todavia, que, quando o felicitaram por ter erradicado este grave erro, o Papa S. Pio X<br />

respondeu imediatamente que, apesar de todos os seus esforços, não conseguira matar a<br />

fera - mas apenas forçá-lo a esconder-se. E avisou ainda que, se os responsáveis da<br />

Igreja não se mantivessem vigilantes, a fera voltaria no futuro, mais virulento do que<br />

nunca 16 . Como veremos, a predição de S. Pio X realizou-se - e com violência.<br />

O Modernismo regressa mais uma vez<br />

Um drama quase desconhecido que se desenvolveu no reinado do Papa Pio XI<br />

demonstra que a facção clandestina do pensamento modernista estava viva e sã no<br />

período imediatamente a seguir ao de S. Pio X.<br />

O Padre Raymond Dulac relata que, no consistório secreto de 23 de Maio de 1923, o<br />

Papa Pio XI consultou os trinta Cardeais da Cúria sobre se seria oportuno convocar um<br />

concílio ecuménico. Estavam presentes prelados ilustres, como Merry del Val, De Lai,<br />

Gasparri, Boggiani e Billot. Os Cardeais eram da opinião que não devia convocar-se.<br />

Como avisou o Cardeal Billot, «A existência de profundas divergências no próprio seio<br />

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