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Mas por que razão homens que ocupam os mais altos cargos de autoridade na Igreja<br />

cometeriam um tal crime? Como observou Aristóteles, para se compreender uma acção<br />

deve-se procurar o motivo. É o que faremos neste capítulo.<br />

Admitimos que é sempre difícil provar um motivo, porque não podemos ler a mente<br />

de uma pessoa, e muito menos avaliar o estado da sua alma. Ao concluirmos qual seria<br />

o motivo, podemos apenas - tal como membros de um júri num processo meramente<br />

civil - basear a nossa decisão nas acções exteriores do acusado, à luz das circunstâncias<br />

circunjacentes. Quando um júri conclui que um homem assassinou a mulher para obter<br />

o dinheiro do seguro, por exemplo, baseia-se quanto ao motivo numa inferência<br />

razoável a partir das circunstâncias circunjacentes. Seria de estranhar que um assassino,<br />

em tal caso, admitisse “Matei-a para receber o seguro”. Pelo contrário, o motivo teria de<br />

ser inferido a partir de coisas como a compra recente, por parte do marido, de uma<br />

apólice de seguro de valor substancial para a mulher.<br />

Ninguém pensaria acusar um júri de “juízo temerário” se inferisse a partir das<br />

circunstâncias que o marido, no nosso caso hipotético, tinha intenção de assassinar a<br />

mulher por causa do dinheiro. Da mesma maneira, pode deduzir-se um motivo no caso<br />

de Fátima a partir das circunstâncias; não é um “juízo temerário” chegar a uma<br />

conclusão razoável, quanto ao motivo, com base no que os próprios acusados disseram e<br />

fizeram. Além do mais, como iremos demonstrar, temos neste caso o equivalente a uma<br />

confissão sobre o motivo. Os acusados foram bastante explícitos sobre o que aprovam e<br />

o que tencionam fazer a respeito do crime de que tratamos.<br />

Uma nova e ruinosa orientação da Igreja<br />

Tal como acusámos na Introdução, neste caso o motivo deriva do reconhecimento,<br />

por parte dos acusados, de que a Mensagem de Fátima, compreendida num sentido<br />

católico tradicional, não pode conciliar-se com decisões que eles têm vindo a tomar<br />

desde o Concílio Vaticano II para mudar toda a orientação da Igreja Católica. Ou seja, a<br />

Mensagem atrapalha os seus esforços para fazerem precisamente aquilo que o futuro<br />

Papa Pio XII previu, num momento de clarividência sobrenatural: transformar a Igreja<br />

numa instituição orientada para o Mundo. O actual escândalo devastador no seio do<br />

Clero católico não é senão um sintoma da ruinosa tentativa de “modernizar” a Igreja<br />

Católica. Ou, dito de outra maneira: o estado actual da Igreja Católica é o resultado da<br />

invasão, sem precedentes, da Igreja pelo liberalismo. Recordemos, mais uma vez, as<br />

palavras proféticas de Monsenhor Pacelli (o futuro Papa Pio XII), ditas à luz da<br />

Mensagem de Fátima:<br />

As mensagens da Santíssima Virgem a Lúcia de Fátima preocupam-me. Esta<br />

persistência de Maria sobre os perigos que ameaçam a Igreja é um aviso do Céu contra<br />

o suicídio de alterar a Fé na Sua liturgia, na Sua teologia e na Sua alma (…) Ouço à<br />

minha volta inovadores que querem desmantelar a Capela-Mor, destruir a chama<br />

universal da Igreja, rejeitar os Seus ornamentos e fazê-lA ter remorsos do Seu passado<br />

histórico.<br />

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