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fizermos, não poderemos ser destroçados por esse falso apelo à piedade que nos incita à<br />

condescendência, na errónea presunção de que “É Deus Quem cuida da sua Igreja” -<br />

falso apelo se com isso se quer significar que o comum dos Católicos nada deve fazer<br />

para se opor aos erros e às injustiças praticados por membros da Hierarquia; mas, antes,<br />

submeter-se cegamente a qualquer decisão da autoridade, por mais destruidoras que<br />

sejam as consequências.<br />

O nosso dever em Justiça e Caridade<br />

Ora, não é isto o que um Católico deve fazer. Não foi isto o que fizeram os leigos e o<br />

Clero fiéis durante a Crise Ariana, e não é isto o que nós devemos fazer hoje. O nosso<br />

silêncio e aquiescência em face deste progressivo desastre seria, antes de mais, uma<br />

injustiça para com a Igreja e a traição do nosso dever solene de Justiça, decorrente da<br />

nossa condição de Católicos confirmados como soldados de Cristo.<br />

Tal dever de Justiça é, também, obrigação nossa em Caridade para com os nossos<br />

irmãos Católicos, incluindo os nossos superiores na Hierarquia. É nosso dever em<br />

Caridade para com os nossos superiores opormo-nos àquilo que está a acontecer na<br />

Igreja, mesmo se tal oposição implica dar o passo - extremo - de ter de censurar, em<br />

público, esses mesmos superiores.<br />

Como disse São Tomás de Aquino: «se a Fé está em perigo, qualquer súbdito tem o<br />

dever de censurar o seu Prelado, mesmo publicamente.» E porque é que será ao mesmo<br />

tempo Justiça e Caridade que, nestes casos, um súbdito censure o seu Prelado, mesmo<br />

que o faça publicamente? Neste ponto, São Tomás observa que a censura pública a um<br />

Prelado «pareceria ter o sabor de um orgulho insolente; mas não há presunção alguma<br />

no facto de alguém pensar de um modo melhor sobre determinado assunto, porque<br />

nesta vida não há ninguém que não tenha algum defeito. Devemos também lembrar-nos<br />

de que, quando uma pessoa censura o seu Prelado inspirada pela Caridade, isso não<br />

significa que ela se julgue, porventura, melhor; mas apenas que está a oferecer a sua<br />

ajuda a quem, “estando de entre vós em posição mais alta, por isso mesmo se encontra<br />

em maior perigo”, como Santo Agostinho observa na sua Regra, supra citada 1 .» Claro<br />

que há também perigo para os nossos irmãos católicos - o perigo mais grave possível -,<br />

vindo do actual curso de inovações destrutivas que é seguido por certos membros do<br />

aparelho de estado do Vaticano que voltaram as costas não só à Mensagem de Fátima<br />

como a todo o passado da Igreja.<br />

A lição de São Tomás, sobre o dever de censurarmos os nossos superiores sempre<br />

que as suas acções ameacem prejudicar a Fé, reflecte o ensinamento unânime dos<br />

Santos e dos Doutores da Igreja. Dizia São Roberto Belarmino, Doutor da Igreja, na sua<br />

obra sobre o Pontífice Romano, que até o Papa pode ser alvo de censura e de oposição,<br />

se for uma ameaça e perigo para a Igreja:<br />

Do mesmo modo que é lícito opor-se a um Pontífice que agride o corpo, é também<br />

lícito opor-se àquele que agride as almas ou perturba a ordem pública ou que, acima de<br />

tudo, atenta no sentido da destruição da Igreja. Afirmo que é lícito opor-se-Lhe, não<br />

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