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No ano de 2002, os Católicos continuam a ser uma diminuta e obscura minoria na<br />

Rússia. Há talvez 500 mil Católicos (de nome) numa nação de 144 milhões de pessoas.<br />

A pequena percentagem de Católicos que ainda vai à Missa ao Domingo (a maioria na<br />

Sibéria) depende quase totalmente de Sacerdotes que não são Russos, e a quem é<br />

permitido entrar na Rússia só com vistos de visitantes - o que requer uma saída do país<br />

de três em três meses, para obter uma renovação que lhes pode ser negada em qualquer<br />

altura, por um motivo qualquer ou mesmo sem motivo nenhum. Ao próprio Secretário<br />

da Conferência dos Bispos católicos na Rússia, o Padre Stanislaw Opiela, foi-lhe<br />

negado por três vezes o visto de entrada sem qualquer explicação: «Eu não tenciono<br />

tentar outra vez. Não vale a pena» - disse ele - «Talvez venha a fazer-se algum tipo de<br />

protesto» 9 . Depois, em Abril de 2002, o Bispo Jerzy Masur, designado pelo Vaticano<br />

para administrar a vasta (mas escassamente povoada) região da Sibéria, foi expulso da<br />

Rússia e o seu visto de entrada confiscado sem qualquer explicação. O Bispo Masur<br />

veio a saber que o seu nome tinha sido acrescentado a uma “lista” secreta de pessoas<br />

consideradas “indesejáveis” e que não mais lhe seria permitido entrar em território<br />

russo.<br />

Toda esta evolução de acontecimentos na Rússia habilitou o Arcebispo<br />

Kondrusiewicz a elaborar um protesto formal em nome da Conferência de Bispos<br />

católicos na Rússia intitulado “A liberdade religiosa na Rússia está em grande perigo”.<br />

Esse protesto declara:<br />

Os Católicos na Rússia perguntam a si próprios: O que irá acontecer a seguir? As<br />

garantias constitucionais serão válidas também para eles, incluindo a liberdade de<br />

consciência e o direito a terem os seus próprios pastores de almas - o que implica<br />

convidá-los do exterior, sendo que, durante 81 anos, a Igreja Católica se viu privada do<br />

direito de formar e de ordenar os seus próprios Sacerdotes? Ou o Estado considerará<br />

realmente os Católicos como cidadãos de segunda classe? Estarão eles (o Estado) a<br />

voltar aos tempos de perseguição da Fé? (…) A expulsão de um Bispo católico que não<br />

violou lei alguma ultrapassa todos os limites imagináveis das relações civilizadas entre<br />

o Estado e a Igreja. (…) Com grande preocupação, expressamos o nosso protesto<br />

decidido com respeito à violação dos direitos constitucionais dos Católicos 10 .<br />

Com efeito, pelos finais de 2002, o porta-voz pessoal do Santo Padre, Joaquín<br />

Navarro-Valls, declarou que as acções levadas a cabo contra a Igreja Católica pelas<br />

autoridades russas tinham atingido o nível de “uma autêntica perseguição”. Portanto,<br />

enquanto o Cardeal Sodano e os seguidores da sua Linha de Partido insistem em que a<br />

Rússia foi consagrada ao Imaculado Coração de Maria já há uns 18 anos e que o estado<br />

actual das negociações na Rússia é o “milagre” da “conversão” que, obviamente,<br />

decorre desta “consagração”, tanto o mais alto Prelado católico na Rússia como o portavoz<br />

pessoal do Papa denunciam publicamente a perseguição da Igreja na Rússia e<br />

alertam para o facto de a liberdade religiosa dos Católicos russos estar em grave perigo.<br />

A única palavra para descrever esta situação é: ‘loucura’.<br />

E é ainda pior para a Igreja Católica das vizinhas “antigas Repúblicas Soviéticas”.<br />

Na Roménia, pelo menos onze igrejas paroquiais católicas (roubadas por Stálin) foram<br />

arrasadas até ao chão, só para não serem devolvidas aos seus proprietários por direito,<br />

depois da “queda do Comunismo” em 1990 11 . Na Bielorrússia, o Serviço Noticioso<br />

Católico Mundial informava, a 10 de Janeiro de 2002, que havia «indicações<br />

perturbadoras de uma nova hostilidade contra a Igreja Católica» e que a «transmissão da<br />

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