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Encontrámos agora o exacto motivo adicional no ‘caso do Cardeal’: dada a sua<br />

evidente descrença nas autênticas profecias da Mensagem de Fátima - descrença que<br />

partilha com Dhanis, o único “estudioso” de Fátima por ele citado -, parecerá que o<br />

Cardeal Ratzinger não pensa sequer que está a cometer fraude absolutamente nenhuma.<br />

De facto, pode ser que ele acredite que a supressão do testemunho, total e livremente<br />

expresso, da Irmã Lúcia seja um real serviço que está a prestar à Igreja. Com esta<br />

afirmação, o que queremos frisar é que o Cardeal Ratzinger não acredita absolutamente<br />

nada nos elementos proféticos da Mensagem de Fátima: nem quanto à necessidade da<br />

Consagração e Conversão da Rússia, e do Triunfo do Imaculado Coração de Maria no<br />

nosso tempo, nem quanto às desastrosas consequências que haverá, na Igreja e em todo<br />

o Mundo, pelo facto de não se terem na devida conta, atentamente, estes elementos de<br />

profecia. Por conseguinte, o Cardeal consideraria que o facto de suprimir tais elementos<br />

seria suprimir certas falsidades perigosas que estão a “causar perturbação” entre os Fiéis<br />

- por muito que a Irmã Lúcia possa acreditar que tudo isso é verdade.<br />

De tudo quanto o Cardeal tem afirmado se torna bastante claro que tanto o Prefeito<br />

da Congregação para a Doutrina da Fé como Dhanis dão muito pouca - ou nenhuma -<br />

credibilidade ao testemunho da Irmã Lúcia, segundo o qual a Virgem pedira a<br />

Consagração e a Conversão da Rússia, de modo a vir a estabelecer-se no Mundo o<br />

Triunfo do Imaculado Coração de Maria. É evidente que o Cardeal não acredita que,<br />

através do Milagre do Sol, foi Deus Quem autenticou este testemunho para além e<br />

acima de qualquer dúvida. Pois a que outra conclusão pode chegar-se a partir da<br />

elogiosa confirmação, por parte do Cardeal, daquele mesmo “teólogo” que tentou<br />

desacreditar toda a profecia de Fátima?<br />

Aqui temos, pois, um motivo secundário para tudo isto: no seu espírito, o que o<br />

Cardeal considera estar a fazer é proteger a Igreja da agitação, a “germinar” de há muito<br />

a partir de uma “revelação privada” - à qual ele, tal como Dhanis, não atribui grande<br />

peso. Assim, o revisionismo ou a supressão do testemunho da Irmã Lúcia sobre estes<br />

assuntos, do ponto de vista do Cardeal, nada teria de errado. Pelo contrário, o Cardeal<br />

poderá mesmo considerar que é esse o seu dever. E, se assim é, ele tem a obrigação (por<br />

essa sua posição de “chefia”) perante a Igreja e a Humanidade, de ser cândido sobre as<br />

suas verdadeiras intenções. Ao que parece, o Cardeal Ratzinger partilha da atitude de<br />

outros “iluminados” que povoam o interior do Vaticano e que pensam que os “simples<br />

Fiéis” são tão estúpidos que não compreendem o que é melhor para eles. E é isso que<br />

pode explicar a razão pela qual o Cardeal não se deu ao trabalho de revelar os seus<br />

preconceitos aos “não-iluminados” - esperando, antes, que todos eles confiem na sua<br />

“(cor)recta” interpretação.<br />

Em suma, torna-se-nos impossível concluir outra coisa senão que a Mensagem de<br />

Fátima se encontra agora sob custódia daqueles que, pura e simplesmente, não<br />

acreditam nela e que querem vê-la terminada de uma vez por todas, tal como também<br />

deixaram a sua marca na nova política do Vaticano - do ecumenismo, do «diálogo interreligioso»,<br />

de uma fraternidade mundial de religiões e de uma «civilização do amor»<br />

conduzida pelas Nações Unidas.<br />

Mas o Mundo precipita-se, cada vez mais veloz, na violência e na devassidão moral<br />

- enquanto, por seu lado, a não-conversão da Rússia, cada vez mais evidente, se ergue<br />

mais e mais, pedindo a presença de um Deus fulminador. Sob tais circunstâncias, devem<br />

os Fiéis leigos - do mesmo modo que os Sacerdotes e Bispos fiéis - continuar a insistir<br />

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