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considerável abalo à credibilidade do apostolado do Padre Gruner. Ora, esta aparente<br />

‘falha’ poderia não ter sido um descuido, mas sim um modo de refutar que a posição<br />

tomada pelo Padre Gruner e pelo seu apostolado fora, em primeiríssimo lugar, a<br />

verdadeira razão de ter sido Mons. Bertone a conduzir a entrevista com a Irmã Lúcia.<br />

Porque teria Mons. Bertone desperdiçado esta oportunidade dourada de usar a Irmã<br />

Lúcia - a sua “testemunha-vedeta” - para refutar a asserção do Padre Gruner de que a<br />

carta de 1989 tinha sido forjada? Obviamente, porque Mons. Bertone devia saber já que<br />

se tratava de uma fraude e, consequentemente, não se atreveu a pedir à Irmã Lúcia que<br />

a autenticasse durante a entrevista. Iremos considerar este facto como a omissão por<br />

demais reveladora nº 6.<br />

Portanto, é esta a soma total - quarenta e quatro palavras - daquilo que a Irmã Lúcia<br />

terá dito durante uma entrevista de duas horas sobre uma das maiores controvérsias da<br />

História da Igreja. E é-nos pedido que aceitemos, como sendo o final da história de<br />

Fátima, estas 44 palavras de uma testemunha sempre ocultada - palavras que,<br />

supostamente, se destinavam a dissipar todas as dúvidas, perguntas e receios de milhões<br />

de Fiéis - mesmo se, manifestamente, a Rússia não se converteu, e a convergência das<br />

forças de violência e de rebelião contra Deus e contra a Sua Lei ameaçam<br />

acrescidamente a cada dia que passa.<br />

* 4ª circunstância suspeita: Não foi disponibilizada qualquer gravação ou<br />

transcrição dessa entrevista.<br />

Porque é que não foi apresentada nenhuma transcrição da entrevista, nem uma<br />

gravação áudio ou vídeo, nem qualquer outra reprodução isenta, de modo a mostrar com<br />

toda a precisão, que perguntas foram feitas por Mons. Bertone, que respostas<br />

(completas) deu a Irmã Lúcia, a própria sequência de perguntas e respostas e quaisquer<br />

comentários ou sugestões que, tanto Mons. Bertone como os restantes presentes,<br />

poderiam eventualmente ter feito à Irmã Lúcia durante as «mais de duas horas» em que<br />

estiveram juntos na mesma sala? Onde está aquela troca verbal que se pode ver em<br />

qualquer entrevista publicada?<br />

Mais ainda: porque precisou Mons. Bertone de mais de duas horas para conseguir<br />

obter quarenta e quatro palavras da Irmã Lúcia sobre os assuntos em debate? Se<br />

admitirmos que a Irmã Lúcia precisou de 1 minuto para produzir essas 44 palavras -<br />

então, que mais disse ela e Mons. Bertone, o Padre Kondor e a Madre Superiora, nos<br />

restantes 119 minutos do encontro? Ter-se-ia feito recordar à Irmã Lúcia o seu voto de<br />

“obediência”? Ter-lhe-ia sido insinuado que toda a Igreja estava suspensa das suas<br />

respostas, por forma a pôr termo a esta controvérsia “divisiva”? Ter-lhe-ia sido sugerido<br />

que a sua lealdade “ao Santo Padre” requeria que ela aceitasse a Linha do Partido,<br />

mesmo se a (supostamente sua) carta ao Papa, de 1982, a contradiz? Ter-lhe-ia sido dito<br />

como era importante para a Igreja o facto de ela garantir a toda a gente que a Rússia já<br />

tinha sido consagrada, apesar de tudo o que, em contrário, ela dissera ao longo de toda a<br />

sua vida? Ter-lhe-ia sido dada a impressão de que, se assim não fizesse, estaria a<br />

contradizer o próprio Papa?<br />

Ou talvez, tendo a Irmã Lúcia dado muitas respostas que não agradaram ao seu<br />

inquiridor, ter-lhe-ão feito - sempre e unicamente - as mesmas perguntas, repetindo-as e<br />

formulando-as de maneiras diferentes, até ela ter produzido as respostas “correctas”?<br />

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