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E espera-se, então, que acreditemos ter Lúcia concordado que o Terceiro Segredo<br />

foi plenamente realizado a 13 de Maio de 1981, com a tentativa falhada de assassinato<br />

do Papa João Paulo II - mesmo se ela própria, em carta dirigida ao Papa um ano mais<br />

tarde (a 12 de Maio de 1982), nada diz sobre o atentado, antes se opõe à Linha do<br />

Partido quando afirma que «não vemos ainda o facto consumado do final desta<br />

profecia»; e se, nessa mesma carta (é bom frisá-lo), a Irmã Lúcia não estabelece<br />

qualquer conexão entre a tentativa de assassinato e o Terceiro Segredo.<br />

� 21 palavras sobre a Consagração da Rússia: «Eu já disse que a Consagração<br />

desejada por Nossa Senhora foi feita em 1984, e que ela foi aceite pelo Céu.»<br />

Alegadamente, tais palavras foram ditas pela Irmã Lúcia em resposta à pergunta:<br />

«O que tem a dizer sobre as persistentes afirmações do Padre Gruner, que anda a<br />

recolher assinaturas pedindo ao Papa que consagre finalmente a Rússia ao Imaculado<br />

Coração de Maria, coisa que ainda não foi feita?»<br />

Primeiro que tudo, o facto de o Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé ter<br />

viajado até Coimbra para obter comentários sobre o Padre Gruner - que lhe serviriam<br />

para uma divulgação a toda a Igreja - é a plena demonstração de que o aparelho de<br />

estado do Vaticano considera o Apostolado do Padre Gruner como um foco de oposição<br />

(de primeira ordem) à Linha do Partido.<br />

Mais ainda: o que quereria dizer a “Irmã Lúcia” com a curiosa afirmação de que a<br />

Consagração do Mundo fora “aceite” pelo Céu como sendo a Consagração da Rússia?<br />

Estará a “Irmã Lúcia” a afirmar, com seriedade, que o Céu “aceitou” uma conciliação<br />

imposta pelos diplomatas do Vaticano? Desde quando é que o Céu aceita um substituto,<br />

decidido pelos Homens, para um determinado acto ordenado por Deus? E mais: como<br />

poderia a “Irmã Lúcia” saber que o Céu tinha “aceite” tal consagração, se, segundo<br />

declaração de Mons. Bertone, ela também afirmou não ter havido nenhuma outra<br />

revelação celeste?<br />

Ora bem: pode bem ser que Deus “aceite” a nossa recusa em cumprir com a Sua<br />

vontade - no sentido de que Deus nos concede a liberdade de Lhe desobedecer neste<br />

Mundo -, mas isso não significa que aquilo que Deus “aceitou” seja do Seu agrado.<br />

E repare-se ainda: ao dizer que o acto de Consagração do Mundo de 1984 fora<br />

“aceite”, não estaria a Irmã Lúcia apenas a referir-se a uma simples “aceitação” (e mais<br />

nada para além disso), no mesmo sentido em que foi aceite a Consagração do Mundo de<br />

1942, feita pelo Papa Pio XII, que veio encurtar a Segunda Guerra Mundial, mesmo não<br />

se cumprindo o pedido de Nossa Senhora de Fátima? Não estaria a Irmã Lúcia a tentar<br />

responder à pergunta de um modo que satisfizesse o entrevistador, Mons. Bertone -<br />

assinalando contudo que, embora tal “aceitação” pudesse conferir ao Mundo alguns<br />

benefícios, não se trataria daquele tempo de Paz que a Virgem de Fátima prometera, se<br />

o Seu pedido específico fosse honrado? Com efeito, onde está aquele tempo de Paz que<br />

a Senhora prometeu? O facto de não existir essa Paz só vem demonstrar que mesmo se<br />

o Céu “aceitou” a cerimónia de 1984 por aquilo a que ela se destinava, já, por outro<br />

lado, o Céu não considerou tal cerimónia como valendo pelo cumprimento do pedido<br />

específico de Nossa Senhora de Fátima. Portanto, é irrelevante a autoridade de que<br />

possam estar revestidos Mons. Bertone e os seus colaboradores do Vaticano: eles não<br />

podem, pura e simplesmente, declarar a existência de algo que os nossos próprios<br />

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