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entrevista não deixariam de levantar suspeitas no espírito de qualquer pessoa que<br />

estivesse no perfeito uso da sua razão. Mas prossigamos.<br />

* 2ª circunstância suspeita : A entrevista a esta Freira de 94 anos foi conduzida<br />

secretamente pelo Arcebispo Bertone, figura de autoridade e com um motivo evidente<br />

para manipular a testemunha.<br />

Num contexto do direito civil, presume-se haver uma influência indevida quando<br />

alguém, em posição de autoridade ou predomínio sobre uma pessoa muito idosa, obtém<br />

dela um depoimento - tal como um testamento ou uma procuração. Neste caso, o<br />

Arcebispo Bertone assume-se claramente como parte dominante, com a imponente<br />

autoridade de um título do Vaticano - enquanto a Irmã Lúcia, para além de muito idosa,<br />

é forçada pelos seus votos a submeter-se, em santa obediência, à vontade dos seus<br />

superiores, por quem esteve sempre rodeada durante aquela sessão de duas horas.<br />

Além do mais, é óbvio que Mons. Bertone tinha a intenção de usar a “entrevista”<br />

para defender a sua credibilidade pessoal, perante o crescente cepticismo público face à<br />

Linha do Partido que defendia que Fátima estava já cumprida. Dados os recentes<br />

acontecimentos mundiais, o Arcebispo Bertone estava - obviamente - a sofrer de um<br />

descrédito substancial e progressivo, devido à sua inabalável (e indefensável) afirmação<br />

em AMF de que a decisão de tornar pública a visão do Terceiro Segredo «encerra um<br />

pedaço de história, marcado por trágicas veleidades humanas de poder e de iniquidade<br />

(…)». Como simples ser humano que é, Mons. Bertone tinha todos os motivos para<br />

induzir a Irmã Lúcia a que lhe confirmasse a sua ridícula afirmação de que o Mundo<br />

alcançaria a Paz, devido à grande “realização” do Terceiro Segredo - em 1981, quando o<br />

Papa sobreviveu a um atentado. (Até Paul Harvey, leigo e comentador radiofónico,<br />

desprezou o mais claramente possível a “interpretação” do Terceiro Segredo AMF dada<br />

por Ratzinger/Bertone).<br />

Nestas circunstâncias - Mons. Bertone conduzindo a “entrevista” e relatando depois<br />

os seus resultados -, era como um advogado de acusação que recolhe o relato de uma<br />

testemunha-chave para depois, deixando-a fora da Sala do Tribunal, vir prestar<br />

depoimento em seu lugar. Objectivamente falando, Mons. Bertone seria a última pessoa<br />

que devia ter conduzido a entrevista. A Igreja e o Mundo têm o direito de ouvir<br />

directamente o depoimento desta testemunha vital - em vez de receber relatos vindos de<br />

um interrogador parcial com segundas intenções.<br />

* 3ª circunstância suspeita : O Comunicado de Bertone é extremamente breve,<br />

ocupando apenas um quarto de página de L'Osservatore Romano. No entanto, esse<br />

mesmo comunicado afirma que a entrevista se prolongou «por mais de duas horas.»<br />

De que é que Bertone e a Irmã Lúcia teriam falado durante mais de duas horas,<br />

dado que o comunicado pode ser lido na íntegra em menos de dois minutos? À guisa de<br />

comparação, note-se que uma palestra de uma hora, proferida num ritmo normal de<br />

discurso, requereria aproximadamente uma transcrição de 14 páginas dactilografadas a<br />

um espaço; uma entrevista de duas horas teria requerido cerca de 28 páginas ou,<br />

aproximadamente, 14 mil palavras.<br />

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