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definições que formam as próprias fundações da Fé Católica e, consequentemente, o<br />

fundamento da nossa salvação, para evocar a homilia do Papa, em Fátima, em 1982.<br />

À objecção de que simples Sacerdotes, ou simples leigos, não podem discordar de<br />

altos prelados como o Cardeal Ratzinger, ou até mesmo (aquando de casos<br />

extraordinários, de que já demos exemplos) do Papa, deve responder-se: -É para isto<br />

mesmo que a Igreja tem as definições infalíveis. É medindo todo e qualquer<br />

ensinamento pela bitola das definições solenes e infalíveis da Igreja que é possível saber<br />

se esse ensinamento é verdadeiro ou falso - e não pelo cargo eclesiástico da pessoa que<br />

o emitiu. Como São Paulo ensinou: «Mas ainda que alguém - nós mesmos ou um anjo<br />

do Céu - vos anuncie outro Evangelho, além daquele que vos tenho anunciado, esse seja<br />

anátema.» (Gal.1:8) Note-se que os Fiéis têm de considerar anátema - ou seja, maldito,<br />

afastado da Igreja, merecedor do fogo do Inferno - mesmo que seja um Apóstolo, se ele<br />

contradisser o ensino infalível da Igreja. Por isso é que os teólogos tinham o poder de<br />

[no século XIV] corrigir o Papa João XXII no seu erróneo ensino do púlpito; e é por<br />

isso também que os Católicos de hoje podem apontar, distinguindo, o ensino correcto e<br />

o errado, mesmo tendo, na Hierarquia, um lugar inferior ao do prelado que está a<br />

cometer o erro.<br />

Um bom exemplo histórico disto mesmo encontra-se no caso de um advogado<br />

chamado Eusébio, que fez notar que Nestório - ilustre Arcebispo de Constantinopla e o<br />

mais alto prelado logo abaixo do Papa - estava errado quando negou que a Santíssima<br />

Virgem é a Mãe de Deus. Naquele dia de Natal, durante a Santa Missa, Eusébio pôs-se<br />

de pé no seu banco na Igreja e denunciou Nestório por pregar uma heresia - a despeito<br />

de todos os Sacerdotes e Bispos (hierarquicamente superiores) terem ficado calados em<br />

face dessa mesma heresia. Portanto, era um simples leigo quem tinha razão, enquanto<br />

todos os outros não a tinham. O Concílio de Éfeso foi chamado a ouvir o assunto, e<br />

assim foi infalível e solenemente definido que a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus. E<br />

uma vez que Nestório se recusou a abjurar, foi deposto e declarado herege. Nestório foi,<br />

pois, excomungado!<br />

Em resumo: a verdade não é assunto que deva ser confirmado por uma maioria<br />

democrática ou pela (alta) posição social de quem afirma tal coisa; a verdade é aquilo<br />

que Cristo e Deus-Pai revelaram nas Sagradas Escrituras e na Tradição, aquilo que foi<br />

solenemente definido pela Igreja Católica, e que a Igreja Católica sempre ensinou -<br />

sempre, e não apenas a partir de 1965!<br />

Os efeitos desastrosos<br />

de interferir nas definições infalíveis<br />

A História também nos fornece um caso exemplar sobre o que pode acontecer à<br />

Igreja quando um só dogma é contradito numa larga escala. A heresia do Arianismo<br />

causou uma confusão catastrófica na Igreja, de 336 a 381 d.C. Já no ano de 325 o<br />

Arianismo tinha sido condenado; apesar disso, reergueu-se em 336 - e foi a partir dessa<br />

data que a heresia ganhou para si cerca de 90% dos Bispos, até que acabou por ser<br />

derrotada cerca de cinquenta anos mais tarde. Na confusão e perda da Fé resultantes, até<br />

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