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Portanto, apesar de as crianças saberem o que tinham visto, Nossa Senhora disselhes:<br />

«Vistes o Inferno.» E uma vez mais notamos que, quando Nossa Senhora<br />

apresenta uma visão aos pastorinhos, explica-a também.<br />

Em contraste com as visões acima referidas e as correspondentes palavras de Nossa<br />

Senhora a explicá-las, AMF apresenta apenas o texto de uma visão que, claramente,<br />

precisa de ser explicada e que inclui o seguinte:<br />

Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um<br />

pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo em a mão esquerda (…). Sob os dois<br />

braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, n’êles<br />

recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de<br />

Deus 45 .<br />

Este texto do Terceiro Segredo não contém quaisquer palavras de Nossa Senhora. -<br />

Por que razão explicaria Nossa Senhora uma cena tão óbvia como a visão do Inferno, e<br />

não diria uma única palavra para explicar uma passagem tão obscura como esta que o<br />

Vaticano apresenta?<br />

Repare-se de novo que, imediatamente a seguir às palavras «Em Portugal se<br />

conservará sempre o dogma da Fé etc.», a Santíssima Virgem disse à Lúcia: «Isto não o<br />

digais a ninguém. Ao Francisco, sim, podeis dizê-lo.» O “isto” que pode ser contado ao<br />

Francisco refere-se às últimas palavras ditas pela Senhora durante a visão. Isto é: se<br />

tivesse havido uma visão apenas, e se esta não incluísse uma explicação, então não seria<br />

preciso dizer nada ao Francisco - porque ele tinha acabado de ver tudo com os seus<br />

próprios olhos. Mas se “isto” se refere às palavras acrescentadas pela Santíssima<br />

Virgem à maneira de explicação do que os pastorinhos acabavam de ver, então essa<br />

explicação deveria ser contada ao Francisco - porque, como sabemos, ele nunca ouvia<br />

Nossa Senhora durante as aparições de Fátima. O Francisco via mas não ouvia; e por<br />

isso era preciso contar-lhe aquilo que Nossa Senhora tinha dito respeitante à visão.<br />

Também ninguém poderá argumentar plausivelmente que «Ao Francisco, sim,<br />

podeis dizê-lo» se refere às palavras que Nossa Senhora pronunciou na segunda parte do<br />

Segredo. A expressão «Isto não o digais a ninguém. Ao Francisco, sim, podeis dizê-lo»<br />

vem imediatamente depois de «Em Portugal se conservará sempre o dogma da Fé<br />

etc.» 46 . Torna-se claro, portanto, que o “etc.” indica as palavras - à época ainda não<br />

passadas a escrito - que a Lúcia podia dizer ao Francisco oralmente; e que tais palavras<br />

pertencem ao Terceiro Segredo - o qual viria finalmente a ser escrito em 1944, por<br />

ordem do Bispo de Leiria, a cuja Diocese pertencia Fátima.<br />

O que se pode concluir sobre o Facto Nº 11<br />

-Onde estão, então, as palavras de Nossa Senhora que explicam esta visão? Se<br />

Nossa Senhora não tivesse dito nada que a explicasse, as Suas acções teriam sido<br />

inconsistentes considerando o decurso das aparições. Dado que a autoridade magisterial<br />

da Igreja - ou seja, um pronunciamento formal do Papa ou de um Concílio - não impõe<br />

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