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uma vez que este ainda não foi revelado -, para conseguir desacreditar nem mais nem<br />

menos do que a Pessoa Santíssima da Imaculada Conceição. Este eminente príncipe da<br />

Igreja parece ter-se esquecido de que, quando Nossa Senhora apareceu em Lourdes, não<br />

Se apresentou como a “Imaculadamente Concebida”, mas, antes, dizendo: «Eu sou a<br />

Imaculada Conceição.» Só Ela, entre todas as simples criaturas, foi concebida sem<br />

Pecado Original e nunca teve a mancha do pecado. Só o Seu Coração - isto é, a terceira<br />

faculdade da alma; não o órgão interno, mas o coração a que São Tomás de Aquino<br />

chama o sensus communis - é, portanto, o Imaculado Coração. Ora o Cardeal Ratzinger<br />

não se coíbe de ‘hipertrofiar' esta designação, reservada à Mãe de Deus, de modo a<br />

incluir nela qualquer «coração que a partir de Deus chegou a uma perfeita unidade<br />

interior e, consequentemente, “vê a Deus”.» Nem sequer ele se envergonha de<br />

desrespeitar o Evangelho, quando cita São Mateus 5:8 que apenas diz: «Bem-<br />

Aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.» Cristo fala dos puros de<br />

coração e não de “uma perfeita unidade interior” - e muito menos do Imaculado<br />

Coração de Sua Mãe Santíssima. Se seguirmos esta negação implícita da exclusividade<br />

do Imaculado Coração (unicamente de Nossa Senhora) para o atribuirmos a todos os<br />

que são “puros de coração”, poderemos então chegar à conclusão lógica de que todos os<br />

Sacerdotes têm sagrados corações, por terem sido consagrados como alter Christus (um<br />

outro Cristo), o que até condiz com o seu título, vindo do Latim: Reverendus (que deve<br />

ser reverenciado). Mas dizer que todos os Sacerdotes têm um sagrado coração seria<br />

blasfemo - que é exactamente o que se pode pensar do Cardeal Ratzinger, ao trivializar<br />

o Imaculado Coração da Virgem Maria.<br />

Até mesmo à objecção ‘tipicamente protestante' de «que não se deve interpor um<br />

ser humano entre nós e Cristo» o Cardeal Ratzinger responde numa aparente ignorância<br />

de Nossa Senhora: cita a exortação de São Paulo a que o “imitem”, em vez de explicar<br />

que foi Nosso Senhor em Pessoa Quem colocou um simples ser humano entre Ele e nós,<br />

ao fazer de Sua Mãe Santíssima a Mediatrix (Medianeira) de todas as graças!<br />

Quanto ao exame que faz de simples imagens na visão do “Bispo vestido de<br />

Branco”, o Cardeal Ratzinger diz:<br />

Deste modo, é sublinhada a importância da liberdade do homem: o futuro não está<br />

de forma alguma determinado imutavelmente, e a imagem vista pelos pastorinhos não é,<br />

absolutamente, um filme antecipado do futuro, do qual já nada se poderia mudar. (…) O<br />

sentido da visão não é, portanto, o de mostrar um filme sobre o futuro, já fixo<br />

irremediavelmente (…) 21<br />

Assumir que os pastorinhos tiveram uma visão inteiramente incondicional é, de<br />

novo, a negação da profecia. Nossa Senhora distinguiu bem entre o futuro imutável e as<br />

consequências que adviriam se os Seus desejos não fossem satisfeitos. Mas declarar a<br />

realidade do futuro, em si mesmo - e aconteça, de facto, o que acontecer - como mutável<br />

é contrário ao Ensinamento da Igreja sobre a Divina Providência e a Predestinação. O<br />

plano eterno da Divina Providência é imutável, porque Deus é imutável; e nada pode<br />

acontecer independentemente da Providência 22 . Na Sua divina Sabedoria, Deus conhece<br />

o futuro na sua totalidade - futuro esse que por isso mesmo é imutável, tal como o<br />

ensinou, com a sua autoridade, o Concílio Vaticano I. (D.S. 3003).<br />

Se a afirmação do Cardeal Ratzinger pretende significar aquilo que as suas palavras<br />

dizem, ele seria, no mínimo, um herege quanto ao materialmente afirmado; se ela<br />

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