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fantasma! Fátima não passa de uma “ajuda”: nós poderemos aproveitá-la ou não, a<br />

nosso bel-prazer.<br />

Bento XIV, um dos Papas mais eruditos da História da Igreja, afirma com toda a<br />

razão que estas revelações não podem ser sustentadas com apoio na Fé; elas «requerem,<br />

antes, uma adesão de fé humana ditada pelas regras da prudência, que no-las apresentam<br />

como prováveis e religiosamente credíveis.» Todavia, ao fazer esta citação do Papa<br />

Bento XIV, o Cardeal Ratzinger ardilosamente aparenta ignorar um aspecto que é tão<br />

extraordinário acerca das aparições de Fátima, e que as retira da categoria de outras<br />

“revelações privadas”: o espantoso Milagre do Sol, que prova que Fátima é algo mais<br />

do que apenas “religiosamente credível”.<br />

Segundo parece, o Cardeal Ratzinger faz semelhante abordagem em relação a todas<br />

as revelações extraordinárias dos últimos dois séculos. Assim, por exemplo, ele reduz as<br />

revelações extraordinárias, recebidas por Santa Margarida Maria Alacoque, sobre a<br />

Festa de Corpus Christi e o Sagrado Coração de Jesus a um acontecimento que, pura e<br />

simplesmente, teve “influência também na própria liturgia”. Ora esta sua atitude toca os<br />

limites da blasfémia - considerando nós qual foi o destino da França, após a<br />

impertinente e desastrosa recusa do Rei Luís XIV e dos seus dois sucessores em<br />

obedecer ao pedido de Cristo para que fosse feita a consagração de França ao Sagrado<br />

Coração de Jesus, pedido confiado a Santa Margarida Maria nessas revelações<br />

“privadas” 19 .<br />

A errónea concepção de profecia do Cardeal Ratzinger fica escandalosamente clara<br />

na seguinte afirmação:<br />

(…) é preciso ter presente que a profecia, no sentido da Bíblia, não significa<br />

predizer o futuro, mas aplicar a vontade de Deus ao tempo presente e consequentemente<br />

mostrar o recto caminho do futuro. Aquele que prediz o futuro pretende satisfazer a<br />

curiosidade da razão, que deseja rasgar o véu que esconde o futuro (…).<br />

Ora isto equivale à negação de toda e qualquer profecia, comummente reconhecida<br />

como uma das mais elevadas graças gratuitamente concedidas, ou seja, gratiae gratis<br />

datae. Muitas vezes uma profecia envolve uma interpretação correcta do passado e do<br />

presente; mas, como tal, é compreendida como uma previsão para o futuro. Ou Isaías,<br />

David, Jesus Cristo e São Paulo “satisfizeram a curiosidade da razão”, e tanto os Padres<br />

da Igreja como os Doutores da Igreja não quiseram mais do que “rasgar o véu que<br />

esconde o futuro” - ou o Cardeal Ratzinger uma vez mais labora no erro. Podemos<br />

deixar-lhe a resposta a si, leitor?<br />

O Cardeal Ratzinger reduz a profecia àquilo a que chama os “sinais dos tempos”,<br />

talvez por ser incapaz de ver os verdadeiros sinais dos tempos: as Igrejas vazias, heresia,<br />

apostasia, blasfémia, impureza e perversão sexual, neo-paganismo e, na realidade, um<br />

total desacordo entre muitos Bispos e Sacerdotes sobre todo e qualquer assunto dentro<br />

da Igreja Católica. O único consenso que existe entre todos os poderes de chefia no<br />

Vaticano está no ódio que votam à Teologia Católica tradicional, de que desdenham e<br />

que recusam, o mesmo acontecendo em relação a qualquer ideia de conversão da Rússia<br />

à Fé Católica - cá está de novo aquele conflito entre visões eclesiais que foi o que gerou<br />

o crime que estamos a discutir aqui.<br />

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