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Segundo o ensino marxista, o Estado comunista faz a guerra para fomentar a<br />

revolução e emprega todos os meios possíveis de engano - guerra total - de modo a<br />

subjugar o Mundo inteiro ao Comunismo. Uma vez que a guerra total se tenha<br />

efectuado e que o Comunismo seja vitorioso sobre todo o planeta, haverá então a versão<br />

comunista de “paz”. Mas, na realidade, o que é a Paz? A Paz é definida com mais<br />

precisão por Santo Agostinho: «A Paz é a tranquilidade da ordem». Qual é a definição<br />

correcta? Não se trata de um assunto de avaliação subjectiva. São Tomás de Aquino<br />

explica: «ens et verum convertunter», que é uma maneira erudita de dizer que a verdade<br />

é convertível com a realidade - ou seja, aquilo que é objectivamente real é, por essa<br />

mesma razão, objectivamente verdadeiro. Por outras palavras: a verdade é aquilo que é,<br />

enquanto uma mentira é aquilo que não é. Aquilo que não é não pode ser verdade.<br />

Logo, se alguém diz, por exemplo, que o branco é preto, tal afirmação é uma mentira -<br />

por mais alta que seja a autoridade daquele que faz a afirmação.<br />

Segundo a doutrina marxista, todavia, a verdade é aquilo que promove a revolução<br />

comunista. E o que é que promove a revolução comunista? Tudo o que tiver sido<br />

decidido constituir a Linha do Partido: aquilo que o Partido dita para ser verdadeiro<br />

passa a ser “a verdade”, mesmo se, efectivamente, for uma mentira. Deste modo, se a<br />

Linha do Partido afirma “que o preto é branco”, é nisso, portanto, que todos os<br />

membros do Partido têm de acreditar - simplesmente porque assim foi decidido pelo<br />

Partido: “que o preto é branco”.<br />

Ora, tal como houve uma espécie de “Estalinização” da Igreja, no sentido de uma<br />

Adaptação da Igreja ao Mundo, assim também há-de haver uma espécie de Linha do<br />

Partido estalinista sobre Fátima: uma versão da Mensagem de Fátima ditada pelas<br />

cúpulas e à qual todos os membros da Igreja da Adaptação pós-conciliar têm de aderir.<br />

Essencialmente, a Linha do Partido sobre Fátima resume-se a isto: A “Consagração da<br />

Rússia” foi levada a cabo por completo, pelo que todos devem deixar de pedir que ela se<br />

faça. Temos “a paz”, tal como foi vaticinado por Nossa Senhora de Fátima. A Rússia<br />

está a realizar a “conversão” que Nossa Senhora prometeu. Logo - segundo a Linha do<br />

Partido - nada na Mensagem de Fátima ficou por fazer: e Fátima pertence agora ao<br />

passado.<br />

Como veremos, todos os termos entre vírgulas altas - “consagração da Rússia”,<br />

“paz” e “conversão” - foram redefinidos, para a Linha do Partido se acomodar a Fátima.<br />

Portanto, em tudo o que diga respeito a Fátima, é-nos agora pedido que acreditemos o<br />

equivalente a “o que é preto é branco” - porque é essa a Linha do Partido.<br />

A ditadura do Secretário de Estado do Vaticano<br />

Ora cada Linha do Partido requer um ditador, um chefe do Partido que a imponha.<br />

De onde, exactamente, dentro do aparelho de poder do Vaticano, proveio a Linha do<br />

Partido sobre Fátima? E as evidências são esmagadoras: proveio do Secretário de<br />

Estado do Vaticano. Neste ponto, ser-nos-ia útil uma breve história dos antecedentes.<br />

Em primeiro lugar, no estado próprio das coisas - aquilo a que Santo Agostinho<br />

chamava “a tranquilidade da ordem”, ou seja, a Paz -, a Igreja não é uma ditadura. A<br />

ditadura é uma instituição bárbara. Como diz Eurípides, «entre os bárbaros, todos são<br />

escravos salvo um». Disse Nosso Senhor que «os chefes das nações governam-nas<br />

como seus senhores» (Mt. 20:25); e disse também aos Seus apóstolos: «Não seja assim<br />

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