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prisioneiro político do Regime Estalinista, e, entretanto, a Igreja do Silêncio era<br />

transformada - efectivamente - num órgão do KGB. Stálin arrasou a Igreja Ortodoxa<br />

Russa: todos os verdadeiros crentes ortodoxos foram mandados para campos de<br />

concentração, ou executados e substituídos por operativos do KGB.<br />

Pouco antes de morrer, em Agosto de 1967, Talantov escreveu o seguinte sobre a<br />

Adaptação:<br />

A Adaptação ao ateísmo implantada pelo Metropolita Sergius terminou com a (foi<br />

completada pela) traição que a Igreja Ortodoxa Russa sofreu, por parte do Metropolita<br />

Nikodim e de outros representantes oficiais do Patriarca de Moscovo sediado no<br />

estrangeiro. Esta traição, irrefutavelmente provada pelos documentos citados, tem que<br />

ser tornada conhecida de todos os crentes, na Rússia e no estrangeiro - porque tal<br />

actividade do Patriarcado, assente na cooperação com o KGB, representa um grande<br />

perigo para todos os crentes. Na verdade, os chefes ateus do povo russo e os príncipes<br />

da Igreja uniram-se contra o Senhor e contra a Sua Igreja 2 .<br />

Talantov refere-se aqui ao mesmo Metropolita Nikodim que induziu o Vaticano a<br />

entrar no Acordo Vaticano-Moscovo - mediante o qual (como mostrámos no capítulo 6)<br />

a Igreja Católica foi forçada a não falar sobre o Comunismo no Concílio Vaticano II.<br />

Logo, o mesmo prelado ortodoxo que atraiçoou a Igreja Ortodoxa veio a ser o<br />

instrumento de um acordo que atraiçoou também a Igreja Católica. Durante o Vaticano<br />

II, certos eclesiásticos católicos em cooperação com Nikodim concordaram em que a<br />

Igreja Católica se tornaria também numa Igreja do Silêncio.<br />

E assim, a partir do Concílio, a Igreja Católica tem-se tornado incontestavelmente<br />

silenciosa em quase toda a parte; não só quanto aos erros do Comunismo - que a Igreja<br />

deixou de condenar quase por completo, mesmo em relação à China vermelha que<br />

cruelmente persegue a Igreja -, mas também quanto aos erros do Mundo em geral.<br />

Relembramos que, na sua alocução inaugural do Concílio, o Papa João XXIII admitiu<br />

abertamente que o Concílio (e depois dele a maior parte da Igreja) já não condenaria os<br />

erros; antes se abriria ao Mundo, numa apresentação “positiva” do Seu ensino aos<br />

“homens de boa vontade”. O que se lhe seguiu - e que o próprio Papa Paulo VI teve de<br />

admitir - não foi a conversão esperançosa dos “homens de boa vontade”, mas sim aquilo<br />

a que o próprio Paulo VI chamou «uma verdadeira invasão da Igreja pelo pensamento<br />

mundano». Por outras palavras - tanto quanto isto seja possível na Igreja Católica (que<br />

nunca pode falhar completamente na Sua missão) -, tratou-se de um tipo de Adaptação<br />

sergiana do Catolicismo Romano.<br />

Ora, de acordo com esta Adaptação da Igreja Católica, por volta do ano 2000 a<br />

Mensagem de Fátima estaria firmemente subjugada às exigências da nova orientação: já<br />

tinha sido determinado por certos membros do aparelho de estado do Vaticano que a<br />

Rússia não seria mencionada em cerimónia alguma de Consagração que o Papa pudesse<br />

realizar, em resposta aos pedidos da Virgem. No número de Novembro de 2000 da<br />

revista Inside the Vatican, um Cardeal proeminente, identificado apenas como «um dos<br />

conselheiros mais próximos do Santo Padre», é citado deste modo: «Roma receia que os<br />

Ortodoxos Russos pudessem considerar uma ‘ofensa’ o facto de Roma fazer uma<br />

menção específica da Rússia numa tal oração - como se a Rússia precisasse<br />

especialmente de ajuda, quando o Mundo inteiro, incluindo o Ocidente pós-Cristão,<br />

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