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Vemos agora, claramente exposto, o motivo para o crime que é o assunto deste<br />

livro. Há uma oposição fundamental entre a “nova” Igreja, lançada pelo Vaticano II, e<br />

a Igreja de sempre, representada pela Mensagem de Fátima. A Mensagem de Fátima é<br />

um obstáculo divino no caminho daqueles que estão determinados a arrasar os bastiões<br />

da antiga Igreja, para poderem erguer uma nova Igreja, mais “iluminada”, sobre os<br />

destroços.<br />

Estas duas visões opostas da Igreja - a visão de uma “nova” Igreja e a visão da<br />

Igreja de sempre, como Fátima vinha mostrar - não podem coexistir. Uma visão tem que<br />

ceder à outra. Os homens que são o assunto deste livro fizeram (explicita ou<br />

implicitamente) a sua opção relativamente à visão da Igreja que, no seu entender, deverá<br />

governar: escolheram a nova visão - a nova orientação da Igreja iniciada em Metz e no<br />

Vaticano II. Naquela escolha baseia-se o seu motivo, e naquele motivo se baseia a<br />

nossa compreensão das suas acções contra a Mensagem de Fátima - de outro modo<br />

inexplicáveis.<br />

Pondo de lado, de momento, a questão dos motivos subjectivos dos proponentes<br />

desta nova orientação - que falam por si próprios nas declarações que apresentámos -,<br />

não se pode negar que, objectivamente, as suas acções são escandalosas, suicidas para a<br />

Igreja (num sentido relativo, é claro) e prejudicial para milhões de almas. Assim sendo,<br />

as suas acções constituem um crime, independentemente daquilo que os perpetradores<br />

possam pretender subjectivamente: porque uma pessoa pode cometer um crime por<br />

descuido ou negligência culpável sem ter pretendido causar danos conscientemente.<br />

Ora, assim como um homem que acredita sinceramente que está certo assassinar alguém<br />

continua a ser culpado de assassínio, assim também aqueles que prejudicaram a Igreja -<br />

embora com a melhor das intenções - são culpados de crime contra Ela. É a diferença<br />

entre o que a lei chama uma intenção específica de causar dano a outrem, e uma<br />

intenção geral de fazer um acto que (deveria saber-se que) causaria dano, mesmo se a<br />

pessoa não deseja, subjectivamente, causar esse dano. Por outras palavras: a lei castiga<br />

actos deliberados cometidos por alguém que deveria ter pensado melhor antes de<br />

cometer tal acto.<br />

Para alguns dos responsáveis por este desastre, pode haver um sentido extraviado<br />

de “iluminação” - «fazer mal sob o disfarce do bem» - ou uma «desorientação<br />

diabólica» na direcção da Igreja, para citar as palavras da própria Irmã Lúcia. Em<br />

relação a estes indivíduos, trata-se de um caso de «cegos que guiam outros cegos»,<br />

como afirmou a Irmã Lúcia 12 referindo-se ao que Jesus disse no Evangelho (Mt. 15:14),<br />

«o cego conduzindo o cego». Também é um caso de cegos que se recusam a admitir que<br />

estão cegos: na realidade, alguns destes homens podem ter-se convencido de que aquilo<br />

que estão a fazer é o melhor para a Igreja - embora seja manifestamente ruinoso.<br />

Seja qual for o caso, mostraremos que os acusados são objectivamente culpados de um<br />

crime terrível contra a Igreja e o mundo, pela sua participação numa verdadeira<br />

conspiração para frustrar o cumprimento da Mensagem autêntica de Fátima. Que Deus<br />

seja o Juíz das suas almas. As suas palavras objectivas e acções, porém, julgam-se por si<br />

próprias no tribunal externo da História.<br />

O que é mais, as acções destes homens podem ser julgadas à luz do próprio ensino<br />

infalível da Igreja, que (como já vimos) eles declararam abertamente “antiquado”, ou<br />

que “corrigiram” segundo a maneira “moderna” de pensar e a “nova teologia”. Os<br />

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