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Uma crise de Fé e de disciplina na Igreja<br />

Os Católicos fiéis, dantes agrupados em torno de crenças comuns – universais –,<br />

sentem-se agora confusos e dispersos; como se, separados uns dos outros, caminhassem<br />

em diferentes direcções em cada região. E isto devido a uma liderança contraditória e<br />

duvidosa a todos os níveis. Aquela Igreja Católica sólida e monolítica deixou já de<br />

existir: hoje está cheia de fracturas - ao longo das quais iremos avançando neste livro.<br />

Nele verá o leitor uma liderança eclesial fragmentada, cuja primeira fissura divide um<br />

Papa absolutamente crente nos seus súbditos imediatos - que podem ser tudo menos<br />

verdadeiros súbditos.<br />

Neste ponto, é bom recordar como é, tradicionalmente, a estrutura da Igreja, que é<br />

muito diferente de uma democracia. Os Bispos da Igreja Católica não são eleitos pelos<br />

Fiéis, nem sequer pelos seus pares; são escolhidos pelo Papa e sagrados por ele ou (mais<br />

geralmente) por um Bispo mais antigo; e o poder que lhes é conferido através desta<br />

consagração vem directamente de Deus. Uma vez sagrado, o novo Bispo fica, em última<br />

instância, responsável apenas perante Deus e, abaixo de Deus, devedor de obediência<br />

(nos assuntos da Igreja) só ao Papa. Ora o que acontece é que certos altos Prelados que<br />

rodeiam o Papa e que deviam ser os Seus assessores são antes ( como dissemos) tudo<br />

menos súbditos fiéis.<br />

Esta obra examina de perto quatro Prelados do Vaticano e documenta largamente<br />

qual tem sido o seu papel num plano para “fechar o livro” de Fátima - porque Fátima é<br />

“politicamente incorrecta” e a voz da crença tradicional católica. Enquanto não houver<br />

certezas sobre as motivações individuais destes Prelados, continuará de pé, como<br />

conclusão, que a sua actuação tem contribuído muito para a actual crise de Fé e de<br />

disciplina na Igreja. Vem-se tornando por demais evidente que já não é possível<br />

determinar com clareza em que é que acreditam, verdadeiramente, estes funcionários do<br />

Vaticano. O lugar de Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, que dantes era<br />

ocupado por pessoa idónea cujo compromisso à conservação da Doutrina Católica era<br />

absoluto e indiscutível, está hoje nas mãos do Cardeal Joseph Ratzinger - e em que<br />

acredita ele? As suas entrevistas e pronunciamentos contêm afirmações tão cheias de<br />

ambiguidade que em muitas áreas nem os peritos em Teologia conseguem afirmar, com<br />

exactidão, em que é que ele acredita.<br />

Se aquilo que o Cardeal Ratzinger pensa ou deixa de pensar sobre assuntos de<br />

doutrina católica nada significa para os Não-Católicos - já o que ele pensa sobre as<br />

aparições, milagres e profecias significa muitíssimo para todos no caso de Fátima.<br />

Vejamos: se ele não acredita nas aparições de Fátima, se trata com indiferença o<br />

Milagre do Sol, e ignora e despreza as profecias da Mensagem de Nossa Senhora, então<br />

pode estar a pôr em risco o Mundo inteiro - Católicos ou não, crentes ou ateus. Não é<br />

preciso alguém ser Católico para se interrogar sobre Deus, e sobre qual o modo que<br />

Deus escolhe para comunicar com a Humanidade. Ora, para comunicar com a<br />

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