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Capítulo 7<br />

A demolição de bastiões<br />

Não admira que os piores inimigos da Igreja tenham ficado assim tão contentes<br />

com o Concílio e com as mudanças radicais que ele introduziu. E também ficaram, sem<br />

dúvida, bastante satisfeitos com o súbito e catastrófico colapso eclesial, em todos os<br />

sentidos, depois do Vaticano II. Todas as estatísticas disponíveis mostram que as<br />

mudanças sem precedentes que se seguiram ao Concílio Vaticano II foram<br />

acompanhadas por declínios, igualmente sem precedentes, no número de Padres e<br />

Religiosos, no número de novas ordenações, no número de seminaristas, e no número<br />

de conversões e de baptismos. Imediatamente depois do Vaticano II, cerca de 50.000<br />

Padres desertaram - pelo que hoje há, aproximadamente, menos 50.000 Padres<br />

católicos do que havia há trinta e um anos atrás. Em 1997 houve menos baptismos nos<br />

Estados Unidos do que em 1970 1 .<br />

Até mesmo o Cardeal Ratzinger falou de «um processo continuado de decadência<br />

que tem permanecido, em boa parte, com base em inspirações do Concílio, tendo,<br />

assim, desacreditado o Concílio aos olhos de muitas pessoas» 2 . Apesar disto, o Cardeal<br />

Ratzinger, tal como os outros que presidiram a esta tragédia, insiste - por incrível que<br />

pareça - em que precisamos mais do mesmo “remédio”, ou seja, que precisamos mais da<br />

nova orientação do Vaticano II:<br />

Isto significa que o próprio Concílio deve ser revogado? Certamente que não.<br />

Significa apenas que a recepção autêntica do Concílio ainda nem sequer começou. O<br />

que devastou a Igreja depois do Concílio não foi o Concílio em si mesmo, mas sim a<br />

recusa em o aceitar. (…) Portanto, a nossa tarefa não é suprimir o Concílio mas<br />

descobrir o autêntico Concílio e aprofundar a sua verdadeira intenção à luz da<br />

experiência presente 3 .<br />

Indo ainda mais longe, e citando como autoridade sua um dos teólogos neomodernistas<br />

que mais ajudaram a desencadear este desastre para a Igreja, o Cardeal<br />

Ratzinger declarou:<br />

O facto é que, como Hans Urs von Balthasar referiu, já em 1952, (…) Ela [a Igreja]<br />

tem de renunciar a muitas das coisas que Lhe têm até agora inspirado segurança e que<br />

Ela aceitou como certas. Ela tem de demolir bastiões há muito existentes e confiar<br />

somente na protecção da Fé 4 .<br />

O apelo do Cardeal à “demolição de bastiões há muito existentes” na Igreja é,<br />

talvez, a confissão mais condenatória de todas as que dizem respeito à nova orientação<br />

revolucionária da Igreja, trazida pelo Concílio Vaticano Segundo. Porque, a que poderia<br />

o Cardeal chamar «bastiões há muito existentes», a não ser às defesas tradicionais da<br />

Igreja contra os Seus inimigos - que o próprio Cardeal, condescendentemente, descreve<br />

como «muitas das coisas que Lhe têm até agora inspirado segurança [à Igreja] e que Ela<br />

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