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império não abrange tão só as nações católicas ou os cristãos batizados, que<br />

jurìdicamente pertencem à Igreja, ainda quando dela separados por opiniões errôneas ou<br />

pelo cisma: estende-se igualmente e sem exceções aos homens todos, mesmo alheios à<br />

fé cristã, de modo que o império de Cristo Jesus abarca, em todo o rigor da verdade, o<br />

gênero humano inteiro.” E, neste particular, não cabe fazer distinção entre os<br />

indivíduos, as famílias e os estados; pois os homens não estão menos sujeitos à<br />

autoridade de Cristo em sua vida coletiva do que na vida individual 72 .<br />

A “Civilização do Amor”<br />

substitui a conversão dos pagãos<br />

Todavia, depois do Vaticano II o Reinado Social de Cristo foi substituído por uma<br />

coisa chamada “civilização do amor” - uma expressão inventada pelo Papa Paulo VI<br />

para descrever a noção utópica de que o “diálogo com o mundo” levaria a uma<br />

fraternidade universal de religiões que não seria, de modo algum, explicitamente cristã.<br />

Desde então, o slogan da “civilização do amor” tem sido incessantemente repetido. Foi<br />

assim que o Papa João Paulo II descreveu esta novidade no seu discurso para o Dia<br />

Mundial da Paz de 2001:<br />

O diálogo leva ao reconhecimento da diversidade e abre o espírito à aceitação<br />

mútua e à autêntica colaboração exigida pela vocação básica de unidade da família<br />

humana. Assim, o diálogo é um meio privilegiado para a construção da civilização do<br />

amor e da paz que o meu venerado antecessor Paulo VI indicou como o ideal para<br />

inspirar a vida cultural, social, política e económica no nosso tempo (...) As diferentes<br />

religiões também podem e devem contribuir decisivamente para este processo. Os meus<br />

muitos encontros com representantes de outras religiões - recordo-me especialmente do<br />

encontro em Assis de 1986 e na Praça de S. Pedro em 1999 - deram-me mais confiança<br />

de que uma abertura mútua entre os seguidores das várias religiões pode servir muito a<br />

causa da paz e o bem comum da família humana 73 . (Ênfase acrescentada)<br />

Até o João Paulo II foi levado a pensar que os encontros inter-religiosos de oração,<br />

tais como os de Assis em 1986 e 2002, são parte dos meios pelos quais se supõe que<br />

esta noção utópica virá a ser realizada. Todavia, uma visão de tais espectáculos chegaria<br />

para horrorizar o Papa Pio XI e qualquer dos seus antecessores. Entretanto, o Reinado<br />

Social de Cristo numa ordem social católica está excluído de facto da nova orientação.<br />

É evidente que a nova orientação “ecuménica” e “inter-religiosa” da Igreja não<br />

pode de maneira alguma ser reconciliada com a Mensagem de Fátima, o que explica<br />

que, desde o Vaticano II, se tenha feito um esforço para “rever” a Mensagem de acordo<br />

com a nova orientação, ou mesmo enterrá-la por completo.<br />

Os Católicos são obrigados<br />

a aceitar a nova orientação da Igreja?<br />

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