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Gigante de concreto Centro Empresarial de São Paulo é o maior complexo comercial da América Latina e o primeiro do Brasil a adotar o conceito de Intelligent Building Os arranha-céus envidraçados da capital paulista chamam a atenção, mas ainda assim não superam o Centro Empresarial de São Paulo (Cenesp), que há mais de 30 anos se mantém como o maior complexo comercial da América Latina. Ao todo, são 410 mil m² de área construída no projeto do arquiteto carioca João Henrique Rocha. Ele trouxe ao Brasil o primeiro empreendimento com o conceito de Intelligent Building, ou seja, construções que utilizam tecnologia e processos automatizados para se tornarem mais seguras e produtivas aos ocupantes e mais eficientes operacionalmente para proprietários. A construção do complexo teve início em 1973 e envolveu cerca de quatro mil homens. Inaugurado em 15 de abril de 1977, o centro empresarial foi erguido em terreno de 23 hectares próximo à Marginal Pinheiros, num local rodeado por 185 mil m² de área verde - equivalente a quatro parques Trianon. A área construída do condomínio ocupa 350 mil m² (o mesmo que 50 campos de futebol) e os andares têm área útil de 2,8 mil m². Os sete blocos do complexo abrigam 67 empresas de grande e médio porte, um centro de eventos e um shopping com aproximadamente 100 lojas, além de posto de gasolina, oficina mecânica, estacionamento para 4.500 carros e até heliponto. Toda essa infraestrutura recebe, diariamente, 20 mil pessoas que trabalham no local e cerca de três mil visitantes. Tecnologia avançada Há alguns anos, o complexo passou por um processo de modernização de arquitetura e de infraestrutura de utilidades. Foram investidos aproximadamente R$ 90 milhões em obras. As mais recentes foram novos sistemas de controle de acesso aos blocos, sistema fechado digital de segurança, com gravação e acompanhamento, além de automação de ar-condicionado. Além disso, as empresas instaladas no Centro Empresarial utilizam um sistema que reúne chamadas de voz, e-mail, fax e Internet a partir de redes de computadores das próprias empresas, sem a necessidade de instalação de sistemas individuais para cada serviço. O condomínio oferece às empresas a opção de serviços de instalação e manutenção civil, hidráulica e elétrica. As solicitações são feitas por moderno sistema de informática que opera pela Internet e interliga todo o complexo. Os elevadores têm sistema de acionamento variável por meio de painéis digitais que permitem maior supervisão e controle, além de gerar uma economia de 45% no consumo de energia. Neste sistema, o motor tem velocidade variável (funciona somente quando necessário) e varia a potência do motor de acordo com a carga. Com quase três décadas de existência, o Cenesp permanece o gigante empresarial da América Latina e, acima de tudo, está constantemente se atualizando e se adequando às necessidades modernas, oferecendo aos seus usuários e frequentadores um local apropriado para trabalhar. O Cenesp se mantém até hoje como o maior complexo comercial da América Latina
Sustentabilidade Luz na reciclagem Jones Lang LaSalle inclui lâmpadas na coleta de resíduos dos clientes e faz descarte correto para evitar contaminação por componentes tóxicos O tema da reciclagem está tão presente no nosso dia a dia, que hoje é fácil encontrar as lixeiras coloridas que especificam o descarte correto de papel, plástico, metal e vidro. Mas, quando há mais de um material reciclável no item a ser descartado, fica a dúvida sobre qual o destino mais adequado. Isso acontece com lâmpadas, por exemplo, que possuem vidro e alumínio em sua composição, ambos materiais recicláveis. No entanto, a separação deles não é simples, principalmente porque lâmpadas possuem mercúrio e pó de fósforo, que são produtos tóxicos. Para facilitar o trabalho de reciclagem dos prédios que administra, no ano passado a Jones Lang LaSalle iniciou o processo de coleta de lâmpadas incandescentes e fluorescentes, além dos resíduos já coletados. “Desenvolvemos um trabalho de conscientização junto aos ocupantes dos condomínios para que eles separassem os materiais. Daí por diante, contratamos uma empresa, a Green Company, que faz a separação dos materiais adequadamente”, explica Evaldo Pisani, Gerente do Departamento Técnico da Jones Lang LaSalle. Processo A reciclagem das lâmpadas é feita no próprio edifício, por uma máquina que possui a capacidade de processar até 200 lâmpadas por hora. O material é quebrado em vários pedaços, num processo chamado descaracterização. “As lâmpadas, que são classificadas como resíduos perigosos (classe 1), após o processo feito no próprio local, transformam-se em resíduos comuns (classe 2), facilitando Reciclagem de lâmpadas transforma resíduos tóxicos em comuns panorama • abril 2011 seu manuseio e transporte”, explica Rodolfo Ferraz, diretor da Green Company, empresa de soluções em sustentabilidade responsável pelo trabalho. O vapor de mercúrio e o pó de fósforo liberados no processo vão para filtros separados, que fazem sua descontaminação. O vidro, o alumínio e todos os resíduos são encaminhados para parceiros, que fazem a reciclagem e ganham novas utilidades. O vidro das lâmpadas, por exemplo, é encaminhado para uma empresa que produz tintas especiais para asfalto que refletem a luz à noite. Atualmente, 20 edifícios administrados pela Jones Lang LaSalle já usufruem do serviço, sem pagar mais por isso. A meta é atender a todos os clientes até o final de 2011. “O que oferecemos com a reciclagem de lâmpadas é um diferencial, algo pouco praticado no mercado. O potencial de crescimento deste serviço é enorme. Estamos investindo na conscientização das empresas e incentivando o debate em torno da sustentabilidade”, completa Pisani. Novo modelo A reciclagem de resíduos é uma prática conhecida dos brasileiros desde a década de 80. Mas para que ela ganhasse importância ao longo das últimas décadas, foi necessário que as empresas reconhecessem nos resíduos uma fonte de riqueza. Assim, deixamos de cortar mais árvores para produzir papel, e reciclamos latas de alumínio, vidros e restos de comida. Além disso, a reciclagem gera postos de trabalho e fonte de renda para as empresas. E os resultados da reciclagem no Brasil são expressivos. De acordo com a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidros (Abvidro), 47% das embalagens de vidro são recicladas no Brasil, somando 390 mil toneladas por ano. Já a relação entre volume e consumo doméstico de alumínio indica um percentual de 36,6% de reciclagem, que é superior a média mundial de 31,3%, segundo a Associação Brasileira de Alumínio (Abal). Cerca de 50% de todos os papéis que circularam no país, em 2009, foram encaminhados à reciclagem pós-consumo, de acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). A Jones Lang LaSalle está atenta à gestão inteligente dos resíduos produzidos nos condomínios que administra: em todos a coleta seletiva é prática obrigatória. “Queremos ser sustentáveis e queremos administrar edifícios sustentáveis”, afirma Pisani. 11
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