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Para conferir um maior aproveitamento dos espaços, a
sugestão da designer Denice Lusa, da Spazio Ufficio, é, além
de trabalhar com móveis sob medida, seguir uma tendência
europeia, na qual os armários não possuem fundo. “Esse recurso
permite uma maior ventilação das roupas e fornece espaço para
diversas combinações de acabamentos e materiais”, revela.
Por sua vez, a iluminação do ambiente pode arrematar
ou arruinar o espaço. Anna explica que o ideal é usar lâmpadas
fluorescentes com tonalidade amarelada, que não esquentam o
ambiente e não distorcem as cores das roupas.
Em relação aos materiais, é necessário personalizar o
espaço de acordo com a identidade do morador. “Gosto de
recomendar piso laminado de madeira, tapetes ou carpetes,
papéis de parede e tecidos que reflitam a personalidade
do usuário”, destaca. “Priorizo também o uso de cores
aconchegantes e quentes, porém recomendo evitar objetos de
decoração que possam quebrar, pois é um espaço para se ficar à
vontade e que deve propiciar movimentos amplos para a troca de
roupas”, completa Anna.
Para relaxar
Pode parecer estranho, mas os banheiros também
acompanham o novo jeito de morar do brasileiro. Mais que espaços
destinados à higienização esses ambientes são agora considerados
áreas de relaxamento. É o que explica Bender. “Banheiras,
chuveiros relaxantes, saunas e diversos outros produtos viraram
bens de consumo dos clientes, muitas vezes até itens desejados”.
Além de o antigo banheiro receber status de sala de banho,
Denice assegura que, nos últimos anos, ganhou ainda mais atenção
na decoração. “O lavabo, por exemplo, foi transformado em um
dos espaços mais charmosos com a elegância do mármore”,
destaca. Mas para que essas mudanças possam ocorrer, é preciso
repensar também o mobiliário no banheiro, que, segundo a designer
de produtos, deve acompanhar a ideia de espaços compactos.
“Espaço e conforto andam lado a lado, mas nem sempre
dispomos de ambientes generosos em nosso lar”, considera.
Entretanto, é necessário pensar na circulação do banheiro, o
que envolve a organização equilibrada de todos os elementos do
ambiente. “Uma boa alternativa é utilizar os móveis planejados
e os armários embutidos. Para aproveitar ainda mais o local, os
móveis podem ser substituídos por gaveteiros ou prateleiras que,
na horizontal, alongam as paredes”, sugere Denice.
A designer Anna ressalta que o fundamental para causar
a sensação de amplitude de espaços é fazer uso de cores claras,
uso contínuo dos materiais, linhas retas, espelhos e nichos.
Ela recomenda, ainda, alguns itens para transformar simples
banheiros em salas de banho. “Bancadas de medidas generosas
e prateleiras sob medida para organizar os cosméticos, uso de
duto de ventilação dentro do boxe para liberar o excesso de
vapor, duchas e cubas duplas, banheiras, iluminação especial e
materiais nobres”.
O uso de pastilhas está em alta neste ambiente. “Pastilhas
e porcelanatos retificados, além de proteger as paredes, podem
Para a execução de um quarto bem pequeno, segundo a designer Anna Gomes, a
prioridade foi para a marcenaria branca. Como o espaço para criado-mudo ficou
bem reduzido, Anna optou por fixar os pendentes de papel reciclado no teto,
com um fio de luz bem comprido, usando lâmpadas incandescentes, o que gerou
uma luz suave e ao mesmo tempo adequada para leitura. Os criados foram
fixados diretamente no painel atrás da cama, conferindo leveza ao espaço
dar vida com a variedade de cores
no mercado”, indica Bender.
Outra grande novidade nos
banheiros, em oposição à integração
dos ambientes nas áreas íntimas,
é o uso de espaços individuais.
“Vem acontecendo um movimento
bastante curioso nos últimos anos:
cada cônjuge tem seu próprio
banheiro”, afirma a designer Anna,
revelando que: “casais que aderiram
à novidade atestam que evita
muitos atritos”.
Futuro
E quais são as perspectivas
para os próximos anos? Segundo
Anna, o que se observa, tanto na
arquitetura quanto no design e na
moda, são ciclos recorrentes, que
ocorrem da seguinte maneira: a
década seguinte se opõe a quase
tudo que se usou na década
anterior, porém resgata elementos
das décadas anteriores a esta.
Portanto, “vemos sempre releituras
de períodos anteriores pincelando as
criações de ambientes e de espaços
atuais”, declara.
Denice enfatiza a ambientação
das casas contemporâneas. “Não
queremos mais a casa de revista,
muito menos de vitrine. Não
esperamos mais por ambientes
sem alma, separando, restringindo,
individualizando”. Para ela, a casa do
futuro deve ser mutável e flexível.
“Não devemos nos ater somente às
novas tecnologias, mas à questão
espacial de cada residência. Já
que falamos tanto em integração,
não podemos nos fixar na ideia
de ambientes que não sejam
polivalentes”, ilustra.
E mais: a vida agitada das
grandes cidades, segundo Anna,
também ajudou a modificar o
tamanho das casas e as formas
de habitar. Mas na opinião dela,
em breve um ciclo inverso
deverá ocorrer. “Acredito que
as pessoas vão começar a
buscar casas de vila e casas
em condomínios mais afastados
do centro da cidade. Isso
criará novamente o desafio
de projetar decorações de
interiores para grandes espaços”.
Confira na próxima edição da Móbile Decore a última
reportagem da série sobre as propostas para projetar e
decorar as áreas externas.
Divulgação
SETEMBRO/OUTUBRO 2011 MÓBILE DECORE 57