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Móbile 30 anos por Flávia Barbosa Três décadas como referência para o setor Móbile completa 30 anos de publicações em outubro Informação de qualidade direcionada ao setor moveleiro. Com esta proposta, a primeira edição do jornal Móbile entrou em circulação em outubro de 1981. E hoje é uma percepção geral do mercado que, durante estes 30 anos, mais do que informar, as publicações Móbile anteciparam tendências, estimularam vendas, motivaram reflexões, ensinaram e ajudaram lojistas e profissionais do mercado de mobiliário e decoração a crescer. Através de diferentes fontes de apurações e opiniões e de aprofundada pesquisa, as publicações da Alternativa Editorial estimulam discussões acerca dos temas mais relevantes para o setor moveleiro. Um deles é o design, que veio ganhando projeção, acompanhando a trajetória da editora (fundada ainda antes dos títulos Móbile, em março de 1980), ao longo destes 30 anos. Já em sua primeira edição, o então jornal Móbile colocou em debate a importância do design para a cadeia produtiva moveleira. Naquela época, a atividade ainda era uma raridade na indústria nacional de móveis, mas as páginas do jornal Móbile já adiantavam sua evolução. “Tudo é muito restrito, no Brasil principalmente, à decoração; o design é uma atividade quase elitizada a móveis de maior categoria não chegando, quase nunca, a móveis fabricados em série para consumo em larga escala”, apontava uma das fontes da reportagem “Design, este importante desconhecido”. Em um dos trechos da reportagem constava: “Mesmo em fase inicial a atividade já se mostra em condições de evoluir pois é preciso chegar ao desenho brasileiro, feito para um consumidor também brasileiro, ávido por produtos que se encaixem a seu modus vivendi e à sua personalidade, tão característica”. Em julho de 1998, a editora lançou então a revista Móbile Decore, voltada ao mercado de móveis de alta decoração, propondo lançamentos, novas tendências, ideias de projetos de decoração e ambientação e matérias sobre design. Já no primeiro exemplar, a Móbile Decore levantou uma importante questão, com renomados 42 MÓBILE DECORE SETEMBRO/OUTUBRO 2011 Reprodução Já na primeira edição do então jornal Móbile, em 1981, os caminhos do design eram traçados pela publicação designers da época, Manlio Gobbi, André Marx e Maria Bernadete Brandão: criar é preciso. A reportagem afirmava, através da opinião dos entrevistados, que havia chegado a hora de criar produtos genuinamente brasileiros, sugerindo a troca da ‘cultura da cópia pela cultura do design’. Em contrapartida, a segunda edição da Móbile Decore publicou uma reportagem com Paola Antonelli, curadora até hoje do Departamento de Arquitetura e Design do Museu de Arte Moderna de Nova York – MoMa, que Estar um passo à frente argumentou os benefícios da ‘cópia construtiva’, defendendo a controversa tese de que o “designer copia para aprender como fazer melhor”. Já em maio de 1999, em sua edição de número seis, a Móbile Decore antecipou, em meio às declarações do designer Maurício Azeredo, que as novas indústrias começavam a incorporar o design como processo fundamental para o sucesso dos negócios. Para o designer Ivens Fontoura, autor do livro Uma visão do design moveleiro Maria Lenice de Oliveira, proprietária de O Mundo dos Estofados, de Curitiba (PR), assinante da Móbile Decore desde as primeiras edições, afirma que a revista ajuda a orientar o profissional do setor: “Tem informações técnicas e precisas, principalmente específicas para o lojista. O calendário e os lançamentos das feiras ajudam a nos manter atualizados. Além das análises econômicas, que nos dão previsão de mercado e auxiliam nos negócios”. Maria Ângela Braga, proprietária da Linear Móveis, de João Pessoa (PB), assinante da Móbile Decore há sete anos, diz que a revista é muito importante para mantê-la atualizada: “Como eu não posso ir a todas as feiras, a Decore permite que eu esteja sempre à frente das novidades e lançamentos”.

latinoamericano, ainda no final dos anos 80, a configuração do design era complicada. Mas em 10 anos o cenário mudou. “O profissional do design, pode ser considerado pelo empresário como custo. Nós pensamos que não é custo, é investimento”, afirma Fontoura em entrevista a esta edição da Móbile Decore. No final do ano 2000, na 16ª edição da revista, a matéria de capa “A hora e a vez do design” posicionou a atividade como estratégia essencial para agregar valor aos produtos e diferenciálos da concorrência, oferecendo algo mais além de preço e qualidade. A reportagem, além de informar que o principal motivo que levava então algumas das indústrias moveleiras a apostar no design era a diferenciação, preocupava-se em explicar minuciosamente o conceito da atividade. “Didaticamente, ‘design é a melhoria dos aspectos funcionais, ergonômicos e visuais dos produtos, de modo a atender às necessidades do consumidor, melhorando o conforto, a segurança e a satisfação dos usuários’, define a cartilha ‘A importância do design na sua empresa’, da Confederação Nacional das Indústrias (CNI)”, dizia a matéria. Já no século 21, a edição 19 da Decore constata a tendência apontada no primeiro número do então jornal Móbile, de que o design no País deveria se encaminhar para um processo de evolução. A reportagem identificou empresas que apostaram na incorporação e contratação de designers para se tornar mais competitivas. Três edições depois, a revista mostrou que o ciclo de renovação do design do móvel estava ocorrendo a cada dez anos. Na avaliação do designer e pesquisador Ivens Fontoura, o design é cíclico, mas o tempo de renovação varia de acordo com o contexto da época. “Ele modifica conforme a intervenção de fatores que o atingem, assim como fenômenos naturais”, observa. Para ele, a renovação é resultado de pesquisa e de novas tecnologias. “É preciso pensar no tripé que sustenta o design: quem projeta, quem fabrica e quem consome”. Em setembro de 2003, na edição 38 da Móbile Decore, a cobertura da Feira Internacional de Móveis – Fenavem apontou os principais lançamentos de móveis de linha alta. Naquele período, segundo a publicação, as salas de estar apresentavamse mais horizontais, seguindo um movimento europeu. As novidades eram armários aéreos e portas de correr, possibilitando mobilidade à decoração. O retrô com toque de modernidade ganhava vida nas cristaleiras que voltavam à cena. Mais recentemente, em outubro de 2007, a Móbile Decore de número 65 divulgou os resultados da primeira edição da Casa Brasil. A reportagem de cobertura da feira notava que “(...) o foco no design e na estética colocou o produto brasileiro em pé de igualdade com os fabricados na Europa”. Os lançamentos variavam, desde produtos para as áreas externas, armários com portas de correr com perfis de alumínio, colchões ortopédicos, até linha de cozinha, com presença de lEDs, que iluminavam diversas partes do móvel. A edição 68, de abril de 2008, destacava que as portas de correr vieram para ficar. “O argumento é o de que essa solução agrada aos brasileiros pela praticidade”, constatava a reportagem, sobre a Movelsul Brasil 2008. Móveis multifuncionais ganharam design diferenciado e simpatia do consumidor, de acordo com a reportagem da Móbile Denise Ribeiro Arquivo Móbile Decore 73, em 2009. A publicação já dava indícios de que os imóveis estavam menores e decorá-los era uma tarefa difícil. “Tudo foi reduzido, da sala aos dormitórios. Alguns não têm nem mesmo área de serviço, que foi incorporada à cozinha. A solução, cada vez mais procurada pelos consumidores, foi passar a optar por móveis multifuncionais, capazes de otimizar os espaços, exercer diferentes funções e de ser mudados de ambiente quando necessário”. Já no ano de 2010, em sua 79ª edição, a Móbile Decore antecipou as tendências para o presente e para o futuro, em reportagem sobre a feira alemã Imm Cologne. A publicação Para o designer Ivens Fontoura, o design é cíclico. A renovação é resultado de pesquisa e de novas tecnologias: “É preciso pensar no tripé que sustenta o design: quem projeta, quem fabrica e quem consome” “O maior sucesso a comemorar é termos sobrevivido aos últimos 30 anos e nos encontrarmos com determinação e capacidade para escrevermos a história do setor nos próximos 30”, afirma Valcidio Perotti, diretor-presidente da Alternativa Editorial, editora dos títulos Móbile revelava que o conforto estava em evidência, por meio de Spas particulares, mesas de jantar maiores, design como estilo de vida e peças clássicas com valor atemporal. Desde o início, a Alternativa Editorial, com o jornal Móbile, mais tarde com a Móbile Decore e também pelos veículos digitais, como o portal eMobile (www.emobile.com. br), o site da Móbile Decore (www. mobiledecore.com.br) e a nova revista Radar Móbile (www.radarmobile. com.br), vem estimulando o debate acerca do passado, presente e futuro do design, reforçando seu compromisso com o leitor na busca por tendências e novidades para o setor. “É significativo na evolução da Móbile sua permanente capacidade de posicionar-se na vanguarda dos fatos que determinaram o crescimento do próprio setor moveleiro ao longo dos últimos 30 anos. Sempre procuramos enxergar e estar um passo à frente, para que nossa contribuição sempre tenha valor percebido”, assinala o diretorpresidente da Alternativa Editorial, Valcidio Perotti. Mais Móbile 30 anos Veja no site da Móbile Decore (www.mobiledecore.com.br) a linha do tempo que mostra toda a trajetória das publicações Móbile. SETEMBRO/OUTUBRO 2011 MÓBILE DECORE 43

Móbile <strong>30</strong> <strong>anos</strong> por Flávia Barbosa<br />

Três décadas<br />

como referência<br />

para o setor<br />

Móbile completa <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />

de publicações em outubro<br />

Informação de qualidade direcionada ao setor moveleiro. Com<br />

esta proposta, a primeira edição do jornal Móbile entrou em<br />

circulação em outubro de 1981. E hoje é uma percepção<br />

geral do mercado que, durante estes <strong>30</strong> <strong>anos</strong>, mais do que informar,<br />

as publicações Móbile anteciparam tendências, estimularam vendas,<br />

motivaram reflexões, ensinaram e ajudaram lojistas e profissionais do<br />

mercado de mobiliário e decoração a crescer. Através de<br />

diferentes fontes de apurações e opiniões e de aprofundada<br />

pesquisa, as publicações da Alternativa Editorial estimulam<br />

discussões acerca dos temas mais relevantes para o setor<br />

moveleiro. Um deles é o design, que veio ganhando projeção,<br />

acompanhando a trajetória da editora (fundada ainda antes dos<br />

títulos Móbile, em março de 1980), ao longo destes <strong>30</strong> <strong>anos</strong>.<br />

Já em sua primeira edição, o então jornal Móbile colocou em<br />

debate a importância do design para a cadeia produtiva moveleira.<br />

Naquela época, a atividade ainda era uma raridade na indústria<br />

nacional de móveis, mas as páginas do jornal Móbile já adiantavam<br />

sua evolução. “Tudo é muito restrito, no Brasil principalmente, à<br />

decoração; o design é uma atividade quase elitizada a móveis de<br />

maior categoria não chegando, quase nunca, a móveis fabricados<br />

em série para consumo em larga escala”, apontava uma das<br />

fontes da reportagem “Design, este importante desconhecido”.<br />

Em um dos trechos da reportagem constava: “Mesmo em fase<br />

inicial a atividade já se mostra em condições de evoluir pois é<br />

preciso chegar ao desenho brasileiro, feito para um consumidor<br />

também brasileiro, ávido por produtos que se encaixem a seu<br />

modus vivendi e à sua personalidade, tão característica”.<br />

Em julho de 1998, a editora lançou então a revista Móbile<br />

Decore, voltada ao mercado de móveis de alta decoração, propondo<br />

lançamentos, novas tendências, ideias de projetos de decoração e<br />

ambientação e matérias sobre design. Já no primeiro exemplar, a<br />

Móbile Decore levantou uma importante questão, com renomados<br />

42 MÓBILE DECORE SETEMBRO/OUTUBRO 2011<br />

Reprodução<br />

Já na primeira edição do<br />

então jornal Móbile, em 1981,<br />

os caminhos do design eram<br />

traçados pela publicação<br />

designers da época, Manlio Gobbi,<br />

André Marx e Maria Bernadete Brandão:<br />

criar é preciso. A reportagem afirmava,<br />

através da opinião dos entrevistados,<br />

que havia chegado a hora de criar<br />

produtos genuinamente brasileiros,<br />

sugerindo a troca da ‘cultura da cópia<br />

pela cultura do design’.<br />

Em contrapartida, a segunda<br />

edição da Móbile Decore publicou<br />

uma reportagem com Paola Antonelli,<br />

curadora até hoje do Departamento de<br />

Arquitetura e Design do Museu de Arte<br />

Moderna de Nova York – MoMa, que<br />

Estar um passo à frente<br />

argumentou os benefícios da ‘cópia<br />

construtiva’, defendendo a controversa<br />

tese de que o “designer copia para<br />

aprender como fazer melhor”.<br />

Já em maio de 1999, em sua<br />

edição de número seis, a Móbile<br />

Decore antecipou, em meio às<br />

declarações do designer Maurício<br />

Azeredo, que as novas indústrias<br />

começavam a incorporar o design<br />

como processo fundamental para<br />

o sucesso dos negócios. Para o<br />

designer Ivens Fontoura, autor do<br />

livro Uma visão do design moveleiro<br />

Maria Lenice de Oliveira, proprietária de O Mundo dos<br />

Estofados, de Curitiba (PR), assinante da Móbile Decore desde as<br />

primeiras edições, afirma que a revista ajuda a orientar o profissional<br />

do setor: “Tem informações técnicas e precisas, principalmente<br />

específicas para o lojista. O calendário e os lançamentos das feiras<br />

ajudam a nos manter atualizados. Além das análises econômicas, que<br />

nos dão previsão de mercado e auxiliam nos negócios”.<br />

Maria Ângela Braga, proprietária da Linear Móveis, de João<br />

Pessoa (PB), assinante da Móbile Decore há sete <strong>anos</strong>, diz que a<br />

revista é muito importante para mantê-la atualizada: “Como eu não<br />

posso ir a todas as feiras, a Decore permite que eu esteja sempre à<br />

frente das novidades e lançamentos”.

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