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Feiras – Casa Brasil por Denise Ribeiro, de Bento Gonçalves (RS)
Fórmula
de sucesso
Terceira Casa Brasil consolida estratégia de unir design e
negócios adotada desde a primeira edição da feira em 2007
Quando foi convidada para ser curadora da Casa Brasil
já na primeira edição da feira, criada pelo Sindicato das
Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves – Sindmóveis,
em 2007, a crítica de design, jornalista e editora de revista ARC
Design, Maria Helena Estrada, advertiu os organizadores para a
estratégia de longo prazo que deveria ser adotada. “O que eu
disse para eles foi o seguinte: se vocês concordarem em não
ganhar muito dinheiro na primeira feira, eu garanto que essa
feira vai ser de qualidade”, lembra Maria Helena.
Em sua terceira edição, a Casa Brasil mostrou este ano
que a opção pela qualidade do produto e o incentivo à inovação
deu certo. A feira realizada entre os dias 2 e 6 de agosto no
Parque de Eventos de Bento Gonçalves (RS), registrou em 2011
um público de 20,5 mil pessoas e um crescimento de 68% na
visitação de lojistas, em relação a 2009, segundo o Sindmóveis.
Para o presidente da entidade organizadora da Casa Brasil,
Glademir Ferrari, os números indicam que o objetivo de atrair
profissionais do setor, além de arquitetos, designers e a imprensa,
foi alcançado. “Foi grande o movimento de profissionais,
formadores de opinião e lojistas. Era esse público que nós
esperávamos para a feira e esse público veio”, comemora.
Na avaliação de Maria Helena, o profissionalismo na
organização da feira também contribuiu para o sucesso do
evento. “O Sindmóveis é muito profissional, eles sabem trabalhar
bem. Se eu explico por que aquela empresa não pode entrar,
eles ficam de acordo e não interferem”, elogia a curadora.
Para Maria Helena, a evolução da Casa Brasil ao longo das três
edições superou as expectativas. “O aumento de qualidade foi
exponencial de uma para outra. Nós estamos impressionados
com a qualidade dos produtos e a qualidade dos estandes. Os
30 MÓBILE DECORE SETEMBRO/OUTUBRO 2011
estandes estão muito bonitos”,
observa. Além de Maria Helena, a
equipe de curadoria da Casa Brasil
2011 contou com Renato Bernardi,
Ana Cristina Sant’anna Schneider,
Celi de Freitas, Maria Cristina
Moura (Tina) e Ana Luisa Cuervo
Lo Pumo (Lui).
Durante todo o período
que antecede a feira, o grupo de
curadores orienta os expositores
na seleção dos produtos que serão
apresentados. Para estar nos
estandes da Casa Brasil, a peça
não pode ser cópia e tem que
dialogar com o seu tempo, ou seja,
a produção contemporânea é o foco
da feira. “A Casa Brasil é com toda
a certeza a principal feira de design
do País. Não adianta vir para a Casa
Brasil sem design e conceito, ou com
alguma cópia”, ressalta o presidente
do Sindmóveis.
Para o presidente da
Associação das Indústrias de Móveis
do Estado do Rio Grande do Sul
(Movergs), Ivo Cansan, a evolução
demonstra que a feira está seguindo
na direção certa. “É um sucesso
agora consagrado definitivamente
Cida Demarchi
e que mostra o grande esforço,
dedicação e trabalho dos
organizadores e das indústrias, para
apresentar bons estandes e projetos
de ambientes”, afirma Cansan. “São
inovações que não se encontram
mais só na Europa, mas aqui em
Bento Gonçalves também”, aponta o
presidente da Movergs.
Este ano a Casa Brasil
contou com 180 expositores e
para a próxima edição há fila de
espera, segundo o presidente do
Sindmóveis. “Gente que nunca
expôs vai querer um espaço e
o pessoal que se adequou quer
aumento de área”, conta Ferrari. De
acordo com ele, os critérios para
participar da feira continuarão os
mesmos em 2013. “Não queremos