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móbile 30 anos - eMobile

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maneira que o cliente possa ter uma ideia de como vai ficar seu<br />

espaço”, diz Strunck.<br />

Uma dica do especialista é colocar, em cada peça,<br />

informações sobre ela. Procedência, material, modo de<br />

fabricação, curiosidades sobre o objeto. Porque quando o cliente<br />

vê um objeto, ele tem uma percepção de valor, que tem relação<br />

direta com o espaço em que ele está sendo exposto. Se, além<br />

disso, o potencial comprador souber mais sobre o objeto essa<br />

percepção de valor aumenta.<br />

“O cliente vai pensar, pôxa, mas esse valor está barato,<br />

porque isso não é apenas uma cadeira. Essa madeira é<br />

reflorestada e o tecido foi tingido lá na Itália, por exemplo”,<br />

aponta Struck. E coloca mais uma questão. “Cada vez haverá<br />

menos gente para atender no varejo, então se eu tenho mais<br />

compradores que vendedores em algum momento dentro da<br />

loja, algum cliente vai ficar desassistido. Mas se eu ofereço<br />

informação de qualidade, aumentam as chances desse cliente<br />

ficar circulando por ali até que um vendedor seja liberado”.<br />

E-consumidor<br />

Qualquer loja tem como clientes pessoas como eu e<br />

você. Mas como clientes, estamos todos mudando por conta da<br />

enorme quantidade de informações que temos hoje disponíveis.<br />

Segundo Strunck, a principal diferença entre o e-consumidor e o<br />

consumidor tradicional está relacionada ao tempo. Até porque,<br />

são as mesmas pessoas que hoje têm acesso a coisas diferentes.<br />

“A minha dinâmica, a minha interação com a loja virtual e<br />

a loja real são inteiramente distintas. Meu tempo é diferente. Eu<br />

posso ficar muito mais tempo navegando e comparando preços,<br />

do que eu tenho para ficar dentro de uma loja real. E apesar<br />

de eu continuar sendo eu mesmo,<br />

minha relação com esses varejos é<br />

diferente”, esclarece.<br />

No caso dos móveis, porém,<br />

as pessoas ainda têm uma relação<br />

muito física com eles. É difícil<br />

dimensionar o tamanho de uma<br />

poltrona, por exemplo, em relação<br />

ao tamanho da própria pessoa, só<br />

olhando uma foto na internet. “A<br />

gente imagina e quando vai ver é<br />

muito maior, ou muito menor. Então<br />

o mais comum é que a pesquisa seja<br />

feita no meio digital, mas a compra<br />

seja fechada pessoalmente”, coloca<br />

Strunck.<br />

O que definitivamente muda<br />

é a relação do vendedor com o<br />

cliente, que hoje é infinitamente<br />

mais informado do que no passado.<br />

E, segundo o especialista, esse<br />

vendedor terá que estar mais<br />

informado ainda, para acrescentar<br />

algo de relevante. Além disso, a loja<br />

deve se preocupar em estimular<br />

todos os sentidos do cliente, fato<br />

que não pode ser feito pela internet.<br />

“Quando você consegue estimular<br />

os sentidos deixa uma marca muito<br />

mais forte no consumidor”, diz o<br />

Divulgação<br />

designer. “O e-consumidor é cada<br />

vez mais todo mundo, então se tem<br />

que oferecer espaços que inspirem<br />

as pessoas, criem vivências. A loja<br />

tem que ter a consciência de estar<br />

recompensando o meu bem mais<br />

precioso, que é o meu tempo”,<br />

completa.<br />

Básico<br />

A primeira questão básica<br />

para o sucesso de qualquer loja é,<br />

indiscutivelmente, o atendimento.<br />

O especialista ressalta que a loja<br />

pode até ser feia, ou mal arrumada,<br />

mas se alguém está lá pronto para<br />

receber com um sorriso e um belo<br />

“bom dia”, a compra acontecerá<br />

do mesmo jeito. “Porque pessoas<br />

gostam de falar com pessoas, e nós,<br />

os latinos, adoramos todo tipo de<br />

contato”, diz. A oferta de produtos,<br />

no sentido da exposição do mix, e<br />

a oferta de preços, que devem ser<br />

adequados, são outros quesitos<br />

básicos. Junto a isso, o conceito e a<br />

ambientação da loja são, segundo o<br />

especialista, fundamentais.<br />

“Tem que ser profissional e<br />

estar antenado. Se a indústria quer<br />

modificar um produto, até ela fazer<br />

esse produto chegar na ponta, vai<br />

levar meses. Já no varejo, se faz<br />

calor no meio do inverno, uma loja<br />

pode trocar as roupas por peças<br />

mais leves por um tempo e a<br />

resposta é muito rápida. Eu consigo<br />

perceber se estou fazendo a coisa<br />

certa, muito rapidamente. Por isso<br />

o dono da loja, ou o gerente, tem<br />

que sempre prestar atenção no que<br />

está acontecendo, porque pequenas<br />

modificações em termos de preço,<br />

mercadoria ou novidades que ele<br />

faça, podem ter um resultado muito<br />

rápido, quase que imediato”,<br />

conclui Strunck.<br />

Projeto de ambientação<br />

desenvolvido por Gilberto<br />

Strunck para o segmento<br />

Van Gogh, do Santander<br />

SETEMBRO/OUTUBRO 2011 MÓBILE DECORE 17

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