móbile 30 anos - eMobile

Carta ao leitor 

Muito a 

comemorar 

Esta edição da Móbile Decore tem tantos destaques que fi ca 

até difícil começar esta carta. No período entre a publicação da 

Decore 88 e a atual foram realizadas a terceira edição da Casa Brasil, 

em Bento Gonçaves (RS), a primeira edição da Brasil Móveis, 

em São Paulo (SP), e também na capital paulista o sexto prêmio 

Top Móbile, promovido pela Alternativa Editorial, editora que 

publica os títulos Móbile. Além disso, comemoramos em outubro 

o aniversário de 30 anos da primeira edição do jornal Móbile, que 

deu origem aos demais títulos publicados pela editora. 

E há muito o que celebrar. A reportagem sobre estas três 

décadas de história mostra o papel das publicações Móbile no 

debate das questões relevantes para o desenvolvimento do setor, 

como o design, tema abordado já na primeira edição do jornal 

Móbile, em 1981. Acompanhe como este debate evoluiu até os 

dias de hoje. 

Outro destaque está no especial sobre ‘Áreas Íntimas’, 

dando continuidade à reportagem publicada na edição anterior, 

sobre as tendências para sala, hall e home theater, a segunda 

reportagem da série aborda as novas confi gurações para os 

ambientes mais reservados do lar, como os quartos e banheiros, 

chegando até os atuais home offi ces. 

A Decore traz também orientações para melhorar a gestão 

da loja na seção “Decore Ideias” e na reportagem sobre o tema 

que vem em seguida, na qual consultores da área falam sobre 

os recursos disponíveis e as estratégias que podem ser adotadas 

para atrair e fi delizar o cliente utilizando a criatividade para 

inovar e surpreender. 

Nas reportagens de cobertura das feiras: a consolidação 

da Casa Brasil como referência nacional em termos de design de 

mobiliário e negócios para o segmento de decoração; e a nova 

proposta de articulação da indústria moveleira apresentada pela 

Brasil Móveis. 

Passados 30 anos desde a primeira publicação Móbile, 

muita coisa mudou. Só não muda a nossa vontade de levar a 

você todas as novidades do setor e acompanhar de perto seu 

desenvolvimento, contribuindo para unir e fortalecer ainda mais 

toda a cadeia produtiva de móveis e seus parceiros. 

Boa leitura! 

Denise Ribeiro – Editora – denise.ribeiro@revistamobile.com.br 

6 MÓBILE DECORE SETEMBRO/OUTUBRO 2011 

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ANO XIV | EDIÇÃO 89 | SETEMBRO/OUTUBRO 2011 

Outras Publicações da Editora 

fi liações 

Os artigos assinados são de 

responsabilidade exclusiva 

dos autores. 

Permitida a reprodução 

total ou parcial do conteúdo 

desta revista desde que 

citada a fonte.

Paulo Bau 

Divulgação 

44 

Sumário 

30 

Seções 

06 CARTA AO LEITOR 

14 É NOVO 

16 DECORE IDEIAS 

28 DECORE PERSPECTIVA 

48 ARTIgO – FETIChE FAShION 


Divulgação 

40 

58 gIRO DE MERCADO 

62 MURAL 

63 CLICKS 

64 AgENDA 

66 ANUNCIANTES DA EDIÇÃO 

Capa 

Herval 

Mesa, cadeiras de jantar e balcão 

da linha Vintage 

Foto: Abruzzo www.abruzzo.com.br 

dvmoveis@herval.com.br 

www.herval.com.br 

(51) 3564-8300 

20 gESTÃO DE LOJA 

Estratégias para atrair e fidelizar o cliente aliam inovação e 

capacidade de surpreender 

26 CAPACITAÇÃO 

Ações de gestão empresarial ajudam arquitetos a profissionalizar 

a administração de seu negócio 

30 CASA BRASIL 

Confira a cobertura completa da terceira edição da Casa Brasil, 

realizada em Bento Gonçalves (RS) 

40 ESTRATÉgIA 

Difratelli comemora 20 anos com a criação da grife Difratelli 

Fatto e nova campanha conceitual 

42 MÓBILE 30 ANOS 

Três décadas de estímulo ao desenvolvimento do setor por meio 

do debate de temas relevantes e antecipação de tendências 

44 TOP MÓBILE 

Conheça os vencedores da sexta edição do prêmio das marcas 

mais lembradas da indústria do mobiliário 

50 BRASIL MÓVEIS 

Primeira edição da feira Brasil Móveis, em São Paulo (SP), propõe 

união em prol da competitividade do setor 

52 PERFIL 

Ronconi comemora 90 anos em transformação constante e com 

foco em crescer 15% ao ano 

54 ESPECIAL ÁREAS ÍNTIMAS 

As novas configurações dos ambientes privativos da casa 

brasileira contemporânea 

60 METAMORFOSE 

Artany aposta no fortalecimento da marca e inaugura lojas em 

Curitiba (PR) e em Gramado (RS)


Fale com a editora: redacao@revistamobile.com.br 

1. Casa Brasil 

A terceira edição da Casa Brasil, realizada entre os 

dias 2 e 6 de agosto no Parque de Eventos de Bento 

Gonçalves (RS), confi rmou que unir design e negócios 

dá certo. A feira registrou um público de 20,5 mil 

pessoas, segundo o Sindicato das Indústrias do 

Mobiliário de Bento Gonçalves – Sindmóveis, entidade 

que organiza o evento desde 2007. No site da Móbile 

Decore (www.mobiledecore.com.br) você assiste aos 

comentários em vídeo de Humberto Campana e Jum 

Nakao (foto) sobre os caminhos do design. E confere 

a galeria de fotos da feira. 

2 3 

2. Brasil Móveis 

A primeira edição da Brasil Móveis, realizada entre 9 e 12 de agosto 

no Anhembi, na cidade de São Paulo, atraiu em torno de 20 mil 

visitantes. A estimativa da organização é de que a feira possa gerar 

cerca de R$ 290 milhões em negócios. O evento substitui o Salão 

Abimóvel, cuja última edição foi realizada em 2009. A Movergs 

decidiu em assembleia, ainda em 2010, assumir a responsabilidade 

que até então era da Associação Brasileira das Indústrias de 

Mobiliário (Abimóvel). Acesse o site da Móbile Decore e confi ra as 

fotos nas galerias de imagens da feira. Assista também aos vídeos 

produzidos durante os quatro dias do evento. 

Móbile na Rede 

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www.emobile.com.br 

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1 

Francisco Carlos 

3. Top Móbile 

A sexta edição do prêmio Top Móbile foi realizada pela Alternativa 

Editorial – editora que publica os títulos Móbile – na noite de 10 

de agosto, no Teatro Elis Regina, em São Paulo capital, e teve 

pela primeira vez cobertura em tempo real. Foram contempladas 

este ano 39 categorias, entre “fabricantes de móveis seriados”, 

“fabricantes de móveis de decoração” e “fornecedores da indústria”. 

No www.emobile.com.br/topmobile você acessa galeria de fotos, 

videologs e notícias, além da lista dos vencedores de todas as 

categorias, histórico dos vencedores e acesso aos downloads dos 

selos dos vencedores. 


Paulo Bau

3 

É novo 

Design 

O designer Ibanez Razzera assina três lançamentos da coleção 

2011 da Quintue, de Nova Petrópolis (RS). A Poltrona Klle (1) é 

executada em madeira de jequitibá, certifi cada com o Documento 

de Origem Florestal (DOF), e apresenta assento em tecido, 

madeira cor natural e selador poliuretano. Seguindo a mesma 

linha da Klle, a Mesa de Centro X (2) é executada com madeira 

de jequitibá e cor natural. Outro lançamento é a cadeira Boba (3), 

com os mesmos materiais dos demais produtos, com o diferencial 

dos pés no estilo retrô. 

Informações: (54) 3033-0109 www.quintue.com.br 

Sofi sticação e leveza 

A Decameron, de São Paulo (SP), lança coleção de móveis feitos 

com a rocha Slimstone, um novo conceito de revestimento que 

alia tecnologia à elegância do material natural. A pedra cortada na 

espessura de 5 milímetros e aplicada com resina é mais leve e mais 

resistente que a convencional de 20 milímetros. As peças podem ser 

usadas em salas de jantar, livings, hall e áreas externas. 

Informações: (11) 3097-9344 

www.decamerondesign.com.br 


2 

1 

Fotos: Divulgação 

Conforto exclusivo 

A Mannes, de Guaramirim (SC), fabricante de colchões, estofados, espumas 

industriais e travesseiros, apresenta uma nova coleção criada pelo designer 

Marcelo Rosenbaum. Para a linha MDesign 2011 ele desenvolveu três 

estofados, BX, BG e SE. São poltronas, chaises e sofás de dois, três e 

quatro lugares feitos com materiais selecionados. O destaque é o BX, que 

tem plumas em sua composição. Pensando também na sustentabilidade, 

as peças têm na estrutura o eucalipto, madeira de refl orestamento 

ecologicamente correta. A coleção 2011, além de Rosenbaum, conta 

com renomados profi ssionais da área do design, como Renata Moura, 

Roberto Mannes Jr e o estúdio Inove Branding + Design. 

Informações: (47) 3373-9200 

www.mannes.com.br 

Simultâneo 

A coleção 360 graus, da Sava Móveis, 

de Belo Horizonte (MG), conta com 

28 itens, entre sofás, poltronas e 

camas, além de apresentar diversidade 

de texturas e fi os. As peças são 

assinadas por designers renomados 

como Lattoog, Rejane Carvalho 

Leite, Eduardo Baroni, Em2 Design, 

Alessandro Alvarenga, Augusto Maciel. 

Informações: (31) 3495-6600 

www.sava.com.br 

Modernidade e estilo 

A designer Alessandra Delgado, 

da Girona Design, de São Paulo 

(SP), aposta em móveis coloridos e 

sofi sticados. A estante componível 

Equis, na cor vermelha, permite a 

composição com uma ou mais peças 

e pode ser usada como divisória de 

ambientes. O material de fabricação 

é MDF laqueado ou revestido 

em madeira. 

Informações: (11) 3836-4615 

3831-3719 

www.gironadesign.com.br 

Versatilidade 

A cadeira Swoop Lounge Forniture, 

assinada pelo design Brian Kane, 

para a Herman Miller, empresa 

americana de mobiliários, foi 

projetada e desenvolvida de acordo 

com o protocolo de Meio Ambiente 

(DFE), enfatizando materiais 

seguros, reciclados com facilidade na 

desmontagem. A marca oferece ainda 

uma garantia de 12 anos e a cadeira 

recebe a certifi cação Greenguard. 

Informações: (11) 3729-9555 

www.issoehermanmliller.com.br 

Design tecnológico 

Pensando em proporcionar um design 

mais sutil e ergonômico, a Cinex, de 

Bento Gonçalves (RS), apresenta as 

prateleiras iluminadas de alumínio, 

que contam com tecnologia de ponta 

e moderno sistema de encaixe. Com 

a inclusão de LEDs a peça ganha um 

importante aspecto sustentável, já que o 

emissor de luz possibilita maior economia 

de energia. Os novos padrões chegam 

na versão slim, seguindo tendências 

européias. Disponível nos acabamentos 

Bianco, Nero Opaco, Moka, Limone, 

Arancione, Blu, Giallo e Titanium. 

Informações: (54) 3455-2222 

www.cinex.com.br

Decore Ideias por Karina Mikowski 

DNA da loja 

Criar o ambiente perfeito por meio de 

um conceito bem estabelecido e bem 

executado é uma poderosa ferramenta 

para impulsionar as vendas 

“ 

Qualquer identidade visual de uma loja começa no 

conceito”, afirma Gilberto Strunck, designer e fundador 

da DIA Comunicação, que faz consultoria e projetos 

de marcas, ponto de venda e embalagens, além de 

campanhas publicitárias. 

Ele diz que, para chegar nesse conceito, deve-se pensar 

na loja como uma pessoa. “Fazer peguntas como que idade tem 

essa pessoa? Quais são seus amigos? Ela é uma mulher, ou um 

homem? O que ela gosta de fazer? O que ela faz nas férias? Com 

o que ela trabalha?”. Desta forma consegue-se ter uma ideia da 

cara que ela vai ter. Essa é uma parte do conceito. 

“Aí você pensa para quem vai vender. Numa loja de 

móveis, móveis para que tipo de gente? Que faixa etária terá 

meu cliente? Entre 25 e 30 anos, por exemplo. Mais homens ou 

mulheres? Quem decide mais a compra de móveis é a mulher, 

então a loja deve ser 60% feminina e 40% masculina. Onde 

é que essa pessoa mora? Em função de onde ela mora, dos 

bens dela, eu já começo a entender que o produto que eu vou 

colocar ali dentro deve ter uma determinada faixa de preço”, 

explica Strunck. 

São vários adjetivos que, em conjunto, criam a personalidade 

da pessoa, ou da loja, e as tornam tangíveis. Strunck afirma 

que “a partir daí é que você vai definir a identidade visual, a 

comunicação de toda a loja, o ambiente, a decoração. Vai propor 

o modo de atendimento, como devem ser as pessoas que vão 

interagir com os compradores. Tudo faz parte do conceito”. 

Uma vez que ele esteja definido, cada pedacinho da 

comunicação deve representar esse conceito, não apenas a 

comunicação impressa. “Quando você entra na casa de uma 

pessoa você tem uma noção de como ela é, não tem?”, pergunta 

Strunck. “É a mesma coisa com a loja, tudo tem que transpirar o 

conceito que foi estabelecido.” 


Gilberto Strunck é autor de quatro livros sobre design, fundador da agência 

DIA Comunicação e professor na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro 

Mas e quando a gente não se sente em casa dentro de 

uma loja? Segundo o especialista, esse ambiente que não acolhe 

talvez não tenha sido pensado para receber especificamente a 

pessoa que está entrando no espaço. “Nós somos indivíduos, que 

conseguem fazer produtos cada vez mais personalizados, mas 

ainda assim, quando fazemos uma loja, não conseguimos fazer 

essa personalização chegar tão, tão perto.” 

Ainda assim, a atmosfera pode ser acolhedora ou expulsar 

o potencial cliente, e existem maneiras de torná-la convidativa. 

“Uma das coisas mais importantes que a gente tem aí é a 

iluminação, cria uma atmosfera você usar luzes mais quentes, 

alternar os pontos de luz, entre outros”, aponta Strunck. 

Layout 

Tão importante quanto a iluminação, o layout pode fazer 

toda a diferença nas vendas de produtos. No caso dos móveis, 

isso é ainda mais importante porque deve dar ao cliente a ideia 

das potencialidades daquele móvel, e as transformações que 

ele vai causar na residência do comprador. “O que dá certo é 

criar algo que inspire o cliente. Colocar os móveis expostos de 

Divulgação

maneira que o cliente possa ter uma ideia de como vai ficar seu 

espaço”, diz Strunck. 

Uma dica do especialista é colocar, em cada peça, 

informações sobre ela. Procedência, material, modo de 

fabricação, curiosidades sobre o objeto. Porque quando o cliente 

vê um objeto, ele tem uma percepção de valor, que tem relação 

direta com o espaço em que ele está sendo exposto. Se, além 

disso, o potencial comprador souber mais sobre o objeto essa 

percepção de valor aumenta. 

“O cliente vai pensar, pôxa, mas esse valor está barato, 

porque isso não é apenas uma cadeira. Essa madeira é 

reflorestada e o tecido foi tingido lá na Itália, por exemplo”, 

aponta Struck. E coloca mais uma questão. “Cada vez haverá 

menos gente para atender no varejo, então se eu tenho mais 

compradores que vendedores em algum momento dentro da 

loja, algum cliente vai ficar desassistido. Mas se eu ofereço 

informação de qualidade, aumentam as chances desse cliente 

ficar circulando por ali até que um vendedor seja liberado”. 

E-consumidor 

Qualquer loja tem como clientes pessoas como eu e 

você. Mas como clientes, estamos todos mudando por conta da 

enorme quantidade de informações que temos hoje disponíveis. 

Segundo Strunck, a principal diferença entre o e-consumidor e o 

consumidor tradicional está relacionada ao tempo. Até porque, 

são as mesmas pessoas que hoje têm acesso a coisas diferentes. 

“A minha dinâmica, a minha interação com a loja virtual e 

a loja real são inteiramente distintas. Meu tempo é diferente. Eu 

posso ficar muito mais tempo navegando e comparando preços, 

do que eu tenho para ficar dentro de uma loja real. E apesar 

de eu continuar sendo eu mesmo, 

minha relação com esses varejos é 

diferente”, esclarece. 

No caso dos móveis, porém, 

as pessoas ainda têm uma relação 

muito física com eles. É difícil 

dimensionar o tamanho de uma 

poltrona, por exemplo, em relação 

ao tamanho da própria pessoa, só 

olhando uma foto na internet. “A 

gente imagina e quando vai ver é 

muito maior, ou muito menor. Então 

o mais comum é que a pesquisa seja 

feita no meio digital, mas a compra 

seja fechada pessoalmente”, coloca 

Strunck. 

O que definitivamente muda 

é a relação do vendedor com o 

cliente, que hoje é infinitamente 

mais informado do que no passado. 

E, segundo o especialista, esse 

vendedor terá que estar mais 

informado ainda, para acrescentar 

algo de relevante. Além disso, a loja 

deve se preocupar em estimular 

todos os sentidos do cliente, fato 

que não pode ser feito pela internet. 

“Quando você consegue estimular 

os sentidos deixa uma marca muito 

mais forte no consumidor”, diz o 

Divulgação 

designer. “O e-consumidor é cada 

vez mais todo mundo, então se tem 

que oferecer espaços que inspirem 

as pessoas, criem vivências. A loja 

tem que ter a consciência de estar 

recompensando o meu bem mais 

precioso, que é o meu tempo”, 

completa. 

Básico 

A primeira questão básica 

para o sucesso de qualquer loja é, 

indiscutivelmente, o atendimento. 

O especialista ressalta que a loja 

pode até ser feia, ou mal arrumada, 

mas se alguém está lá pronto para 

receber com um sorriso e um belo 

“bom dia”, a compra acontecerá 

do mesmo jeito. “Porque pessoas 

gostam de falar com pessoas, e nós, 

os latinos, adoramos todo tipo de 

contato”, diz. A oferta de produtos, 

no sentido da exposição do mix, e 

a oferta de preços, que devem ser 

adequados, são outros quesitos 

básicos. Junto a isso, o conceito e a 

ambientação da loja são, segundo o 

especialista, fundamentais. 

“Tem que ser profissional e 

estar antenado. Se a indústria quer 

modificar um produto, até ela fazer 

esse produto chegar na ponta, vai 

levar meses. Já no varejo, se faz 

calor no meio do inverno, uma loja 

pode trocar as roupas por peças 

mais leves por um tempo e a 

resposta é muito rápida. Eu consigo 

perceber se estou fazendo a coisa 

certa, muito rapidamente. Por isso 

o dono da loja, ou o gerente, tem 

que sempre prestar atenção no que 

está acontecendo, porque pequenas 

modificações em termos de preço, 

mercadoria ou novidades que ele 

faça, podem ter um resultado muito 

rápido, quase que imediato”, 

conclui Strunck. 

Projeto de ambientação 

desenvolvido por Gilberto 

Strunck para o segmento 

Van Gogh, do Santander 

SETEMBRO/OUTUBRO 2011 MÓBILE DECORE 17

Decore Ideias 

Viver de Design 

Em sua sexta edição, “Viver de Design” é um dos livros de 

autoria de Gilberto Strunk. Conversamos com ele sobre a 

profi ssão e o design no Brasil 

MÓBILE DECORE Como está o mercado para o 

profi ssional de design? 

STRUNCK Se você for comparar a 10 ou 15 anos atrás, 

ele está muitíssimo maior. É muito difícil hoje em dia você abrir 

uma revista, assistir a um dia de comerciais na televisão, e não 

ter alguma mensagem que insira o design como valor, como uma 

coisa bacana, uma coisa desejada. Antigamente a gente falava e 

ninguém sabia o que era, hoje em dia até muitas pessoas podem 

não saber o que é, mas sabem que é uma coisa legal, é um 

adjetivo de valor. 

DECORE Quais são as particularidades do mercado hoje? 

STRUNCK Na prática, o número das escolas e de 

formandos de design aumentou e o designer passou a ser 

entendido pelas pessoas que administram marcas como uma 

ferramenta muito importante para o sucesso da marca, de 

seus produtos e serviços. Com esse resultado e a inimaginável 

oferta de informação, começam a ocorrer uma segmentação do 

designer, com cada vez mais especialização. A quantidade de 

dados com que as pessoas se deparam para fazer seus projetos 

é gigantesca. 

DECORE Você acha que ainda existe muita cópia no 

mundo do design? 

STRUNCK O risco existe em qualquer lugar. Mas, se eu 

me sentir lesado e achar que alguém está copiando meus direitos 

autorais, eu posso reclamar na justiça. O que eu entendo é 

o profi ssional do design que cria, que tem o mínimo de ética, 

não quer fazer alguma coisa que não parta da cabeça dele, do 

coração dele. Existem sempre as ondas e pode-se estar seguindo 

uma moda, uma tendência, bebendo de alguma fonte, mas a 

cópia mesmo, normalmente o designer que se respeita não vai 

fazer. ‘Nasci para criar e vou fi car copiando?’. Por outro lado, 

quem investir na cópia, do ponto de vista de quem produz, corre 

um gigantesco risco de quebrar a cara. 

DECORE Mas e quando vemos móveis com linhas muito 

parecidas? Isso não é produto de cópia? 

STRUNCK A fronteira é muito tênue entre você estar 

usando algo como inspiração e uma cópia disfarçada. Em 

qualquer ramo de atividade, hoje em dia, você tem feiras 

e congressos internacionais muito fortes, que reúnem em 

poucos dias num mesmo lugar as pessoas que comandam 


aquele mercado. Então é normal 

as pessoas virem a esses lugares 

para trocar ideias. O legal é, não 

apenas ir conferir o que está sendo 

feito por aí, mas levar também 

a produção brasileira para que 

bebam da nossa fonte. O ‘seguir 

tendências’ sempre vai existir em 

determinados mercados. Essa troca 

de informações é sadia, mas a cópia 

de forma nenhuma, porque você 

está sempre roubando alguém. 

DECORE O que você acha dos 

móveis brasileiros? Falta criatividade 

nas criações daqui? 

STRUNCK Não falta 

criatividade, falta treinamento. 

Por exemplo, um garoto que joga 

muito bem futebol, se ele só jogar 

na rua com os amigos, vai ter um 

desempenho, mas se ele entrar 

cedo na escolinha, a carreira será 

outra. Em história do design no 

Brasil, a gente tem que pensar 

em 50, 20 anos atrás. Agora a 

economia está mais dinâmica, e 

muito mais gente tem capacidade 

de consumir os móveis feitos a 

partir de um design. O que se 

tinha antes era uma pequena 

camada mais abastada que 

contratava um designer para fazer 

o projeto de um sofá, ou uma 

estante, e isso se tornava quase 

que uma peça única. Não tinha 

produção seriada e não atingia 

milhares de pessoas, então faltava 

o exercício. Agora, com muito 

mais gente consumindo, eu tenho 

a oportunidade de treinar mais e 

virar o jogador de futebol que foi 

potencializado no seu talento. 

DECORE Há hoje no design, 

como um todo, algum tipo de onda, 

ou tendência, perceptível? 

STRUNCK Se formos falar 

hoje em uma grande onda do 

design, são as formas arredondadas. 

Você vai para a rua e prédios sendo 

construídos têm varandas e formas 

arredondadas, os logotipos das 

empresas, a marca que ganhou 

o símbolo das olimpíadas, essas 

marcas que estão entrando no 

mercado, tipo a Oi, e outras mais, 

são todas arredondadas. Você 

vai para o setor de cosméticos e 

embalagens, a maior parte das 

embalagens é redonda, te acolhe, 

de alguma forma são mais femininas 

do que masculinas. Você vai para 

o setor moveleiro ocorre a mesma 

coisa. Pensa no desenho e nas 

formas de uma geladeira de dez 

anos atrás e de hoje. A geladeira 

de hoje tem laterais e parte de trás 

planas, mas a frente é arredondada. 

Então eu entendo que estamos 

vivendo um tempo mais fl uido, 

as formas estão se apresentando 

para a gente de uma forma mais 

arredondada, mais feminina.

Gestão de loja por Flávia Barbosa 

Inovar e 

surpreender 

Estratégias para atrair e fidelizar o cliente 

vão do astral convidativo ao inusitado 

Chamar a atenção do consumidor até o ponto de venda 

é só o começo. Converter sua presença em vendas e 

fidelizar um cliente é o grande desafio dos varejistas. 

Pequenas ações podem fazer a diferença e ajudar nesta tarefa. 

“O consumidor de linha alta busca novidades, soluções 

completas e oportunidades de se diferenciar e expressar 

seu life style”. Esta afirmação é do designer, especialista em 

varejo e sócio-fundador da GH&Associados, que possui sede 

em Nova York (EUA), George Homer. Atuante há 30 anos na 

área de visual merchandising, desenvolve diversos projetos 

de store branding e incrementa programas de treinamento e 

atualização em visual marketing para a indústria e o varejo 

em países como Turquia, Venezuela, Colômbia, Equador, 

Inglaterra, Tailândia, EUA e Brasil. Ele garante que para atrair 

a atenção do consumidor é necessário inovar. “Para as pessoas 

a garantia de estar up to date é fundamental em seu meio 

de convívio, tendo mais valia à medida que pode apresentar 

algo de novo ao seu grupo”. 


Ambiente funcional, como a cozinha que possui geladeira, fogão e 

forno que funcionam, é a aposta da Todeschini, de Porto Alegre (RS). 

Segundo a sócia-proprietária, Liliane Farina, esta característica mexe 

com os sentidos dos consumidores 

E mais, segundo o sóciodiretor 

de criação e planejamento 

da Epigram Comunicação, escritório 

de comunicação e branding de São 

Paulo (SP) Marcelo Bicudo para atrair 

o consumidor é necessário ter em 

mente que ele provavelmente já 

teve diversas experiências anteriores 

com produtos, serviços e marcas 

semelhantes e/ou concorrentes. “As 

O designer e especialista em varejo 

George Homer afirma que “a atenção 

aos detalhes e mimos no momento 

certo garante o fortalecimento do 

relacionamento” 

Divulgação 

experiências anteriores são as que 

mais valem na hora da decisão de 

consumo, assim, a palavra de ordem 

é engajamento”, avalia. Formado em 

arquitetura, com mestrado e doutorado 

em comunicação e semiótica na 

área de tecnologias da informação, 

além de professor de design e 

arquitetura, Bicudo é coordenador 

do Laboratório de Identidade 

Visual (LIVI) da Universidade 

de São Paulo (USP). Para ele, a 

experiência de engajamento é o 

que converte browsers (aqueles 

que vão apenas para olhar) em 

buyers (compradores), fidelizando 

consumidores mediante a 

experiência completa de marca. 

Portanto, ele ensina que no ponto 

de venda é o todo que faz sentido. 

O principal é cumprir aquilo que 

se promete e entregar não só um 

produto de qualidade, mas toda 

uma envoltória coerente. “Produto, 

serviço, marca, experiência, 

atendimento, visual merchandising 

e pós-uso têm que envolver por 

completo o consumidor, que antes 

de ser consumidor é uma pessoa 

com experiências passadas”, 

acrescenta Bicudo. 

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Para Fernando Lucena, mesmo 

com o aumento das vendas 

pela internet, ser atendido ao 

vivo por um profissional ainda 

vale muito a pena 

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O consultor em gestão 

empresarial Waldez Luiz 

Ludwig afirma que todo 

serviço é temático e que os 

lojistas devem realizar quatro 

ações visando um atendimento 

espetacular. Ele explica que 

a primeira providência é que 

o ponto de venda tenha um 

astral. “Independente do setor, 

pode ser farmácia, loja de 

roupa feminina ou cafeteria. 

Tem que ter uma diferença 

no clima. É o que chamamos 

de astral”. Em segundo lugar, 

Ludwig considera que o cliente 

deve sair da realidade. “O 

lojista deve tirar o cliente do 

real, porque se ele continuar 

consciente, ele vai cobrar 

o horário, ficar olhando no 

relógio”, ressalta. Para isso 

acontecer, o consultor informa que devem ser usadas as outras 

duas ações. A terceira, que ajudará a tirar o cliente da realidade, 

é o bom humor. “O ponto de venda deve ser divertido, bacana. 

Não necessariamente gargalhante, mas o bom humor deve estar 

presente”, orienta. A quarta e última ação que Ludwig destaca é 

o aprendizado em um ponto de venda. “O cliente deve aprender 

alguma coisa na sua loja”, afirma. Para exemplificar, Ludwig 

cita as companhias aéreas, que possuem revistas de bordo. 

“Estas publicações fazem o papel de duas ações conjuntas. Você 

se diverte um conteúdo bem elaborado e novidades sobre a 

empresa”, esclarece. “Assim, tira o cliente da realidade, porque 

ele não entra no avião para ler revistas, mas sim para viajar. 

Entretanto, ele pensa ‘não estou viajando, estou lendo uma 

revista’”, conclui Ludwig. 

Atendimento 

Diferente do designer e fundador da DIA Comunicação, 

Gilberto Strunck (confira a entrevista completa nesta edição 

da Móbile Decore), que defende o atendimento como requisito 

básico para o sucesso de qualquer loja, Bicudo ressalta que o 

serviço é muito importante, mas o mais valioso é a experiência 

global que se forma pela coerência entre as partes. “Diria 

que uma loja mal arrumada com um bom serviço, ou com 

um atendimento com sorriso no rosto, vende menos do que 

uma loja que é organizada, expõe seus produtos com clareza e 

que também tem um sorriso no rosto da vendedora”, pondera. 

Bicudo acrescenta que é possível perceber através da estética a 

ética do relacionamento e, neste sentido, estar bem apresentado 

é fundamental. 

Da mesma forma, Homer elucida que a loja é a 

expressão da marca. “Ela pode ser desarrumada ou linda na 

Divulgação 

medida em que os valores da 

marca estejam estabelecidos”, 

diz. “A concorrência não dispensa 

cuidados e atenção aos detalhes”, 

alerta Homer. 

Fidelização 

Muitos especialistas garantem 

que a loja não alcança o sucesso 

a partir de uma venda, mas sim 

quando ganha a fidelização de 

um cliente. De acordo com 

Ludwig, a história de que o 

importante mesmo é fechar a venda 

deve ser repensada. “Quando 

você sabe que o cliente vai 

comprar e se decepcionar é melhor 

não vender, porque se fizer isso 

ele passará a ter uma visão 

negativa sobre sua marca. O 

correto é orientá-lo a não comprar 

visando um negócio futuro”, 

recomenda. 

Como estratégia para chamar a atenção do consumidor, a 

Lider Interiores, com escritório em Belo Horizonte (MG), 

aposta em inovação, iluminação e qualidade 

A dica de Bicudo é criar 

verdadeiras experiências que 

apresentem de fato novas 

perspectivas para o consumidor. 

Desta forma, é preciso estar 

presente, não só na cabeça, mas 

na vida do consumidor. “O objetivo 

é virar destino e não viver como 

comércio de passagem. Isso muitas 

vezes tem pouco a ver com o 

produto ou com o investimento por 

metro quadrado em uma loja, mas 

sim com o cuidado com que se faz 

as coisas”, afirma. 

Além de cuidados, é essencial 

estar atento aos detalhes. Homer 

acrescenta que “a atenção aos 

detalhes e mimos no momento 

certo garante o fortalecimento do 

relacionamento”. 

Já Ludwig explica que a fidelidade 

está diretamente ligada à quantidade 

de surpresas que o lojista provoca 


Gestão de loja 

em seu consumidor. “Se a empresa faz algo que vai além do que o 

consumidor espera, temos o início de um processo de fidelização”, 

garante Ludwig. Este “além” é surpreender o consumidor. E, 

segundo Ludwig, não precisa gastar milhões para isso. “Uma vez, 

durante uma viagem, entrei em uma cafeteria. No balcão vi um 

dicionário Aurélio e disse ao balconista: ‘alguém esqueceu’. Ele me 

respondeu: ‘Não, fui eu que coloquei’. Quando perguntei por que 

um dicionário na cafeteria, ele me disse: ‘às vezes o cliente quer 

consultar uma palavra e o dicionário 

já está aí’. Foi uma surpresa besta, 

que não custou nada para ele fazer. 

Mas é um diferencial. Hoje, é a única 

cafeteria que lembro ter visitado em 

Porto Alegre (RS)”, conta. 

Compra on line 

No dia 26 de agosto, o Instituto 

Brasileiro de Executivos de Varejo e 

Mercado de Consumo (Ibevar) divulgou 

um balanço sobre o desempenho e as 

perspectivas do e-commerce. Segundo 

o relatório, o e-commerce brasileiro 

faturou R$ 8,4 bilhões no primeiro 

semestre de 2011, crescendo 24% 

em relação ao mesmo período do ano 

anterior e superando o faturamento 

anual total registrado em 2008 (R$ 8,3 bilhões). Houve também 

o aumento no número de e-consumidores. No ano passado 

foram registrados 23 milhões de compradores no e-commerce e 

a previsão deste ano é de 32 milhões de compradores via web – 

sendo que 4 milhões compraram pela primeira vez pela internet 

neste primeiro semestre. A confiança e a segurança em comprar 

via web favoreceram este crescimento – 86,54% dos consumidores 

brasileiros disseram estar satisfeitos com o comércio virtual, 

sendo que no ano passado o resultado foi de 86% no mesmo 

período. Para o segundo semestre, a previsão é otimista: R$ 10,3 

bilhões. Ao final de 2011, espera-se que o faturamento total seja 

de R$ 18,7 bilhões, 26% maior que em 2010 – R$ 14,8 bilhões. 

Mesmo com todas as facilidades e a crescente procura dos 

consumidores em comprar pela internet, o consultor e presidente 

do Grupo Friedman no Brasil, Fernando Lucena, acredita que ser 

atendido ao vivo por um profissional vale muito a pena. “Mesmo 

quando o preço da internet é menor, uma ‘loja de verdade’ 

pode agregar valor ao seu atendimento, oferecendo um serviço 

diferenciado”, avalia. Na opinião dele, o único caminho para “driblar” 

a venda pela web e chamar a atenção do consumidor para o ponto 

de venda é estabelecer um diferencial especial. “A nova geração, 

por exemplo, impõe interatividade ao ponto de venda moderno. 

O cliente não quer mais ser mero espectador de uma marca ou 

produto. Ele aprecia quando pode opinar, interferir e quem sabe 

personalizar a solução que lhe é oferecida”, diz Lucena. 

Homer também defende que estar na loja é algo valioso. 

Ele assegura que a venda pela internet é pontual. Já na loja 


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Divulgação 

ela pode ser múltipla, em razão da 

inclusão do fator emocional na visita 

in loco. “A internet deve estimular 

a ida dos clientes às lojas, pois 

De acordo com o consultor em gestão 

empresarial Waldez Ludwig, “se a 

empresa faz algo que vai além do que 

o consumidor espera, temos o início de 

um processo de fidelização” 

Divulgação 

A marca Life, da Vivara, 

contou com pesquisa 

de análise de contexto 

e comportamento de 

consumo, feita pelo 

sócio-diretor de criação e 

planejamento da Epigram 

Comunicação, de São 

Paulo (SP), Marcelo 

Bicudo 

somente no espaço tridimensional 

é possível vivenciar a marca 

de forma multidimensional e 

multisensorial”, afirma. 

Para não afastar o consumidor 

do ponto de venda, Ludwig afirma 

que o fundamental é não padronizar 

o cliente. “É muito comum hoje 

vender para quatro gerações, ou 

seja, bisavó, avó, mãe e bisneta”, 

explica. Levando-se em consideração 

que estes perfis têm desejos e 

necessidades completamente 

diferentes, o consultor alerta que a 

primeira providência é saber para 

quem vender. “A bisavó quer atender 

suas necessidades. A avó quer 

conforto. A mãe compra um sonho, 

uma grife, uma marca. Já a bisneta 

não quer nada”, brinca Ludwig. Na 

opinião dele, é muito difícil vender 

para os jovens, por exemplo. “Eles 

querem conceito. Procuram saber 

se a empresa é bacana e se está 

conectada a eles”, completa. 

Para evitar esta padronização, 

é preciso lembrar que não existem

Gestão de loja 

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consumidores iguais. O consultor 

ensina que o ideal é observar o 

cliente, perceber o que ele está 

fazendo, a maneira que ele senta, 

o que pede ou lê. “Enquanto você 

observa, tenta traduzir as vontades 

deste consumidor. É preciso 

alcançar o comportamento dele”, 

considera Ludwig. 

Na prática 

Muitas lojas já estão 

preparadas para atrair e receber 

seus clientes de maneira marcante. 

A diretora de marketing e 

relacionamento da Armando Cerello, 

de São Paulo (SP), Heloisa Cerello, 

afirma que a loja não apresenta os 

Para se diferenciar de um showroom 

tradicional, a proposta do layout da 

Armando Cerello, de São Paulo (SP), 

busca recriar o ambiente de uma 

verdadeira casa 

produtos como um showroom. “O 

nosso layout é sempre feito a partir 

de ideias que possam ser utilizadas 

dentro de casa. Isso, somado ao 

atendimento, faz com que nosso 

cliente sinta-se realmente em casa”, 

garante. 

Segundo Heloisa, o 

atendimento da loja também é 

diferenciado. “Nossa equipe de 

vendas é especializada e treinada 

a fazer o atendimento de forma 

a suprir as necessidades dos 

clientes”, diz. Para a diretora, os 

requisitos para um bom atendimento 

são simpatia, humildade, 

profissionalismo e postura para 

manter o cliente numa situação 

confortável para realizar sua compra 

sem pressão. 

Da mesma forma, a 

Todeschini, com sede em Bento 

Gonçalves (RS), aposta na

execução do layout de suas lojas exclusivas como uma casa 

gigantesca, para que o cliente sinta-se à vontade. A sóciaproprietária 

de duas lojas Todeschini em Porto Alegre (RS), 

Liliane Farina, garante que todos os ambientes são funcionais. 

“As cozinhas têm geladeiras, forno e fogão que realmente 

funcionam. As pessoas podem utilizar isso dentro da loja, o que 

torna o espaço mais agradável e verdadeiro”. Liliane considera 

ainda que todo o projeto da loja foi executado em formato 

diferente do padrão. “A loja é conceitual. Mexe com os sentidos 

dos visitantes, como portas e gavetas que dão vontade de 

abrir”, pontua Liliane. 

Como estratégia para chamar a atenção do consumidor, 

a Lider Interiores, com escritório em Belo Horizonte (MG), 

combina inovação, iluminação e qualidade. “Acreditamos 

que o consumidor busca por novidades quando pensa em 

decorar sua casa. Por isso, trazemos tendências em design, 

novos revestimentos, cores e materiais para nossos clientes”, 

afirma o gerente regional, Leonardo Fernandes. Na opinião 

dele, um excelente atendimento também faz toda a diferença 

na experiência de compra. “O atendimento é exclusivo, cada 

cliente é atendido individualmente por nossos colaboradores”, 

garante. Além disso, as luzes da loja são dispostas de maneira 

especial. “A iluminação correta pode ajudar ou prejudicar a 

Confira as dicas dos especialistas para manter sua loja 

ambientada e atrair consumidores: 

• treinar os funcionários, para criar uma cultura voltada 

para o cliente; 

• observar o cliente; 

• oferecer brindes e ganhos em compra no ponto de 

venda; 

• proporcionar pós-venda; 

• não padronizar o cliente; 

• utilizar cores fortes; 

• iluminação específica; 

• exposição de produtos com algum movimento têm 

poder de atração adicional; 

• contrastes visuais; 

• três palavras de ordem: coerência, pertinência e 

relevância. 

Fontes: George Homer, Marcelo Bicudo, Waldez Ludwig e Fernando Lucena 

exposição de um produto”, completa 

Fernandes. 

Para Heloisa, da Armando 

Cerello, a iluminação certa também é 

sempre bem-vinda. “Com ela podemos 

focar produtos, dar destaque ao que 

pretendemos e criar um ambiente 

agradável e harmonioso”, conclui.

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Capacitação por Marly Dias Garcia* 

Profissionalizar 

é preciso 

Atender ao mercado competitivo e exigente, acompanhando os bons ventos da 

economia, é um desafio que pode ser vencido com ações de gestão empresarial 

Diversos fatores têm contribuído para o crescimento 

do setor da construção civil, engenharia, arquitetura, 

habitação e mercado imobiliário. O crescimento 

econômico, as linhas de crédito e financiamento, o aumento 

na renda da população, a proximidade dos eventos esportivos 

como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, são alguns exemplos. 

Neste cenário, quem trabalha com projetos precisa buscar a 

profissionalização para enfrentar o mercado. 

A consultora de gestão empresarial Fernanda Zannoni 

acredita que a tendência é que o mercado fique mais exigente 

e competitivo. Ela afirma que “quem trabalha com projetos é o 

maestro destas obras”, mas encontra dificuldades em gerenciar 

seu próprio negócio. 

Para Fernanda, o profissional liberal não foi preparado 

para ser empreendedor. “Ele tem a técnica, que aprendeu na 

universidade, mas perde em competitividade e em funções 

complexas”, complementa. A arquiteta curitibana Renata 

Pisani, da RP Arquitetura, confirma isso. Ela diz que não possui 

conhecimento administrativo, mas utiliza o software Microsoft 

Money para gerenciamento de finanças. 

O sucesso profissional deixou de ser conquistado apenas com 

a formação acadêmica. Já não é suficiente um bom conhecimento 

específico na área de atuação, mas outras habilidades são 

exigidas. “A capacitação antes era um desejo, hoje é uma 

necessidade urgente. Quem não capacitar, não vai suportar muito 

tempo, é fundamental para sobreviver”, garante Fernanda. 

Aprender a gerenciar é fazer uma gestão eficaz. Para isso, 


Em suas palestras, a consultora 

Fernanda Zannoni explica para 

os profissionais da arquitetura a 

importância de abrir uma empresa 

e tornar-se pessoa jurídica 

diz a consultora, a pergunta que 

deve ser feita é: “Que soluções eu 

vendo nos projetos? A partir disso é 

possível identificar quem é o cliente, 

seu concorrente, entre outros.” 

Daniel Casagrande, da Maganhoto e 

Casagrande Arquitetura, de Curitiba 

(PR), diz que “aprender a quantificar 

cada projeto, saber quanto vale 

o trabalho e o cliente, são muito 

importantes para se adequar ao 

mercado.” 

Fernanda destaca a importância 

de abrir uma empresa e tornar-se 

pessoa jurídica. “Este é o primeiro 

passo para a profissionalização, a 

carga tributária é muito menor e 

permite evitar desperdícios de toda 

ordem”. Tratar de finanças é um 

assunto delicado e muito diferente do 

que estes profissionais aprenderam 

ou estão acostumados a lidar. “Há 

uma resistência maior, mas trabalho 

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A arquiteta Cristiane Maciel acredita 

que trabalhar por prazer não é o 

suficiente. “Hoje tenho consciência 

que precisamos nos profissionalizar, 

temos que pesar os prós e os contras 

e ver quem vai trazer lucro” 

o tema em uma linguagem lúdica 

e prática”, diz Fernanda, e conta 

que entende o que eles pensam, 

por também ter passado por este 

processo. Em suas palestras procura 

utilizar vídeos, desenhos animados 

e exercícios, de maneira atraente e 

levando à reflexão. 

Alguns profissionais liberais, 

como a arquiteta Cristiane Maciel, da 

ArqTríade – Arquitetura e Interiores, 

de Curitiba (PR), acreditam que o 

arquiteto trabalha por prazer, sem 

saber se vai ter lucro ou não. “Mas 

hoje tenho consciência que precisamos 

nos profissionalizar, temos que pesar 

os prós e os contras e ver quem vai 

trazer lucro”, admite. O investimento 

que se faz para a profissionalização é 

pouco, segundo Fernanda, em razão 

do retorno obtido. “Com programação 

e organização se consegue fazer. 

Nas pequenas e médias empresas os 

resultados são sentidos de um semestre 

para outro”, afirma a consultora. 

São atitudes básicas de gestão 

empresarial que podem fazer com 

que o cliente procure o serviço do 

profissional. Permitem também, que 

sobre tempo para atender o cliente, 

não deixando de fazê-lo por estar 

envolvido com projetos e outras 

atividades. A consultora percebe que 

existe uma insatisfação, mas que o 

profissional não consegue enxergar o 

problema por estar dentro dele. Após 

compreender que é preciso buscar 

capacitação gerencial, a mudança 

operacional tende a impactar o 

negócio, sentencia Fernanda. 

* Especial para a Móbile Decore

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Decore Perspectiva 

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Rino Mania 

Até o final de outubro 60 esculturas de rinocerontes de fibra de 

vidro decoradas por artistas estarão distribuídas pelas ruas da 

capital paulista na exposição a céu aberto Rino Mania, realizada 

pela Duratex, de São Paulo (SP). Outras 15 obras participam de 

uma exposição itinerante por 11 cidades do País, onde a empresa 

possui unidade: Agudos (SP), Lençóis Paulista (SP), Itapetininga 

(SP), Botucatu (SP), Jundiaí (SP), Taquari (RS), São Leopoldo (RS), 

Uberaba (MG), Estrela do Sul (MG), Cabo de Santo Agostinho (PE) 

e João Pessoa (PB). A Rino Mania foi inaugurada no dia 13 de 

setembro, no Museu Brasileiro da Escultura (Mube), em São Paulo 

(SP), de onde as peças partiram para a mostra nas ruas. O projeto 

faz parte das comemoração dos 60 anos da Duratex, que vai leiloar 

as esculturas, destinando os recursos captados a entidades sociais. 

A exposição foi inspirada na Rhino Mania, que acontece na cidade de 

Chester, na Inglaterra, com realização da Wild in Art, empresa que 

trabalha em prol da disseminação da arte e da sua implementação 

em ambientes educacionais. 

Além da sustentabilidade 

Moradores e pedestres que circulam pela Avenida Batel, em Curitiba 

(PR), têm uma experiência única ao percorrer os 130 metros de 

extensão do tapume que protege a construção do Pátio Batel, centro 

de compras que o Grupo Soifer inaugura em 2012. A iniciativa inédita 

do Pátio Batel na área de construção civil na capital paranaense é o 

primeiro canal de comunicação do empreendimento com o público. 

“Temos o tapume mais bonito da cidade, que nos ajuda a apresentar 

desde já que lá dentro também teremos área dedicada a áreas 

verdes a céu aberto e outros elementos curitibanos, pelo qual somos 

reconhecidos internacionalmente”, salienta Salomão Soifer, presidente 

do Grupo Soifer, empreendedor do Pátio Batel. 


Manu Pivatti 

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BOOM [Design] Contemporâneo 

A Mannes, de Guaramirim (SC), fabricante de colchões, estofados, espumas 

industriais e travesseiros, participa do BOOM [Design] Contemporâneo, que 

acontece até o dia 15 de outubro, no Centro Universitário Belas Artes de São 

Paulo (SP). A exposição faz parte do Fórum Internacional de Arquitetura, 

Design e Arte – BOOMSPDESIGN. Entre as peças apresentadas estão as 

poltronas Teddy, da designer Renata Moura, e os móveis assinados por 

Roberto Mannes Jr., como a Chaise Long Goye (foto), que possui diversas 

amarrações, e o sofá Lub, que apresenta um cone em três camadas de 

diâmetros diferentes nos pés. A linha Mdesign traz peças assinadas por 

grandes nomes do design brasileiro, como Marcelo Rosenbaum, Roberto 

Mannes Jr., Renata Moura e INOVE Branding + Design. 

Cromoterapia para o banho 

Os vidros impressos da Saint-Gobain Glass, que tem sede no Brasil em 

São Vicente (SP), viraram matéria-prima para um box iluminado por LED 

(diodo emissor de luz), que, além de decorar e trazer um diferencial para 

o banheiro, promete gerar benefícios à saúde e proporcionar equilíbrio, 

segundo os conceitos da cromoterapia. Os indicados para esta aplicação 

são o MASTER-CARRÉ ® , que devido à textura suave e transparente com 

pequenos quadrados, faz com que os raios de luz sejam dissipados de 

forma surpreendente, e o MASTER-SHINE, texturizado com pequenas 

bolhas em baixo relevo que causam um incrível efeito de luz e reflexos 

quando expostas à luminosidade. 

O box está disponível em cinco cores 

(vermelho, azul, amarelo, verde e 

lilás), que se alternam de acordo com 

uma sequência pré estabelecida pelo 

usuário ou mantém a cor preferida 

em pausa, através do sistema 

operado por controle remoto. 

Sofisticada tendência 

A 3form, empresa americana adquirida pelo Grupo HunterDouglas ® , com 

sede no Brasil na cidade de São Paulo (SP), dispõe dos painéis de ecorresina. 

Destinados a ambientes corporativos e residenciais, são encontrados em 

diferentes tamanhos, espessuras, cores, desenhos e texturas. Podendo ser 

utilizados como portas, divisórias, tampos de mesa, revestimentos de parede, 

box, guarda-corpo, biombo, ou aplicados em retro-iluminação, mobiliário, 

cobertura e fachada. Além de ter 40% de sua matéria-prima proveniente de 

reciclagem, o produto é atóxico, com certificado Greenguard americano. 

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Feiras – Casa Brasil por Denise Ribeiro, de Bento Gonçalves (RS) 

Fórmula 

de sucesso 

Terceira Casa Brasil consolida estratégia de unir design e 

negócios adotada desde a primeira edição da feira em 2007 

Quando foi convidada para ser curadora da Casa Brasil 

já na primeira edição da feira, criada pelo Sindicato das 

Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves – Sindmóveis, 

em 2007, a crítica de design, jornalista e editora de revista ARC 

Design, Maria Helena Estrada, advertiu os organizadores para a 

estratégia de longo prazo que deveria ser adotada. “O que eu 

disse para eles foi o seguinte: se vocês concordarem em não 

ganhar muito dinheiro na primeira feira, eu garanto que essa 

feira vai ser de qualidade”, lembra Maria Helena. 

Em sua terceira edição, a Casa Brasil mostrou este ano 

que a opção pela qualidade do produto e o incentivo à inovação 

deu certo. A feira realizada entre os dias 2 e 6 de agosto no 

Parque de Eventos de Bento Gonçalves (RS), registrou em 2011 

um público de 20,5 mil pessoas e um crescimento de 68% na 

visitação de lojistas, em relação a 2009, segundo o Sindmóveis. 

Para o presidente da entidade organizadora da Casa Brasil, 

Glademir Ferrari, os números indicam que o objetivo de atrair 

profissionais do setor, além de arquitetos, designers e a imprensa, 

foi alcançado. “Foi grande o movimento de profissionais, 

formadores de opinião e lojistas. Era esse público que nós 

esperávamos para a feira e esse público veio”, comemora. 

Na avaliação de Maria Helena, o profissionalismo na 

organização da feira também contribuiu para o sucesso do 

evento. “O Sindmóveis é muito profissional, eles sabem trabalhar 

bem. Se eu explico por que aquela empresa não pode entrar, 

eles ficam de acordo e não interferem”, elogia a curadora. 

Para Maria Helena, a evolução da Casa Brasil ao longo das três 

edições superou as expectativas. “O aumento de qualidade foi 

exponencial de uma para outra. Nós estamos impressionados 

com a qualidade dos produtos e a qualidade dos estandes. Os 

30 MÓBILE DECORE SETEMBRO/OUTUBRO 2011 

estandes estão muito bonitos”, 

observa. Além de Maria Helena, a 

equipe de curadoria da Casa Brasil 

2011 contou com Renato Bernardi, 

Ana Cristina Sant’anna Schneider, 

Celi de Freitas, Maria Cristina 

Moura (Tina) e Ana Luisa Cuervo 

Lo Pumo (Lui). 

Durante todo o período 

que antecede a feira, o grupo de 

curadores orienta os expositores 

na seleção dos produtos que serão 

apresentados. Para estar nos 

estandes da Casa Brasil, a peça 

não pode ser cópia e tem que 

dialogar com o seu tempo, ou seja, 

a produção contemporânea é o foco 

da feira. “A Casa Brasil é com toda 

a certeza a principal feira de design 

do País. Não adianta vir para a Casa 

Brasil sem design e conceito, ou com 

alguma cópia”, ressalta o presidente 

do Sindmóveis. 

Para o presidente da 

Associação das Indústrias de Móveis 

do Estado do Rio Grande do Sul 

(Movergs), Ivo Cansan, a evolução 

demonstra que a feira está seguindo 

na direção certa. “É um sucesso 

agora consagrado definitivamente 

Cida Demarchi 

e que mostra o grande esforço, 

dedicação e trabalho dos 

organizadores e das indústrias, para 

apresentar bons estandes e projetos 

de ambientes”, afirma Cansan. “São 

inovações que não se encontram 

mais só na Europa, mas aqui em 

Bento Gonçalves também”, aponta o 

presidente da Movergs. 

Este ano a Casa Brasil 

contou com 180 expositores e 

para a próxima edição há fila de 

espera, segundo o presidente do 

Sindmóveis. “Gente que nunca 

expôs vai querer um espaço e 

o pessoal que se adequou quer 

aumento de área”, conta Ferrari. De 

acordo com ele, os critérios para 

participar da feira continuarão os 

mesmos em 2013. “Não queremos

Estandes e corredores cheios de visitantes foi o que 

se viu no Parque de Eventos de Bento Gonçalves (RS) 

Evandro Soares/Divulgação 

mais uma empresa expondo apenas. 

Queremos empresas que invistam 

no design”, enfatiza Ferrari. 

Negócios em alta 

A expectativa da organização 

da feira é de que a Casa Brasil gere 

R$ 200 milhões em negócios ao 

longo dos próximos 12 meses. E 

entre os expositores, a avaliação 

do potencial de negócios do evento 

também se mostrou positiva. 

Segundo o gerente de marketing 

do Grupo Herval, de Dois Irmãos (RS), 

Paulo Pacheco, os dois primeiros dias 

já valeram os investimentos 

feitos para a feira. “A If (Móveis 

Planejados) teve uma adesão muito 

grande por parte dos lojistas aqui. 

E a Herval, que já é conhecida pela 

qualidade de seus produtos, está em 

franca expansão”, revela Pacheco. 

Para ele, a Casa Brasil melhora a 

cada edição. “A feira está muito boa. 

A proposta e a qualidade são as 

mesmas de Milão. Valoriza muito o 

design, o que é muito bom porque 

isso agrega valor a qualquer marca”, 

compara o gerente de marketing 

do Grupo Herval. “Hoje se vende 

valor agregado. Antes as empresas 

iam a Milão só com a equipe de 

desenvolvimento de produto, hoje 

vão com quase todo o departamento 

comercial, porque antes vendiam 

produtos, hoje vendem a marca. 

Saímos de uma sociedade anônima 

para uma sociedade consciente. 

Quem quer construir uma marca tem 

que ter qualidade”, observa Pacheco. 


Feiras – Casa Brasil 

Divulgação Casa Brasil 

Com concepção cenográfica do 

estilista e diretor de criação Jum 

Nakao e das arquitetas Tina e Lui, 

o Pavilhão F (ao lado) abrigou os 

projetos Design Concreto, Estúdios 

em Desfile, as mostras Salão Design 

(acima), Material Connexion e 

Desenho de Fibra, de Renato Imbroisi, 

além de conversas temáticas com 

convidados. No Pavilhão E (abaixo) foi 

realizado o Seminário Internacional 

com palestras de designers brasileiros 

e de outros países 


Ação interativa de divulgação 

da Casa Brasil 2011, o projeto Banco 

de Ideias distribuiu bancos customizados pelas 

ruas de Bento Gonçalves. Ao término da feira, 

as 40 peças foram leiloadas pela internet e a 

renda revertida para instituições beneficentes 

Divulgação Casa Brasil 

A diretora de comunicação da Prima Design, de Bento 

Gonçalves (RS), Cátia Scarton, comemora o resultado desta edição. 

“É a nossa terceira participação na Casa Brasil. E foi, em disparado, 

a melhor. Os expositores estão mais focados, há maior aderência e 

o aspecto cultural do pavilhão F atrai mais público, como arquitetos e 

especificadores”, comenta Cátia. “Nós também evoluímos em 

termos de produtos, conceito”, completa a diretora. 

Segundo Cátia, quando a Prima Design participou da 

primeira edição da Casa Brasil, a empresa contava apenas com 

um designer. Hoje são seis profissionais da área. “Em 2007 

tínhamos dois produtos para esse público e desenvolvemos 

outros para completar uma coleção especialmente para a feira. 

Evoluímos e agregamos novos designers”, conta. “A Casa Brasil 

promove a aproximação dos mercados, o design, a indústria e o 

comercial do segmento”, afirma a diretora. 

Para o gerente de marketing da Marel Móveis Planejados, 

de Francisco Beltrão (PR), Eloy Luiz Scheuer, a atenção à 

qualidade do que estará nos estandes se reflete na imagem 

da feira como um todo. “Valoriza mais os produtos que estão 

expostos. Como há um cuidado, isso posiciona bem a Casa 

Brasil”, avalia Scheuer. 

A assessora de marketing da Evviva Bertolini, de Bento 

Gonçalves (RS), Sheila Bertolini, diz que o saldo foi bastante 

positivo. “É uma feira que só cresce tanto em número de 

expositores quanto em qualidade da apresentação. Chegou a um 

nível que não existe no País, o que vem a engrandecer o setor 

no mercado de design. A seleção dos expositores e o fato de não 

permitir cópias incentivam os designers brasileiros e colaboram 

para unir design e negócios”, apoia Sheila. 

A proximidade com o público que tem o perfil dos clientes 

da marca foi um dos pontos positivos apontados pelo diretor 

da Akeo, de Bento Gonçalves (RS), Ivânio Angelo Arioli. “É uma 

oportunidade de nos aproximarmos desse cliente que estamos 

Evandro Soares

Casa Brasil em números 

2007 

Expositores: 123 

Visitantes: 14.258 

Países visitantes: 13 

2009 




2011 




Evolução do número de lojistas visitantes: 

De 2007 para 2009 – cresceu 26% 

De 2009 para 2011 – cresceu 68% 

Fonte: Sindmóveis 

queremos conquistar. É o público que vamos encontrar no ponto 

de venda”, afirma Arioli, que aposta na valorização do design 

para o crescimento da sua empresa. “É a parte mais importante 

do negócio da Akeo. É o que nos leva a estar aqui hoje. Já 

estamos no caminho do design há tempos”, revela o diretor. 

De acordo com o gerente de relacionamento da Procad, de 

Caxias do Sul (RS), Franco Alves, a Casa Brasil é hoje a principal 

feira para alcançar o seu público-alvo, formado por lojistas e 

arquitetos. “É uma feira amadurecida, com mais conceito e 

estandes mais trabalhados. Se não tivesse trabalhado o conceito, 

Cida Demarchi 

“É preciso investir um mínimo de 25% do PIB (Produto Interno 

Bruto) para crescer 5% ao ano de forma sustentada”, sugere o 

presidente do HSBC no Brasil, Conrado Engel 

teria virado uma feira comum”, 

reflete Alves. 

O gerente-geral da Blum 

do Brasil, com sede no Brasil em 

Embu (SP), Renato Viehmann, 

também ressalta a importância da 

proposta apresentada pelo evento. 

“Faltava no Brasil o que tem em 

Milão, muita gente relacionada ao 

design visitando a feira. A questão 

não é o volume, mas a qualidade. 

Temos excelentes profissionais 

de design e temos que mostrar”, 

incentiva o gerente-geral da Blum, 

patrocinadora da Casa Brasil. 

Investimento 

A feira também contou com o 

patrocínio da Losango, que comemora 

40 anos de atuação no mercado 

de crédito direto ao consumidor. 

Adquirida em 2003 pelo Grupo HSBC, 

a Losango planeja investir, este ano, 

R$ 500 milhões nos segmentos de 

A Móbile marcou presença na Casa 

Brasil com um estande que destacou 

a revista Móbile Decore e o Radar 

Móbile, novo conteúdo digital da 

editora. O estande foi decorado 

com móveis e complementos da 

Componenti, empresa do Rio Grande 

do Sul, que tem uma proposta 

inovadora para peças de decoração. 

Um exemplo é a mesa Bongo Luce que 

pode ser utilizada também como um 

banco e acende uma luz fria dando um 

efeito contemporâneo ao ambiente 

móveis finos, construção e viagens. 

Segundo a empresa, o montante 

equivale a um crescimento de 100% 

em relação ao ano passado. O plano 

de investimento foi confirmado 

pelo presidente do HSBC no 

Brasil, Conrado Engel, durante a 

Casa Brasil. Engel ministrou uma 

palestra no primeiro dia da feira, 

na qual apresentou um panorama 

da economia brasileira em relação 

ao mercado internacional. Para o 

presidente do HSBC no Brasil, a 

economia do País vive um bom 

momento, mas precisa aumentar sua 

poupança interna e a capacidade 

de investimento. “O Brasil tem um 

sistema financeiro sólido, lucrativo 

e muito bem regulado pelo Banco 

Central. O fluxo de capital para o 

Brasil é muito grande. O entrave fica 

por conta da nossa baixa capacidade 

de investimento. É preciso investir 

um mínimo de 25% do PIB (Produto 

Interno Bruto) para crescer 5% ao 

ano de forma sustentada”, sugere 

Engel. Segundo o Instituto Brasileiro 

de Geografia e Estatística (IBGE), 

a taxa de investimento no segundo 

trimestre de 2011 foi de 17,8% do 

PIB, inferior à taxa referente a igual 

período do ano anterior (18,2%). A 

taxa de poupança alcançou 18,1% 

no segundo trimestre de 2011, ante 

17,8% no mesmo trimestre de 2010. 

SETEMBRO/OUTUBRO 2011 MÓBILE DECORE 33 

Evandro Soares/Divulgação


1. O estofado da linha Art, da Herval, de Dois Irmãos (RS), 

utiliza materiais sustentáveis. A estrutura é feita em madeira de 

eucalipto de reflorestamento, a espuma vem de um processo 

produtivo que não emite CFC, o tecido é de fios de algodão 

reciclado e garrafas PET, e os pés são da chamada madeira 

ecológica, feita a partir da reciclagem de sacolas plásticas. 

2. A coleção 2012 da Marel, de Francisco Beltrão (PR), 

apresenta 20 novos acabamentos de frontais que completam os 

95 modelos disponíveis. A empresa também destaca a aplicação 

do sistema de movimento elétrico da Blum, com sede no Brasil 

em Embu (SP), Servo-Drive, que permite com um breve toque 

a abertura automática das portas de elevação. O fechamento 

ocorre através de um breve toque de um interruptor – localizado 

no interior do gabinete. 

3. A cozinha apresentada pela New Móveis Planejados, 

de Bento Gonçalves (RS), foi projetada para as pessoas que 

gostam de receber amigos e confraternizar. De tonalidade clara, 

os móveis recebem acabamento em branco com as frentes em 

Alabama, de tonalidade chocolate. Nos acessórios, o destaque 

são as gavetas aramadas. 

4. A personalização é um dos traços fortes da Coleção Vida 

apresentada pela Todeschini, de Bento Gonçalves (RS). São 

padrões de tons claros em contraposição com os escuros, 

acompanhados de detalhes em cores vivas. A variedade permite 

compor desde ambientes mais sofisticados e clássicos até os 

mais lúdicos e descontraídos. 

5. A Nacional Móveis, de São Bento do Sul (SC), levou a mesa 

com sistema retrátil feita em madeira tauari tratada com selador 

e verniz, mantendo, assim, a cor natural. 

6. Produto selecionado no Salão Design Casa Brasil 2011, a Fronteira 

Eucalipto, de Eulália de Souza Anselmo, está entre os destaques 

da Prima Design, de Bento Gonçalves (RS). Desenhada em 

2009, originalmente em aço e trama de lonca (tipo de couro), foi 

desenvolvida depois na versão metal e trama sintética, e agora 

traduzida para o desenho empilhável em eucalipto. 

7. A linha Holanda composta por aparador e mesas para jantar, 

lateral e centro, foi um dos destaques da Bel Metais, de Rio 

Negrinho (SC), junto com as cadeiras Ametista. 

8. As novidades e aplicações do software para layout de 

ambientes Promob Arch 2011 estiveram entre os destaques da 

Procad, de Caxias do Sul (RS), que atua há 17 anos no mercado 

brasileiro de softwares para o segmento moveleiro e tem no 

Promob seu carro-chefe. A empresa apresentou também o 

software para gestão de loja Manager, que pode ser usado com 

o Promob. Na foto, projeto de Catia Cristina Ferronato elaborado 

com o Promo Arch. 



Cida Demarchi 

Divulgação New 

Cida Demarchi 

1 

2 

3 

4

Divulgação Prima Design 


5 

6 

7 


Cida Demarchi Cida Demarchi 

9. A coleção 2011/2012 da Evviva 

Bertolini, de Bento Gonçalves (RS), 

apresenta sete novos padrões de 

cor: Vanilla; Púrpura; Cobalto; Corda; 

Café; Arusha e Bilbao. As novas 

padronagens podem ser aplicadas 

a móveis planejados para qualquer 

ambiente, residencial ou corporativo. 

8 

9 

10 

Divulgação Procad 

10. A Celmar, de Salto do 

Pirapora (SP), levou para 

a feira espaços alinhados 

com as tendências 

internacionais de 

iluminação com lâmpadas 

LED, automação, alto 

brilho e cores suaves. 


Cida Demarchi 

11 


Divulgação Akeo 

14 

13 

15 


Cida Demarchi 

Cida Demarchi 

Cida Demarchi 

12 

Cida Demarchi 

16 17 

11. A Seletta Móveis Planejados, de Rodeio 

Bonito (RS), destacou a versatilidade de seus 

produtos, como a grande variedade da padrões e 

cores editáveis em qualquer dimensão. 

12. A If, do Grupo Herval, de Dois Irmãos (RS), 

que comemorou em agosto um ano no mercado de 

móveis planejados, aliou design e tecnologia para 

ressaltar a proposta da marca de entregar soluções 

completas para a composição de ambientes. 

13. Trabalhando atualmente com lojas exclusivas, 

a Rudnick, de São Bento do Sul (SC), levou para a 

Casa Brasil seu novo conceito Rudnick Projetados, 

para ambientes de alto padrão. 

14 e 15. A Akeo, de Bento Gonçalves (RS), estreou 

na Casa Brasil destacando a inovação e o design de 

suas linhas de puxadores de metal. 

16 e 17. A Torre Less foi o destaque da Tremarin, 

de Farroupilha (RS). A peça conta com módulos 

móveis e permite a várias composições de cores em 

laca e laminados. 

Cida Demarchi

Fotos: Cida Demarchi e Denise Ribeiro 

Casa Brasil – Clicks 

1 

2 

3 

1. O diretor da Akeo, de Bento Gonçalves (RS), 

Ivânio Angelo Arioli, e a analista de marketing da 

empresa, Adriane Tremarin 

2. O diretor da Parma Móveis, Silber Silveira, e o 

diretor-presidente da Revista Móbile, Valcidio Perotti 

3. O diretor de mercado da Rudnick, Márcio Neumann, 

e o gerente de vendas da empresa, André Simões 

4. O executivo de vendas da Móbile, Ivan Salvi, e o 

gerente-comercial da Kehl Móveis, Adair Fabio Kerber 

5. O diretor-comercial da Evviva/ Bertolini Ambientes 

Personalizados, Henrique José Bertolini, e a 

assessora de marketing da empresa, Sheila Bertolini 

6. O diretor-comercial da Seletta Móveis Planejados, 

Celsio Holz, a executiva de vendas da Móbile, Silvana 

Onofre, e o gerente da sucursal Móbile de Caxias do 

Sul (RS), Carlos Colleoni 


4 

5 

6 

7 

8 

9 

7. O gerente nacional de vendas da Marel Móveis Planejados, José 

Vagner (esq.) e o gerente-geral da Blum do Brasil, Renato Viehmann 

8. O diretor da Tremarin, Zulmiro Marin, a controller Carina Pretto 

Marin e o diretor-comercial da empresa, Marcos Luís Troes 

9. O designer Hans Donner, com o diretor-executivo da Chair Brasil, 

Jonas Ortiz (dir.) e o designer da empresa Roberto Beitel (esq.) 

10. Ismael Reis, da Sier Móveis, e o diretor-presidente da Revista 

Móbile, Valcidio Perotti 

11. Paulo Pacheco, gerente de marketing do Grupo Herval, a 

arquiteta Ana Paula Patussi (esq.), que desenvolve os móveis IF, e a 

Marilice Santos Faust, franqueada If em Curitiba (PR) 

12. A diretora da Bel Metais, Rose Meri Soares, a gerente-comercial 

Samantha Machado e o representante da empresa Rodrigo Santana 

13. O diretor-comercial da Luhaz Móveis, Marino Fritsch, o executivo 

de vendas da Móbile, Ivan Salvi, e o diretor-comercial da Móveis 

Armil, Lauro Lovatto 

10 

11 

12 

13

14 

15 

16 

17 

18 

14. O gerente de marketing, da Marel Móveis Planejados, 

de Francisco Beltrão (PR), Eloy Luiz Scheuer 

15. O presidente da Movergs, Ivo Cansan, 

no estande da Eko Ambientes 

16. O diretor-comercial e de marketing da Todeschini, 

Nereu Conzatti, o presidente da empresa, João Farina 

Neto, a diretora-administrativa, Virgínia Farina, o 

diretor-industrial, Jorge Pallastrelli e o diretor-financeiro, 

João Paulo Pompermayer 

17. O gerente-comercial da Celmar, Gustavo 

Santos (esq. p/ dir.), o diretor-comercial, 

Francisco Martines, e os supervisores comerciais 

Cristian Tôni e Rodrigo Martines 

18. O gerente da sucursal Móbile de Caxias 

do Sul (RS), Carlos Colleoni, e a diretora de 

comunicação da Prima Design 

19 

20 

21 

19. O sócio-proprietário da Tremarin, Luis Attilio 

Troes, o presidente da Abimóvel, José Luiz 

Diaz Fernandez e o diretor-comercial da 

Revista Móbile, Carlos Bessa 

20. O diretor da Nacional Móveis, Ivo Beuther (esq.), 

com José Alves e Patrícia Nascimento, da Juliana 

Móveis, de Vitória de Santo Antão (PE) 

21. O diretor da Componenti, Alexandre Lazzarotto, e 

o diretor-presidente da Revista Móbile, Valcidio Perotti 

22. A gerente-comercial da Impress Decor, Lidia Maier, 

e o diretor-comercial da Revista Móbile, Carlos Bessa 

23. O diretor-comercial da Procad, Vanderlei Buffon, e 

o gerente Franco Alves 

24. O diretor-comercial da Móveis James, 

Jaime Pfutzenreuter, e o gerente de vendas 

da Móbile, César Rosa 

22 

23 

24 


Estratégia por Flávia Barbosa 

Difratelli investe 

no reposicionamento 

da marca 

No ano em que completa duas décadas, empresa gaúcha amplia sua atuação 

no País, ganha status de marca premium e lança nova campanha conceitual 

Dormitório que compõe a nova campanha conceitual da Difratelli, de Flores da Cunha (RS), 

lançada na Casa Brasil. Projetos acompanham as principais tendências internacionais 

Para marcar o aniversário de 20 anos da empresa, 

comemorados em abril deste ano, a Difratelli, de Flores 

da Cunha (RS), aposta no reposicionamento da marca. O 

grande destaque da reformulação comercial é a grife Difratelli 

Fatto. Com foco no consumidor das classes A e B, implantada 

em 2008, a distinção ganha status de marca premium. 

A empresa, que iniciou pequena, produzindo móveis para 

o consumidor final, tem hoje 55 revendas, sendo 30 da marca 

Fatto, espalhadas por 18 estados do Brasil. 

Segundo a coordenadora de engenharia, Paola Costa, 

o produto Fatto diferencia-se nos detalhes como o design 

mais arrojado, as opções de acabamento e os acessórios mais 

requintados. “As revendas que levam a bandeira Fatto também 

vão passar por uma reformulação no layout. O departamento 


de arquitetura da empresa já está 

em vias de implantação das novas 

fachadas, que irão ao encontro da 

nova identidade visual da grife”, 

explica. Além da diferenciação 

visual, a marca premium lançou em 

agosto o novo site, acompanhado 

de diversas ferramentas de 

comunicação digital (como blog e 

redes sociais). 

A empresa implantou 

no mercado apenas revendas 

alinhadas à sua identidade. “São 

três modelos de negócios: Difratelli 

Guilherme Jordani/Celso Podlasek 

Fatto, Difratelli Móveis Planejados e 

Versatilitá, pois queremos parceiros 

exclusivos e que apostem em nossa 

marca”, afirma o diretor-presidente, 

Laurindo Costa. 

Mas o grande destaque do 

novo posicionamento é a campanha 

conceitual intitulada “Viver bem 

começa por suas escolhas”, 

apresentada na Casa Brasil, feira 

de design e negócios, que reúne 

marcas de mobiliário e acessórios 

para arquitetura e decoração, 

realizada em Bento Gonçalves (RS), 

entre os dias 2 e 6 de agosto. A 

campanha foi reproduzida nos 

novos catálogos, no site e em toda 

comunicação visual da marca. 

A coleção apresenta projetos 

que dialogam com as principais 

tendências internacionais do ramo, 

e é composta por dormitórios, 

sala de estar, cozinhas, home 

office, lavanderia e lavabo. As 

imagens em 3D, que simulam com 

fidelidade os ambientes reais, foram 

desenvolvidas pelo designer de 

produto Celso Podlasek. 

Além de abrir lojas em todo 

o País, nos últimos quatro anos a 

Difratelli cresceu anualmente cerca 

de 30%. “Não tínhamos ideia de 

que chegaríamos tão longe, nossa 

preocupação na época era fazer bem 

feito e satisfazer o cliente”, lembra o 

diretor-presidente.

Móbile 30 anos por Flávia Barbosa 

Três décadas 

como referência 

para o setor 

Móbile completa 30 anos 

de publicações em outubro 

Informação de qualidade direcionada ao setor moveleiro. Com 

esta proposta, a primeira edição do jornal Móbile entrou em 

circulação em outubro de 1981. E hoje é uma percepção 

geral do mercado que, durante estes 30 anos, mais do que informar, 

as publicações Móbile anteciparam tendências, estimularam vendas, 

motivaram reflexões, ensinaram e ajudaram lojistas e profissionais do 

mercado de mobiliário e decoração a crescer. Através de 

diferentes fontes de apurações e opiniões e de aprofundada 

pesquisa, as publicações da Alternativa Editorial estimulam 

discussões acerca dos temas mais relevantes para o setor 

moveleiro. Um deles é o design, que veio ganhando projeção, 

acompanhando a trajetória da editora (fundada ainda antes dos 

títulos Móbile, em março de 1980), ao longo destes 30 anos. 

Já em sua primeira edição, o então jornal Móbile colocou em 

debate a importância do design para a cadeia produtiva moveleira. 

Naquela época, a atividade ainda era uma raridade na indústria 

nacional de móveis, mas as páginas do jornal Móbile já adiantavam 

sua evolução. “Tudo é muito restrito, no Brasil principalmente, à 

decoração; o design é uma atividade quase elitizada a móveis de 

maior categoria não chegando, quase nunca, a móveis fabricados 

em série para consumo em larga escala”, apontava uma das 

fontes da reportagem “Design, este importante desconhecido”. 

Em um dos trechos da reportagem constava: “Mesmo em fase 

inicial a atividade já se mostra em condições de evoluir pois é 

preciso chegar ao desenho brasileiro, feito para um consumidor 

também brasileiro, ávido por produtos que se encaixem a seu 

modus vivendi e à sua personalidade, tão característica”. 

Em julho de 1998, a editora lançou então a revista Móbile 

Decore, voltada ao mercado de móveis de alta decoração, propondo 

lançamentos, novas tendências, ideias de projetos de decoração e 

ambientação e matérias sobre design. Já no primeiro exemplar, a 

Móbile Decore levantou uma importante questão, com renomados 


Reprodução 

Já na primeira edição do 

então jornal Móbile, em 1981, 

os caminhos do design eram 

traçados pela publicação 

designers da época, Manlio Gobbi, 

André Marx e Maria Bernadete Brandão: 

criar é preciso. A reportagem afirmava, 

através da opinião dos entrevistados, 

que havia chegado a hora de criar 

produtos genuinamente brasileiros, 

sugerindo a troca da ‘cultura da cópia 

pela cultura do design’. 

Em contrapartida, a segunda 

edição da Móbile Decore publicou 

uma reportagem com Paola Antonelli, 

curadora até hoje do Departamento de 

Arquitetura e Design do Museu de Arte 

Moderna de Nova York – MoMa, que 

Estar um passo à frente 

argumentou os benefícios da ‘cópia 

construtiva’, defendendo a controversa 

tese de que o “designer copia para 

aprender como fazer melhor”. 

Já em maio de 1999, em sua 

edição de número seis, a Móbile 

Decore antecipou, em meio às 

declarações do designer Maurício 

Azeredo, que as novas indústrias 

começavam a incorporar o design 

como processo fundamental para 

o sucesso dos negócios. Para o 

designer Ivens Fontoura, autor do 

livro Uma visão do design moveleiro 

Maria Lenice de Oliveira, proprietária de O Mundo dos 

Estofados, de Curitiba (PR), assinante da Móbile Decore desde as 

primeiras edições, afirma que a revista ajuda a orientar o profissional 

do setor: “Tem informações técnicas e precisas, principalmente 

específicas para o lojista. O calendário e os lançamentos das feiras 

ajudam a nos manter atualizados. Além das análises econômicas, que 

nos dão previsão de mercado e auxiliam nos negócios”. 

Maria Ângela Braga, proprietária da Linear Móveis, de João 

Pessoa (PB), assinante da Móbile Decore há sete anos, diz que a 

revista é muito importante para mantê-la atualizada: “Como eu não 

posso ir a todas as feiras, a Decore permite que eu esteja sempre à 

frente das novidades e lançamentos”.

latinoamericano, ainda no final dos anos 80, a configuração do 

design era complicada. Mas em 10 anos o cenário mudou. “O 

profissional do design, pode ser considerado pelo empresário 

como custo. Nós pensamos que não é custo, é investimento”, 

afirma Fontoura em entrevista a esta edição da Móbile Decore. 

No final do ano 2000, na 16ª edição da revista, a matéria 

de capa “A hora e a vez do design” posicionou a atividade como 

estratégia essencial para agregar valor aos produtos e diferenciálos 

da concorrência, oferecendo algo mais além de preço e 

qualidade. A reportagem, além de informar que o principal 

motivo que levava então algumas das indústrias moveleiras a 

apostar no design era a diferenciação, preocupava-se em explicar 

minuciosamente o conceito da atividade. “Didaticamente, ‘design 

é a melhoria dos aspectos funcionais, ergonômicos e visuais dos 

produtos, de modo a atender às necessidades do consumidor, 

melhorando o conforto, a segurança e a satisfação dos usuários’, 

define a cartilha ‘A importância do design na sua empresa’, da 

Confederação Nacional das Indústrias (CNI)”, dizia a matéria. 

Já no século 21, a edição 19 da Decore constata a tendência 

apontada no primeiro número do então jornal Móbile, de que o 

design no País deveria se encaminhar para um processo de evolução. 

A reportagem identificou empresas que apostaram na incorporação 

e contratação de designers para se tornar mais competitivas. Três 

edições depois, a revista mostrou que o ciclo de renovação do 

design do móvel estava ocorrendo a cada dez anos. Na avaliação 

do designer e pesquisador Ivens Fontoura, o design é cíclico, mas o 

tempo de renovação varia de acordo com o contexto da época. “Ele 

modifica conforme a intervenção de fatores que o atingem, assim 

como fenômenos naturais”, observa. Para ele, a renovação é resultado 

de pesquisa e de novas tecnologias. “É preciso pensar no tripé que 

sustenta o design: quem projeta, quem fabrica e quem consome”. 

Em setembro de 2003, na edição 38 da Móbile Decore, a 

cobertura da Feira Internacional de Móveis – Fenavem apontou 

os principais lançamentos de móveis de linha alta. Naquele 

período, segundo a publicação, as salas de estar apresentavamse 

mais horizontais, seguindo um movimento europeu. As 

novidades eram armários aéreos e portas de correr, possibilitando 

mobilidade à decoração. O retrô com toque de modernidade 

ganhava vida nas cristaleiras que voltavam à cena. 

Mais recentemente, em outubro de 2007, a Móbile Decore de 

número 65 divulgou os resultados da primeira edição da Casa Brasil. 

A reportagem de cobertura da feira notava que “(...) o foco no design 

e na estética colocou o produto brasileiro em pé de igualdade com 

os fabricados na Europa”. Os lançamentos variavam, desde produtos 

para as áreas externas, armários com portas de correr com perfis 

de alumínio, colchões ortopédicos, até linha de cozinha, com 

presença de lEDs, que iluminavam diversas partes do móvel. 

A edição 68, de abril de 2008, destacava que as portas 

de correr vieram para ficar. “O argumento é o de que essa 

solução agrada aos brasileiros pela praticidade”, constatava a 

reportagem, sobre a Movelsul Brasil 2008. 

Móveis multifuncionais ganharam design diferenciado e 

simpatia do consumidor, de acordo com a reportagem da Móbile 

Denise Ribeiro Arquivo Móbile 

Decore 73, em 2009. A publicação 

já dava indícios de que os imóveis 

estavam menores e decorá-los era 

uma tarefa difícil. “Tudo foi reduzido, 

da sala aos dormitórios. Alguns não 

têm nem mesmo área de serviço, 

que foi incorporada à cozinha. A 

solução, cada vez mais procurada 

pelos consumidores, foi passar a 

optar por móveis multifuncionais, 

capazes de otimizar os espaços, 

exercer diferentes funções e de 

ser mudados de ambiente quando 

necessário”. 

Já no ano de 2010, em sua 79ª 

edição, a Móbile Decore antecipou as 

tendências para o presente e para o 

futuro, em reportagem sobre a feira 

alemã Imm Cologne. A publicação 

Para o designer Ivens Fontoura, 

o design é cíclico. A renovação é 

resultado de pesquisa e de novas 

tecnologias: “É preciso pensar no tripé 

que sustenta o design: quem projeta, 

quem fabrica e quem consome” 

“O maior sucesso a 

comemorar é termos 

sobrevivido aos últimos 30 

anos e nos encontrarmos 

com determinação e 

capacidade para escrevermos 

a história do setor 

nos próximos 30”, 

afirma Valcidio Perotti, 

diretor-presidente da 

Alternativa Editorial, 

editora dos 

títulos Móbile 

revelava que o conforto estava 

em evidência, por meio de Spas 

particulares, mesas de jantar maiores, 

design como estilo de vida e peças 

clássicas com valor atemporal. 

Desde o início, a Alternativa 

Editorial, com o jornal Móbile, 

mais tarde com a Móbile Decore e 

também pelos veículos digitais, como 

o portal eMobile (www.emobile.com. 

br), o site da Móbile Decore (www. 

mobiledecore.com.br) e a nova revista 

Radar Móbile (www.radarmobile. 

com.br), vem estimulando o debate 

acerca do passado, presente e 

futuro do design, reforçando seu 

compromisso com o leitor na busca 

por tendências e novidades para o 

setor. “É significativo na evolução da 

Móbile sua permanente capacidade de 

posicionar-se na vanguarda 

dos fatos que determinaram o 

crescimento do próprio setor 

moveleiro ao longo dos últimos 30 

anos. Sempre procuramos enxergar 

e estar um passo à frente, para que 

nossa contribuição sempre tenha 

valor percebido”, assinala o diretorpresidente 

da Alternativa Editorial, 

Valcidio Perotti. 

Mais Móbile 30 anos 

Veja no site da Móbile Decore 

(www.mobiledecore.com.br) a 

linha do tempo que mostra toda a 

trajetória das publicações Móbile. 


Top Móbile por Karina Mikowski e Keila Marques 

Design premiado 

Destaque do segmento de móveis de decoração, a Sier 

Móveis, de Ubá (MG), obteve a primeira colocação em todas as 

categorias em que concorreu nesta sexta edição do Top Móbile 

Agrande vencedora do Top Móbile, prêmio das marcas mais 

lembradas da indústria do mobiliário no País organizado 

desde 2006 pela Alternativa Editorial – editora que publica 

os títulos Móbile – no segmento de móveis de decoração foi a 

Sier, empresa do polo de Ubá (MG) que fabrica salas de jantar, 

home theaters e complementos decorativos. A empresa recebeu 

o troféu em três das seis categorias e o pentacampeonato 

em duas delas, “Racks, Estantes e Home Theaters” e “Salas 

de Jantar”. Outra pentacampeã no segmento foi a Castor, de 

Ourinhos (SP), na categoria “Box Spring”. A Rudnick, de São 

Bento do Sul (SC), e a Herval, de Dois Irmãos (RS), também 

apresentaram excelente desempenho, com quatro indicações 

cada uma (confira box abaixo). 

A sexta edição do prêmio aconteceu na noite de 10 de 

agosto, em um evento para cerca de 400 convidados realizado 

no Teatro Elis Regina, dentro do Complexo do Anhembi, na 

Vencedores Top Móbile 2011 

Fabricantes de Móveis de Decoração 


1º lugar 2º lugar 3º lugar 

Box spring Castor Herval Mannes 

Complementos para salas Sier Herval Rudnick 

Dormitórios Apolo Rudnick Herval 

Estofados Bell’Arte Herval Mannes 

Racks, estantes 

e home theaters 

Sier Rudnick Artesano 

Salas de jantar Sier Parma Rudnick 

Fonte: Segmento Pesquisas de Marketing | Top Móbile 2011 

capital paulista, espaço que 

abrigou em seus pavilhões naquela 

semana a primeira edição da feira 

Brasil Móveis (leia cobertura nesta 

edição). Neste ano, o Top Móbile 

teve 39 categorias, uma a mais que 

no ano passado, distribuídas nos 

segmentos “fabricantes de móveis 

seriados”, “fabricantes de móveis 

de decoração” e “fornecedores da 

indústria”, e reforçou sua relevância 

como indicador de estratégias 

para empresas que investem 

no fortalecimento da marca. No 

segmento de móveis de decoração, 

a pesquisa foi feita com 208 lojistas. 

Os especialistas são 

praticamente unânimes quando dizem 

que a utilidade de uma marca pode 

ser construída por meio dos serviços 

oferecidos. Entretanto, o mercado 

de móveis de decoração exige certa 

particularidade. O design para esse 

lojista é extremamente importante, 

é o status da imagem “O serviço 

está também no design e até onde o 

design vai atender às necessidades do 

consumidor”, explica Gabriel Jacob, 

publicitário, designer e supervisor 

de planejamento na agência F.biz. 

Os mercados das classes mais altas, 

como um todo, estão passando por 

Paulo Bau 

A premiação, realizada na noite de 

10 de agosto no Teatro Elis Regina, 

em São Paulo (SP), apontou as 

marcas mais lembradas do setor 

moveleiro em 39 categorias nos 

segmentos “fabricantes de decoração”, 

“fabricantes seriados” e “fornecedores 

da indústria”. No detalhe, Carlos 

Alberto Reis (à esquerda), gerente de 

produtos da Sier, a grande vencedora 

do Top Móbile no segmento de móveis 

de decoração, com Cidinha Leal e 

Rodrigo Calazans, coordenadores da 

Móbile Votuporanga (SP) e Ubá (MG) 

um momento de muita valorização 

ao personalizado, ao exclusivo. 

O lojista precisa se adaptar a 

esse novo contexto e encontrar, 

no fabricante, o parceiro que lhe 

dê respaldo. “A partir de uma 

marca conhecida, o consumidor é 

mais exigente à qualidade deste 

produto. E, se a marca entrega o 

que promete, gera valor para todos 

os envolvidos”, afirma o diretor 

de branding e novos negócios 

da Cauduro Associados, André 

Banchi Alves. 

Além disso, o status do preço 

alto começa a perder espaço. “O 

público tipo ‘A’ muitas vezes compra 

status e ainda valoriza o preço, que 

associa à qualidade. Mas cada vez 

mais esse consumidor pensa em 

otimizar seus custos e o preço por 

si só já não é mais o único fator de 

compra”, informa Jacob. 

Top Móbile 2012 

Quando: 25 de julho 

Local: Teatro Elis Regina 

São Paulo (SP) 

www.emobile.com.br/topmobile 

Paulo Bau

Fotos: Francisco Carlos, Paulo Bau e Camila Gino 

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5 

Top Móbile – Clicks 

1. Após a cerimônia os convidados foram recepcionados em 

um coquetel no hall do Teatro Elis Regina 

2. César Rosa, gerente de vendas Revista Móbile, 

com a equipe da Rudnick, finalista em “complementos 

para salas”, “dormitórios”, “racks, estantes e homes” 

e “salas de jantar” 

3. Premiados na categoria “box spring” no Top Móbile 2011: 

Castor, Herval e Mannes 

4. Equipes da Sier e da Frezite com a diretoria da Orgasul 

Turismo, agência especializada em feiras técnicas de Móveis 

que comemora 25 anos em 2011 

5. Diretoria da Castor com Cidinha Leal, coordenadora Móbile 

em Votuporanga (SP) 

6. Camila Gino, editora-chefe da Revista Móbile, na entrada 

do Teatro Elis Regina onde se deu a cerimônia do Top Móbile 

2011, na noite de 10 de agosto 

7. Ivan Salvi, executivo-comercial da Revista Móbile, com 

Leandro Romagna, gerente-comercial da Artesano 

8. Os mineiros da Sier comemoram os três primeiros lugares 

conquistados no segmento de “decoração” em 2011 


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9. O casal Ivens e Márcia 

Fontoura, com Valcidio Perotti, 

sua esposa Geneci (ao centro), 

o filho Edmilson, e a gerente 

de marketing da Móbile, Cida 

Demarchi 

10. Diretoria da Parma com 

empresários mineiros e Rodrigo 

Calazans, da Revista Móbile 

11. Família Freiberger, diretora 

da Bell’Arte, com Carlos Bessa, 

diretor-comercial da Revista 

Móbile 

12. Roberto Mannes, presidente 

da Mannes, marca entre 

as mais lembradas nas 

categorias “box spring” e 

“estofados” em “decoração”, 

com Rodrigo Calazans, da 

Revista Móbile 

17 

18 

13. Hélio Silva, diretor da Castor, com 

o quinto prêmio Top Móbile em “box 

spring” recebido do designer que 

projetou o troféu, Ivens Fontoura 

14. Valcidio Perotti, diretor-presidente 

da Revista Móbile, na abertura do Top 

Móbile 2011 

15. Equipe da Móbile com Sandro 

Carneiro (à esq.), diretor da Apolo, 

tricampeã em “dormitórios” 

16. Paulo Pacheco, responsável pelo 

marketing do grupo Herval, com Ivan 

Salvi, executivo-comercial Revista 

Móbile (RS) 

17. Equipe da Herval, marca entre as 

top of mind em quatro categorias no 

Top Móbile 2011 

18. Sandro Carneiro, diretor da 

Apolo, com Rodrigo Calazans e 

Edmilson Almeida, da Móbile

Fetiche Fashion – Artigo por Fah Maioli, designer e trend researcher* 

Tendência: 

Fetiche 

Fashion 

Fetiche (do francês fétiche, que por sua vez é um 

empréstimo do português feitiço cuja origem é o latim 

facticius “artificial, fictício”) foi definido na antropologia 

como sendo o “símbolo de uma energia divina, captada, presente 

e utilizável”. Assim, o que denominamos de fetiche fashion, é um 

estilo ou aparência na forma de um tipo de roupa ou acessório 

criado para ser extremamente provocativo, mesmo que de forma 

digamos, subliminar. 

A tendência fetiche fashion vem obviamente da subcultura 

e alguns historiadores argumentam que pode ter sua origem em 

duas vertentes: primeiramente no uso de corpetes e saias hobble 

por volta do final do século 18 e logo após com a cultura do uso 

de couro “colado ao corpo” dos homossexuais britânicos após 

Reprodução 


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1 5 4 

Divulgação Louis Vuitton 

Nada vende mais do que sexo e poder! 

Desde os primórdios da comunicação, seja de moda ou de bens 

de consumo, os mais potentes incentivos à compra para o gênero 

masculino são sexo e poder. E é realmente absurdo nestes tempos 

politicamente corretos que ainda hoje estes clichês sejam atraentes 

e originais. No passado (1), com a marca de moda Van Heuser e sua 

“mostre a ela que este é um mundo masculino”, e atualmente (2) com 

o exemplo da publicidade de lingerie (criada para o uso do público 

masculino) da marca Intimissimi, como vemos na sequência ao lado. 

Demais imagens: fotos de Steven Klein para Dolce & Gabbana (3), 

Helmut Newton (4), Mert Allas e Marcus Piggot para Gucci (5).

a 2ª Guerra Mundial. De qualquer forma, esta nova maneira de 

ousar com o corpo utilizando-se de elementos demasiadamente 

subversivos para a época teve seu auge com a cultura popular 

britânica na década de 1960 devido à influência de músicos de 

rock como Rolling Stones e The Who, e artistas de televisão, 

como Honor Blackman e Diana Rigg em The Avengers, que 

usavam por exemplo luvas de látex e botas. 

Malcolm McLaren e Vivienne Westwood criaram na 

mesma época vários itens de identidade BDSM (BDSM é 

um acrônimo para Bondage e Disciplina, Dominação e Submissão, 

Sadismo e Masoquismo), em especial calças bondage, que ligam as 

pernas do usuário com alças. Como caso mais recente, a coleção 

outono/inverno de Marc Jacobs para a Louis Vuitton utilizou de todo 

o potencial imaginário desta temática, inclusive tomando como 

referência o tema militar, inspirado notadamente pelos clássicos 

“Portier de Nuit”, de Liliana Cavani e “Le Journal d’une femme de 

chambre”, do fantástico Luis Bunuel. Não foi por acaso, a escolha 

de Kate Moss fumando na passarela 

(se existe dentro do sistema moda 

um fetiche encarnado, é ela) vestida 

com um minishort e extravagantes 

botas de cano curto na apresentação 

de sua coleção no Carré du Louvre. 

Na comunicação de moda, 

onde esta tendência esteve e estará 

sempre muito mais presente do 

que no mainstream e nas vitrines 

fast-fashion, este é um movimento 

que tem como seu precursor 

Man Ray, que com suas imagens 

anárquicas e fantasiosas, fez com 

que sua arte imprimisse à fotografia 

de moda uma revolta radical. Após 

Ray, muitos outros começaram 

Marc Jacobs para 

Louis Vuitton 

Outono/Inverno 

2011-2012 

a transformar a imagem foco da 

comunicação de moda em uma 

exploração da sensualidade dos 

corpos, dos símbolos de desejo 

e do inconsciente do público 

consumidor. Entre aqueles que 

seguiram o mestre e trataram do 

tema fetiche no sistema moda 

com muita sensibilidade e estilo, 

sem cair no vulgar podemos listar 

Richard Avedon, Helmut Newton, 

Steven Meisel, Patrick Demarchelier, 

Allas & Piggot, Steve Klein e Terry 

Richardson, apenas para citar os 

mais conhecidos do circuito. 

* Artigo especialmente escrito para a 

Alternativa Editorial – Móbile Decore 


Brasil Móveis por Keila Marques, Camila Gino e Luis Antonio Hangai 

Feira nacional 

de mobiliário 

Mais do que promover negócios, a primeira edição 

da Brasil Móveis, realizada entre os dias 9 e 12 de 

agosto em São Paulo (SP), propõe a defesa comercial 

do mercado interno e a atuação institucional mais 

articulada por parte do setor moveleiro 

Aprimeira edição da Brasil Móveis marcou a retomada de 

um evento de grande notoriedade e de porte nacional 

realizado pelo setor moveleiro no maior centro econômico 

do País, a cidade de São Paulo. Com realização da Associação das 

Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), 

apoio das principais entidades do setor, e promovida pela 

Reed Multiplus, a Brasil Móveis ocorreu entre os dias 9 e 12 de 

agosto, no Centro de Exposições do Anhembi. Além de ocupar o 

espaço que já foi da Feira Internacional de Móveis (Fenavem) e, 

posteriormente do Salão Abimóvel, a feira nasce em um cenário 

de desaquecimento industrial interno, instabilidade financeira no 

cenário mundial e poucos dias após o anúncio da nova política 

industrial do governo federal, batizada de “Plano Brasil Maior”. 

Os fatores externos reforçaram a proposta da feira de ser, mais 

que um evento para promover negócios, uma grande defesa 

comercial do mercado interno. 

O presidente da Movergs, Ivo Cansan, defende que, diante 

de desafios mercadológicos originados tanto na esfera empresarial 

quanto na estatal, as companhias do setor precisam fortalecer seus 

laços de união para que assim desenvolvam condições favoráveis a 

uma atuação institucional e política mais articulada. “A feira nasceu 

com o intuito de preservar o mercado nacional e mostrar a grandeza 

do setor moveleiro do Brasil”, afirma Cansan. Para o diretor da 

Reed Multiplus, Augusto Balieiro, a visitação foi significativa 

em termos de profissionais qualificados. No balanço divulgado 

pelos organizadores, esta primeira edição da Brasil Móveis 

contou com 128 expositores e 20 mil visitantes originários de 28 

países. As estimativas são de que a feira – que contou também 

com rodadas internacionais de negócios do Projeto Comprador 

e com edição do Salão de Tecidos para Decoração promovido 


Divulgação Mannes 

pelo Comitê TexBrasil Décor da 

Associação Brasileira da Indústria 

Têxtil e de Confecção (Abit) – tenha 

criado um ambiente favorável para a 

realização de algo próximo a R$ 290 

milhões em negociações. 

Novidades 

Acompanhando o trânsito cada 

vez mais intenso entre o móvel e 

a moda, a fabricante de colchões, 

estofados, espumas industriais e 

travesseiros, Mannes, de Guaramirim 

(SC), apresentou a primeira 

coleção criada para a marca Pierre 

Cardin. A linha de seis colchões e 

nove travesseiros foi inspirada na 

sofisticação dos desenhos do estilista 

francês e ainda utiliza três tecidos do 

mercado da moda (linho, cashmere 

e cotton orgânico) em fronhas de 

travesseiros. A Mannes também 

desenvolveu oito modelos de colchões 

para a marca Sealy. Já a fabricante 

de colchões Ecoflex, com sede em 

São Bento do Sul (SC), investiu na 

renovação de tecidos, texturas, 

estruturas de conforto e cores, como 

o preto, o vermelho e o cinza. O 

destaque entre os lançamentos é a 

cama box Naturalle, que faz parte da 

linha espuma da empresa. A cama 

tem diversas camadas de conforto, 

entre elas a manta viscoelástica de 

seis centímetros. 

Mais uma empresa a destacar 

novas propostas na Brasil Móveis 

foi a gaúcha Herval, que reforçou 

apostas levadas à Casa Brasil, 

também realizada no mês de agosto, 

em Bento Gonçalves (RS), como 

as lacas coloridas e os jogos de 

estofados de múltiplas composições, 

com opções de tecidos em 

esverdeados ou azulados refinadas 

por nuances de luminosidade. O sofá 

pode também ser composto pelo 

consumidor de forma gradativa ou 

ser fragmentado em várias peças. 

Ainda entre os expositores que 

investiram em novas coleções na 

feira, a paulista Americanflex levou 

lançamentos tanto na linha adulto 

de colchões quanto na linha infantil, 

com destaque para a charmosa 

padronagem xadrez do revestimento 

do box Notte, com viscose de bambu 

e jacquard pérola e café, além do 

campinho de futebol que estampa o 

colchão infantil Soccer Game.

Entre os novos modelos de estofados e poltronas, além 

das linhas de cama box, a Ronconi, de Curitiba (PR), apresentou 

uma novidade: a inserção da mola pocket (molas ensacadas 

individualmente), utilizada originalmente em colchões, nos 

estofados Zack e Slow (na foto), lançados nessa primeira edição 

da Brasil Móveis. A pocket tem oito centímetros de altura e 

conta com mais uma camada de espuma. Nessa primeira edição 

da Brasil Móveis, a fabricante de colchões Castor, de Ourinhos 

(SP), apresentou ao mercado brasileiro, em parceria com a 

fabricante belga Latexco, uma nova tecnologia desenvolvida para 

proporcionar a sensação da frescor em colchões e travesseiros – 

por meio de uma lâmina de gel clinicamente testado. A novidade 

faz parte do novo colchão Pocket Latex Gel, lançado na feira. 

No balanço final, a quantidade de expositores foi um pouco 

menor do que o número de 150 estimado inicialmente, mas a 

participação foi diversificada. De acordo com a Reed Múltiplus, 

os planos para 2013 são de expandir a área comercializada, 

diversificar os eventos simultâneos e fortalecer a divulgação da 

Brasil Móveis para estimular a visitação internacional. 

Leia mais sobre a Brasil Móveis na publicação digital Radar 

Móbile www.radarmobile.com.br. 

Brasil Móveis 2012 

Quando: 6 a 9 de agosto 

Local: Anhembi | São Paulo (SP) 

www.brasilmoveis.com.br 

1 

2 

A Mannes apresentou a 

primeira coleção criada 

para a marca Pierre Cardin 

1. A Ronconi apresentou uma novidade: a inserção da mola pocket 

(molas ensacadas individualmente), utilizada originalmente em colchões, 

nos estofados Zack e Slow (na foto) 

2. O novo colchão Pocket Latex Gel da Castor garante manter o corpo 

resfriado por meio de uma nova tecnologia desenvolvida em parceria 

com a fabricante belga Latexco 

3. O modelo de estofado modulado lançado pela Herval permite 

composições bastante flexíveis, por contar com peças de variados 

tamanhos, e também arredondados 

4. A Americanflex apresentou nova coleção na feira paulista. Na foto, 

a padronagem xadrez do revestimento do box Notte 

5. A Abraccio Móveis participou desta primeira edição da feira com 

um estande de 300 metros quadrados, onde ficaram expostas as 

diversas linhas da empresa, Coline, Lusiana, Vintage, Mondrian 

6. A Ecoflex investiu na renovação de tecidos, texturas, estruturas 

de conforto e cores, como o preto, o vermelho e o cinza. Na foto, o 

destaque entre os lançamentos, a cama box Naturalle 

Keila Marques 

Keila Marques 

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5 

6 

SETEMBRO/OUTUBRO 2011 MÓBILE DECORE 51 

Paulo Bau Paulo Bau Paulo Bau Divulgação Ecoflex

Fotos: Divulgação 

Perfil por Flávia Barbosa 

Nove décadas 

de transformação 

Ao completar 90 anos, Ronconi quer 

continuar crescendo com meta de 

expansão anual em torno de 15% 

Não é simples permanecer no mercado durante nove 

décadas. A Ronconi Indústria e Comércio de Móveis 

e Colchões Ltda. completa 90 anos almejando novas 

perspectivas. Atuante em todo o território brasileiro, com parceiros 

nacionais e internacionais, ampliou recentemente o parque fabril, 

como parte de sua nova estratégia de mercado. 

Com mais de 600 funcionários, o grupo, em constante 

transformação, visa a grandes conquistas futuras. “Estamos 

trabalhando em um plano de expansão com crescimento 

aproximado de 15% ao ano”, adianta Paulo Ronconi, diretorsuperintendente 

da empresa. Além disso, com o objetivo de 

estimular os funcionários a se sentirem integrados à corporação, a 

Ronconi trabalha as relações humanas no ambiente produtivo para 

transformar obrigações funcionais em objetivos comuns do grupo. 

Instalada em um terreno de 100 mil metros quadrados com 

área construída de 30 mil metros quadrados, no município de Colombo 

(PR), na região metropolitana de Curitiba, a Ronconi produz 

móveis estofados, colchões de mola e de espuma, conjuntos box, 

travesseiros e espumas para o setor industrial. Para a empresa, a 

busca por novas tecnologias e o investimento no desenvolvimento 

humano é essencial para manter-se forte no mercado. 

Como tudo começou 

Foi em 1921 que Guilherme Ronconi montou uma oficina 

de marcenaria, na cidade de Curitiba (PR). Naquele ano 

começaria a história do que é 

Sede atual da empresa em Colombo (PR) e (no detalhe) funcionários 

em frente às antigas instalações, em 1930 


Fotos: Michele Müller 

hoje a Ronconi. “Há 90 anos nasceu 

uma empresa familiar, que tinha no 

espírito de seu fundador um grande 

sonho”, define Paulo. “Como toda 

empresa no seu segmento, nos anos 

20, pequena e fundada no núcleo 

das pessoas que compunham a 

família, o sonho era fabricar móveis 

cuja qualidade e durabilidade 

ultrapassassem décadas e sempre 

fossem lembrados como símbolos de 

dedicação e cuidado”, completa. 

Em 1948 foi construída uma nova 

fábrica de móveis, a Ronconi Ltda. 

Nesta fase inicia-se a reformulação 

do design dos produtos, aliando o 

conceito de durabilidade com o de 

beleza. “Os consumidores dos anos 50 

a 70 buscavam os chamados ‘móveis 

pesados’ (madeira maciça). Pois a 

intenção era passar a mobília de pai 

para filho”, lembra Paulo. 

Trajetória 

Com um mix de produtos que inclui 

móveis estofados, colchões de 

mola e de espuma, conjuntos box e 

travesseiros, a Ronconi conta com lojas 

exclusivas desde os anos 60 

A partir do final dos anos 70 

foram inauguradas novas instalações 

no município de Colombo (PR), em 

conjunto com a nova indústria de 

espumas e colchões, onde a fábrica 

está instalada até os dias de hoje. 

“Existe uma constante preocupação em 

estarmos atualizando os maquinários, 

buscando tecnologia de ponta e a 

realização de pesquisas em mercados 

internacionais, como Europa, Ásia 

e Estados Unidos”, afirma o diretorsuperintendente. 

“Buscamos, através de 

uma gestão responsável, novas formas 

de produção menos agressivas ao meio 

ambiente, proporcionando a reciclagem 

dos resíduos. Estas atitudes demonstram 

o respeito ao nosso planeta e às futuras 

gerações. São esses diferencias que 

com passos sólidos nos direcionam 

para o crescimento através destes 90 

anos de existência”, completa. 

1921 – abertura da marcenaria 

1948 – é inaugurada a fábrica 

de móveis Ronconi Ltda. 

1960 – inauguração da loja 

Ronconi em 1960 

1963 – morre o fundador, 

Guilherme Ronconi 

1976 – inaugurada a nova 

instalação em Colombo (PR) 

1979 – construída a Ronconi Indústria de Polímeros Ltda. 

2007 – inovação no mix de produtos 

2010/2011 – ampliação do parque fabril 

Divulgação

Especial – Áreas Íntimas por Flávia Barbosa 

Funcionalidade 

e aconchego 

Confortáveis, relaxantes e flexíveis são características das 

áreas íntimas da nova casa brasileira 

AMóbile Decore deu início, na edição anterior, a uma 

série de reportagens sobre os ambientes da casa na 

contemporaneidade. O Especial Receber, que englobava 

salas, cozinhas, hall e áreas comuns, apresentou soluções para as 

mudanças de comportamento do brasileiro. Dando continuidade 

à série, a proposta agora é desvendar os segredos das áreas 

íntimas. Como os dormitórios, closets, banheiros e o atual home 

office estão sendo projetados e decorados para acompanhar esta 

convergência no novo jeito de morar do brasileiro? 

É preciso lembrar que as áreas íntimas têm como função 

original proporcionar tranquilidade, descanso, recolhimento 

e privacidade. Entretanto, em razão do novo jeito de morar, 

a integração dos ambientes, que já é tendência nas salas e 

cozinhas, começa agora a ser incorporada também nas áreas 

mais privadas. É o que explica a designer de produtos da 

Spazio Ufficio, de Curitiba (PR), Denice Lusa. “A eliminação das 

divisórias entre o quarto e o banheiro cria suítes com amplos 

espaços de convivência do casal”. Segundo ela, estes espaços, 

cada vez menores, quase que obrigam esta mudança. Mas e a 

intimidade? Afinal, a integração completa dos ambientes pode ser 

um risco à privacidade. Para isso, Denice ensina que criar janelas 

de vidro jateado, instalar venezianas ou portas de correr podem 

ser opções menos radicais para unir ambientes com eficiência. 

Esta prática de ambientes integrados também é defendida 

pela designer de interiores Anna Gomes, professora do Centro 

de Educação Profissional de Design, Artes e Profissões (Cepdap), 

de Curitiba (PR). “A união de mais de um cômodo cria espaços 

contínuos de descanso, trabalho, higiene e vestir”, afirma. 

O arquiteto Filipe Bender, da Bender Arquitetura, de Curitiba 

(PR), acompanhando a ideia de ambientes compactos, sugere a 


utilização de espelhos para ampliar os 

espaços. “Os espelhos são materiais 

baratos e ainda proporcionam o 

aumento das áreas mínimas. Eles 

geram a amplitude desejada e 

esquentam o ambiente”, revela. 

Esta tendência de 

apartamentos e casas compactas, 

segundo Anna, compromete a 

qualidade do aproveitamento do 

espaço. Assim, ela explica que é 

necessário identificar as tarefas que 

serão realizadas em cada cômodo e 

indicar o mobiliário e equipamentos 

apropriados para racionalizar o uso 

dos espaços e facilitar a vida dos 

moradores. Para ela, esta tendência 

arquitetônica de aproveitamento 

máximo de espaços mínimos 

proporciona desafios interessantes 

no uso de materiais nos dormitórios. 

“Revestimentos claros e integração 

com o banheiro, usando portas 

de vidro ou disfarçadas, somam 

luminosidade e sensação de 

profundidade ao ambiente”, ressalta. 

Para a marcenaria, a designer de 

interiores recomenda linhas retas e 

cores neutras e claras. “Este recurso 

cria uma base apropriada para

Conforto é a palavra de 

ordem para proporcionar 

relaxamento no 

dormitório da atual 

casa brasileira. O uso de 

poltronas para leitura é 

fundamental, segundo o 

arquiteto Filipe Bender 

Divulgação 


Especial – Áreas Íntimas 

Home Office 

Mais uma novidade que integra o novo jeito de morar 

do brasileiro é o chamado home office, que para muitos 

já se transformou em um verdadeiro estilo de vida. Com 

essa nova necessidade de ter um espaço que ofereça 

privacidade, tecnologia e conforto para trabalhar dentro de 

casa, abre-se um novo nicho de mercado para decoradores, 

arquitetos, marcenarias e lojas de decoração. A dica da 

designer de interiores, Anna Gomes, é que o projeto do 

home office contemple, principalmente, a iluminação e o 

bom uso do espaço, geralmente reduzido. “É necessário 

fazer um bom estudo das funções que serão desenvolvidas 

neste espaço, para fundamentar a escolha dos pontos 

elétricos, o desenho da marcenaria planejada com móveis 

multifuncionais, o aproveitamento das paredes com móveis 

suspensos, piso e cortinas de fácil manutenção, acesso 

fácil às tomadas, previsão de instalação de tecnologia 

e, finalmente, camuflagem dos inúmeros fios dentro de 

móveis ou atrás de painéis”, aconselha. 

A designer Denice Lusa, da Spazio Ufficio, também 

destaca a importância de pensar nas tarefas que serão 

realizadas no local. “Devemos escolher os móveis que 

atendam às necessidades do espaço, sem cometer 

excessos”, comenta. 

E mais, pode parecer bobagem, mas Anna afirma 

que “a escolha de uma boa cadeira para trabalhar é 

fator determinante para o sucesso ou fracasso de um 

empreendimento”. 

receber outros materiais e cores sem gerar conflito e sem deixar 

a área íntima cansativa”, completa Anna. 

Para Bender, o quarto deve contar com todo o conforto para 

proporcionar relaxamento. “Deve ter espaços para diversas atividades. 

Hoje um espaço para leitura é obrigatório, quando possível, é 

interessante fazer uso de poltronas para descanso”, enfatiza. 

Anna alerta para alguns pontos que devem ser observados 

ainda no projeto dos dormitórios, como respeitar a circulação, 

evitando cantos vivos e móveis muito próximos uns dos outros. 

“A largura ideal entre a cama e a parede é de no mínimo 70 

centímetros”, esclarece Anna. A iluminação também deve ser 

apropriada. “Usar lâmpadas incandescentes ou halógenas, que 

proporcionam uma luz quente e difusa”, indica Anna. 

Para a mesa de cabeceira, a designer destaca que o ideal é 

o criado-mudo dimensionado para preservar a boa circulação nas 

laterais da cama. “Quando o espaço é restrito, soluções como 

fixar a luminária de leitura no teto, na parede ou na cabeceira da 

cama liberam centímetros sobre a mesinha”, ensina. 

Além destes cuidados, as cores também recebem atenção 

especial. “Tons neutros e suaves, como cinzas e beges criam 

a base para uma atmosfera de descanso. A partir desta base, 

conforme a personalidade e o gosto pessoal de cada morador ou 

do casal, jogo elementos de decoração com cores mais fortes”, 

detalha a designer. 


Para finalizar, a escolha do piso 

deve ser cuidadosa. “Dou preferência 

para pisos de madeira ou carpete 

no chão, nunca o piso frio. Afinal, 

acordar e pisar em um tapete 

felpudo ao sair da cama ajuda a 

começar bem o dia”, conclui Anna. 

Closets 

Apesar da tendência em 

ambientes compactos, os closets 

ainda são bastante requisitados aos 

profissionais de decoração. Antes de 

encomendar a marcenaria para esse 

ambiente, o conselho da designer 

Anna é analisar a quantidade de 

volumes, principalmente os maiores, 

que o espaço deverá abrigar. “Saber 

exatamente o número de pares de 

sapatos, malas, vestidos de festa e 

casacos longos pode até parecer um 

exagero e talvez seja um exercício 

exaustivo e que cause um choque 

de realidade em algumas pessoas. 

Mas para projetar um closet 

perfeitamente funcional, conhecer 

e quantificar seu próprio acervo de 

roupas, calçados e itens pessoais é 

fundamental”, assegura. A dica da 

designer é usar metade da área para 

cabideiros, ¼ da área para gavetas 

e nichos para roupas dobradas (com 

30 a 40 centímetros de altura) e ¼ 

para prateleiras maiores (com 45 

a 50 centímetros de altura) para 

bolsas e sapatos. As paredes laterais 

do ambiente precisam ter distância 

mínima de 1,9 metros para que os 

armários tenham 60 centímetros de 

profundidade e ainda 70 centímetros 

de circulação, espaço mínimo para 

uma pessoa. E ainda, separar as 

roupas por tipos (trabalho, esportiva, 

festa, casual, inverno e verão) e por 

cores é a melhor forma de deixar o 

closet em ordem. 

E, mais uma vez, o uso 

do espelho ganha força. “Um 

espelho amplo e bem localizado, 

no qual seja possível visualizar-se 

dos pés à cabeça é um recurso 

indispensável para o closet”, 

assegura Anna. “Outro item 

fundamental é um pequeno banco 

ou pufe, ou até mesmo uma 

cadeira em que o morador possa 

se sentar para calçar ou descalçar 

os sapatos, ou que sirva de apoio 

durante o processo de escolha de 

roupas”, completa. 

No projeto para quarto de solteiro da designer de interiores Anna Gomes a parede 

é completamente aproveitada. O guarda-roupa, que se estende dos lados da cama 

até a parte superior, favorece o aproveitamento máximo de espaço 

Projeto designer de interiores Anna Gomes

Para conferir um maior aproveitamento dos espaços, a 

sugestão da designer Denice Lusa, da Spazio Ufficio, é, além 

de trabalhar com móveis sob medida, seguir uma tendência 

europeia, na qual os armários não possuem fundo. “Esse recurso 

permite uma maior ventilação das roupas e fornece espaço para 

diversas combinações de acabamentos e materiais”, revela. 

Por sua vez, a iluminação do ambiente pode arrematar 

ou arruinar o espaço. Anna explica que o ideal é usar lâmpadas 

fluorescentes com tonalidade amarelada, que não esquentam o 

ambiente e não distorcem as cores das roupas. 

Em relação aos materiais, é necessário personalizar o 

espaço de acordo com a identidade do morador. “Gosto de 

recomendar piso laminado de madeira, tapetes ou carpetes, 

papéis de parede e tecidos que reflitam a personalidade 

do usuário”, destaca. “Priorizo também o uso de cores 

aconchegantes e quentes, porém recomendo evitar objetos de 

decoração que possam quebrar, pois é um espaço para se ficar à 

vontade e que deve propiciar movimentos amplos para a troca de 

roupas”, completa Anna. 

Para relaxar 

Pode parecer estranho, mas os banheiros também 

acompanham o novo jeito de morar do brasileiro. Mais que espaços 

destinados à higienização esses ambientes são agora considerados 

áreas de relaxamento. É o que explica Bender. “Banheiras, 

chuveiros relaxantes, saunas e diversos outros produtos viraram 

bens de consumo dos clientes, muitas vezes até itens desejados”. 

Além de o antigo banheiro receber status de sala de banho, 

Denice assegura que, nos últimos anos, ganhou ainda mais atenção 

na decoração. “O lavabo, por exemplo, foi transformado em um 

dos espaços mais charmosos com a elegância do mármore”, 

destaca. Mas para que essas mudanças possam ocorrer, é preciso 

repensar também o mobiliário no banheiro, que, segundo a designer 

de produtos, deve acompanhar a ideia de espaços compactos. 

“Espaço e conforto andam lado a lado, mas nem sempre 

dispomos de ambientes generosos em nosso lar”, considera. 

Entretanto, é necessário pensar na circulação do banheiro, o 

que envolve a organização equilibrada de todos os elementos do 

ambiente. “Uma boa alternativa é utilizar os móveis planejados 

e os armários embutidos. Para aproveitar ainda mais o local, os 

móveis podem ser substituídos por gaveteiros ou prateleiras que, 

na horizontal, alongam as paredes”, sugere Denice. 

A designer Anna ressalta que o fundamental para causar 

a sensação de amplitude de espaços é fazer uso de cores claras, 

uso contínuo dos materiais, linhas retas, espelhos e nichos. 

Ela recomenda, ainda, alguns itens para transformar simples 

banheiros em salas de banho. “Bancadas de medidas generosas 

e prateleiras sob medida para organizar os cosméticos, uso de 

duto de ventilação dentro do boxe para liberar o excesso de 

vapor, duchas e cubas duplas, banheiras, iluminação especial e 

materiais nobres”. 

O uso de pastilhas está em alta neste ambiente. “Pastilhas 

e porcelanatos retificados, além de proteger as paredes, podem 

Para a execução de um quarto bem pequeno, segundo a designer Anna Gomes, a 

prioridade foi para a marcenaria branca. Como o espaço para criado-mudo ficou 

bem reduzido, Anna optou por fixar os pendentes de papel reciclado no teto, 

com um fio de luz bem comprido, usando lâmpadas incandescentes, o que gerou 

uma luz suave e ao mesmo tempo adequada para leitura. Os criados foram 

fixados diretamente no painel atrás da cama, conferindo leveza ao espaço 

dar vida com a variedade de cores 

no mercado”, indica Bender. 

Outra grande novidade nos 

banheiros, em oposição à integração 

dos ambientes nas áreas íntimas, 

é o uso de espaços individuais. 

“Vem acontecendo um movimento 

bastante curioso nos últimos anos: 

cada cônjuge tem seu próprio 

banheiro”, afirma a designer Anna, 

revelando que: “casais que aderiram 

à novidade atestam que evita 

muitos atritos”. 

Futuro 

E quais são as perspectivas 

para os próximos anos? Segundo 

Anna, o que se observa, tanto na 

arquitetura quanto no design e na 

moda, são ciclos recorrentes, que 

ocorrem da seguinte maneira: a 

década seguinte se opõe a quase 

tudo que se usou na década 

anterior, porém resgata elementos 

das décadas anteriores a esta. 

Portanto, “vemos sempre releituras 

de períodos anteriores pincelando as 

criações de ambientes e de espaços 

atuais”, declara. 

Denice enfatiza a ambientação 

das casas contemporâneas. “Não 

queremos mais a casa de revista, 

muito menos de vitrine. Não 

esperamos mais por ambientes 

sem alma, separando, restringindo, 

individualizando”. Para ela, a casa do 

futuro deve ser mutável e flexível. 

“Não devemos nos ater somente às 

novas tecnologias, mas à questão 

espacial de cada residência. Já 

que falamos tanto em integração, 

não podemos nos fixar na ideia 

de ambientes que não sejam 

polivalentes”, ilustra. 

E mais: a vida agitada das 

grandes cidades, segundo Anna, 

também ajudou a modificar o 

tamanho das casas e as formas 

de habitar. Mas na opinião dela, 

em breve um ciclo inverso 

deverá ocorrer. “Acredito que 

as pessoas vão começar a 

buscar casas de vila e casas 

em condomínios mais afastados 

do centro da cidade. Isso 

criará novamente o desafio 

de projetar decorações de 

interiores para grandes espaços”. 

Confira na próxima edição da Móbile Decore a última 

reportagem da série sobre as propostas para projetar e 

decorar as áreas externas. 

Divulgação 


Giro de Mercado 

Novo conceito 

A Celmar, empresa de móveis planejados, de Salto de Pirapora 

(SP), abre nova unidade em São José do Rio Preto (SP). Com 200 

m² e 11 ambientes decorados e funcionais, a empresa aposta 

em novo conceito para móveis personalizados. A proposta inclui 

ambientes espaçosos e cuidadosamente decorados. 

Arvy inaugura loja exclusiva 

No ano em que comemora 10 anos, a Arvy, empresa de Bento 

Gonçalves (RS), lança a primeira loja de móveis planejados 

exclusivamente para escritórios e ambientes comercias na Serra 

Gaúcha. Identificada pela marca Arvy – Ambientes de Motivação, a 

nova unidade conta com 145 m². Sob o comando de Dante Vieira 

Cordazzo e Erny Dreier Antinolfi, esta é a sexta loja de móveis 

planejados da empresa, em operação no País desde outubro de 2010. 

Parceria 

A Obispa Design, de Bento Gonçalves (RS), firma a primeira parceria 

tecnológica com outro fabricante, a Keso do Brasil, de Campinas (SP), 

marca suíça de fechaduras. Pelo acordo firmado, a Obispa passará a 

comercializar os produtos da Keso em conjunto com as maçanetas 

e manilhões (denominação dada pela Obispa aos puxadores para 

portas) produzidos no seu parque fabril, na Serra Gaúcha. A 

comercialização dos produtos será feita nas revendas distribuídas em 

todo território nacional. 

Ampliação 

A empresa Baggio Móveis e Ambientes Personalizados, de Erechim 

(RS), inaugurou uma nova loja na cidade, no dia 14 de setembro. O 

espaço, de aproximadamente 800 m 2 , recebe os produtos exclusivos 

da marca Baggio, além de marcas do segmento de decoração. 

A empresa, que trabalha com móveis sob medida, fabricação de 

estofados e marmoraria, também oferece serviços, como concepção 

e execução de projetos e decoração. 

Todeschini em Porto Velho 

A única loja da marca Todeschini em Porto Velho (RO) reabre as portas 

sob o comando do empresário João Moreira de Souza Neto. Com 

investimentos de R$ 3 milhões, o empreendimento tem sede de 

1,2 mil m 2 , 23 ambientes compostos pela Coleção Vida – último 

lançamento da marca – e uma equipe de 55 colaboradores. 


Juliana Turazza 

Divulgação 

Spazio Ufficio em Curitiba 

A capital paranaense foi escolhida para 

sediar a primeira loja Spazio Ufficio. 

A loja conta com um mix de produtos 

que atende linhas de decoração 

e móveis corporativos. “Iniciamos 

uma célula, com uma imensidão de 

possibilidades”, afirma um dos sócios, 

Antonio Carlos de Assis, adiantando 

que a intenção é abrir mais duas lojas 

este ano. “Em novembro ou dezembro 

vamos inaugurar em Joinville, 

Santa Catarina. E, em seguida, em 

Florianópolis”, revela. A Spazio Ufficio 

representa, com exclusividade, no 

Paraná a Layout Móveis, com sede em 

Caxias do Sul (RS). 

Prêmio Excelência 2011 e XXI 

Congresso Movergs 

A Associação das Indústrias de Móveis 

do Estado de Rio Grande do Sul 

(Movergs) realizará o XXI Congresso 

Movergs e o Prêmio Excelência 

2011, no dia 19 de outubro, no 

Clube Botafogo, em Bento Gonçalves 

(RS). Pela primeira vez os encontros 

ocorrerão simultaneamente. A 

expectativa é reunir cerca de 300 

pessoas para o ciclo de palestras e 

troca de experiências proporcionadas 

pelo congresso, que contará com 

a participação de renomados 

palestrantes, como Ricardo Amorim, 

Luciano Pires e Marcelo Prado. Além 

da entrega dos troféus aos vencedores 

do Prêmio Excelência 2011, que ocorre 

como atrativo paralelo. 

Informações: www.movergs.com.br/ 

congresso 

Sucesso de vendas 

Realizada entre os dias 13 e 15 de 

setembro, em Feira de Santana (BA), 

a Mostra de Móveis Polo Moveleiro 

de Ubá, promovida pelo Sindicato 

Intermunicipal das Indústrias do 

Mobiliário de Ubá (Intersind), superou 

as expectativas dos expositores 

com a projeção de R$ 4 milhões 

em vendas. De acordo com a 

organização, aproximadamente 300 

lojas estiveram no evento, que contou 

com a participação de 28 fabricantes. 

A previsão para 2012 é realizar três 

edições da mostra. 

Mostra Artefacto 2011 

A Mostra Artefacto, de Curitiba (PR), 

que está na 10ª edição, conta com 

produtos da Evviva Bertolini, empresa 

de Bento Gonçalves (RS). O mobiliário 

da marca pode ser visto na copa do 

ambiente Gourmeteria, projetado 

pelo arquiteto Ivan Wodzinsky. 

Com mais de 100 metros quadrados, o 

espaço agrega quatro ambientes, hall, 

living, sala de jantar e um 

office-gourmeteria. Formada por 13 

espaços fixos e duas vitrines, a mostra 

segue até junho de 2012. 

Tok&Stok abre segunda loja 

Compact em Curitiba 

A Tok&Stok inaugurou, no dia 9 

de setembro, a segunda unidade 

Compact de Curitiba (PR), no Shopping 

Palladium, com investimento de R$ 

2,5 milhões. Em uma área de 950 

m², a loja apresenta toda a coleção 

de acessórios e objetos de decoração 

para a casa e escritório em sistema 

self-service. Segundo o gerente de 

expansão, Paul Dubrule, a capital 

paranaense é uma das principais 

praças para a empresa, por isso a 

opção por inaugurar duas lojas em 

tão pouco tempo – a primeira foi 

inaugurada no Shopping Curitiba em 

novembro de 2010. 

Berneck na TV 

Adaptado para diversos países, 

incluindo o Brasil, o reality show da TV 

norte americana Extreme Makeover, 

que conquistou o público ao reformar 

residências, tem a parceria da 

paranaense Berneck em sua versão 

brasileira. Desde 2010, a emissora 

Rede Record transmite o reality show. 

No Brasil, denominado Extreme 

Makeover Social, o programa dedicase 

a reformar institutos de cunho 

filantrópico, como creches, casas de 

apoio e outras entidades beneficentes. 

Gerson Lima

Metamorfose por Flávia Barbosa 

Artany investe 

em divulgação 

da marca 

Plano de expansão prevê inauguração de 

mais duas lojas exclusivas ainda este ano 

AArtany, de São José dos Pinhais (PR), empresa com 

foco em móveis para escritório, está apostando no 

fortalecimento da marca e na expansão da sua rede de 

lojas exclusivas. Com a abertura de duas novas unidades, uma em 

Curitiba (PR) e outra em Gramado (RS), a empresa pretende abrir 

mais duas lojas exclusivas até o final do ano. “Queremos alcançar 

12 durante o ano de 2011. Ainda são projetos. Mas nosso foco 

principal é a região Sul”, adiantou o gerente-comercial da Artany 

Indústria de Móveis, Edson Carvalho. Para ele, a abertura do 

novo empreendimento na capital paranaense faz parte do plano 

de expansão da empresa. “Precisávamos marcar um ponto em 

Curitiba, também como parte de nossa expansão”, declarou. 

A nova unidade busca comprometimento com 

o consumidor. “Queremos divulgar a marca, criar um 

relacionamento de confiança com os clientes”, afirmou um dos 

sócios-proprietários da primeira loja exclusiva de Curitiba, Eder 

Souza. Localizada no bairro Rebouças, a principal estratégia 

será priorizar a qualidade do atendimento. “Queremos atender 

prazo de montagem, entrega e garantia. Mostrar aos clientes 

que, além de móveis de qualidade, a Artany tem qualidade de 

atendimento e serviços”, destacou o também sócio-proprietário 

Victor Tavares. 

Inaugurada com o objetivo de atender tanto o segmento 

empresarial quanto pessoas físicas, a nova loja de Gramado visa 

a grandes expectativas. “Vamos atender as necessidades do 

público regional com produtos de qualidade, ótimo atendimento, 

localização estratégica e preços atrativos”, afirmou uma das 

sócias-proprietárias, Fernanda Wronski. 

A abertura da nova loja na serra gaúcha foi estratégica. 

“Resolvemos abrir uma loja exclusiva em Gramado, pois é uma 

cidade com potencial e com grande comércio local. Há visitas de 

turistas o ano todo e do Brasil inteiro”, avaliou Carvalho. 


Divulgação 

Com 200 metros quadrados, a principal estratégia da primeira unidade na 

capital paranaense será o comprometimento com a qualidade do atendimento 

Especializada na fabricação 

de móveis corporativos, a Artany 

está presente no mercado moveleiro 

nacional há 21 anos. E também 

vende seus produtos em lojas 

multimarcas de diversas regiões. 

O projeto das lojas exclusivas 

teve início há três anos, com a 

inauguração da primeira unidade 

em São Bento do Sul (SC). Com 

investimento na divulgação da 

marca, a Artany pretende valorizar 

Nome: Artany – Arte em Escritórios 

Número de lojas: 10 lojas exclusivas no Brasil, com sede 

em São José dos Pinhais (PR) 

Mix de produtos: móveis para escritório feitos em 

Tamburato, MDP e MDF, revestidos em BP, nas linhas 

Corporativa, Light, Executiva e Atendimento 

Cidade: Curitiba (PR) 

Tamanho: 200 m2 Número de funcionários: 

seis 

Formas de pagamento: 

Cartões de crédito, débito, 

BNDES e cheques 

as novas unidades que serão abertas 

ainda este ano. 

As duas novas unidades 

totalizam dez lojas exclusivas da 

Artany no Brasil. O formato está 

presente nos estados de Santa 

Catarina (São Bento do Sul), Rio 

Grande do Sul (Canoas, Lajeado, 

Gramado, Flores da Cunha), Mato 

Grosso do Sul (Campo Grande), 

Goiás (Anápolis) e Paraná (São José 

dos Pinhais, Maringá e Curitiba). 

Cidade: Gramado (RS) 

Tamanho: 100 m2 Número de funcionários: 

quatro 

Formas de pagamento: 

Cartões de crédito, débito e 

BNDES

Parabéns, sua Marca é vencedora! 

FABRICANTES DE MÓVEIS DE DECORAÇÃO 

Box Spring 

1° CASTOR 

2° HERVAL 

3° MANNES 

Complementos 

para Salas 

1° SIER 

2° HERVAL 

3° RUDNICK 

Dormitórios 

1° APOLO 

2° RUDNICK 

3° HERVAL 

Estofados 

1° BELL`ARTE 

2° HERVAL 

3° MANNES 

Racks, Estantes 

e Home Theaters 

1° SIER 

2° RUDNICK 

3° ARTESANO 

Salas de Jantar 

1° SIER 

2° PARMA 

3° RUDNICK

Mural 

Divulgação 

Trabalhando em casa 

O que para muitos não passa de um sonho, para quase cinco 

milhões de brasileiros, que adotaram a prática do home office, 

o conceito já se transformou em um verdadeiro estilo de vida. 

Pensando nessa forte tendência do mercado profissional, o 

casal curitibano Marina e André Brik acaba de lançar o livro 

As 100 Dicas do Home Office, um guia básico para quem 

deseja montar e manter um escritório dentro de casa. 

Primeira publicação sobre o tema no Brasil, a obra aborda 

100 tópicos, divididos em 11 capítulos. Entre os temas 

discutidos no livro estão: como levar o seu escritório para 

casa, montando o seu home office, programa de incentivo, 

produtividade já, filhos na área e uma casa mais profissional. 

Segundo Brik, o livro consegue compilar dicas básicas e 

necessárias para a manutenção de um home office de forma 

produtiva e profissional. 

As 100 Dicas do Home Office. Editora Autores Paranaenses, 

64 páginas, R$ 25. 


Divulgação 


Por que 

eu leio a Decore? 

É um veículo que fala sobre as melhores fábricas 

de móveis do Brasil no segmento de linha alta e realiza 

a cobertura das melhores feiras do Brasil. 

Osmar Rodrigues – sócio-proprietário da Summer Brazil, de Passos (MG) 

O que é 

decoração? 

A decoração humaniza espaços e 

transforma ambientes. 

Denice Lusa – designer de produtos da Spazio Ufficio

Clicks 

1. Jum Nakao no estande da Magis durante a edição 2011 da Casa 

Brasil. Assista ao vídeo em que ele comenta sobre os caminhos do 

design no Radar Móbile. 

2. O designer José Marton, que lançou na Casa Brasil a marca “m ao 

quadrado” com a proposta de democratizar o design de móveis. Leia mais 

no Radar Móbile (www.radarmobile.com.br). 

3. Os designers Humberto e Fernando Campana. Os Irmãos Campana, 

como são conhecidos no cenário internacional do design, participaram 

da Casa Brasil com uma instalação na entrada da feira, realizada em 

parceria com cerca de 20 moradores de dois bairros de Bento Gonçalves 

– Glória e Municipal. Os anéis produzidos a partir de 6 mil garrafas pet 

foram unidos para dar forma a uma paisagem que remete ao fundo do 

mar. Assista no site da Decore (www.mobiledecore.com.br) ao vídeo no 

qual Humberto Campana fala sobre o design de mobiliário. 

4. O gerente de design da Flexiv, Dari Beck; o fundador da Smart Design e 

chair do júri IDEA Awards 2011, Davin Stowell; o presidente do Conselho 

Administrativo da Flexiv, Ronaldo Duschenes; a organizadora do Prêmio 

IDEA/Brasil, Joice Joppert Leal; e os arquitetos do Atelier UM+D, Juliano 

Monteiro e Gustavo Utrabo, receberam o troféu do PDV Móvel. A Flexiv 

ganhou três prêmios no IDEA/Brasil 2011. A cerimônia de premiação 

ocorreu no dia 23 de agosto, no Teatro Frei Caneca, em São Paulo (SP). 

Cida Demarchi 

Juan Guerra/Divulgação 

1 

4 

2 

3 

Cida Demarchi 

Evandro Soares/Divulgação

Agenda* 

Mostras profissionais 

NOVEMBRO 

India International Furniture Fair 

Local: Mumbai (Índia) 

Período: 16 a 18 

www.indiafurniturefair.com 

Home Style Show 

Local: Abu Dhabi (Emirados Árabes 

Unidos) 


www.homestyleshows.com 

JANEIRO 2012 

TCHFM – The Canadian Home 

Furnishings Market 

Local: Toronto (Canadá) 


www.tchfm.com 

IMM Cologne 

Local: Colônia (Alemanha) 


www.imm-cologne.com 

Interiors Birmingham 

Local: Birmingham (Inglaterra) 


www.interiorsbirmingham.com 

Expomobiliario 

Local: Cidade do México (México) 


www.magnaexposicion.com.mx 

FEVEREIRO 2012 

Abimad Verão 

Local: São Paulo (SP) 


www.abimad.com.br 

* Calendário sujeito a alterações. 

Calendário no eMobile 

Confira no eMobile o calendário completo, 

nacional e internacional, de feiras profissionais 

de móveis e da indústria fornecedora: 

www.emobile.com.br/feiras. 

Mostras abertas 

ao público 

Morar Mais por Menos 

Local: Curitiba (PR) 

Período: 6 outubro a 15 novembro 

www.morarmais.com.br/curitiba 

Morar Mais por Menos 

Local: Brasília (DF) 

Período: 19 de outubro a 4 de dezembro 

www.morarmais.com.br/brasilia 

Casa Cor Mato Grosso do Sul 

Local: Mato Grosso do Sul (MS) 

Período: 1 de setembro a 19 de outubro 

www.casacor.com.br/ms 

Casa Cor Brasília 

Local: Brasília (DF) 

Período: 14 de setembro a 25 de outubro 

www.casacor.com.br/brasilia 

* As datas estão sujeitas a alterações.

y Amanda Amanda S.

Anunciantes da edição 

64 BelMetais 

63 Boa Vista 

47 Casa10 

45 Castor 

15 CBP 

19 Ecofl ex 

65 eMobile 

23 Enele 

41 Family Estofados 

11 Ferrari 

68 Focatto 

Capa Herval 

13 Idélli 

66 KNR 

2 e 3 Legacy 

37 Linoforte 

24 e 25 Losango 

53 Mercomóveis 

8 e 9 Móveis James 

7 Parma 

29 Quiditá 

59 Radar 

67 Ronconi 

4 e 5 Sier 

27 Tironi 

61 Top Móbile

móbile 30 anos - eMobile

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