01.02.2013 Views

Uso do Método do RPG no Tratamento de Paciente de ... - Bio Cursos

Uso do Método do RPG no Tratamento de Paciente de ... - Bio Cursos

Uso do Método do RPG no Tratamento de Paciente de ... - Bio Cursos

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Uso</strong> <strong>do</strong> Méto<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>RPG</strong> <strong>no</strong> <strong>Tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Paciente</strong> <strong>de</strong> Escoliose<br />

Estrutural<br />

Zeida Azeve<strong>do</strong> Quintelo 1<br />

zeida.azeve<strong>do</strong>@gmail.com<br />

Dayana Priscila Maia Mejia 2<br />

Pós-graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapia Manual –<br />

Faculda<strong>de</strong> Ávila.<br />

Resumo<br />

A coluna vertebral possui curvaturas naturais <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> sagital. Uma curvatura lateral na<br />

coluna em um pla<strong>no</strong> frontal é chamada <strong>de</strong> escoliose. A escoliose estrutural ocorre quan<strong>do</strong><br />

existe um comprometimento na estrutura da coluna com encurtamento lateral, rotação e<br />

alterações morfológicas e posturais das vértebras. O objetivo <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> consiste, por meio<br />

<strong>de</strong> pesquisa bibliográfica, apresentar os conceitos, as consequências, as causas e as condutas<br />

<strong>de</strong> tratamento fisioterápico, utilizan<strong>do</strong>, como meio <strong>de</strong> terapia, a técnica <strong>de</strong> <strong>RPG</strong> (Reeducação<br />

Postural Global) como forma <strong>de</strong> melhorar o bem estar <strong>do</strong> paciente, eliminan<strong>do</strong> a ocorrência<br />

<strong>de</strong> <strong>do</strong>res ou mesmo complicações secundárias, a exemplo <strong>de</strong> problemas respiratórios, sociais<br />

e <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s osteomusculares. Para realização <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>, fez-se necessário realizar um<br />

levantamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s sobre o tema, utilizan<strong>do</strong> artigos científicos e livros. O pla<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

tratamento com a reeducação postural global (<strong>RPG</strong>) faz parte <strong>de</strong> uma técnica <strong>de</strong> estímulo<br />

proprioceptivo, que promove a estabilida<strong>de</strong> corporal, aperfeiçoa as reações <strong>de</strong> equilíbrio e <strong>de</strong><br />

endireitamento, que consi<strong>de</strong>ra o sistema <strong>de</strong> músculo esquelético como um to<strong>do</strong> e único.<br />

Diante <strong>de</strong>ssa conduta <strong>de</strong> tratamento fisioterapêutico, utilizan<strong>do</strong> a técnica <strong>RPG</strong>, os sinais e<br />

sintomas causa<strong>do</strong>s pela <strong>do</strong>ença são diminuí<strong>do</strong>s, proporcionan<strong>do</strong> uma melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida para os pacientes que são acometi<strong>do</strong>s pela escoliose estrutural, o que vai refletir<br />

diretamente na sua vida diária.<br />

Palavras-chave: Escoliose estrutural; <strong>Tratamento</strong>; <strong>RPG</strong> (Reeducação Postural Global)<br />

1. Introdução<br />

Nos dias atuais um <strong>do</strong>s maiores problemas que afligem os países em <strong>de</strong>senvolvimento são os<br />

males da coluna, situações que contribuem sobremaneira para limitar a vida ativa <strong>de</strong> seus<br />

habitantes, tornan<strong>do</strong>-as, na maioria <strong>do</strong>s casos, precocemente incapacita<strong>do</strong>s para o trabalho e<br />

outras ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> rotina, interrompen<strong>do</strong> assim uma existência produtiva e acarretan<strong>do</strong> ônus<br />

social para o Esta<strong>do</strong> (MOMESSO, 1997).<br />

1 Pós-graduan<strong>do</strong> em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual<br />

2 Orienta<strong>do</strong>r. Gradua<strong>do</strong> em Fisioterapia. Especialista em Meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> Ensi<strong>no</strong> Superior. Mestran<strong>do</strong> em<br />

<strong>Bio</strong>ética e Direito em Saú<strong>de</strong>.<br />

1


Existem muitas causas conhecidas <strong>de</strong> escoliose, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser congênita ou adquirida e resultar<br />

<strong>de</strong> uma <strong>do</strong>ença ou lesão. Algumas causas envolvem alterações na estrutura óssea. Entretanto,<br />

muitos <strong>do</strong>s casos <strong>de</strong> escoliose, as causas não conhecidas, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong><strong>no</strong>minadas idiopáticas<br />

(FLORENCE P, 1995).<br />

A progressão <strong>de</strong> uma escoliose po<strong>de</strong> ser vista por alterações <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao crescimento<br />

esquelético em que ocorre uma retração das partes moles posteriores, que vai adicionan<strong>do</strong> um<br />

<strong>de</strong>sequilíbrio que po<strong>de</strong> ser estrutural e não estrutural (SALATE, 2003).<br />

De acor<strong>do</strong> com Souchard & Ollier (2003), isso não tem causa aparente, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> acontecer<br />

por distúrbios proprioceptivos e <strong>de</strong> equilíbrio, como também por a<strong>no</strong>malias <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

coláge<strong>no</strong>, <strong>do</strong>s discos e corpos vertebrais. Concluem também, estes autores, que na mesma<br />

existe uma retração <strong>do</strong>s transversos espinhais, principalmente os multifidios, ten<strong>do</strong><br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir rotação para um la<strong>do</strong> e látero-flexão para o outro la<strong>do</strong>.<br />

O caráter compensatório da escoliose tem sempre uma retração assimétrica <strong>do</strong>s músculos<br />

espinhais que possuem: Resistência fibroelástica; tônus <strong>do</strong>s músculos da estática <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

da <strong>no</strong>ssa ereção antigravitacional e uma função estática <strong>de</strong> suspensão. Sua boa tensão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> equilíbrio e da rotação articular. Possuem duas forças componentes e uma resultante sobre<br />

as vértebras, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que, o disco intervertebral obriga a <strong>de</strong>composição das forças nessa<br />

musculatura, geran<strong>do</strong> uma coaptação <strong>do</strong>s processos articulares <strong>de</strong> um la<strong>do</strong>, enquanto <strong>de</strong>coapta<br />

<strong>do</strong> la<strong>do</strong> oposto. Após certo grau <strong>de</strong> retração <strong>de</strong>sse músculo constitui-se uma escoliose<br />

tridimensional (SOUCHARD & OLLIER, 2003).<br />

A escoliose apresenta uma rigi<strong>de</strong>z das partes mole posteriores, levan<strong>do</strong> a um assincronismo<br />

<strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong>s corpos vertebrais anteriores e posteriores, induzin<strong>do</strong> uma rotação,<br />

promoven<strong>do</strong> uma diminuição ou <strong>de</strong>saparecimento da curva fisiológica (MIRAMAND, 2001).<br />

De acor<strong>do</strong> com Bienfait & Santos (1999), três tipos <strong>de</strong> teci<strong>do</strong>s estão envolvi<strong>do</strong>s na evolução<br />

da escoliose: o ósseo, o conjuntivo e o muscular. O crescimento é o fator que os modifica.<br />

Sen<strong>do</strong> que, o conjuntivo e muscular, são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> alongamento ósseo, on<strong>de</strong> não existe<br />

uma regra fixa para o mesmo, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ocorrer estirões bruscos. Este mesmo alongamento faz<br />

com que to<strong>do</strong>s os músculos trabalhem sob tensão e se alonguem, aumentan<strong>do</strong> o número <strong>de</strong><br />

sarcômeros em série, bem como tensiona o teci<strong>do</strong> conjuntivo que resiste a esse crescimento<br />

ósseo. Sen<strong>do</strong> assim, isso leva a um <strong>de</strong>sequilíbrio segmentar, crian<strong>do</strong>-se o que <strong>de</strong><strong>no</strong>minamos<br />

<strong>de</strong> concavida<strong>de</strong>. Nesse caso, encontramos uma maior tensão <strong>do</strong> convexo.<br />

Em geral, a escoliose envolve a região torácica e lombar. Se ocorren<strong>do</strong> tipicamente em<br />

indivíduos <strong>de</strong>stros, há uma leve curva em “S” na torácica direita e lombar esquerda ou uma<br />

leve curva em “C” na toracolombar. Po<strong>de</strong> haver assimetria <strong>no</strong>s quadris, na pelve e <strong>no</strong>s<br />

membros inferiores (KISNER C, 2005).<br />

A escoliose torácica inicia-se por uma lor<strong>do</strong>se, que é uma inclinação lateral e uma torção. A<br />

escoliose lombar inicia-se por um ângulo ílio-lombar, uma inclinação lateral, uma cifose<br />

lombossacra e uma rotação <strong>do</strong>s ilíacos. Uma escoliose <strong>de</strong> dupla curva equilibrada <strong>de</strong>ve ser<br />

consi<strong>de</strong>rada como uma escoliose torácica, com uma contra curvatura lombar <strong>de</strong> reequilibração<br />

que se estruturalizou progressivamente (SOUCHARD & OLLIER, 2001).<br />

Em estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s por Fauvy, a escoliose <strong>de</strong> dupla curva <strong>de</strong>sequilibrada, <strong>de</strong>ve ser<br />

consi<strong>de</strong>rada como uma escoliose lombar com ângulo ílio-lombar, acarretan<strong>do</strong> uma contra<br />

curvatura torácica <strong>de</strong> reequilibração que se estruturalizou progressivamente.<br />

De acor<strong>do</strong> com seu grau <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>, Bienfait (1993), apresenta a seguinte classificação das<br />

escolioses: Pré-escoliose (<strong>no</strong> exame clínico se constatam indícios <strong>de</strong> uma escoliose, porém ao<br />

RX em posição ortostática não é confirma<strong>do</strong>); Escoliose <strong>de</strong> primeiro grau (ao RX em posição<br />

ortostática aparece uma leve flexão lateral sem rotação ou com uma leve rotação vertebral, ao<br />

2


RX em <strong>de</strong>cúbito, a curva <strong>de</strong>saparece); Escoliose <strong>de</strong> Segun<strong>do</strong> grau: (ao RX em posição<br />

ortostática aparece uma escoliose, ao RX em <strong>de</strong>cúbito ela se acentua, ao RX sob tração ela<br />

<strong>de</strong>saparece); Escoliose <strong>de</strong> terceiro grau (não <strong>de</strong>saparece mesmo em um RX sob tração).<br />

As escolioses estruturais apresentam “Teste <strong>de</strong> Adams” positivo (presença <strong>de</strong> gibosida<strong>de</strong>) e na<br />

radiografia a rotação vertebral está presente:<br />

A escoliose estrutural envolve uma curva lateral irreversível com rotação fixa das<br />

vértebras. A rotação <strong>do</strong>s corpos vertebrais é em direção à convexida<strong>de</strong> da curva. Na<br />

coluna torácica, as costelas rodam com as vértebras, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que haja uma<br />

proeminência posterior das costelas <strong>no</strong> la<strong>do</strong> da convexida<strong>de</strong> vertebral e uma anterior<br />

<strong>no</strong> la<strong>do</strong> da concavida<strong>de</strong>. Durante a inclinação para frente em escoliose estrutural<br />

<strong>de</strong>tecta-se uma giba nas costelas posteriores (KISNER C, 2005).<br />

A escoliose estrutural ocorre quan<strong>do</strong> existe um comprometimento na estrutura da coluna com<br />

encurtamento lateral, rotação e alterações morfológicas e posturais das vértebras. Po<strong>de</strong>m ser<br />

i<strong>de</strong>ntificadas radiologicamente e não é susceptível <strong>de</strong> ser corrigida ativamente. Apresenta<br />

causa variável, cujo quadro clínico e prognóstico po<strong>de</strong> variar extremamente. Estão incluídas<br />

90% na escoliose idiopática e 10% <strong>no</strong>s <strong>de</strong>mais (TOSHIKO M, 2001).<br />

As causa mais comuns são: <strong>do</strong>enças ou distúrbios neuromusculares (como paralisia cerebral,<br />

lesão medular, <strong>do</strong>enças neurológicas ou <strong>do</strong>enças musculares progressivas); distúrbios<br />

osteopático (como hemivértebras, osteomalacia, raquitismo ou fraturas) e idiopática, <strong>no</strong>s<br />

quais, a causa é <strong>de</strong>sconhecida (KISNER C, 2005).<br />

Ainda, segun<strong>do</strong> o mesmo autor, a escoliose estrutural po<strong>de</strong> causar sérios problemas tais como:<br />

Fadiga muscular e distensão ligamentar <strong>no</strong> la<strong>do</strong> da convexida<strong>de</strong>; Irritação <strong>de</strong> raiz nervosa <strong>no</strong><br />

la<strong>do</strong> da concavida<strong>de</strong>; Desequilíbrios musculares potenciais; Diminuição da flexibilida<strong>de</strong> na<br />

musculatura <strong>do</strong> la<strong>do</strong> côncavo da curva; Musculatura alongada e fraca <strong>no</strong> convexo da curva.<br />

A <strong>RPG</strong> é uma técnica <strong>de</strong> estímulo proprioceptivo, que promove estabilida<strong>de</strong> corporal,<br />

aperfeiçoa as reações <strong>de</strong> endireitamento e equilíbrio, consi<strong>de</strong>ra o sistema músculo-esquelético<br />

como um to<strong>do</strong> e único. (GOMES et al, 2006) .Tem si<strong>do</strong> uma das melhores técnicas para a<br />

reabilitação <strong>do</strong>s <strong>de</strong>svios posturais, ten<strong>do</strong> como característica a contração muscular isométrica,<br />

<strong>do</strong>s músculos estáticos, presentes nas diferentes ca<strong>de</strong>ias musculares. Dentre as posturas<br />

<strong>de</strong>scritas por Souchard, a postura sentada tem como objetivo fortalecer e alongar toda a ca<strong>de</strong>ia<br />

posterior (MOTA ET al, 2008).<br />

O presente trabalho teve como objetivo primordial, realizar uma revisão e um levantamento<br />

bibliográfico <strong>do</strong> tema, por meio <strong>de</strong> artigos científicos e livros, cujo escopo era o <strong>de</strong> se<br />

conseguir um esclarecimento mais abrangente sobre o tratamento fisoterapêutico da escoliose<br />

estrutural, com a utilização da técnica <strong>RPG</strong> (Reeducação Postural Global) em pacientes<br />

porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> tais patologias.<br />

2. Anatomofisiologia da coluna vertebral<br />

Conforme Sobotta (1995), a coluna vertebral na vista anterior e posterior é retilínea, na vista<br />

lateral é formada por quatro curvaturas fisiológicas que são: a lor<strong>do</strong>se cervical, a cifose<br />

<strong>do</strong>rsal, a lor<strong>do</strong>se lombar e a cifose sacral, sen<strong>do</strong> constituída por sete vértebras cervicais, <strong>do</strong>ze<br />

torácicas, cinco, cinco sacrais e quatro coccígeas.<br />

3


Fonte: Sobotta, (1995).<br />

Figura 1 - curvaturas fisiológicas da coluna vertebral.<br />

A maioria das vértebras tem como constituintes básicos: o corpo vertebral, a apófise anular, a<br />

forame vertebral, os processos articulares, os processos espinhosos e os processos transversos.<br />

Na região cervical, possuímos duas vértebras diferenciadas <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao seu formato – a Atlas e<br />

a Axis, que seguem o formato fisiológico <strong>do</strong> crânio, encaixan<strong>do</strong>-se ao osso occipital,<br />

permitin<strong>do</strong> a passagem da artéria vertebral (SOBOTTA, 1995).<br />

A coluna vertebral constitui movimentos elementares <strong>no</strong>s três pla<strong>no</strong>s; o frontal, o sagital e o<br />

transversal, permitin<strong>do</strong> a flexão-extensão, a inclinação lateral esquerda e direita e a rotação<br />

axial. Esta última é <strong>de</strong>finida como eixo, pois dar suporte a to<strong>do</strong> o corpo, protege a medula<br />

espinhal e é estabilizada intrinsecamente pelos ligamentos, discos intervertebrais e<br />

extrinsecamente pelos músculos (KAPANDJI, 2000).<br />

2.1 Méto<strong>do</strong> <strong>RPG</strong><br />

Segun<strong>do</strong> Castro e Lopes (2003), a Reeducação Postural Global é um méto<strong>do</strong> fisioterápico,<br />

que consi<strong>de</strong>ra o sistema muscular <strong>de</strong> forma integrada <strong>no</strong> qual os músculos se organizam em<br />

um conjunto <strong>de</strong><strong>no</strong>mina<strong>do</strong> <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias musculares e baseia-se <strong>no</strong> alongamento <strong>de</strong> músculos<br />

encurta<strong>do</strong>s. Esse méto<strong>do</strong> possibilita ao fisioterapeuta a avaliação global <strong>do</strong> comprometimento<br />

<strong>do</strong> indivíduo, propon<strong>do</strong> uma atuação fisioterapêutica mais eficaz, tratan<strong>do</strong> as causas e as<br />

conseqüências.<br />

4


2.1.1 Origem e fundamento da técnica<br />

Fundamentada por Philiph Souchard, a partir das idéias da terapeuta corporal Françoize<br />

Mézière, a <strong>RPG</strong> se baseia <strong>no</strong> princípio <strong>de</strong> que, os problemas posturais e musculoesqueléticos,<br />

são produzi<strong>do</strong>s pelo encurtamento das ca<strong>de</strong>ias musculares, principalmente a posterior, que se<br />

encurtam para <strong>no</strong>s dar equilíbrio ou estabilida<strong>de</strong> aos movimentos <strong>do</strong>s <strong>no</strong>ssos braços e pernas<br />

(MARQUES, 2000).<br />

Toda a abordagem clássica <strong>no</strong> tratamento <strong>do</strong>s problemas musculares ou <strong>no</strong> treinamento<br />

esportivo se baseia <strong>no</strong> aumento <strong>de</strong> força muscular. Segun<strong>do</strong> Souchard, o resulta<strong>do</strong> disso são<br />

músculos mais encurta<strong>do</strong>s, acarretan<strong>do</strong> mais <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>, me<strong>no</strong>s flexibilida<strong>de</strong> e mais <strong>do</strong>r<br />

(MARQUES, 2000).<br />

A <strong>RPG</strong> atua <strong>de</strong> forma globalizada, alongan<strong>do</strong> as ca<strong>de</strong>ias musculares encurtadas, através <strong>de</strong><br />

posturas <strong>de</strong> estiramento ativo usan<strong>do</strong> a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> musculação isotônica excêntrica, que<br />

alonga o grupo muscular trata<strong>do</strong> e, ao mesmo tempo, aumenta a força muscular (MARQUES,<br />

2000).<br />

O méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> alongamento muscular ativo, <strong>de</strong>scrito originalmente por Souchard em 1980,<br />

alonga em conjunto os músculos antigravitários, os rota<strong>do</strong>res inter<strong>no</strong>s e os inspiratórios<br />

(NEDER; SOUZA apud GUIMARÃES et al., 2006).<br />

Kisner e Colby (2005) mostram que a má postura po<strong>de</strong> levar a comprometimentos musculares<br />

como o enfraquecimento <strong>do</strong>s músculos, pouca resistência à fadiga <strong>no</strong>s músculos posturais,<br />

restrições na amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento articular ou na flexibilida<strong>de</strong> muscular. Tais alterações<br />

po<strong>de</strong>m limitar a habilida<strong>de</strong> funcional <strong>do</strong> indivíduo para realizar ativida<strong>de</strong>s repetitivas ou<br />

manter posturas sustentadas sem causar <strong>do</strong>res ou lesões. Atentam, também, para o fato <strong>de</strong> que,<br />

indivíduos acometi<strong>do</strong>s por estes problemas, po<strong>de</strong>m não ter consciência <strong>de</strong> sua postura<br />

<strong>de</strong>feituosa, <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> força ou <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong>.<br />

Kisner e Colby (2005) <strong>de</strong>finem a postura como uma posição ou atitu<strong>de</strong> <strong>do</strong> corpo perante uma<br />

ativida<strong>de</strong> específica com uma maneira <strong>de</strong> alguém sustentar o corpo. A manutenção <strong>de</strong> uma<br />

postura ereta é constantemente perturbada pela gravida<strong>de</strong>. Normalmente, a linha <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong><br />

passa através das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral <strong>de</strong> forma equilibrada. Se o peso<br />

<strong>de</strong> uma região é <strong>de</strong>sloca<strong>do</strong> para longe da linha <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>, as outras regiões compensam<br />

para recuperar o equilíbrio.<br />

2.1.2 Ca<strong>de</strong>ias musculares<br />

As ca<strong>de</strong>ias musculares são músculos agrupa<strong>do</strong>s em conjunto, on<strong>de</strong> estas trabalham juntas ,<br />

quan<strong>do</strong> uma sai <strong>de</strong> seu esta<strong>do</strong> <strong>no</strong>rmal, automaticamente às outras a acompanham<br />

(SOUCHARD, 2003).<br />

As ca<strong>de</strong>ias musculares divi<strong>de</strong>m-se em: respiratória, superior <strong>do</strong> ombro, anterior <strong>do</strong> braço,<br />

ântero-interna <strong>do</strong> ombro, ântero-interna <strong>do</strong> quadril, e lateral <strong>do</strong> quadril, estas são constituídas<br />

por grupos musculares específicos.<br />

A ca<strong>de</strong>ia respiratória envolve os músculos escale<strong>no</strong>s, o peitoral me<strong>no</strong>r, os intercostais e o<br />

diafragma. A ca<strong>de</strong>ia anterior <strong>do</strong> braço compreen<strong>de</strong> o trapézio superior, o <strong>de</strong>ltói<strong>de</strong> médio, o<br />

coracobraquial, bíceps, braquioradial, prona<strong>do</strong>r re<strong>do</strong>n<strong>do</strong>, palmares, flexores <strong>do</strong>s <strong>de</strong><strong>do</strong>s e os<br />

músculos da região tenar e hipotenar. A ca<strong>de</strong>ia ântero-interna <strong>do</strong> ombro abrange o<br />

subescapular, coracobraquial e peitoral maior. A ca<strong>de</strong>ia lateral <strong>do</strong> quadril envolve os músculos<br />

espinhais, glúteo máximo, isquiotibiais, tríceps sural e os <strong>do</strong> pé. A ca<strong>de</strong>ia ântero-interna <strong>do</strong><br />

5


quadril provém os íliopsoas, pectíneo, adutor curto, adutor longo, grácil e adutor maior<br />

(SOUCHARD, 1998).<br />

2.1.3 Patologias geralmente tratadas pelo méto<strong>do</strong><br />

O <strong>RPG</strong> é indica<strong>do</strong> para várias patologias, sen<strong>do</strong> estas <strong>de</strong> problemas morfológicos<br />

(cifolor<strong>do</strong>ses, escolioses, genuvaro, genucavo, pés pla<strong>no</strong>s, pés cavos, etc), <strong>de</strong> problemas<br />

articulares (cervicalgias, <strong>do</strong>rsalgias, lombalgias), <strong>de</strong> problemas pós-traumáticos, <strong>de</strong> problemas<br />

respiratórios, <strong>de</strong> problemas neurológicos espásticos e <strong>de</strong> problemas <strong>do</strong> esporte (SOUCHARD,<br />

2003).<br />

2.1.4 Técnicas <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>RPG</strong><br />

O méto<strong>do</strong> <strong>RPG</strong> consiste <strong>no</strong> uso <strong>de</strong> 7 técnicas, chamadas posturas, a saber:<br />

Rã <strong>no</strong> ar, braços abertos e rã <strong>no</strong> ar, braços fecha<strong>do</strong>s. Estas posições são eficazes <strong>no</strong><br />

alongamento <strong>do</strong>s músculos da nuca, <strong>do</strong> tórax, da respiração, da coluna vertebral, <strong>do</strong>s ombros,<br />

<strong>do</strong>s cotovelos, das mãos, da pelve, <strong>do</strong> quadril, <strong>do</strong>s joelhos e <strong>do</strong>s pés.<br />

Rã <strong>no</strong> ar; após o <strong>de</strong>sbloqueio respiratório. Peça ao paciente para flexionar os joelhos e quadril<br />

apoian<strong>do</strong> os pés sobre o ombro <strong>do</strong> fisioterapeuta, manten<strong>do</strong> a cadência ritmada da sessão.<br />

Solicite a elevação <strong>do</strong> quadril <strong>de</strong>scorregan<strong>do</strong> o peso <strong>no</strong> ombro <strong>do</strong> fisioterapeuta e posicione<br />

uma mão sob a região lombo sacra.<br />

Tirar os pés <strong>do</strong> ombro, apoiar a outra mão e antebraço nas pernas <strong>do</strong> paciente (que estarão<br />

flexionadas sob o abdômen) fazen<strong>do</strong> somente uma tração axial da coluna.<br />

Esten<strong>de</strong>r os joelhos, manten<strong>do</strong> o quadril flexiona<strong>do</strong> até 110⁰, <strong>do</strong>rsoflexão e côndilos e<br />

maléolos uni<strong>do</strong>s com rotação externa <strong>do</strong>s joelhos, até que o paciente sinta o alongamento da<br />

musculatura posterior, não sen<strong>do</strong> permitida a extensão completa <strong>do</strong> joelho. Durante a postura,<br />

o cóccix <strong>de</strong>ve estar o tempo to<strong>do</strong> apoia<strong>do</strong> sobre a mesa.<br />

Colocar a fita <strong>no</strong>s calcanhares, solicitan<strong>do</strong> ao paciente que relaxe as pernas nelas, manten<strong>do</strong> o<br />

alongamento da musculatura posterior.<br />

Esten<strong>de</strong>r os joelhos sem per<strong>de</strong>r a flexão <strong>do</strong> quadril, manten<strong>do</strong> a <strong>do</strong>rsoflexão e o cóccix<br />

apoia<strong>do</strong> na mesa. Po<strong>de</strong>-se posicionar calços sobre as plantas <strong>do</strong>s pés, fornecen<strong>do</strong> assim um<br />

feedback ao paciente para manter a <strong>do</strong>rsoflexão.<br />

A Pelve: manter a simetria e equilibran<strong>do</strong> as assimetrias. Pompar <strong>no</strong>vamente caso necessário,<br />

orientar ao paciente para que ao final <strong>de</strong> cada expiração faça uma pequena pressão <strong>do</strong> cóccix<br />

sobre a mesa crian<strong>do</strong> uma pequena lor<strong>do</strong>se lombar (po<strong>de</strong>-se colocar uma propriocepção sob o<br />

cóccix para fornecer um feedback).<br />

Na coluna cervical, uma tração axial, longitudinal, <strong>de</strong> forma suave e progressiva, pedir ao<br />

paciente a consciência da lor<strong>do</strong>se cervical, procuran<strong>do</strong> sensibilizar a cervical com o<br />

abaixamento <strong>do</strong> queixo, com o objetivo <strong>de</strong> corrigir a hiperlor<strong>do</strong>se cervical. Sempre <strong>de</strong>ve ser<br />

usa<strong>do</strong> com critério. Usar calço sob a cabeça <strong>no</strong>s casos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> cifose <strong>do</strong>rsal com lor<strong>do</strong>se<br />

cervical.<br />

Ombros e membros superiores: posicionar os MMSS, inicialmente a 45⁰ <strong>do</strong> corpo, com<br />

supinação <strong>do</strong> antebraço e rotação externa <strong>do</strong> ombro. Afastar ativamente os ombros das orelhas<br />

6


e <strong>de</strong>senrolar <strong>de</strong> forma consciente os ombros. Fazer uma pompage escapular. Pedir ao paciente<br />

que faça abertura ou fechamento <strong>de</strong> braços progressivamente.<br />

Postura sentada: tem eficácia na coluna vertebral, <strong>no</strong> quadril, <strong>no</strong>s joelhos, <strong>no</strong> esquema<br />

corporal. Esta é uma postura mista em carga, já que as pernas não recebem o peso <strong>do</strong> corpo.<br />

Nesta postura é possível pilotar a coluna observan<strong>do</strong> e corrigin<strong>do</strong> os <strong>de</strong>sequilíbrios. Solicitase<br />

ao paciente para que ele sente-se <strong>no</strong> banco, chão ou mesa.<br />

Em seguida, é realizada a pompagem <strong>do</strong>s ísquios, pedin<strong>do</strong> ao paciente que eleve o quadril <strong>do</strong><br />

banco enquanto o fisioterapeuta coloca as duas mãos sob os <strong>do</strong>is glúteos <strong>do</strong> paciente, em<br />

seguida solta o peso <strong>do</strong> corpo na mão <strong>do</strong> fisioterapeuta que então fará uma tração posterior<br />

fazen<strong>do</strong> que o paciente sente sobre os ísquios.<br />

Posicionar os pés com as plantas unidas manten<strong>do</strong> uma suave pressão <strong>de</strong> um calcanhar contra<br />

o outro e <strong>do</strong>s pés com o chão, promoven<strong>do</strong> uma contração excêntrica <strong>do</strong>s adutores <strong>do</strong> quadril.<br />

Durante a evolução <strong>de</strong>ve esten<strong>de</strong>r os joelhos até que as plantas <strong>do</strong>s pés não tenham mais<br />

condições <strong>de</strong> estarem unidas, É importante a consciência <strong>do</strong> arco longitudinal <strong>do</strong> pé. Esta é<br />

uma boa oportunida<strong>de</strong> para trabalhar o pé pla<strong>no</strong>, momento <strong>do</strong> alongamento máximo <strong>do</strong>s<br />

crurais laterais, fibular curto e logo. Po<strong>de</strong>-se posicionar uma bolinha entre a planta <strong>do</strong>s pés.<br />

Posicionar os pés em <strong>do</strong>rsoflexão com progressiva aproximação <strong>do</strong>s maléolos inter<strong>no</strong>s e<br />

côndilos inter<strong>no</strong>s em rotação externa <strong>do</strong>s joelhos. Como se fizesse um contor<strong>no</strong> numa bola<br />

entre os joelhos.<br />

Progredir a extensão <strong>do</strong>s joelhos com união <strong>do</strong>s côndilos inter<strong>no</strong>s <strong>do</strong> fêmur, <strong>do</strong>s maléolos<br />

inter<strong>no</strong>s e da borda interna <strong>do</strong>s pés, fechan<strong>do</strong> o ângulo coxofemoral, sempre manten<strong>do</strong>; a<br />

pressão <strong>do</strong>s calcanhares e a lor<strong>do</strong>se lombar ao esten<strong>de</strong>r os joelhos. É necessário fechar o<br />

ângulo coxofemoral à medida que esten<strong>de</strong>mos os joelhos, e fechar também o ângulo tíbio<br />

társico manten<strong>do</strong> a <strong>do</strong>rsoflexão.<br />

Pelve e coluna lombar e torácica, o paciente <strong>de</strong>ver manter uma lor<strong>do</strong>se lombar fisiológica e<br />

não <strong>de</strong>lor<strong>do</strong>sar, permanecen<strong>do</strong> o paciente senta<strong>do</strong> sob os ísquios. E manter a simetria,<br />

equilibran<strong>do</strong> as assimetrias (<strong>no</strong> caso <strong>do</strong>s ísquios ficarem <strong>de</strong>sequilibra<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong> colocar um<br />

calço sob um <strong>de</strong>les para assim conseguir equilibrar a pelve). E coluna torácica <strong>de</strong>ve manter<br />

uma cifose fisiológica.<br />

Coluna cervical uma tração axial, longitudinal, <strong>de</strong> forma suave, mantida pelo fisioterapeuta<br />

não <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> o paciente cair para frente nem para trás, manten<strong>do</strong> o corpo <strong>no</strong> eixo.<br />

Os ombros e membros superiores é uma postura que facilita o alongamento da musculatura<br />

superior <strong>do</strong> braço, afastan<strong>do</strong> os ombros das orelhas e <strong>de</strong>senrolar <strong>do</strong>s ombros (rotação externa)<br />

e não abrir braços.<br />

No final da postura quanto aos MMII, o paciente <strong>de</strong>ve ter os joelhos estendi<strong>do</strong>s, com<br />

aproximação <strong>do</strong>s côndilos inter<strong>no</strong>s <strong>do</strong> fêmur associa<strong>do</strong> a uma rotação externa <strong>do</strong> quadril e<br />

manten<strong>do</strong> os maléolos inter<strong>no</strong>s uni<strong>do</strong>s. E <strong>no</strong> MMSS os ombros roda<strong>do</strong>s externamante com os<br />

cotovelos estendi<strong>do</strong>s, trocar as mãos, porém nunca per<strong>de</strong>r o contato.<br />

Postura em pé contra a pare<strong>de</strong>; O paciente <strong>de</strong>ve ser coloca<strong>do</strong> <strong>de</strong> costas para a pare<strong>de</strong> apoian<strong>do</strong><br />

toda a coluna, occipital e calcanhar. Desbloquear a respiração instalan<strong>do</strong> o suspiro e pedin<strong>do</strong><br />

ao paciente que estufe o ventre. Os calcanhares <strong>de</strong>vem estar encosta<strong>do</strong>s na pare<strong>de</strong> e uni<strong>do</strong>s<br />

manten<strong>do</strong> uma pequena abdução <strong>de</strong> 15⁰, os joelhos semifleti<strong>do</strong>s manten<strong>do</strong> uma pequena<br />

rotação externa. Manter os maléolos e côndilos uni<strong>do</strong>s. Fazer uma pompage <strong>no</strong>s pés cavos.<br />

Caso os calcanhares estejam afasta<strong>do</strong>s da pare<strong>de</strong>, ir aproximan<strong>do</strong>-os a cada repetição da<br />

postura toman<strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> para manter a <strong>de</strong>lor<strong>do</strong>se. Esten<strong>de</strong>r os joelhos manten<strong>do</strong> sempre a<br />

7


lombar apoiada na pare<strong>de</strong>, e os côndilos uni<strong>do</strong>s. A extensão <strong>do</strong> quadril e joelho só po<strong>de</strong> ser<br />

feita com a rotação externa <strong>do</strong> fêmur.<br />

Pelve e coluna lombar e torácica; Delor<strong>do</strong>sar a lombar através <strong>de</strong> uma retroversão pélvica.<br />

Manter a coluna lombar e torácica apoiadas na pare<strong>de</strong>. Caso não seja possível manter a<br />

lombar apoiada na pare<strong>de</strong>, distanciar os pés da pare<strong>de</strong> para <strong>de</strong>lor<strong>do</strong>sar.<br />

Coluna cervical; Tração axial, longitudinal, <strong>de</strong> forma suave e ativamente. Pedir ao paciente a<br />

consciência da lor<strong>do</strong>se cervical procuran<strong>do</strong> sensibilizar a cervical. Se o paciente não<br />

conseguir apoiar o occipital na pare<strong>de</strong> sem esten<strong>de</strong>r á cervical, colocar um número <strong>de</strong> calços<br />

necessários para manter a cervical em neutro. Correção da nuca 90% <strong>de</strong>coaptação axial e 10%<br />

<strong>de</strong> retração <strong>do</strong> queixo. O abaixamento <strong>do</strong> queixo com o objetivo <strong>de</strong> corrigir a hiperlor<strong>do</strong>se<br />

cervical, sempre <strong>de</strong>ve ser usa<strong>do</strong> com critério para evitar retificação <strong>de</strong>sta curva.<br />

Ombros e membros superiores; Afastar os ombros das orelhas. Desenrolar os ombros. Fazer<br />

uma pompage escapular. Posicionar os MMSS a 45⁰ <strong>do</strong> corpo inicialmente, para que <strong>de</strong>sta<br />

posição neutra você possa evoluir, abrin<strong>do</strong> (<strong>no</strong> máximo até 90⁰) ou fechan<strong>do</strong> os braços (até<br />

encostar os braços ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo), com supinação <strong>do</strong> antebraço e rotação externa <strong>do</strong><br />

ombro.<br />

Postura em pé inclinada para frente, nesta postura é possível pilotar a coluna observan<strong>do</strong> e<br />

corrigin<strong>do</strong> os <strong>de</strong>sequilíbrios. Solicita-se ao paciente, para que ele, em pé faça uma resistência<br />

na mão <strong>do</strong> fisioterapeuta que estará posicionada na cervical/occiptal, e flexione os joelhos<br />

manten<strong>do</strong> maléolos e côndilos uni<strong>do</strong>s fazen<strong>do</strong> uma pequena rotação externa <strong>do</strong> joelho.<br />

Os membros superiores <strong>de</strong>vem permanecer ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo, estendi<strong>do</strong>s e com rotação<br />

externa <strong>do</strong> ombro (palma da mão para frente e <strong>de</strong>pois para baixo). Em seguida, fazen<strong>do</strong> uma<br />

pequena resistência na nuca <strong>do</strong> paciente o fisioterapeuta solicita uma lor<strong>do</strong>se lombar. O<br />

fisioterapeuta vai ganha<strong>do</strong> fechamento <strong>de</strong> ângulo coxo femoral sempre com resistência <strong>do</strong><br />

paciente favorecen<strong>do</strong> o alongamento da musculatura posterior.<br />

A flexão <strong>do</strong> tronco não <strong>de</strong>ve ultrapassar os 90º com lor<strong>do</strong>se lombar e cervical, cifose <strong>do</strong>rsal e<br />

os braços <strong>de</strong>vem permanecer ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo durante toda a postura.<br />

Nos membros inferiores, os calcanhares <strong>de</strong>vem estar uni<strong>do</strong>s manten<strong>do</strong> uma pequena abdução<br />

<strong>de</strong> 15º, os joelhos semifleti<strong>do</strong>s manten<strong>do</strong> uma pequena rotação externa. Manter os maléolos e<br />

côndilos uni<strong>do</strong>s, fazen<strong>do</strong> uma pompage <strong>no</strong>s pés. Utilizan<strong>do</strong> a tábua, esten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os joelhos<br />

manten<strong>do</strong> os côndilos e maléolos uni<strong>do</strong>s.<br />

Pelve e coluna, o paciente <strong>de</strong>ve empinar o bumbum forman<strong>do</strong> a lor<strong>do</strong>se lombar e fazen<strong>do</strong><br />

uma antiversão pélvica. Durante a postura o paciente <strong>de</strong>ve manter a cifose torácica ou recriála<br />

<strong>no</strong>s casos <strong>de</strong> retificação através da expiração.<br />

Os ombros e membros superiores, posicionar os MMSS ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo, com rotação<br />

externa <strong>do</strong> ombro e cotovelos estendi<strong>do</strong>s, afastan<strong>do</strong> ativamente os ombros das orelhas.<br />

Desenrolar (rotação externa) <strong>de</strong> forma consciente os ombros.<br />

A postura em pé <strong>no</strong> centro é ao contrário da postura <strong>de</strong> pé contra a pare<strong>de</strong> é possível pilotar a<br />

coluna observan<strong>do</strong> e corrigin<strong>do</strong> os <strong>de</strong>sequilíbrios.<br />

Nos membros inferiores, os calcanhares <strong>de</strong>vem estar uni<strong>do</strong>s manten<strong>do</strong> uma pequena abdução<br />

<strong>de</strong> 15º, os joelhos semifleti<strong>do</strong>s e uma pequena rotação externa, e os maléolos e côndilos<br />

uni<strong>do</strong>s fazen<strong>do</strong> uma pompage <strong>no</strong>s pés. Utilizar a tábua; é necessário elevar a prancha, cada<br />

vez que esten<strong>de</strong>mos o joelho, manten<strong>do</strong> sempre a <strong>de</strong>lor<strong>do</strong>se lombar, e os côndilos uni<strong>do</strong>s. A<br />

extensão <strong>do</strong> quadril e joelho só po<strong>de</strong> ser feita com a rotação externa <strong>do</strong> fêmur.<br />

Na pelve e coluna lombar e torácica, realizar uma <strong>de</strong>lor<strong>do</strong>se lombar através <strong>de</strong> uma<br />

retroversão pélvica.<br />

8


Na coluna cervical, uma tração axial, longitudinal, <strong>de</strong> forma suave, mantida pelo<br />

fisioterapeuta não <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> o paciente cair para frente nem para trás, manten<strong>do</strong> o corpo <strong>no</strong><br />

eixo e pedir ao paciente a apoio <strong>do</strong> occipital na mão <strong>do</strong> fisioterapeuta manten<strong>do</strong> a lor<strong>do</strong>se<br />

cervical fisiológica.<br />

Nos ombros e membros superiores é uma postura que facilita o alongamento da musculatura<br />

superior <strong>do</strong> braço, afastan<strong>do</strong> os ombros das orelhas. Desenrolar os ombros, posicionan<strong>do</strong> os<br />

MMSS ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo inicialmente, para que <strong>de</strong>sta posição você possa evoluir, fechan<strong>do</strong> os<br />

braços (até encostar os braços ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo), com supinação <strong>do</strong> antebraço e rotação<br />

externa <strong>do</strong> ombro.<br />

Na postura final quanto aos MMII, o paciente <strong>de</strong>ve ter os joelhos estendi<strong>do</strong>s, com<br />

aproximação <strong>do</strong>s côndilos inter<strong>no</strong>s <strong>do</strong> fêmur associa<strong>do</strong> a uma rotação externa <strong>do</strong> quadril e<br />

manten<strong>do</strong> os maléolos inter<strong>no</strong>s uni<strong>do</strong>s.<br />

Na postura final quanto aos MMSS, o paciente <strong>de</strong>ve ter os ombros roda<strong>do</strong>s externamente com<br />

os cotovelos estendi<strong>do</strong>s.<br />

Postura em pé contra a pare<strong>de</strong>, postura em pé inclinada para frente e postura em pé <strong>no</strong> centro<br />

priorizam a respiração, a coluna vertebral, o quadril, os joelhos, os pés, o equilíbrio, e o<br />

esquema corporal.<br />

3. Materiais e méto<strong>do</strong>s<br />

Para elaboração <strong>de</strong>sse projeto, optou-se pela realização <strong>de</strong> pesquisa bibliográfica, on<strong>de</strong> se<br />

obteve da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> artigos científicos com publicação entre 1995 a 2011. Foram utilizadas as<br />

plataformas <strong>de</strong> pesquisa os sites <strong>de</strong> publicação científica, <strong>do</strong>s quais, foram seleciona<strong>do</strong>s 25<br />

artigos, sen<strong>do</strong> escolhi<strong>do</strong>s 07 <strong>de</strong>les, 04 revistas e 09 livros, para elaboração <strong>do</strong> referi<strong>do</strong><br />

trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso. E o fizemos porque já haviam alguns trabalhos repeti<strong>do</strong>s e<br />

outros que não eram compatíveis com o tema proposto.<br />

Como méto<strong>do</strong> para encontrar o tema proposto foi utiliza<strong>do</strong> às seguintes palavras chaves:<br />

Escoliose estrutural; <strong>Tratamento</strong> <strong>RPG</strong>.<br />

4. Resulta<strong>do</strong>s e discussão<br />

A relação <strong>de</strong> cada indivíduo com seu corpo e as diferentes posturas a<strong>do</strong>tadas em cada<br />

situação, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da imagem corporal que este indivíduo tem <strong>de</strong> si mesmo. A maioria <strong>do</strong>s<br />

hábitos incorretos <strong>de</strong> postura resulta na imitação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los imperfeitos, portanto, ensinar<br />

teoricamente, o mo<strong>de</strong>lo postural mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> e não modificar os hábitos não resolve. É<br />

preciso associar o mo<strong>de</strong>lo e o hábito postural para que o corpo entre em harmonia e funcione<br />

<strong>de</strong> maneira perfeita é o objetivo <strong>do</strong> trabalho em tela (RODRIGUES, 2009).<br />

Para que se obtenha um resulta<strong>do</strong> satisfatório é necessária uma avaliação fi<strong>de</strong>digna com o<br />

empenho profissional, para se conseguir recursos completos, que vão refletir <strong>no</strong> quadro <strong>de</strong><br />

incapacida<strong>de</strong> e acompanhamento <strong>de</strong> sua evolução e consequentemente sua progressão. E, para<br />

isso, a radiografia é um instrumento essencial e importante para facilitar na medição da<br />

<strong>de</strong>formida<strong>de</strong> das curvaturas (BASSANI, 2008).<br />

De acor<strong>do</strong> com Ferreira (1999), a mensuração da escoliose por meio da radiografia é <strong>de</strong> suma<br />

importância para <strong>de</strong>tectar à mesma, quantificar o seu grau, acompanhar a sua evolução com os<br />

a<strong>no</strong>s, assim como alterações ocorridas com o uso <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> da <strong>RPG</strong>.<br />

9


Segun<strong>do</strong> Souchard (1998), a <strong>RPG</strong> é um méto<strong>do</strong> fisioterapêutico <strong>de</strong> correção postural que<br />

trabalha sobre as ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> tensão muscular, utilizan<strong>do</strong> posturas <strong>de</strong> alongamento em lugar <strong>de</strong><br />

exercícios <strong>de</strong> repetição. A vantagem das posturas <strong>de</strong> alongamento, é que bloqueiam o<br />

indivíduo em posição <strong>de</strong> equilíbrio (RODRIGUES R, 2009).<br />

Nenhum músculo se move sozinho. Sempre que um <strong>de</strong>les se contrai gera movimento e<br />

acomodação em outros músculos, forman<strong>do</strong> um conjunto. Este conjunto <strong>de</strong><strong>no</strong>mina-se ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> tensão muscular. Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste conceito, a <strong>RPG</strong> trabalha globalmente o paciente <strong>de</strong> forma<br />

pessoal e quantitativa, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ir <strong>do</strong> sintoma à causa das lesões, levan<strong>do</strong> ao<br />

relaxamento das ca<strong>de</strong>ias musculares encurtadas, ao <strong>de</strong>sbloqueio respiratório e ao equilíbrio <strong>do</strong><br />

tônus postural (RODRIGUES R, 2009).<br />

Nesta pesquisa, obteve-se um aumento na flexibilida<strong>de</strong> da ca<strong>de</strong>ia posterior. A <strong>RPG</strong> promove<br />

alongamento <strong>do</strong>s músculos antigravitacionais, inspiratórios, rota<strong>do</strong>res inter<strong>no</strong>s. Assim sen<strong>do</strong>,<br />

ela promove um aumento <strong>de</strong> sarcômeros em série, bem como da força muscular,<br />

provavelmente pela melhor interação entre os filamentos <strong>de</strong> actina e <strong>de</strong> miosina. Como a<br />

escoliose é evolutiva, necessita trabalhar a mobilida<strong>de</strong> muscular, ten<strong>do</strong> como benefício, a<br />

manutenção da extensibilida<strong>de</strong> musculofacial e uma melhor mobilida<strong>de</strong> articular, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à<br />

recuperação da relação tensão-comprimento (SANTOS C; PIRES G; FERREIRA M, 2009).<br />

Ainda, segun<strong>do</strong> o mesmo autor, em relação à flexibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s músculos paravertebrais, temse<br />

como objetivo, alongar ligamentos, cápsulas e aumentar a extensibilida<strong>de</strong> das unida<strong>de</strong>s<br />

músculo tendineas, aumentan<strong>do</strong> com isso a ADM da articulação.<br />

O pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> tratamento para a escoliose torácica direita caracteriza-se em: alongamento <strong>de</strong><br />

ca<strong>de</strong>ias posterior e anterior na bola; alongamento <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias posterior na posição sentada,<br />

utilizan<strong>do</strong> a postura <strong>de</strong> “bailarina” <strong>do</strong> <strong>RPG</strong> (reeducação postural global); alongamento <strong>de</strong><br />

ísquias-tibiais, tríceps surais, trapézio, ab<strong>do</strong>minais e articulações da coluna (uma série <strong>de</strong>z<br />

repetições cada grupo muscular); agachamento em posição ortostática, com ênfase <strong>no</strong> apoio<br />

<strong>no</strong>s pés (SANTOS CÍNTIA; CRUZ CAMILA, 2008).<br />

5. Consi<strong>de</strong>rações finais<br />

Desta forma po<strong>de</strong>mos afirmar que, a técnica <strong>de</strong> <strong>RPG</strong> é um recurso muito utiliza<strong>do</strong> pelos<br />

fisioterapeutas com o intuito <strong>de</strong> verificar a flexibilida<strong>de</strong> e a graduação da <strong>do</strong>r, por meio <strong>do</strong><br />

tratamento fisioterapêutico, com princípios <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>RPG</strong> em pacientes com escoliose<br />

estrutural, visto que, os pacientes apresentam na avaliação alterações, diminuição da<br />

flexibilida<strong>de</strong>.<br />

Durante o tratamento, a respiração é trabalhada <strong>de</strong> forma específica para cada caso,<br />

proporcionan<strong>do</strong> um alongamento muscular e melhoran<strong>do</strong> a funcionalida<strong>de</strong> entre a respiração e<br />

a postura. A <strong>RPG</strong> proporciona um relaxamento respiratório<br />

Como o <strong>no</strong>me já indica a principal característica <strong>do</strong> <strong>RPG</strong> é cuidar <strong>do</strong> paciente <strong>de</strong> forma<br />

integral, diferentemente da fisioterapia tradicional, que tem a atenção voltada apenas à queixa<br />

imediata <strong>do</strong> paciente, como uma <strong>do</strong>r aguda, por exemplo. O corpo é uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> músculos<br />

interliga<strong>do</strong>s e as reações sempre ocorrem em ca<strong>de</strong>ia<br />

Diante <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>-se concluir que: o tratamento usan<strong>do</strong> a técnica <strong>RPG</strong> é<br />

eficaz, haven<strong>do</strong> diminuição das retrações musculares, o fortalecimento <strong>do</strong>s músculos fracos<br />

<strong>do</strong> tronco, melhoran<strong>do</strong> o padrão postural e a diminuição das queixas <strong>de</strong> <strong>do</strong>r <strong>do</strong> paciente.<br />

O tratamento promove melhoras na flexibilida<strong>de</strong> muscular e, na <strong>do</strong>r, permite uma amplitu<strong>de</strong><br />

maior em flexão <strong>de</strong> tronco e quadril.<br />

10


A técnica <strong>RPG</strong> (Reeducação Postural Global) atua na correção da postura e <strong>no</strong> conseqüente<br />

alívio <strong>de</strong> <strong>do</strong>res e <strong>de</strong>sconfortos. Ao longo <strong>do</strong> tempo, ao manter o corpo em posições<br />

ina<strong>de</strong>quadas ao sentar, ficar em pé e caminhar ou mesmo ao realizar <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s<br />

movimentos repeti<strong>do</strong>s em posições fora <strong>do</strong> alinhamento i<strong>de</strong>al, <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong><br />

corpo vão se encurtan<strong>do</strong> e esses encurtamentos acarretam os <strong>de</strong>svios na postura. Como<br />

exemplos <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>svios, temos: diminuição da curva lombar (parte mais baixa da coluna),<br />

freqüentemente ocasionada pela postura ina<strong>de</strong>quada ao sentar (quan<strong>do</strong> se “escorrega” na<br />

ca<strong>de</strong>ira). Aumento da curva lombar, chamada hiperlor<strong>do</strong>se, ocasiona<strong>do</strong> muitas vezes pelo<br />

excesso <strong>de</strong> peso das pessoas. Desvios laterais da coluna (escolioses) que po<strong>de</strong>m ser<br />

<strong>de</strong>correntes das posições assimétricas mantidas por longo perío<strong>do</strong>. Aumento para frente da<br />

curva na coluna torácica, chamada <strong>de</strong> hipercifose, (parte alta das costas voltada para a frente),<br />

po<strong>de</strong> aparecer ao manter o corpo muito curva<strong>do</strong> para frente. Cabeça muito para frente,<br />

<strong>no</strong>rmalmente mantida para enxergar melhor a tela <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r ou mesmo ao ler uma<br />

revista. Ombros curva<strong>do</strong>s para frente, com freqüência manti<strong>do</strong>s assim na posição sentada em<br />

frente ao computa<strong>do</strong>r ou então ao final <strong>de</strong> um longo dia <strong>de</strong> trabalho.<br />

A <strong>RPG</strong> possibilita o alongamento <strong>de</strong> várias ca<strong>de</strong>ias musculares, proporcionan<strong>do</strong> melhor<br />

alinhamento da coluna vertebral e <strong>de</strong>mais estruturas.<br />

A <strong>RPG</strong> requer <strong>do</strong> paciente uma participação muito ativa. Ao longo da sessão, ele trabalha seu<br />

corpo, alongan<strong>do</strong> os músculos estáticos, ao mesmo tempo em que fortalece os músculos<br />

dinâmicos, seguin<strong>do</strong> a ca<strong>de</strong>ia que está causan<strong>do</strong> a <strong>do</strong>r ou outros problemas.<br />

O tratamento usan<strong>do</strong> a técnica <strong>RPG</strong> produz o efeito <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, pois alonga os músculos<br />

encurta<strong>do</strong>s, melhora o equilíbrio postural e diminui a compressão <strong>do</strong>s pulmões, facilitan<strong>do</strong> o<br />

processo respiratório.<br />

É importante <strong>de</strong>stacar que, a utilização da fisioterapia, não só na reabilitação das<br />

<strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s da coluna vertebral, como também na prevenção, vem ajudan<strong>do</strong> a melhorar a<br />

postura e, consequentemente, vem proporcionan<strong>do</strong> uma maior produtivida<strong>de</strong> nas ativida<strong>de</strong>s da<br />

vida diária das pessoas que são acometidas pela escoliose estrutural.<br />

6. Referências<br />

BASSANI, E. et al. Avaliação da ativação neuromuscular em indivíduos com escoliose<br />

através da eletromiografia <strong>de</strong> superfície. Revista Brasileira <strong>de</strong> Fisioterapia; v.12, n.1, São<br />

Carlos; jan-fev, 2008.<br />

BIENFAIT, M.; SANTOS, A.; Escoliose, uma calamida<strong>de</strong> tão conhecida. Revista <strong>de</strong><br />

Fisioterapia da UNICID; v. 8, n.2, p 53-63; 1999.<br />

BIENFAIT, M. Os <strong>de</strong>sequilíbrios estáticos - Fisiologia, patologia e tratamento<br />

fisioterápico. São Paulo: Summus editorial, 1993.<br />

CÍNTIA DOS SANTOS & GABRIELA PIRES & MICHELE FERREIRA. Efeito da<br />

corrente Russa associada à postura sentada da <strong>RPG</strong> em pacientes com escoliose juvenil.<br />

v. 3, m. 9, p 2009.<br />

CÍNTIA DOS SANTOS MANHÃES & CAMILA CRUZ. Análise <strong>de</strong> Protocolo<br />

Fisioterapêutico em <strong>Paciente</strong> com Escoliose Torácica à Direita, 2008.<br />

http://www.isecensa.edu.br/repositorio/fck/file/artigo - artigo <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> estágio.<br />

11


CASTRO, P. C. G. <strong>de</strong>; LOPES, J. A. F. Avaliação computa<strong>do</strong>rizada por fotografia digital,<br />

como recurso <strong>de</strong> avaliação na Reeducação Postural Global. Acta Fisiátrica, São Paulo, v.<br />

10, n. 2, 2003.<br />

FACHIM, Odília. Fundamentos <strong>de</strong> Meto<strong>do</strong>logia. São Paulo: Saraiva, 2001.<br />

FAUVY LA. Escoliose lombar – Aspectos <strong>Bio</strong>mecânicos. In: Congresso Brasileiro <strong>de</strong><br />

Fisioterapia da Escoliose, II, 2004, Porto Alegre. Anais – Escoliose Idiopática: a<br />

tridimensionalida<strong>de</strong>. São Paulo: Núcleo <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s e Pesquisa <strong>de</strong> Escoliose e <strong>Bio</strong>mecânica,<br />

2004.<br />

FERNANDES, José. Técnicas <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong> e Pesquisa. Goiânia: Kelps, 2000.<br />

FERREIRA, D. M. A.; Estu<strong>do</strong> clínico da mensuração da gibosida<strong>de</strong> e suas correlações<br />

com medidas radiológicas na escoliose idiopática. 1999. Tese <strong>de</strong> (mestra<strong>do</strong>) em<br />

<strong>Bio</strong>engenharia pela Escola <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> São Carlos, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão<br />

Preto e Instituto <strong>de</strong> Química <strong>de</strong> São Carlos <strong>de</strong> Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Ribeirão Preto –<br />

SP.<br />

GOMES, B.M. et al. O efeito da técnica <strong>de</strong> reeducação postural global em um paciente<br />

com hemiparesia após aci<strong>de</strong>nte vascular encefálico. Revista Acta Fisiatr, v.13, n. 2, p. 103-<br />

108. 2006.<br />

GUIMARÃES, K. G.; et al. Incidência <strong>de</strong> Desvios Posturais <strong>do</strong>s Freqüenta<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

Aca<strong>de</strong>mias em Goiânia. Revista Postura. São Paulo, 2006. Disponível em:<br />

<br />

KISNER CAROLIYN & ALLEN LYNN. Exercícios Terapêuticos Fundamentos e<br />

Técnicas. 4ª ed. São Paulo: Ma<strong>no</strong>le, 2005.<br />

KAPANDJI, A. I. Fisiologia articular: esquemas comenta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> mecânica humana. 5. ed.,<br />

v.3. São Paulo: Panamericana, 2000.<br />

LAKATOS, Eva Maria. Meto<strong>do</strong>logia Cientifica. São Paulo: Atlas, 1997.<br />

MARQUES, Amélia Pasqual. Ca<strong>de</strong>ias musculares: um programa para ensinar avaliação<br />

fisioterapêutica global. São Paulo: Ma<strong>no</strong>le, 2000.<br />

MARISA TOSHIKO. Assistência <strong>de</strong> enfermagem em ortopedia e traumatologia. Editora<br />

Atheneu, 2001.<br />

MIRAMAND, Y. Princípios e técnica <strong>de</strong> reeducação tridimensional da escoliose<br />

idiopática <strong>de</strong>butante. Revista Coluna Fisioterápica; v. 1, n. 1, p. 2-9, set, 2001.<br />

MOMESSO, R. B. Proteja sua Coluna. São Paulo: Cone, 1997<br />

MOTA, Y.L. et al. Respostas cardiovasculares durante a postura sentada da Reeducação<br />

Postural Global (<strong>RPG</strong>). Revista Brasileira <strong>de</strong> Fisioterapia. São Carlos, v. 12, n. 3, p. 161-8,<br />

mai – jun. 2008.<br />

12


PETERSON FLORENCE & KENDALL ELIZABETH & GEISE PATRÍCIA. Provas e<br />

funções com posturas e <strong>do</strong>r. 4ª ed. São Paulo: Ma<strong>no</strong>le, 1995.<br />

RAFAEL RODRIGUES SATANA. Postura corporal e a reeducação postural global:<br />

<strong>de</strong>finições teóricas 2007.<br />

http://www.inicepig.univap.br/cd/inic_2007/trabalho/saú<strong>de</strong>/epg/epgoo101_02c .pdf.<br />

ROSANGELA CASSOL. 2008. http: // www.fag.edu.br/tcc/2008/fisioterapia/<br />

análiseergo<strong>no</strong>miacadabolasuiçaemfisioterapia.<br />

SALETE, A. C. B.; Mensuração da gibosida<strong>de</strong> em escoliose. Revista Fisioterapia Brasil. V.<br />

4, n.5, set – out. 2003.<br />

SEVERINO, Antônio Joaquim. Meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> Trabalho Cientifico. São Paulo: Cortez,<br />

1996.<br />

SOBOTTA, J. Atlas <strong>de</strong> anatomia humana. 20 ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Guanabara Koogan.v. 2,<br />

1995.<br />

SOUCHARD, P. E. Reeducação postural global: méto<strong>do</strong> <strong>do</strong> campo fecha<strong>do</strong>. 3. ed. São<br />

Paulo: Ícone, 1998.<br />

SOUCHARD, P. E. <strong>RPG</strong>: fundamentos da reeducação postural global: princípios e<br />

originalida<strong>de</strong>. São Paulo: É Realizações, 2003.<br />

SOUCHARD P.; OLLIER. M. As escolioses - Seu tratamento fisioterapêutico e<br />

ortopédico. Editoras realizações. São Paulo – SP. 2001.<br />

SOUCHARD P.; OLLIER. M. As escolioses. Seu tratamento fisioterapêutico e ortopédico.<br />

2ªEdição. Editoras realizações. São Paulo – SP. 2003.<br />

13


Fonte: Souchard, (2003).<br />

Figura 1: Rã <strong>no</strong> ar braços abertos.<br />

Fonte: Souchard, (2003).<br />

Figura 2: Rã <strong>no</strong> ar braços fecha<strong>do</strong>s.<br />

Fonte: Souchard, (2003).<br />

Figura 3: Rã <strong>no</strong> chão braços abertos.<br />

ANEXOS<br />

14


Fonte: Souchard, (2003).<br />

Figura 4: Rã <strong>no</strong> chão braços fecha<strong>do</strong>s.<br />

Fonte: Souchard, (2003).<br />

Figura 5: Postura sentada<br />

15


Fonte: Souchard, (2003).<br />

Figura 6: Postura em pé contra a pare<strong>de</strong>.<br />

Fonte: Souchard, (2003).<br />

Figura 7: Postura em pé inclina<strong>do</strong> para frente.<br />

16


Fonte: Souchard, (2003).<br />

Figura 8: Postura em pé <strong>no</strong> centro.<br />

17

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!