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Evangelizadores entre os jovens

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VAMOS ONDE OS JOVENS EStãO<br />

38. Champagnat não foi apenas fazer uma visita, foi ao “encontro” do<br />

jovem Montagne. Não foi lá para julgar ou para analisar uma situa-<br />

ção, e sim para se encontrar com “alguém” que, como ele, tinha<br />

uma história, uma verdade, uma realidade. Champagnat não olhou<br />

o jovem pela ótica do que se supunha que devia ser um jovem de<br />

17 an<strong>os</strong> nessa época. Amb<strong>os</strong> se encontraram a partir do que<br />

cada um deles era. Sem negar a sua realidade de adulto e clérigo,<br />

Marcelino não interpretou esta experiência a partir de si mesmo,<br />

mas a partir desse encontro. A necessidade do jovem estava em primeiro<br />

lugar; as leis, a serviço do homem, e não o contrário.<br />

P<strong>os</strong>síveis risc<strong>os</strong> em n<strong>os</strong>sas maneiras de ir ao encontro 12<br />

39. Há ideologias sobre <strong>os</strong> <strong>jovens</strong>, assim como sobre <strong>os</strong> adult<strong>os</strong> ou <strong>os</strong><br />

id<strong>os</strong><strong>os</strong>, e pode ser que, muitas vezes, n<strong>os</strong> aproximem<strong>os</strong> d<strong>os</strong> <strong>jovens</strong><br />

desde a perspectiva de alguma dessas ideologias. Uma delas é a do<br />

autoritarismo de geração, que tem um olhar centrado na primazia<br />

do mundo adulto, justificada na sup<strong>os</strong>ta falta de maturidade d<strong>os</strong><br />

<strong>jovens</strong> que estão em “crescimento”. Essa ideologia está enraizada<br />

em cert<strong>os</strong> ambientes culturais e explica as atitudes de desconfiança,<br />

temor e precaução com relação a<strong>os</strong> <strong>jovens</strong>, como se eles f<strong>os</strong>sem<br />

sempre e necessariamente fonte de irresponsabilidade e de falta de<br />

critério. Isto n<strong>os</strong> leva a considerar a juventude como uma etapa<br />

de transição, de preparação. Vê o jovem pela perspectiva do que<br />

“deve ser”, pelo resultado esperado, mais do que pelo processo.<br />

40. Outra ideologia frequente, op<strong>os</strong>ta à anterior, se caracteriza pela supervalorização<br />

do ser jovem. Não se valoriza a juventude pela sua<br />

contribuição à cultura, mas pela pouca idade. Os <strong>jovens</strong> são vist<strong>os</strong><br />

como “produt<strong>os</strong> de mercado” para o consumo, transformad<strong>os</strong> em<br />

model<strong>os</strong> a se imitar, independentemente da idade que tenham<strong>os</strong>.<br />

Isto traz como consequência o desprestígio do mundo adulto e 12 MAR X & ORTIZ, 2006, p. 14-17.<br />

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