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Revista Corte e Conformação de Metais.pdf - 123achei

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Distribuição gratuita<br />

Publicação<br />

Ano 6 - Edição nº 36 - Outubro <strong>de</strong> 2011<br />

Especial <strong>Corte</strong> & <strong>Conformação</strong> <strong>de</strong> <strong>Metais</strong> 2011<br />

Acesse o portal:<br />

Setor <strong>de</strong> metalurgia<br />

mantém creScimento<br />

apeSar <strong>de</strong> tudo<br />

opinião<br />

A overdose dos<br />

juros altos<br />

economia<br />

Pesquisa mostra aumento do<br />

custo <strong>de</strong> vida em São Paulo<br />

tecnologia<br />

Nova tecnologia prevê uso<br />

do biogás na si<strong>de</strong>rurgia


mercado empresarial<br />

expediente<br />

Coor<strong>de</strong>nação: Mariza Simão<br />

Redatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SP<br />

contato: sonniamateu@yahoo.com.br<br />

Colaboraram nesta edição: Irineu Uehara e<br />

João Lopes<br />

Diagramação: Rogério Silva e Felipe Moreira<br />

Arte: Cesar Souza, José Francisco dos Santos,<br />

José Luiz Moreira, Edmilson Mandiar,<br />

Hermínio Mirabete Junior, Ricardo Satoshi Yamassaki,<br />

Danilo Barbosa Gomes<br />

Distribuição: VI Feira <strong>de</strong> <strong>Corte</strong> e <strong>Conformação</strong> <strong>de</strong> <strong>Metais</strong><br />

Impressão: RR Donnelley<br />

Matriz:<br />

São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro<br />

CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273<br />

Filiais:<br />

Araçatuba - Rua Floriano Peixoto, 120 1º and. - s/<br />

14 - Centro - CEP 16010-220 - Tel.: (18) 3622-1569<br />

Fax: (18) 3622-1309<br />

Bauru - Edifício Metropolitan<br />

Rua Luso Brasileira, 4-44 - sl 1214 - 12º and.<br />

CEP 17016-230 - Tel.: (14) 3226-4068<br />

Fax: (14) 3226-4098<br />

Piracicaba<br />

Sisal Center - Rua Treze <strong>de</strong> Maio, 768<br />

sl 53 - 5º and. CEP 13400-300 - Tel.: (19) 3432 - 1434<br />

Fax.: (19) 3432-1524<br />

Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte - Av. Cel. José Soares Marcon<strong>de</strong>s,<br />

871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000<br />

Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690<br />

Ribeirão Preto - Rua Álvares Cabral, 576 -9º and.<br />

cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628<br />

Fax: (16) 3625-9895<br />

Santos - Rua Leonardo Roitman, 27 - 4º and. cj 48 -<br />

Santos - SP - CEP.: 11015-550<br />

Tel.: (13) 3224-9326 / 3232-4763<br />

São José do Rio Preto - Rua XV <strong>de</strong> Novembro, 3057 -<br />

3º and. - cj 301 - CEP 15015-110<br />

Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419<br />

O editor não se responsabiliza pelas opiniões<br />

expressas pelos entrevistados.<br />

editorial<br />

MEtAlurgiA SE rESSENtE dA<br />

dESiNduStriAlizAçãO, MAS<br />

rEgiStrA crESciMENtO<br />

Asobrevalorização do real e os <strong>de</strong>mais componentes do “custo Brasil”<br />

estão minando a olhos vistos a competitivida<strong>de</strong> da indústria<br />

nacional, fazendo com que parcelas crescentes do mercado interno<br />

sejam arrebatadas pelos manufaturados estrangeiros, ao mesmo tempo em<br />

que as vendas externas patinam. O processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sindustrialização em<br />

curso, enfatizam os empresários, está pondo em xeque o próprio mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do País, gerando gran<strong>de</strong> incerteza com respeito ao<br />

futuro do setor.<br />

Apesar dos efeitos cada vez mais acentuados do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sindustrialização<br />

da economia, a vasta ca<strong>de</strong>ia produtiva dos segmentos<br />

ligados à metalurgia, usinagem e produção <strong>de</strong> manufaturados metálicos<br />

vem registrando expansão no nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s. Em 2010, ano no qual<br />

o PIB avançou a uma robusta taxa <strong>de</strong> 7,5%, houve uma efetiva retomada<br />

da produção e das vendas em quase todos os segmentos da ca<strong>de</strong>ia do aço,<br />

tendo sido superadas as sequelas da crise do biênio 2008/2009. Em alguns<br />

casos, inclusive, os negócios voltaram aos níveis que ostentavam em 2008,<br />

antes da eclosão, em setembro daquele ano, da primeira onda <strong>de</strong> choque<br />

do terremoto financeiro mundial. Já em 2011, o horizonte se encontra<br />

ainda turvado não só pela crescente avalanche <strong>de</strong> produtos importados<br />

que toma conta do mercado local, mas também pela nova tormenta global<br />

que se avizinha na economia.<br />

Alertas em relação a esse cenário <strong>de</strong> acirramento da competitivida<strong>de</strong>,<br />

os fabricantes brasileiros estão conscientes <strong>de</strong> que investir constantemente<br />

no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> inovações e na padronização tornou-se uma<br />

necessida<strong>de</strong> inadiável. Se a concorrência no comércio externo vem sendo<br />

travada <strong>de</strong> maneira extremamente <strong>de</strong>sigual, a indústria <strong>de</strong> processamento<br />

e manufatura <strong>de</strong> bens metálicos tem procurado evoluir ao menos na expertise<br />

tecnológica e na gestão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Todos esses enfoques estão sento abordados nesta edição da<br />

MERCADO EMPRESARIAL, que, na mesma direção da maior feira<br />

do segmento, a <strong>Corte</strong> e <strong>Conformação</strong> <strong>de</strong> <strong>Metais</strong> 2011, se propõe a dar sua<br />

colaboração para a compreensão dos fatos e a busca <strong>de</strong> soluções.<br />

Mercado Empresarial<br />

3


4<br />

06<br />

Opinião<br />

16<br />

Evento<br />

18<br />

sumário<br />

Economia<br />

Pesquisa mostra aumento do<br />

custo <strong>de</strong> vida em São Paulo<br />

20<br />

Mercado<br />

28<br />

cases & cases<br />

46<br />

<strong>de</strong>staque<br />

49<br />

<strong>Corte</strong> & <strong>Conformação</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Metais</strong> 2011<br />

CSN compra cinco empresas<br />

européias e mais uma fatia da<br />

Usiminas<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

34<br />

Panorama do setor<br />

Setor <strong>de</strong> metalurgia<br />

mantém crescimento,<br />

apesar <strong>de</strong> tudo<br />

Os fabricantes se ressentem,<br />

porém, dos efeitos cada vez<br />

mais acentuados do processo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sindustrialização<br />

A overdose dos juros altos<br />

Brasil exporta 568 mil<br />

empregos<br />

Latas <strong>de</strong> aço: melhor<br />

<strong>de</strong>sempenho para o envase <strong>de</strong><br />

massa corrida<br />

NOVOAÇO ESPECIAL: Com<br />

qualida<strong>de</strong> e tecnologia, marca<br />

já é referência no mercado<br />

70<br />

Meio Ambiente<br />

Estruturas <strong>de</strong> metal po<strong>de</strong>m<br />

gerar menos impacto<br />

50<br />

Sustentabilida<strong>de</strong><br />

52<br />

Projeto <strong>de</strong> Lei obriga novos<br />

condomínios resi<strong>de</strong>nciais<br />

paulistanos a serem “ver<strong>de</strong>s”<br />

legislação<br />

55<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

56<br />

gestão<br />

57<br />

Novo Código <strong>de</strong>verá reduzir<br />

risco jurídico para empresas<br />

ACEROTEC: Alto padrão no<br />

segmento <strong>de</strong> Aço<br />

Guia Empresa Competitiva traz<br />

dicas para fortalecer gestão<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

58<br />

NEOCOMPETÊNCIA Uma nova<br />

abordagem para o sucesso<br />

profissional<br />

tecnologia<br />

62<br />

Nova tecnologia prevê uso do<br />

biogás na si<strong>de</strong>rurgia<br />

Pesquisa<br />

IPT adquire tecnologia pioneira no<br />

66 hemisfério sul que dará subsídios<br />

para a fabricação <strong>de</strong> peças mais<br />

leves<br />

Expansão<br />

GADITA: Referência <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

em Controle <strong>de</strong> Pragas<br />

69<br />

dicas <strong>de</strong> leitura 74<br />

Fascículo Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida - Vol.6 Nesta edição: ATITUDE!<br />

Vitrine


6<br />

panorama do setor<br />

SEtor dE metalurgia<br />

mantém creScimento<br />

ApESAr dE tudo<br />

Os fabricantes se ressentem, porém, dos efeitos cada vez mais<br />

acentuados do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sindustrialização<br />

E<br />

Em linha com o crescimento do País, a vasta ca<strong>de</strong>ia<br />

produtiva composta pelos setores ligados à metalurgia,<br />

usinagem e produção <strong>de</strong> manufaturados metálicos vem<br />

registrando expansão no nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s. Porém, os<br />

fabricantes se ressentem, cada vez mais acentuadamente, dos<br />

efeitos do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sindustrialização da economia, <strong>de</strong>corrente<br />

da forte assimetria no <strong>de</strong>sempenho da balança comercial,<br />

fazendo com que grossas fatias da <strong>de</strong>manda interna sejam supridas<br />

pelas importações.<br />

Em 2010, ano no qual o PIB (Produto Interno Bruto) avançou a<br />

uma robusta taxa <strong>de</strong> 7,5%, houve uma efetiva retomada da produção e<br />

das vendas em quase todos os setores abordados neste panorama <strong>de</strong><br />

Mercado Empresarial, tendo sido superadas as sequelas da<br />

crise do biênio 2008/2009. Na verda<strong>de</strong>, em alguns casos, os<br />

negócios voltaram aos níveis que ostentavam em 2008, antes da<br />

eclosão, em setembro daquele ano, da primeira onda <strong>de</strong> choque<br />

do terremoto financeiro mundial.<br />

Já em 2011, o horizonte se encontra turvado pela crescente<br />

avalanche <strong>de</strong> produtos importados que toma conta do mercado<br />

local, tirando proveito do <strong>de</strong>sequilíbrio cambial e das distorções


mercado empresarial<br />

competitivas geradas pelo chamado “custo<br />

Brasil”. Este quadro po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>teriorar-se ainda<br />

mais com a nova tormenta global na economia,<br />

em que pesem os esforços recentes do governo<br />

em amenizar o problema. (Para uma análise mais <strong>de</strong>talhada<br />

<strong>de</strong>stes temas, ler o texto “Processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sindustrialização<br />

se agrava”.)<br />

Fabricante <strong>de</strong> máquinas-ferramenta e <strong>de</strong> usinagem,<br />

a Ergomat viu suas receitas engordarem<br />

aproximadamente 60% no ano passado, beneficiando-se<br />

do aquecimento nas encomendas<br />

<strong>de</strong> setores automotivo (o carro-chefe), eletroeletrônico,<br />

telecom, utilities e construção civil.<br />

Mas a realida<strong>de</strong> é que na base <strong>de</strong> comparação,<br />

o ano <strong>de</strong> 2009, as vendas haviam <strong>de</strong>spencado<br />

em 40%.<br />

“Houve expressiva alta na <strong>de</strong>manda em<br />

2010, a ponto <strong>de</strong> os fabricantes não terem<br />

sentido tanto a concorrência dos equipamentos<br />

<strong>de</strong> fora, mas o fato é que a expansão das<br />

importações foi muito maior do que a da produção<br />

local”, afirma Andreas Meister, diretorpresi<strong>de</strong>nte<br />

da Ergomat. Por isso mesmo, em<br />

sua opinião, o cenário <strong>de</strong> 2011 não está sendo<br />

propício. O <strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong> bens e insumos estrangeiros,<br />

indica o executivo da Ergomat, vem<br />

aumentando dia após dia e já está induzindo o<br />

<strong>de</strong>clínio nos pedidos, o que dá margem à sua<br />

previsão <strong>de</strong> que o mercado se contrairá entre<br />

15% e 20% em 2011.<br />

<strong>de</strong>svantagem na comparação<br />

com 2008<br />

Números recentes, divulgados pela Abimaq<br />

(Associação Brasileira da Indústria <strong>de</strong> Máquinas<br />

e Equipamentos), dão conta <strong>de</strong> que, nos sete<br />

primeiros meses <strong>de</strong>ste ano, o setor <strong>de</strong> máquinasferramenta<br />

– um importante difusor <strong>de</strong> tecnologia<br />

na indústria <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> capital mecânicos<br />

– apresentou crescimento <strong>de</strong> 4 % com relação a<br />

igual período <strong>de</strong> 2010, mas ainda assim enfrenta<br />

uma queda <strong>de</strong> 40,6% em comparação com os<br />

sete primeiros meses <strong>de</strong> 2008.<br />

Aliás, tomando-se a indústria <strong>de</strong> bens <strong>de</strong><br />

capital como um todo, o faturamento bruto<br />

panorama do setor<br />

<strong>de</strong>flacionado atingiu o valor<br />

<strong>de</strong> R$ 45,8 bilhões no período<br />

<strong>de</strong> janeiro a julho <strong>de</strong> 2011, uma<br />

elevação <strong>de</strong> 10,3% quando comparado<br />

com o do mesmo período <strong>de</strong> 2010, ainda<br />

<strong>de</strong> acordo a Abimaq. No entanto, o resultado<br />

continua 2,6% abaixo do <strong>de</strong>sempenho alcançado<br />

nos sete primeiros meses <strong>de</strong> 2008.<br />

Por seu turno, Alexandre Fix, vice-presi<strong>de</strong>nte da Abimaq<br />

e presi<strong>de</strong>nte da Câmara Setorial <strong>de</strong> Ferramentaria e<br />

Mo<strong>de</strong>lação, estima que sua seara, constituída por centenas<br />

<strong>de</strong> fabricantes <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s para a indústria plástica, tenha<br />

crescido em torno <strong>de</strong> 15% no ano passado, taxa que po<strong>de</strong>rá<br />

repetir-se em 2011 (inexistem estatísticas mais acuradas<br />

sobre este ramo).<br />

“Voltamos aos níveis <strong>de</strong> comercialização <strong>de</strong> 2008, com<br />

<strong>de</strong> 40% a 50% da <strong>de</strong>manda sendo proveniente das montadoras”,<br />

informa Fix. Outros clientes relevantes na carteira<br />

atuam com embalagens. Em<br />

relação aos efeitos da crise, “Voltamos aos níveis <strong>de</strong> comerciali-<br />

o vice da Abimaq pon<strong>de</strong>ra zação <strong>de</strong> 2008, com <strong>de</strong> 40% a 50%<br />

que ela ainda não chegou a da <strong>de</strong>manda sendo proveniente das<br />

seus pares, embora preveja montadoras”, informa Fix da Abimaq.<br />

tempos mais difíceis à frente.<br />

“Neste momento, estamos trabalhando com níveis <strong>de</strong><br />

preços bons”, revela.<br />

Já na manufatura <strong>de</strong> tubos e conexões <strong>de</strong> aço, a produção<br />

em 2010 bateu em 1,730 milhão <strong>de</strong> toneladas, um aumento<br />

<strong>de</strong> 16% sobre o total <strong>de</strong> 1,488 milhão contabilizado em<br />

2009 – ano em que se apurou recuo <strong>de</strong> 40% sobre 2008.<br />

A performance do ano passado redundou em receitas da<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> U$ 5 bilhões para o setor, que congrega cerca<br />

<strong>de</strong> 60 empresas.<br />

“Houve expressiva alta na <strong>de</strong>manda<br />

em 2010, a ponto <strong>de</strong> os fabricantes<br />

não terem sentido tanto a concorrência<br />

dos equipamentos <strong>de</strong> fora, mas o fato<br />

é que a expansão das importações foi<br />

muito maior do que a da produção<br />

local.”<br />

Andreas Meister,<br />

diretor-presi<strong>de</strong>nte da Ergomat<br />

7


8<br />

panorama do setor<br />

Efeitos menos drásticos<br />

Para 2011, a perspectiva é <strong>de</strong> que haja<br />

um incremento entre 6% e 7% sobre 2010.<br />

“A crise em curso não terá efeitos mais drásticos<br />

porque não temos estreita <strong>de</strong>pendência do comércio<br />

externo”, situa José Adolfo Siqueira, diretor-executivo<br />

da Abitam (Associação Brasileira <strong>de</strong> Indústria <strong>de</strong> Tubos e<br />

Acessórios <strong>de</strong> Metal). Os negócios, ressalva ele, só seriam mais<br />

pesadamente afetados se faltasse liqui<strong>de</strong>z na praça, a exemplo do<br />

que se verificou em 2008-2009. “Mas isso não <strong>de</strong>verá ocorrer, em<br />

virtu<strong>de</strong> principalmente da presença do BN-<br />

DES (Banco Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Econômico e Social)”, antecipa.<br />

Além do mais, complementa Siqueira,<br />

“obras como as arroladas nos cronogramas<br />

<strong>de</strong> áreas importantes, como a petrolífera, são<br />

<strong>de</strong> execução a médio e longo prazos”. Vale dizer, as contratações<br />

feitas agora têm um extenso período à frente até se materializarem,<br />

ao passo que a turbulência na economia é conjuntural e <strong>de</strong>verá<br />

dissipar-se em não muito tempo.<br />

A exploração do pré-sal, em particular, está apenas em seus<br />

primórdios. “Antes <strong>de</strong> mais nada, os técnicos têm <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir a<br />

tecnologia <strong>de</strong> extração a ser empregada. Só <strong>de</strong>pois disso vai ser<br />

escolhido o material a ser usado, se será mais nobre, composto com<br />

ligas especiais, ou menos nobre”, ilustra o diretor da Abitam.<br />

No segmento <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> aço, os produtores vivem<br />

uma maré <strong>de</strong> discreto, porém contínuo, crescimento. Em 2010,<br />

processaram-se 604 mil toneladas <strong>de</strong> matéria-prima, quantida<strong>de</strong><br />

que gerou aproximadamente 10 bilhões <strong>de</strong> latas – um incremento<br />

<strong>de</strong> 4% sobre 2009 – e receitas <strong>de</strong> R$ 4,8 bilhões. Para 2011, a estimativa<br />

é <strong>de</strong> alta <strong>de</strong> 3% no número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s. “Prevíamos antes<br />

4% para este ano, mas a projeção foi reduzida por causa da crise”,<br />

informa Thais Fagury, gerente executiva da Abeaço (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Embalagem <strong>de</strong> Aço).<br />

“A crise em curso não terá efeitos<br />

mais drásticos porque não temos estreita<br />

<strong>de</strong>pendência do comércio externo.”<br />

José Adolfo Siqueira,<br />

diretor-executivo da Abitam<br />

Empresas <strong>de</strong> alimentos e bebidas absorvem<br />

hoje 65% da produção <strong>de</strong> latas <strong>de</strong> aço e respon<strong>de</strong>m<br />

por 60% do faturamento. Entretanto,<br />

segundo Thais, está-se verificando no momento<br />

uma significativa expansão na <strong>de</strong>manda por<br />

parte da área <strong>de</strong> tintas, que já recebe 30% das<br />

entregas.<br />

De seu lado, na contramão <strong>de</strong> outros setores,<br />

os fabricantes <strong>de</strong> estruturas e coberturas <strong>de</strong> aço<br />

tiveram uma performance sofrível em 2010,<br />

amargando uma contração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que se<br />

acentuou a partir do segundo semestre <strong>de</strong> 2009.<br />

“No ano passado, sofremos<br />

uma queda<br />

<strong>de</strong> aproximadamente<br />

20%, com pouco trabalho<br />

e faturamento<br />

baixo, o pior resultado<br />

dos últimos cinco ou seis anos”, classifica Luiz<br />

Carlos Caggiano Santos, presi<strong>de</strong>nte da Abcem<br />

(Associação Brasileira da Construção Metálica).<br />

Este revés se <strong>de</strong>ve, explica ele, às singularida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>ste segmento, que lida com contratos <strong>de</strong><br />

médio e longo prazos. Desse modo, projetos<br />

pré-encomendados foram executados em plena<br />

crise <strong>de</strong> 2009, sendo que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>la, não mais<br />

havia solicitações em carteira para manter o<br />

ritmo da produção.<br />

“Essa entrada <strong>de</strong> americanos e<br />

europeus por ora não aumentou tanto,<br />

mas se ela se intensificar po<strong>de</strong>rá nos<br />

atrapalhar <strong>de</strong>mais”, afirma o presi<strong>de</strong>nte<br />

da Abcem<br />

ocupação da capacida<strong>de</strong><br />

Em compensação, o fluxo <strong>de</strong> pedidos começou<br />

a reagir a partir do fim do ano passado,<br />

numa evolução que fez com que a capacida<strong>de</strong><br />

do chão <strong>de</strong> fábrica fosse ocupada entre 80% e<br />

90% no transcorrer <strong>de</strong> 2011. A consequência<br />

esperada é um crescimento médio <strong>de</strong> 15%,<br />

com expedições da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> dois milhões <strong>de</strong><br />

toneladas <strong>de</strong> estruturas e coberturas.<br />

A procura, nota Caggiano, é explosiva e as<br />

perspectivas para 2012 são boas, sobretudo<br />

em razão das obras <strong>de</strong> infra-estrutura para a<br />

Copa do Mundo e as Olimpíadas. Contudo,<br />

reclama ele, “os fabricantes estrangeiros é que<br />

estão levando a melhor, diante das facilida<strong>de</strong>s<br />

encontradas no País. Além disso, está havendo<br />

compressão dos preços em razão da maior concorrência<br />

com as importações”, afiança.


mercado empresarial<br />

E a retração econômica po<strong>de</strong> ocasionar uma<br />

piora ainda mais aguda do comércio externo, pon-<br />

<strong>de</strong>ra o presi<strong>de</strong>nte da Abcem, se<br />

os produtos ociosos nos EUA<br />

e na Europa migrarem <strong>de</strong> fato<br />

para as nações emergentes.<br />

“Essa entrada <strong>de</strong> americanos<br />

e europeus por ora não aumentou tanto, mas se<br />

ela se intensificar po<strong>de</strong>rá nos atrapalhar <strong>de</strong>mais”,<br />

assevera.<br />

O PAC (Programa <strong>de</strong> Aceleração do Crescimento),<br />

por sua vez, até agora não correspon<strong>de</strong>u<br />

às expectativas geradas. Muitos projetos não foram<br />

apresentados pelas prefeituras responsáveis por<br />

eles. Outros obstáculos são a <strong>de</strong>mora na aprovação<br />

das iniciativas pelos governos estaduais e fe<strong>de</strong>ral, a<br />

falta <strong>de</strong> repasses e outorgas das verbas, a obtenção<br />

<strong>de</strong> licenciamentos ambientais, as disputas entre<br />

construtoras e os embargos do TCU (Tribunal <strong>de</strong><br />

Contas da União). “Por tudo isso, o nível <strong>de</strong> consumo<br />

<strong>de</strong> produtos não está sendo milagroso. As<br />

obras criam uma procura positiva para vários tipos<br />

<strong>de</strong> materiais, mas isso não se dá <strong>de</strong> uma vez só”,<br />

comenta José Adolfo Siqueira, da Abitam.<br />

A mesma pon<strong>de</strong>ração, adiciona Siqueira, se<br />

aplica à Copa do Mundo e às Olimpíadas. As<br />

competições <strong>de</strong>verão agitar os canteiros, mas por<br />

enquanto a construção <strong>de</strong> estádios e da infraestrutura<br />

necessária não teve impacto expressivo,<br />

<strong>de</strong>vido aos atrasos. “Não houve, também aqui,<br />

uma alta notável na <strong>de</strong>manda, embora estejamos<br />

prontos para supri-la”, conclui ele.<br />

Neste cenário <strong>de</strong>safiador, as linhas <strong>de</strong> financiamento<br />

abertas pelo BNDES têm <strong>de</strong>sempenhado<br />

papel <strong>de</strong>cisivo nos negócios, dizem os empresários.<br />

O banco <strong>de</strong> fomento patrocina programas como o<br />

Finame-PSI (Programa <strong>de</strong> Sustentação do Investimento)<br />

e o cartão BNDES, que preveem juros<br />

subsidiados, possibilitando aos clientes renovarem<br />

seus parques, sem burocracia e com rapi<strong>de</strong>z no<br />

atendimento. “Mais <strong>de</strong> 50% dos nosso produtos<br />

são comercializados com o apoio do banco”, calcula<br />

Andreas Meister.<br />

Neste cenário <strong>de</strong>safiador, as linhas <strong>de</strong><br />

financiamento abertas pelo BNDES têm<br />

<strong>de</strong>sempenhado papel <strong>de</strong>cisivo nos<br />

negócios, dizem os empresários.<br />

“Voltamos aos níveis <strong>de</strong> comercialização<br />

<strong>de</strong> 2008, com <strong>de</strong> 40% a 50%<br />

da <strong>de</strong>manda sendo proveniente das<br />

montadoras.”<br />

Alexandre Fix,<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte da Abimaq<br />

panorama do setor<br />

9


10<br />

panorama do setor<br />

“O custo Brasil e o câmbio estão acabando<br />

com nossa indústria. A continuar<br />

assim, não conseguiremos concorrer<br />

como fornecedores nas obras da copa<br />

do Mundo e nas Olimpíadas.”<br />

PrOcESSO dE<br />

dESinduStriAlizAção<br />

SE AgrAVA<br />

... e está posto em xeque o próprio mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do País<br />

A<br />

sobrevalorização do real e os <strong>de</strong>mais componentes<br />

do “custo Brasil” estão minando a<br />

olhos vistos a competitivida<strong>de</strong> da indústria<br />

nacional, fazendo com que parcelas crescentes<br />

do mercado interno sejam arrebatadas pelos<br />

manufaturados estrangeiros, ao mesmo tempo em<br />

que as vendas externas patinam. O processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sindustrialização<br />

em curso,<br />

Este panorama <strong>de</strong>ve agravar-se enfatizam os empresários,<br />

com a estagnação econômica no está pondo em xeque o<br />

Primeiro Mundo, <strong>de</strong>corrente da nova crise próprio mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>-<br />

global.<br />

senvolvimento do País,<br />

gerando gran<strong>de</strong> incerteza<br />

com respeito ao futuro do setor.<br />

Embora os fabricantes locais há muito tempo venham<br />

<strong>de</strong>nunciando o progressivo <strong>de</strong>smonte do parque<br />

produtivo, somente agora o alarme começa ganhar<br />

maior repercussão nos veículos <strong>de</strong> comunicação e em<br />

meio à opinião pública. Esta temática ganhou fôlego,<br />

luiz carlos caggiano Santos,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Abcem<br />

segundo se avalia, em razão dos contornos particularmente<br />

dramáticos que o quadro vem adquirindo<br />

<strong>de</strong> algum tempo para cá.<br />

Como se sabe, os equipamentos e manufaturados<br />

oriundos <strong>de</strong> países ásiáticos, com <strong>de</strong>staque<br />

para a China, seguem ocupando espaços cada vez<br />

maiores, valendo-se <strong>de</strong> seus custos baixos e da taxa<br />

<strong>de</strong> câmbio que lhes é amplamente favorável. Este<br />

panorama <strong>de</strong>ve agravar-se com a estagnação econômica<br />

no Primeiro Mundo, <strong>de</strong>corrente da nova<br />

crise global, e a perspectiva é <strong>de</strong> que os fabricantes<br />

daquelas regiões aumentem a <strong>de</strong>sova <strong>de</strong> seus estoques<br />

em países emergentes como o Brasil.<br />

Andreas Meister, diretor-presi<strong>de</strong>nte da Ergomat,<br />

não tem dúvidas ao formular seu diagnóstico: o<br />

cenário colocado é, indubitavelmente, <strong>de</strong> <strong>de</strong>sindustrialização<br />

generalizada da economia brasileira. Para<br />

ele, as áreas <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> capital e, especificamente, <strong>de</strong><br />

máquinas-ferramenta seguem os mesmos passos <strong>de</strong><br />

outros ramos que soçobraram no passado recente,<br />

como o calçadista, o têxtil e o <strong>de</strong> brinquedos, só<br />

para citar alguns.<br />

Fazendo uma análise <strong>de</strong> caráter mais abrangente,<br />

ele pon<strong>de</strong>ra que o Brasil está se transformando<br />

em um mero exportador <strong>de</strong> matérias-primas, as<br />

chamadas “commodities” agrícolas e minerais, trazendo<br />

simultaneamente <strong>de</strong> fora complexos produtos<br />

prontos. “Cerca <strong>de</strong> 20% dos carros licenciados hoje<br />

vêm do Exterior, com <strong>de</strong>staque para os coreanos”,<br />

exemplifica ele.


mercado empresarial<br />

Endossando esta opinião, Alexandre Fix, vicepresi<strong>de</strong>nte<br />

da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria<br />

<strong>de</strong> Máquinas e Equipamentos) e presi<strong>de</strong>nte<br />

da Câmara Setorial <strong>de</strong> Ferramentaria e Mo<strong>de</strong>lação,<br />

adverte que, se não forem tomadas providências,<br />

o Brasil abrirá mão <strong>de</strong> sua indústria e retornará à<br />

condição <strong>de</strong> país agrícola, eliminando <strong>de</strong>sse modo<br />

milhões <strong>de</strong> empregos.<br />

incerteza maior hoje<br />

Na época da hiperinflação e dos vários planos<br />

econômicos que se sucediam, recapitula Fix, “nós<br />

sabíamos que, se trabalhássemos corretamente, conseguiríamos<br />

ser bem-sucedidos apesar das adversida<strong>de</strong>s.<br />

Hoje, ao contrário, mesmo nos esforçando,<br />

vivemos um clima <strong>de</strong> total incerteza e corremos o<br />

risco <strong>de</strong> ter que fechar nossas empresas diante da<br />

presença dos chineses”, compara ele. Brincando,<br />

mas nem tanto, o vice da Abimaq diz que atualmente<br />

“é mais vantajoso plantar batatas do que ter uma<br />

indústria”, comparando o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> seu setor<br />

com o do agronegócio.<br />

Na base das dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas, nota<br />

Andreas Meister, <strong>de</strong>staca-se, acima <strong>de</strong> tudo, a sobrevalorização<br />

do câmbio. “Moeda forte é sinal <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, porém, neste caso, a evolução do processo<br />

está sendo difícil <strong>de</strong> suportar”, diz ele. Para ilustrar<br />

este ponto, ele recorda que, <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2000 a janeiro<br />

<strong>de</strong> 2011, a taxa cambial não se alterou, mesmo<br />

com o registro <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> inflação anuais entre<br />

5% e 6% na média.<br />

Este vetor, argumenta ele, respon<strong>de</strong>, em enorme<br />

medida, por gran<strong>de</strong> parte dos custos elevados<br />

e perda <strong>de</strong> fôlego da indústria nacional. “Anos<br />

atrás, podíamos competir com os asiáticos. Agora<br />

não mais”, lamenta ele. O impacto se reflete nos<br />

números: se antes a Ergomat conseguia exportar<br />

entre 25% e 30% <strong>de</strong> sua produção, hoje este nível<br />

caiu para algo em torno <strong>de</strong> 7% a 8%.<br />

Dados recentes da Abimaq atestam a profundida<strong>de</strong><br />

do problema: no período janeiro-julho<br />

<strong>de</strong>ste ano, houve um incremento <strong>de</strong> 60% no déficit<br />

comercial no segmento <strong>de</strong> máquinas-ferramenta,<br />

frente a igual período do ano passado, gerando um<br />

rombo <strong>de</strong> US$ 940,603 milhões. As exportações<br />

avançaram 25,6% ao movimentarem US$ 94,352<br />

milhões, mas as importações tiveram um salto <strong>de</strong><br />

56,5%, totalizando US$ 1,034 bilhão.<br />

“Não existe mais margem. Exportamos para não<br />

per<strong>de</strong>rmos os clientes que já temos, pois <strong>de</strong>pois seria<br />

difícil trazê-lo <strong>de</strong> volta”, argumenta Meister. Além<br />

do encolhimento das receitas, outra perda está na<br />

maior dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> evolução no front<br />

tecnológico. “Exportar é importante<br />

para po<strong>de</strong>rmos comparar nossos<br />

produtos com os <strong>de</strong> nossos<br />

concorrentes e avançarmos<br />

tecnicamente”, observa ele.<br />

Com a excessiva apreciação<br />

do real, houve <strong>de</strong>stímulo<br />

à produção local <strong>de</strong> componentes,<br />

tornando-se mais<br />

em conta trazê-los <strong>de</strong> fora,<br />

salientam os entrevistados por<br />

Mercado Empresarial. “Per<strong>de</strong>mos<br />

vários pedidos <strong>de</strong> fabricantes<br />

que <strong>de</strong>cidiram importar<br />

as peças”, revela o executivo da<br />

Ergomat.<br />

Comentando este ponto, Alexandre Fix<br />

afirma que os empresas automotivas se tornaram<br />

“montadoras” na plena acepção<br />

do termo, na medida em “Moeda forte é sinal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

que se limitam juntar as peças porém, neste caso, a evolução do<br />

prontas que aqui <strong>de</strong>sembar- processo está sendo difícil <strong>de</strong><br />

cam, o que traz impactos suportar”, diz o diretor-presi<strong>de</strong>nte da<br />

diretos também entre os<br />

Ergomat<br />

fornecedores <strong>de</strong> máquinas e mol<strong>de</strong>s.<br />

Preços dos produtos chineses<br />

Para comprovar a ausência <strong>de</strong> isonomia competitiva, o vice<br />

da Abimaq cita os seguintes números: enquanto o Brasil exporta<br />

mol<strong>de</strong>s no valor médio <strong>de</strong> US$ 33 o quilo, os produtos chineses<br />

aterrissam aqui ao custo <strong>de</strong> U$ 13 o quilo. O empresário preconiza<br />

que seja obrigatório que as peças sejam feitas no País,<br />

estipulando-se um índice mínimo <strong>de</strong> nacionalização.<br />

Na seara das estruturas e coberturas metálicas, a conjuntura<br />

é igualmente preocupante. Luiz Carlos Caggiano Santos,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Abcem (Associação Brasileira da Construção<br />

Metálica), menciona a agressivida<strong>de</strong> com que empresas<br />

do Leste Europeu, <strong>de</strong> Portugal e da Ásia conquistaram<br />

contratos nas áreas <strong>de</strong> transporte naval e nas obras <strong>de</strong><br />

erguimento <strong>de</strong> novos estádios. “O custo Brasil e o<br />

câmbio estão acabando com nossa indústria.<br />

A continuar assim, não conseguiremos concorrer<br />

como fornecedores nas obras da<br />

Copa do Mundo e nas Olimpíadas”,<br />

adverte ele.<br />

Caggiano sublinha que o<br />

segmento <strong>de</strong> construções<br />

metálicas mo<strong>de</strong>rnizou<br />

suas linhas <strong>de</strong> produção,<br />

adquirindo<br />

panorama do setor 11


12<br />

equipamentos <strong>de</strong> última<br />

geração do Exterior, até<br />

aproveitando a <strong>de</strong>svalorização<br />

do dólar. “Mas<br />

isso <strong>de</strong> pouco adianta se<br />

nossos encargos fazem<br />

com que os preços praticados<br />

sejam 40% maiores<br />

do que os preços <strong>de</strong> venda<br />

dos chineses”, argumenta.<br />

Para os produtores <strong>de</strong> tubos<br />

<strong>de</strong> aço, também há motivos<br />

para inquietação. “Além da apreciação<br />

do real, existe muita capacida<strong>de</strong><br />

ociosa no mundo em <strong>de</strong>corrência da<br />

estagnação econômica, <strong>de</strong> sorte que os volumes<br />

exportados não estão sendo significativos”, assinala José Adolfo Siqueira,<br />

diretor-executivo da Abitam (Associação Brasileira <strong>de</strong> Indústria <strong>de</strong> Tubos<br />

e Acessórios <strong>de</strong> Metal).<br />

Em contrapartida, as importações estão impondo uma árdua disputa<br />

com os produtos locais, sobretudo as provenientes da Ásia e, especial-<br />

mente, da China. “Trata-se<br />

“O País tem tecnologia para produzir <strong>de</strong> itens que não pagam<br />

estes itens, mas os preços dos importa- impostos lá fora, enquanto<br />

dos são atraentes”, <strong>de</strong>clara thais Fagury, o custo Brasil é proibitivo”,<br />

da Abeaço.<br />

queixa-se ele, adicionando<br />

que os fornecedores <strong>de</strong><br />

matérias-primas também são prejudicados e acabam repassando os gravames<br />

para seus preços.<br />

Em 2010, foram exportadas 200 mil toneladas <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong> aço, volume<br />

pouco inferior às importações, que foram <strong>de</strong> 205 mil toneladas. No<br />

primeiro semestre <strong>de</strong> 2011, foram transacionadas lá fora 124 mil toneladas,<br />

frente a compras <strong>de</strong> 103 mil. Ao que tudo indica, no prognóstico<br />

da Abitam, o <strong>de</strong>sempenho da balança comercial neste ano não vai diferir<br />

muito do que se apurou em 2010.<br />

No ramo <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> aço, o ingresso da competição chinesa<br />

se dá no nicho das latas promocionais, que<br />

são mais sofisticadas, com litografia especial<br />

e maior valor agregado. Dois gran<strong>de</strong>s lotes<br />

<strong>de</strong>las foram importados neste ano, totalizando<br />

cerca <strong>de</strong> 1,5 milhão <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s. “O País<br />

tem tecnologia para produzir estes itens,<br />

mas os preços dos importados são atraentes”, <strong>de</strong>clara Thais Fagury,<br />

gerente executiva da Abeaço (Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Embalagem <strong>de</strong> Aço).<br />

Os impostos também sangram o<br />

setor. E o custo da mão <strong>de</strong> obra dobrou<br />

no período 2000-2011.<br />

Matéria-prima <strong>de</strong> fora<br />

O mesmo ocorre com a própria matériaprima,<br />

o aço, que <strong>de</strong>sembarca em consi<strong>de</strong>rável<br />

quantida<strong>de</strong>. “Nossos preços <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong><br />

ser competitivos <strong>de</strong>vido ao câmbio,<br />

sendo mais barato importar o<br />

produto”, situa ela. As exportações<br />

<strong>de</strong> embalagens se dão<br />

na comercialização <strong>de</strong><br />

alimentos envasados,<br />

com <strong>de</strong>staque para<br />

a carne industria-<br />

lizada produzida aqui, que respon<strong>de</strong> por. 80% do<br />

consumo mundial.<br />

Esmiuçando os entraves ao processo produtivo,<br />

Andreas Meister <strong>de</strong>plora que o Brasil seja um país<br />

muito burocratizado e “extremamente caro” para<br />

as ativida<strong>de</strong>s industriais. Além do câmbio, os juros<br />

estão em níveis muito elevados. A taxa Selic caiu<br />

para 12% na última reunião do Copom, mas o custo<br />

do dinheiro segue muito alto, o que impõe um freio<br />

aos investimentos.<br />

E os impostos também sangram o setor. Investimentos<br />

em produtivida<strong>de</strong>, mo<strong>de</strong>rnização e geração<br />

<strong>de</strong> empregos não <strong>de</strong>veriam sofrer incidência <strong>de</strong><br />

encargos, preconiza Meister. Nesse sentido, uma<br />

reforma <strong>de</strong>veria ser urgentemente implantada junto<br />

com a simplificação da área fiscal. “Existem muitos<br />

tributos diferentes, quando po<strong>de</strong>ria haver apenas<br />

uma taxação do tipo IVA – Imposto sobre o Valor<br />

Agregado”, sugere ele.<br />

Além do mais, acrescenta o diretor-presi<strong>de</strong>nte<br />

da Ergomat, o custo da mão <strong>de</strong> obra dobrou no<br />

período 2000-2011. Os aumentos reais concedidos<br />

nos últimos anos acabaram por diminuir significativamente<br />

as diferenças entre os níveis <strong>de</strong> salários<br />

no País e os vigentes nos EUA e na Europa. Até<br />

por isso, no enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>le, “tem havido elevação na<br />

procura por máquinas mais complexas, capazes <strong>de</strong><br />

reduzir o contingente <strong>de</strong> empregados nas fábricas”<br />

(ver mais <strong>de</strong>talhes a respeito no quadro “Inovação e qualida<strong>de</strong> são<br />

focos dos fabricantes”).<br />

Meister ressalta que é contra a imposição <strong>de</strong><br />

barreiras comerciais em uma economia globalizada,<br />

porém insiste que é indispensável traçar uma política<br />

industrial. “Há toda uma ca<strong>de</strong>ia<br />

produtiva que funciona<br />

como uma locomotiva. Por<br />

trás das montadoras, há<br />

várias empresas <strong>de</strong> médio<br />

e pequeno portes, algumas familiares”, ilustra ele,<br />

para <strong>de</strong>pois enfatizar: “Temos quase 200 milhões<br />

<strong>de</strong> habitantes e precisamos gerar empregos para os<br />

jovens na indústria. Não temos vocação para nos<br />

concentrarmos em serviços”.<br />

Dada a difícil situação enfrentada pelo parque<br />

industrial, o Governo Fe<strong>de</strong>ral lançou em agosto o<br />

plano “Brasil Maior”, prevendo incentivos fiscais<br />

e maior liberação do crédito com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

melhorar o <strong>de</strong>sempenho. No entanto, o empresariado,<br />

representado pela Abimaq, julga que o elenco<br />

<strong>de</strong> medidas anunciado será insuficiente para frear<br />

a perda <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> se nada mais <strong>de</strong>cisivo<br />

for feito em relação ao câmbio, aos juros e ao custo<br />

Brasil.


mercado empresarial<br />

Hoje, mais do que nunca, em face do acirramento<br />

da competição em um mundo<br />

globalizado, investir constantemente no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> inovações e na padronização<br />

tornou-se uma necessida<strong>de</strong><br />

inadiável. Se a concorrência no comércio externo<br />

vem sendo travada <strong>de</strong> maneira extremamente <strong>de</strong>sigual,<br />

a indústria <strong>de</strong> processamento e manufatura <strong>de</strong><br />

bens metálicos tem procurado evoluir ao menos na<br />

expertise tecnológica e na gestão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Assim, por exemplo, no terreno das máquinasferramenta,<br />

um fator que vem balizando os avanços<br />

é o custo da mão <strong>de</strong> obra no Brasil, nota Andreas<br />

Meister, diretor-presi<strong>de</strong>nte da Ergomat. Tem havido<br />

incremento na contratação <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> capital mais<br />

complexos que permitem a redução do staff <strong>de</strong><br />

empregados. “Ou seja, um mesmo equipamento<br />

processa a matéria-prima numa ponta e gera o componente<br />

final na outra, sem que seja preciso recorrer<br />

a máquinas intermediárias”, explica ele.<br />

Contudo, não se trata somente <strong>de</strong> reduzir as<br />

folhas <strong>de</strong> pagamento, mas também <strong>de</strong> aumentar<br />

a eficiência dos processos. “A integração das funcionalida<strong>de</strong>s<br />

em uma só máquina possibilita maior<br />

precisão na confecção das peças. Quanto maior a<br />

automatização, menor a ocorrência <strong>de</strong> erros humanos,<br />

pois uma máquina po<strong>de</strong> repetir movimentos<br />

incessantemente e sem per<strong>de</strong>r a qualida<strong>de</strong>”, <strong>de</strong>screve<br />

o executivo.<br />

Diante da constante renovação dos bens <strong>de</strong><br />

consumo finais, os meios <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>stes bens<br />

também se vêem compelidos a enveredar por um<br />

processo <strong>de</strong> evolução contínua, com ciclos <strong>de</strong> vida<br />

mais curtos, assinala Meister. “Os equipamentos<br />

têm <strong>de</strong> ser mais flexíveis, contemplando os produtos<br />

atuais e os que serão lançados mais à frente”,<br />

frisa. Outro vetor <strong>de</strong> mudança é a adição cada vez<br />

maior <strong>de</strong> sistemas informatizados, acarretando a<br />

aposentadoria dos eletromecânicos.<br />

panorama do setor<br />

inovAção E quAlidAdE São<br />

foCoS doS fAbriCAntES<br />

Num mundo cada vez mais competitivo, investir constantemente em<br />

inovações e na padronização tornou-se uma necessida<strong>de</strong> inadiável<br />

Falando sobre o segmento <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong> aço, José Adolfo Siqueira, diretorexecutivo<br />

da Abitam (Associação Brasileira <strong>de</strong> Indústria <strong>de</strong> Tubos e Acessórios<br />

<strong>de</strong> Metal), não tem dúvidas: “Os fabricantes nacionais utilizam as melhores<br />

tecnologias. Alta produtivida<strong>de</strong> e precisão são características encontradas<br />

tanto nos tubos sem costura quanto nos com costura”.<br />

De resto, entre os players <strong>de</strong>sta área, a adoção <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong> padrões também sinaliza o maior amadurecimento e profissionalização<br />

do mercado. “Hoje, não se fabricam peças fora das normas, pois os clientes<br />

exigem certificações que comprovem o atendimento das exigências técnicas”,<br />

resume Siqueira.<br />

As empresas, <strong>de</strong>ste modo, <strong>de</strong>vem documentar a obediência a requerimentos<br />

estipulados por entida<strong>de</strong>s como o Inmetro (Instituto Nacional <strong>de</strong> Metrologia,<br />

Normalização e Qualida<strong>de</strong> Industrial), ABNT (Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Normas Técnicas) e ISO (International Organization for Standardization),<br />

só para citar as mais conhecidas.<br />

De seu lado, Alexandre Fix, vice-presi<strong>de</strong>nte da Abimaq (Associação<br />

Brasileira da Indústria <strong>de</strong> Máquinas e Equipamentos) e presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

Setorial <strong>de</strong> Ferramentaria e Mo<strong>de</strong>lação, observa que “várias empresas da área<br />

<strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s abraçaram políticas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do tipo ISO e <strong>de</strong>têm tecnologia<br />

para produzir a quase totalida<strong>de</strong> dos bens consumidos no País”.<br />

Por fim, no ramo <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> aço, “os fabricantes têm mostrado<br />

criativida<strong>de</strong> e inovação, com alguns projetos servindo até <strong>de</strong> referência no<br />

mundo”, <strong>de</strong>staca Thais Fagury, gerente executiva da Abeaço (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Embalagem <strong>de</strong> Aço). Ela cita dois exemplos <strong>de</strong> pioneirismo:<br />

1) o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma embalagem com impressão em 3D e texturizada,<br />

que já foi patenteada; 2) a criação, anos atrás, <strong>de</strong> uma embalagem para molho<br />

<strong>de</strong> tomate que sobressai pela praticida<strong>de</strong> e pelo <strong>de</strong>sign, hoje empregada para<br />

outros produtos.<br />

“Os fabricantes têm mostrado<br />

criativida<strong>de</strong> e inovação, com alguns<br />

projetos servindo até <strong>de</strong> referência<br />

no mundo.”<br />

thais Fagury,<br />

gerente executiva da Abeaço<br />

13


14<br />

panorama do setor<br />

pinGuE<br />

& ponGuE<br />

Entrevista com o diretor-executivo do Instituto Aço Brasil (ISBr),<br />

Marco Polo <strong>de</strong> Mello lopes<br />

ME - Como foi o <strong>de</strong>sempenho do setor representado pelo Instituto no<br />

ano passado? Como está sendo o <strong>de</strong>sempenho em 2011?<br />

Marco Polo <strong>de</strong> Mello Lopes - O Brasil fechou 2010 com<br />

recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo aparente <strong>de</strong> produtos si<strong>de</strong>rúrgicos,<br />

26,1 milhões <strong>de</strong> toneladas. O recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo - reflexo<br />

da retomada da economia <strong>de</strong> modo geral e, em particular, a<br />

boa performance <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s setores consumidores <strong>de</strong> aço,<br />

como a construção civil, automotivo, linha branca e bens <strong>de</strong><br />

capital - não significou recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> aço no País,<br />

mesmo com sobra <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>. Foi reflexo do aumento das<br />

importações.<br />

Atualmente, a capacida<strong>de</strong> produtiva do setor é da or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> 47,9 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> aço bruto e os programas <strong>de</strong><br />

investimentos <strong>de</strong>finidos pelas empresas associadas (estimados<br />

em US$ 30,7 bilhões para o período 2011-2016) <strong>de</strong>vem elevar<br />

essa capacida<strong>de</strong> para cerca <strong>de</strong> 56,7 milhões <strong>de</strong> toneladas em<br />

2015. Portanto, a indústria brasileira <strong>de</strong> aço assegura uma<br />

oferta <strong>de</strong> produtos si<strong>de</strong>rúrgicos capaz <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r plenamente<br />

o crescimento do mercado interno e ainda manter níveis <strong>de</strong><br />

exportação. Novos investimentos para expansão da capacida<strong>de</strong><br />

instalada da produção <strong>de</strong> aço bruto do setor estão diretamente<br />

vinculados ao crescimento efetivo do mercado<br />

interno, a correção das assimetrias competitivas e a<br />

prevalência <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> mercado.<br />

A previsão para 2011 é que a produção <strong>de</strong><br />

aço bruto seja <strong>de</strong> 36,3 milhões <strong>de</strong> toneladas,<br />

10,5% a mais do que em 2010, mas abaixo<br />

do previsto inicialmente (39,4 milhões<br />

<strong>de</strong> toneladas). Essa revisão reflete<br />

principalmente a expectativa <strong>de</strong><br />

menor crescimento do mercado<br />

interno <strong>de</strong>vido ao<br />

<strong>de</strong>saquecimento da economia,<br />

à persistência<br />

<strong>de</strong> estoques elevados<br />

e à acirrada<br />

competição das importações, particularmente<br />

em setores consumidores intensivo em aço.<br />

As exportações <strong>de</strong>verão alcançar 12,2<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas no valor <strong>de</strong> US$ 8,5<br />

bilhões, com crescimento <strong>de</strong> 24,8% e 46,6%<br />

respectivamente, com relação ao ano <strong>de</strong> 2010.<br />

O aumento no volume das exportações <strong>de</strong>ve-se<br />

principalmente ao incremento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produção e oferta <strong>de</strong> placas <strong>de</strong> aço do setor.<br />

As importações <strong>de</strong>vem fechar o ano em<br />

3,4 milhões <strong>de</strong> toneladas no valor <strong>de</strong> US$ 4<br />

bilhões, o que representará <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />

42,4% e 27,3%, respectivamente. Apesar disso,<br />

as importações continuam sendo uma ameaça,<br />

na medida em que persistem as causas que<br />

induzem o aumento da entrada <strong>de</strong> aço no País:<br />

câmbio, guerra fiscal nos Estados e exce<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> aço no mercado internacional.<br />

ME - Como vocês estão avaliando o estágio atual<br />

do processo que vem sendo chamado <strong>de</strong> “<strong>de</strong>sindustrialização”<br />

da economia brasileira? De que maneira ele está<br />

afetando o segmento <strong>de</strong> si<strong>de</strong>rurgia? Quais as possíveis<br />

soluções?<br />

Marco Polo <strong>de</strong> Mello Lopes - A indústria<br />

metal mecânica vem per<strong>de</strong>ndo participação na<br />

economia da América Latina, especialmente<br />

pela valorização cambial e crescente importação<br />

<strong>de</strong> produtos manufaturados, particularmente<br />

<strong>de</strong> origem chinesa, que tem levado à <strong>de</strong>sindustrialização<br />

da região. O Brasil é um dos que<br />

mais tem sofrido com esse processo. Segundo<br />

o estudo “Desempenho da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor<br />

metalmecânica latino americana”, coor<strong>de</strong>nado<br />

pela Fundação Centro <strong>de</strong> Estudos do Comércio<br />

Exterior (FUNCEX), a pedido do Instituto


mercado empresarial<br />

Latino Americano <strong>de</strong> Ferro e Aço (ILAFA),<br />

incluindo Brasil, Colômbia, Argentina e México.<br />

As quedas na participação da indústria são<br />

mais acentuadas no Brasil e na Colômbia, países<br />

que registraram a maior valorização cambial<br />

nos últimos anos, período no qual se registrou<br />

o maior aumento dos índices <strong>de</strong> importação.<br />

A situação tem como reflexo também a queda<br />

da participação <strong>de</strong> produtos manufaturados<br />

na pauta <strong>de</strong> exportação e sua consequente<br />

primarização. Esse <strong>de</strong>sbalanceamento é mais<br />

evi<strong>de</strong>nte quando se observa o comércio bilateral<br />

dos países latino americanos com a China.<br />

O déficit da balança comercial cresceu <strong>de</strong> US$<br />

17,4 bilhões, em 2005, para US$ 57,5 bilhões,<br />

em 2010.<br />

No caso do Brasil, a participação da indústria<br />

manufatureira no valor agregado caiu <strong>de</strong><br />

19,2%, em 2004, para 15,8% no ano passado. As<br />

importações acusaram crescimento sistemático<br />

em praticamente todos os setores da indústria<br />

metalmecânica. E a primarização da pauta <strong>de</strong><br />

exportações fica evi<strong>de</strong>nciada na comparação<br />

da participação dos manufaturados, que caiu<br />

<strong>de</strong> 55%, em 2005, para 39%, em 2010. Particularmente<br />

<strong>de</strong>sbalanceado está o comércio com<br />

a China, apesar do nosso superávit comercial.<br />

As exportações brasileiras para este país são<br />

basicamente <strong>de</strong> produtos primários, enquanto<br />

os manufaturados da ca<strong>de</strong>ia metalmecânica<br />

representam mais <strong>de</strong> 60% do que importamos<br />

da China para o Brasil.<br />

Dentre as causas estão, além do câmbio, as<br />

assimetrias tributárias que favorecem importações,<br />

com <strong>de</strong>staque aos incentivos estaduais e<br />

regimes especiais, a carga tributária nos investimentos<br />

e nas exportações, além dos elevados<br />

encargos trabalhistas e altos custos da energia.<br />

A indústria brasileira necessita <strong>de</strong> amplo e<br />

urgente conjunto <strong>de</strong> medidas que possa eliminar<br />

ou reduzir as <strong>de</strong>svantagens competitivas<br />

<strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>ssa situação, que compromete<br />

sua competitivida<strong>de</strong> internacional, bem como<br />

o reforço dos mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa comercial<br />

e <strong>de</strong> incentivo ao maior conteúdo nacional dos<br />

bens. O Instituto Aço Brasil enten<strong>de</strong> que são<br />

necessárias medidas urgentes para reverter o<br />

quadro <strong>de</strong> <strong>de</strong>sindustrialização.<br />

ME - Em sua opinião, a<br />

nova política industrial, contida no<br />

plano “Brasil Maior”, anunciado pelo<br />

governo em agosto, terá impacto expressivo<br />

na indústria brasileira e, em particular, no ramo<br />

si<strong>de</strong>rúrgico? Quais os pontos favoráveis? Quais as<br />

insuficiências? O que falta fazer?<br />

panorama do setor<br />

Marco Polo <strong>de</strong> Mello Lopes - O Plano Brasil Maior<br />

apresenta medidas positivas, mas são medidas tímidas,<br />

<strong>de</strong> curto prazo <strong>de</strong> vigência, estando longe <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r as<br />

necessida<strong>de</strong>s da indústria para reverter o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sindustrialização.<br />

Os principais pleitos do setor hoje junto ao Governo são a<br />

redução seletiva <strong>de</strong> impostos, medidas <strong>de</strong> estímulo às exportações<br />

e aumento do conteúdo <strong>de</strong> aço nacional nos bens fabricados no<br />

país, visando compensar as perdas do setor <strong>de</strong>vido à valorização<br />

do real.<br />

O objetivo a ser perseguido é o do crescimento econômico em<br />

bases sustentáveis, o que exige a<strong>de</strong>quado nível <strong>de</strong> investimentos,<br />

que, por sua vez, tem como pressuposto o aumento da poupança<br />

interna e do mercado doméstico, bem como a indispensável melhoria<br />

da eficiência da gestão pública.<br />

A indústria do aço enfrenta um excesso <strong>de</strong> oferta no mercado<br />

internacional <strong>de</strong> 532 milhões <strong>de</strong> toneladas, dos quais somente a<br />

China respon<strong>de</strong> por exce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> 200 milhões, o que correspon<strong>de</strong><br />

a mais <strong>de</strong> 6 vezes a produção <strong>de</strong> aço no Brasil em 2010. Não há<br />

como aumentar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção brasileira <strong>de</strong> aço sem<br />

que haja aumento do seu consumo. Estamos há mais <strong>de</strong> 26 anos<br />

na faixa <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> 100 kg aço per capita/ano. O aumento<br />

do consumo <strong>de</strong> aço, estreitamente relacionado ao crescimento do<br />

PIB, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> medidas do governo para eliminar os gargalos<br />

que prejudicam a competitivida<strong>de</strong> não só do setor, mas <strong>de</strong> sua<br />

ca<strong>de</strong>ia produtiva e da indústria em geral.<br />

ME - Que impactos a nova crise econômica internacional em curso está<br />

trazendo ou po<strong>de</strong>rá trazer para o seu setor?<br />

Marco Polo <strong>de</strong> Mello Lopes - A crise econômica internacional<br />

evi<strong>de</strong>nciou os problemas da competitivida<strong>de</strong> brasileira. A mudança<br />

<strong>de</strong> precificação do minério <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> anual para trimestral mexeu<br />

com o mercado. Os distribuidores importaram, achando que o aço<br />

aumentaria. No ano passado, a penetração das importações <strong>de</strong> aço<br />

foi <strong>de</strong> 20,6%, quando a média histórica sempre variou entre 4%<br />

e 6%. Nosso consumo <strong>de</strong> aço aumentou, mas muito impactado<br />

pelo produto vindo <strong>de</strong> fora. Além disso, a indústria sofreu com<br />

a guerra fiscal nos estados, que favoreceu a entrada <strong>de</strong> produto<br />

estrangeiro e não a indústria local. Isso tudo com um mercado<br />

internacional ainda super ofertado e com preços <strong>de</strong>primidos em<br />

consequência da crise econômica no final <strong>de</strong> 2008. Não po<strong>de</strong>mos<br />

esquecer também que o Brasil é um dos países com maior carga tributária<br />

do mundo. Não somos contra a importação. Defen<strong>de</strong>mos a<br />

lealda<strong>de</strong> competitiva. ME<br />

15


16<br />

opinião<br />

A overdose dos<br />

juros Altos<br />

*José Velloso Dias Cardoso<br />

Não bastasse o Brasil já possuir a<br />

maior taxa <strong>de</strong> juros real do mundo<br />

(uma recente matéria publicada<br />

no jornal O Estado <strong>de</strong> São Paulo mostra<br />

que o Brasil li<strong>de</strong>ra o ranking, com taxa<br />

<strong>de</strong> juros real quatro vezes maior que o<br />

segundo colocado, o Chile), no último<br />

dia 20.07 o Banco Central <strong>de</strong>cidiu elevar<br />

a taxa <strong>de</strong> juros em 0,25%, mais uma vez<br />

com o argumento <strong>de</strong> que é preciso conter o<br />

risco <strong>de</strong> aumento da inflação.<br />

Mas será mesmo que o único instrumento<br />

capaz <strong>de</strong> segurar a inflação é a elevação da taxa<br />

SELIC? Será que não está faltando criativida<strong>de</strong>,<br />

ou até mesmo coragem, por parte do governo<br />

no sentido <strong>de</strong> adotar medidas que, ao mesmo<br />

tempo, possam conter a pressão inflacionária<br />

sem prejudicar o <strong>de</strong>senvolvimento do setor<br />

produtivo?<br />

Para nós a resposta é sim, está faltando<br />

criativida<strong>de</strong>, coragem ou vonta<strong>de</strong> política! A<br />

taxa <strong>de</strong> juros nas alturas aumenta ainda mais<br />

a entrada <strong>de</strong> dólares no país, uma boa parte<br />

capital especulativo que faz com que o real<br />

se valorize ainda mais em relação ao dólar,<br />

inibindo o investimento produtivo e causando<br />

um impacto extremamente negativo para o<br />

setor industrial, que per<strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />

nos mercados interno e externo, com queda<br />

vertiginosa das exportações e invasão do mer-<br />

cado interno por produtos importados vindos<br />

<strong>de</strong> toda a parte do mundo (principalmente da<br />

Ásia) e o resultado é a <strong>de</strong>struição acelerada do<br />

tecido industrial brasileiro, o chamado processo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sindustrialização. Para se ter uma idéia<br />

o déficit acumulado na balança comercial da<br />

indústria <strong>de</strong> transformação, <strong>de</strong> 2004 a 2011, já<br />

é superior a US$ 100 bilhões.<br />

Mas quais medidas, que não o ineficaz e já<br />

manjado aumento da taxa SELIC , po<strong>de</strong>riam ser<br />

capazes <strong>de</strong> contribuir para conter a inflação sem,<br />

por outro lado, prejudicar os investimentos e a<br />

competitivida<strong>de</strong> do setor produtivo brasileiro?<br />

Em nosso ponto <strong>de</strong> vista elas existem e são


mercado empresarial<br />

totalmente factíveis: diminuir os prazos<br />

<strong>de</strong> financiamentos para o consumo<br />

em geral e restringir o acesso ao crédito;<br />

taxar fortemente a entrada <strong>de</strong> capital<br />

especulativo e impor prazo longo para a<br />

permanência <strong>de</strong>ste capital no país; cortar<br />

gastos públicos e combater as ineficiências da<br />

máquina administrativa e, se necessário, taxar<br />

as exportações <strong>de</strong> commodities.<br />

É preciso implementar, com urgência, medidas<br />

que possam reverter o atual estágio <strong>de</strong><br />

“<strong>de</strong>rretimento” da indústria <strong>de</strong> transformação<br />

e, com certeza, a elevação da taxa SELIC e o<br />

atual câmbio não contribuem para isso. O atual<br />

mo<strong>de</strong>lo nos empurra para uma reprimarização<br />

da economia, basta ver o <strong>de</strong>sempenho da balança<br />

comercial brasileira que só é superavitária<br />

graças ao elevado preço das commodities.<br />

Não somos contra a exportação <strong>de</strong> commodities,<br />

mas somente isso não será suficiente<br />

para gerar o <strong>de</strong>senvolvimento sustentado e a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empregos que o Brasil necessita.<br />

Dá para fazer as duas coisas, é possível exportar<br />

opinião<br />

e, também, industrializar commodities,<br />

agregar valor, <strong>de</strong>senvolver<br />

tecnologia, promover<br />

inovação e, principalmente,<br />

gerar empregos que pagam<br />

bons salários e, portanto,<br />

maior renda à população.<br />

Como ocorre em qualquer<br />

país que busca o <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

é preciso exportar<br />

bens <strong>de</strong> valor agregado, é<br />

preciso ter uma indústria<br />

forte.<br />

Estamos convictos <strong>de</strong> que<br />

o atual mo<strong>de</strong>lo adotado pelo<br />

Brasil não se sustenta a médio e<br />

longo prazo, pois estamos nos <strong>de</strong>sindustrializando<br />

precocemente, sem ainda<br />

ter gerado riquezas e renda suficiente para um<br />

país que almeja ser, <strong>de</strong> fato, uma nação rica e<br />

<strong>de</strong>senvolvida.<br />

Por outro lado, acreditamos que ainda é possível<br />

reverter esse quadro, com a implementação<br />

<strong>de</strong> medidas que possam dar competitivida<strong>de</strong> à<br />

indústria nacional <strong>de</strong> transformação, que eliminem<br />

as assimetrias existentes em relação aos<br />

concorrentes estrangeiros (juros altos, câmbio<br />

valorizado, Custo Brasil, carga tributária, Ineficiência<br />

na infraestrutura, etc...).<br />

Mas é preciso censo <strong>de</strong> urgência por parte<br />

do governo, ou a overdose <strong>de</strong> juros altos e<br />

câmbio valorizado po<strong>de</strong> resultar na extinção, em<br />

curto prazo, <strong>de</strong> uma indústria <strong>de</strong> transformação<br />

que produz bens <strong>de</strong> alto valor agregado e que<br />

paga bons salários.<br />

As alternativas existem, basta um pouco <strong>de</strong><br />

criativida<strong>de</strong> e vonta<strong>de</strong> política! ME<br />

*José Velloso dias cardoso<br />

é Vice-presi<strong>de</strong>nte da Abimaq<br />

(Associação Brasileira da Indústria<br />

<strong>de</strong> Máquinas e Equipamentos)<br />

17


18<br />

evento<br />

CortE & ConforMAção<br />

dE MEtAiS 2011<br />

Ponto <strong>de</strong> encontro para mostrar, <strong>de</strong>bater e<br />

disseminar o que há <strong>de</strong> mais atual na área<br />

Reunindo especialistas, usuários e fornecedores<br />

<strong>de</strong> tubos, solda, tratamento<br />

<strong>de</strong> superfície, máquinas, ferramentas,<br />

acessórios, softwares, entre outras tecnologias,<br />

a <strong>Corte</strong> & <strong>Conformação</strong> <strong>de</strong> <strong>Metais</strong> 2011, único<br />

gran<strong>de</strong> evento da área <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> chapas<br />

e tubos metálicos, acontece em São Paulo<br />

(SP) <strong>de</strong> 18 a 21 <strong>de</strong> outubro, nos Pavilhões Ver<strong>de</strong><br />

e Branco do Expo Center Norte.<br />

Nesta sua 6ª. edição, o evento traz como<br />

<strong>de</strong>staque a realização simultânea da primeira<br />

feira exclusivamente voltada para a área <strong>de</strong> soldagem<br />

no país, a Brazil Welding Show, resultado<br />

da parceria entre a Aranda Eventos e a Messe<br />

Essen, tradicional empresa alemã organizadora<br />

<strong>de</strong> eventos. A Brazil Welding Show vai mostrar<br />

Organizada pela Aranda Eventos, a feira reunirá profissionais<br />

<strong>de</strong> ferramentarias, prestadores <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> estampagem,<br />

fornecedores e distribuidores <strong>de</strong> chapas metálicas, fabricantes <strong>de</strong><br />

estruturas metálicas, portas, telhas, etc.; indústrias <strong>de</strong> autopeças,<br />

automobilística (montadoras), eletrodomésticos, eletrotécnica, eletrônica,<br />

telecomunicações, informática, naval, moveleira, aviação,<br />

agrícola e ferroviária; e cal<strong>de</strong>irarias.<br />

as últimas novida<strong>de</strong>s em soldagem a laser, por<br />

fricção, a ponto, Tig, MIG/MAG e <strong>de</strong> pinos,<br />

além <strong>de</strong> soldobrasagem, união por pressão e<br />

a<strong>de</strong>sivagem.<br />

Paralelamente às feiras, será realizado um<br />

congresso técnico com apoio da Socieda<strong>de</strong><br />

Alemã <strong>de</strong> Soldagem (Deutscher Verband für<br />

Schweissen und verwandte Verfahren e. V.,<br />

DVS), instituição parceira da Messe Essen<br />

na realização da feira alemã Schweissen &<br />

Schnei<strong>de</strong>n – a maior do mundo na área <strong>de</strong><br />

soldagem.<br />

O congresso, que reunirá os profissionais<br />

mais qualificados para discutir, analisar<br />

e disseminar o que há <strong>de</strong> mais atual na área,<br />

oferecerá uma programação abrangente com<br />

apresentação <strong>de</strong> trabalhos técnicos, estudos<br />

<strong>de</strong> casos, painéis <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates, análise <strong>de</strong> novas<br />

tecnologias e soluções. Os temas abordados<br />

são: novas tecnologias, estampabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

chapas metálicas, simulação dos processos<br />

<strong>de</strong> conformação, CAD/CAM no processamento<br />

<strong>de</strong> chapas, estampagem, sistemas <strong>de</strong><br />

carga e <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> máquinas, troca rápida <strong>de</strong><br />

matrizes, corte a laser e por jato d’água, conformação<br />

<strong>de</strong> materiais pré-pintados, processamento<br />

<strong>de</strong> tubos, união <strong>de</strong> chapas (soldagem,<br />

a<strong>de</strong>sivo, rebitagem), tratamento superficial<br />

(galvanoplastia e pintura). ME


mercado empresarial<br />

A 6ª. edição traz como novida<strong>de</strong> a realização da primeira<br />

feira exclusivamente voltada para a área <strong>de</strong> soldagem no<br />

país, a Brazil Welding Show<br />

evento<br />

Único gran<strong>de</strong> evento da área <strong>de</strong> processamentos<br />

<strong>de</strong> chapas e tubos metálicos<br />

19


20<br />

economia<br />

PESQuiSA MOStrA<br />

AuMEnto do CuSto dE vidA<br />

EM SãO PAulO<br />

Está mais caro viver na capital paulista nos<br />

últimos 12 meses. O Índice <strong>de</strong> Custo<br />

<strong>de</strong> Vida da Classe Média (ICVM) subiu<br />

6,23% no período e acumula alta <strong>de</strong><br />

3,64% neste ano. No mês <strong>de</strong> julho, o ICVM<br />

apresentou elevação <strong>de</strong> 0,28%. O indicador<br />

é elaborado pela Fe<strong>de</strong>ração do Comércio <strong>de</strong><br />

Bens, Serviços e Turismo do Estado <strong>de</strong> São<br />

Paulo (Fecomercio) em parceria com a Or<strong>de</strong>m<br />

dos Economistas do Brasil (OEB) e abrange o<br />

intervalo <strong>de</strong> renda entre 5 e 15 salários mínimos<br />

paulista (R$ 600,00).<br />

Segundo estudo da Fecomercio,<br />

o principal responsável pela<br />

elevação do indicador, no<br />

intervalo <strong>de</strong> 12 meses, foi o<br />

grupo Alimentação, com<br />

alta <strong>de</strong> 9,15%<br />

Todos os grupos pesquisados pela Fecomercio<br />

tiveram altas acima <strong>de</strong> 6,5%, exceto<br />

habitação (4,18%). O principal responsável pela<br />

elevação do indicador no intervalo <strong>de</strong> 12 meses<br />

foi o grupo Alimentação com alta <strong>de</strong> 9,15%<br />

e registrou, em julho, variação <strong>de</strong> 0,25% ante<br />

junho. Apenas em 2011, as refeições fora do<br />

domicílio subiram 7,62% e <strong>de</strong> acordo com os<br />

proprietários <strong>de</strong>sses estabelecimentos, alguns<br />

dos motivos para o acúmulo foram o aumento<br />

do salário dos funcionários, das matérias-primas<br />

e do aluguel do imóvel.<br />

A disparida<strong>de</strong> do preço dos combustíveis<br />

também ajudou a categoria <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa Transportes<br />

a ter expressiva participação no resultado<br />

do ICVM. No intervalo <strong>de</strong> 12 meses, o grupo<br />

<strong>de</strong>monstrou elevação <strong>de</strong> 7,07% <strong>de</strong>vido à disparida<strong>de</strong><br />

do preço dos combustíveis.<br />

Os paulistanos também pagaram mais com<br />

Educação (6,92%), Saú<strong>de</strong> (7,42% nos Planos<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e 13,77% nos preços das consultas<br />

médicas) e Despesas Pessoais (6,54%).<br />

inadimplência<br />

A Serasa também divulgou, em 17/8 último,<br />

o Indicador Serasa Experian <strong>de</strong> Perspectiva<br />

da Inadimplência do Consumidor e das Empresas.<br />

No caso do consumidor, a perspectiva<br />

<strong>de</strong> inadimplência cresceu 0,3% em junho <strong>de</strong><br />

2011, a menor variação dos últimos 11 meses,<br />

atingindo o patamar <strong>de</strong> 102,1. Segundo economistas<br />

da entida<strong>de</strong>, a diminuição do ritmo<br />

da inflação, a rodada <strong>de</strong> renegociações salariais<br />

<strong>de</strong> importantes categorias profissionais neste<br />

segundo semestre, o patamar baixo, em termos<br />

históricos, do <strong>de</strong>semprego e o crescimento mais<br />

mo<strong>de</strong>rado do endividamento dos consumidores<br />

contribuirão para diminuir a intensida<strong>de</strong> e a<br />

duração da tendência <strong>de</strong> aumento da inadimplência<br />

dos consumidores. ME


mercado empresarial<br />

Odiretor <strong>de</strong> política monetária do Banco<br />

Central, Aldo Luiz Men<strong>de</strong>s, antecipou<br />

em 14/9 último a revisão da projeção<br />

<strong>de</strong> Investimento Estrangeiro Direto<br />

(IED) para o Brasil em 2011. Durante audiência<br />

da Comissão <strong>de</strong> Finanças e Tributação da<br />

Câmara dos Deputados, o diretor afirmou que a<br />

estimativa <strong>de</strong> ingresso <strong>de</strong>sses recursos neste ano<br />

está em US$ 70 bilhões, ante previsão anterior<br />

<strong>de</strong> US$ 55 bilhões. O diretor citou a projeção<br />

durante a audiência sem dar qualquer outro<br />

<strong>de</strong>talhe. De janeiro a julho, o Brasil recebeu<br />

US$ 38,448 bilhões em IED.<br />

Men<strong>de</strong>s afirmou também que o Brasil está<br />

“blindado” contra qualquer choque externo,<br />

e <strong>de</strong>stacou que essa segurança se <strong>de</strong>ve principalmente<br />

ao nível elevado <strong>de</strong> reservas internacionais<br />

que o País possui. Segundo ele, além<br />

A<br />

economia<br />

prEviSão dE<br />

invEStiMEntoS<br />

EStrAnGEiroS<br />

pArA 2011 SOBE pArA US$ 70 BI<br />

do volume das reservas, a autorida<strong>de</strong> monetária<br />

também preza pela qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses ativos, sobretudo<br />

pela sua liqui<strong>de</strong>z. “Não adianta ter reservas<br />

elevadas, se não houver liqui<strong>de</strong>z e segurança nesses<br />

ativos”, acrescentou.<br />

Em resposta aos parlamentares, o diretor explicou<br />

porquê o Banco Central não utiliza os recursos<br />

das reservas para financiar o setor produtivo no<br />

País. “As empresas que tomassem esses recursos<br />

não po<strong>de</strong>riam antecipar pagamentos em momentos<br />

<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>. Preciso lançar mão <strong>de</strong>sses recursos<br />

imediatamente em caso <strong>de</strong> agravamento da crise”,<br />

completou. Men<strong>de</strong>s disse também que o real <strong>de</strong>ve<br />

se tornar uma reserva <strong>de</strong> valor no médio prazo, com<br />

maior grau <strong>de</strong> conversibilida<strong>de</strong> no mercado internacional.<br />

“O fortalecimento do País leva ao fortalecimento<br />

<strong>de</strong> suas instituições, entre elas a moeda”,<br />

afirmou. Fonte: Estadão ME<br />

rEMESSAS dE EMprESAS EStrAnGEirAS<br />

à EuropA prEoCupAM brASil<br />

s remessas das empresas estrangeiras<br />

estabelecidas no Brasil para suas matrizes<br />

na Europa, que somaram US$<br />

34,19 bilhões nos últimos 12 meses,<br />

preocupam o Banco Central e po<strong>de</strong>m pôr em<br />

risco futuros investimentos, informou em 14/9<br />

último o jornal Valor Econômico. Segundo a<br />

publicação, essa “fuga <strong>de</strong> capitais” ainda não<br />

supera a entrada <strong>de</strong> dólares atraídos pelos altos<br />

juros do país, mas po<strong>de</strong> ter efeitos “in<strong>de</strong>sejáveis”<br />

em termos <strong>de</strong> investimentos, especialmente em<br />

áreas estratégicas como as telecomunicações.<br />

Devido à atual turbulência, esse setor foi<br />

consi<strong>de</strong>rado pelo governo como um dos mais<br />

“sensíveis”, visto que é dominado por capitais<br />

da Espanha, Itália e Portugal, países que sofrem<br />

com especial rigor os efeitos da crise financeira<br />

global, indica o Valor.<br />

O jornal acrescenta que um dos temores do<br />

Executivo é que o aumento das remessas das<br />

empresas estrangeiras ponha em risco os recursos<br />

necessários para <strong>de</strong>senvolver o Plano Nacional <strong>de</strong><br />

Banda Larga, que prevê investimentos <strong>de</strong> US$ 70<br />

bilhões entre 2012 e 2016. Por meio do plano, o<br />

governo almeja aprofundar seus programas <strong>de</strong> inclusão<br />

digital e expandir os serviços <strong>de</strong> banda larga<br />

para todos os municípios do país.<br />

De acordo com fontes do governo consultadas<br />

pelo “Valor”, também há temores <strong>de</strong> que<br />

o aumento das remessas, até agora mais intenso<br />

nas telecomunicações, chegue também a outras<br />

empresas <strong>de</strong> serviços e inclusive ao setor produtivo.<br />

Nesse sentido, o jornal aponta que a recente<br />

<strong>de</strong>cisão do Banco Central <strong>de</strong> reduzir a taxa básica<br />

<strong>de</strong> juros <strong>de</strong> 12,5% para 12% foi influenciada por<br />

essa situação. Segundo disseram as fontes da publicação,<br />

a redução dos juros foi adotada <strong>de</strong> maneira<br />

preventiva e com o fim <strong>de</strong> se antecipar a um<br />

possível agravamento da crise econômica mundial.<br />

Com informações do Valor e revista Exame ME<br />

Projeção<br />

anterior era <strong>de</strong><br />

US$ 55 bi<br />

um dos temores<br />

do governo é que<br />

o aumento das<br />

remessas ponha<br />

em risco os<br />

recursos<br />

necessários para<br />

<strong>de</strong>senvolver o<br />

Plano Nacional <strong>de</strong><br />

Banda Larga<br />

21


22<br />

economia mercado<br />

CrESCE bEnEfíCio fiSCAl<br />

PArA iMPOrtAr MáQuiNAS SEM SiMilAr NO PAíS<br />

<strong>de</strong> janeiro a julho <strong>de</strong>ste<br />

ano foram 1.270 novas<br />

concessões do benefício<br />

Aconcessão <strong>de</strong> ex-tarifários - benefícios<br />

fiscais para a importação <strong>de</strong> máquinas<br />

- se acelerou em 2011. De janeiro a<br />

julho <strong>de</strong>ste ano foram 1.270 novas<br />

concessões do benefício. No mesmo período<br />

do ano passado, a Câmara <strong>de</strong> Comércio Exterior<br />

(Camex) conce<strong>de</strong>u apenas 763 novos extarifários.<br />

O benefício reduz a 2% o Imposto<br />

<strong>de</strong> Importação no <strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong> bens <strong>de</strong><br />

capital sem similar nacional. A alíquota média<br />

do imposto sobre máquinas é <strong>de</strong> 14%.<br />

José Augusto <strong>de</strong> Castro, presi<strong>de</strong>nte em<br />

exercício da Associação <strong>de</strong> Comércio Exterior<br />

do Brasil (AEB), diz que o uso do benefício<br />

foi estimulado pelo preço relativamente baixo<br />

das máquinas importadas, juntamente com um<br />

câmbio que beneficia as importações.<br />

O ex-tarifário significa redução consi<strong>de</strong>rável<br />

<strong>de</strong> custo, porque o ganho com o benefício não<br />

se restringe ao pagamento <strong>de</strong> alíquota<br />

menor do Imposto <strong>de</strong> Importação.<br />

Como o tributo serve <strong>de</strong> base para cálculo<br />

<strong>de</strong> outras cobranças, como PIS e<br />

Cofins, a economia total é <strong>de</strong> 14,95% so-<br />

bre o valor do bem importado, diz o tributarista<br />

Rogerio Zarattini Chebabi, sócio do escritório<br />

Braga e Moreno Consultores e Advogados.<br />

Para a concessão do ex-tarifário, entida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> classe que reúnem fabricantes <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> capital<br />

são consultados para verificar a existência<br />

ou não <strong>de</strong> similar nacional. A Associação Brasileira<br />

da Indústria <strong>de</strong> Máquinas e Equipamentos<br />

(Abimaq) é uma <strong>de</strong>ssas entida<strong>de</strong>s. Segundo João<br />

Alfredo Saraiva, diretor-executivo <strong>de</strong> tecnologia<br />

da Abimaq, as solicitações totais à entida<strong>de</strong> para<br />

verificar a aplicação <strong>de</strong> benefícios fiscais chegou<br />

ao pico <strong>de</strong> 600 pedidos mensais em 2011. A<br />

média do ano passado era <strong>de</strong> 350 ao mês. Os extarifários,<br />

segundo Saraiva, representam cerca<br />

<strong>de</strong> 75% dos benefícios pedidos à Abimaq.<br />

Para Saraiva, o câmbio favorável às importações<br />

e a oferta <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> capital a preços<br />

mais baixos em vários mercados produtores<br />

estimularam as empresas a importar máquinas.<br />

O aumento da concessão <strong>de</strong> novos ex-tarifários<br />

acontece, segundo ele, porque há entre os importados<br />

uma parcela significativa <strong>de</strong> bens <strong>de</strong><br />

capital por encomenda. “Pelo menos meta<strong>de</strong>


mercado empresarial<br />

das máquinas que tiveram concessão <strong>de</strong> extarifário<br />

não é seriada. São itens adquiridos<br />

por encomenda.” Nesses casos, <strong>de</strong> bens por<br />

encomenda, diz ele, é mais difícil comprovar a<br />

existência <strong>de</strong> similares.<br />

“Muitas vezes ainda não existe um bem<br />

similar no Brasil, mas há fabricantes capazes <strong>de</strong><br />

produzir a máquina. O problema é que a oferta<br />

<strong>de</strong> máquinas baratas no exterior tem feito as<br />

empresas encomendar os bens lá fora, em vez<br />

<strong>de</strong> procurar as indústrias nacionais”, argumenta<br />

Saraiva. “O governo exige a produção anterior<br />

<strong>de</strong> um similar nacional para negar o benefício<br />

do ex-tarifário.”<br />

A secretária <strong>de</strong> Desenvolvimento da Produção,<br />

Heloísa Regina Guimarães Menezes, diz<br />

que as estatísticas do Ministério do Desenvolvimento<br />

já indicam a elevação na concessão <strong>de</strong><br />

ex-tarifários. Para ela, o aumento do benefício<br />

reflete em parte a elevação das importações<br />

brasileiras.<br />

Segundo Heloísa, a questão das máquinas<br />

por encomenda também já foi analisada pelo<br />

governo. Ela lembra que, segundo a legislação,<br />

o ex-tarifário só po<strong>de</strong> ser negado no caso <strong>de</strong><br />

“existência <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> similar nacional”.<br />

Portanto, a mera “capacida<strong>de</strong> ou potencial <strong>de</strong><br />

produção” não é suficiente para <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> aplicar<br />

a redução no imposto <strong>de</strong> importação.<br />

“Nós enten<strong>de</strong>mos esse dilema, mas seguimos<br />

a legislação”, diz a secretária. Segundo<br />

ela, o governo tem estudado a elaboração <strong>de</strong><br />

uma política para facilitar o acesso ao financiamento<br />

e tornar a indústria nacional capaz<br />

<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r mais rapidamente a <strong>de</strong>manda por<br />

bens <strong>de</strong> capital.<br />

Heloísa explica que o ex-tarifário existe<br />

como estímulo à importação <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> capital<br />

sem similar no mercado interno, para garantir a<br />

renovação e mo<strong>de</strong>rnização do parque industrial.<br />

Ela lembra que, no dia 10/8 último, a Camex<br />

publicou nova resolução que impe<strong>de</strong> a aplicação<br />

do benefício fiscal às máquinas usadas, sejam<br />

produzidas em série ou por encomenda. A<br />

medida foi uma tentativa <strong>de</strong> proteger a produção<br />

nacional e aumentar o conteúdo local nos<br />

investimentos em bens <strong>de</strong> capital.<br />

Os importadores, porém, <strong>de</strong>vem reagir.<br />

Menos <strong>de</strong> uma semana após a publicação da<br />

medida, Chebabi já recebia consultas para<br />

questionar a nova restrição. Para ele é possível<br />

contestar judicialmente a vedação. “Essa mudança<br />

está baseada em normas internacionais.<br />

Ela não po<strong>de</strong>ria ter sido feita por uma resolução<br />

da Camex.” Fonte: Valor Econômico ME<br />

mercado economia 23<br />

MAiorES EConoMiAS<br />

MundiAiS EM dESACElErAção<br />

Aumentam os indícios <strong>de</strong> uma persistente <strong>de</strong>saceleração<br />

das maiores economias mundiais, e está cada vez mais<br />

claro que os EUA compartilharão esse <strong>de</strong>stino, segundo<br />

os indicadores antece<strong>de</strong>ntes compostos da Organização<br />

para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico<br />

(OCDE) – informa o jornal Valor. O instituto<br />

<strong>de</strong> análise e pesquisa sediado em Paris informou, em indicadores<br />

12/9 último, que o indicador antece<strong>de</strong>nte do nível <strong>de</strong> da OcdE<br />

ativida<strong>de</strong> econômica <strong>de</strong> seus 34 países-membros caiu sinalizam<br />

para 101,6 pontos em julho, em relação aos 102,1 freada global<br />

pontos <strong>de</strong> junho, o que sugere que o crescimento da<br />

economia ten<strong>de</strong> a continuar lento. Essa foi a quarta<br />

queda mensal consecutiva do indicador, o que revela que a<br />

<strong>de</strong>saceleração do crescimento observada no segundo trimestre<br />

<strong>de</strong>verá persistir.<br />

Entre as economias <strong>de</strong>senvolvidas, a OCDE disse que seus<br />

indicadores antece<strong>de</strong>ntes apontam “com mais força” para a<br />

persistência da retração da economia em Canadá, França, Alemanha,<br />

Itália e Reino Unido. Entre as economias em <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

os indicadores apontam para <strong>de</strong>sacelerações - ou para<br />

um período <strong>de</strong> crescimento inferior às respectivas tendências<br />

<strong>de</strong> longo prazo - em Brasil, China e Índia.<br />

Os indicadores antece<strong>de</strong>ntes dos Estados Unidos e da Rússia<br />

“apontam atualmente com mais clareza” para a persistência do<br />

<strong>de</strong>saquecimento. As previsões sugerem um crescimento da economia<br />

americana bem menor do que o anteriormente previsto<br />

pela OCDE - 1,1% no terceiro trimestre e 0,4% no quarto, em<br />

comparação com as previsões <strong>de</strong> 2,9% e 3% no final <strong>de</strong> maio.<br />

Quanto ao Japão, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o indicador antece<strong>de</strong>nte ter permanecido<br />

inalterado por três meses consecutivos, é possível,<br />

segundo a OCDE, que o país também esteja se encaminhando<br />

para uma retração da economia.<br />

Os economistas da OCDE prevêem uma contração das<br />

economias da Alemanha, locomotiva da zona do euro, e da<br />

Itália, com situação fiscal problemática. O PIB alemão <strong>de</strong>verá<br />

cair 1,4% no quarto trimestre em termos anualizados, levando<br />

o PIB médio pon<strong>de</strong>rado das três maiores economias na zona do<br />

euro a cair 0,4%, segundo estimativas econômicas preliminares<br />

da OCDE. ME


24<br />

economia<br />

dE 2004 A 2009,<br />

dESiGuAldAdE EntrE<br />

brASilEiroS CAiu E rENDA SUBIU<br />

De 2004 a 2009, a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> na distribuição<br />

<strong>de</strong> renda entre os brasileiros, medida pelo<br />

coeficiente <strong>de</strong> Gini, diminuiu 5,6% e a renda<br />

média real subiu 28%, aponta estudo divulgado<br />

em 15/9 último pelo Instituto <strong>de</strong> Pesquisas<br />

Econômicas e Aplicadas (IPEA).<br />

De acordo com o comunicado “Mudanças Recentes<br />

na Pobreza Brasileira”, a evolução na distribuição<br />

<strong>de</strong> renda foi, em gran<strong>de</strong> parte, motivada pelo<br />

crescimento econômico e a geração <strong>de</strong> empregos.<br />

“Também contribuíram as mudanças <strong>de</strong>mográficas<br />

e o lento aumento da escolarida<strong>de</strong><br />

O estudo foi feito pelo iPEA<br />

da população adulta. Mas a gran<strong>de</strong><br />

novida<strong>de</strong> foi a transformação da<br />

política social em protagonista dos<br />

processos <strong>de</strong> mudança, por meio dos aumentos<br />

reais do salário mínimo, e da expansão das transferências<br />

focalizadas <strong>de</strong> renda”, diz.<br />

Nesse intervalo <strong>de</strong> tempo, a parcela da população<br />

brasileira vivendo em famílias com renda mensal<br />

igual ou maior do que um salário mínimo per<br />

capita subiu <strong>de</strong> 29% para 42%, passando <strong>de</strong> 51,3<br />

a 77,9 milhões <strong>de</strong> pessoas, aponta o comunicado.<br />

“Mas, em 2009, a <strong>de</strong>speito do ganho <strong>de</strong> bem-estar<br />

do período, ainda havia 107 milhões <strong>de</strong> brasileiros<br />

vivendo com menos do que R$ 465 per capita<br />

mensais”, ressalta o relatório.<br />

Usando os valores para os benefícios do Programa<br />

Bolsa Família (PBF) quando criado, essas<br />

pessoas foram divididas<br />

no estudo em três<br />

estratos <strong>de</strong> renda: os<br />

extremamente pobres, que, em 2009, tinham<br />

renda até R$ 67 mensais; os pobres, com renda<br />

entre R$ 67 e R$ 134; e os vulneráveis, com<br />

renda entre R$ 134 e R$ 465.<br />

O estudo aponta que a renda do núcleo<br />

remanescente <strong>de</strong> extremamente pobres passou<br />

a ser quase integralmente composta pela renda<br />

do trabalho remunerado a menos <strong>de</strong> um salário<br />

mínimo e pelas transferências do Programa<br />

Bolsa Família. Essas, <strong>de</strong> 2004 a 2009, passam<br />

<strong>de</strong> 15% a 39% da média do estrato.<br />

“As principais mudanças no perfil da pobreza<br />

brasileira no período 2004-2009 foram<br />

direta ou indiretamente relacionadas à elevação<br />

do bem-estar na dimensão representada pela<br />

renda domiciliar per capita, pois, em outras<br />

dimensões, a evolução não teve a mesma intensida<strong>de</strong>”,<br />

conclui o comunicado. “A política<br />

social teve papel central nessas mudanças, por<br />

meio dos aumentos reais do salário mínimo e<br />

da expansão da cobertura e do valor das transferências<br />

focalizadas <strong>de</strong> renda.”<br />

Fonte: G1 ME


mercado empresarial<br />

invEStiMEntoS nA HidroviA<br />

tiEtê-pArAná E no rodoAnEl<br />

Apresi<strong>de</strong>nte Dilma Rousseff e o governador<br />

<strong>de</strong> São Paulo, Geraldo Alckmin<br />

(PSDB), assinaram, em 13/9 último,<br />

um protocolo <strong>de</strong> intenções para investimentos<br />

em obras na Hidrovia Tietê-Paraná – o<br />

que representa a liberação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> R$ 1,5<br />

bilhão para a implantação <strong>de</strong> programa para<br />

realização <strong>de</strong> melhorias na hidrovia, segundo<br />

informações do governo do Estado.<br />

O sistema hidroviário Tietê-Paraná possui<br />

2,4 mil km <strong>de</strong> vias navegáveis <strong>de</strong> Piracicaba e<br />

Conchas (SP) até Goiás e Minas Gerais (ao norte)<br />

e Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraguai (ao sul).<br />

No trecho paulista, a hidrovia possui 800 km <strong>de</strong><br />

vias navegáveis, <strong>de</strong>z eclusas, <strong>de</strong>z barragens, 23<br />

pontes, 19 estaleiros e 30 terminais intermodais<br />

<strong>de</strong> cargas.<br />

Na mesma data, segundo a agência Reuters,<br />

Dilma e Alckmin assinaram um termo <strong>de</strong> compromisso<br />

que permitirá a liberação <strong>de</strong> R$ 1,72 bilhão<br />

para a construção do trecho norte do Rodoanel<br />

Mario Covas. ME<br />

economia 25<br />

Serão liberados r$<br />

1,5 bilhão<br />

para a hidrovia e<br />

r$ 1,72 bilhão<br />

para o rodoanel


28<br />

mercado<br />

Após ter comprado, em maio último, cinco<br />

empresas no setor <strong>de</strong> cimento e si<strong>de</strong>rurgia<br />

do grupo espanhol Alfonso Gallardo (AG),<br />

localizadas na Espanha e Alemanha, a<br />

Companhia Si<strong>de</strong>rúrgica Nacional (CSN) anunciou,<br />

em julho, que aumentara sua participação no capital<br />

da Usiminas.<br />

A compra das cinco empresas européias (Cementos<br />

Balboa, Corrugados Azpeitia, Corrugados<br />

Lasao, Stahlwerk Thüringen (SWT) e Gallardo<br />

Sections) foi realizada através da subsidiária espanhola<br />

CSN Steel. Pela totalida<strong>de</strong> do capital das<br />

cinco empresas, a CSN pagou 543 milhões <strong>de</strong><br />

euros, além <strong>de</strong> assumir dívidas e outros ajustes <strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> 403 milhões <strong>de</strong> euros. O negócio terá <strong>de</strong><br />

ser submetido à aprovação dos órgãos regulatórios<br />

e <strong>de</strong> concorrência<br />

A Cementos Balboa produz cimento e clínquer,<br />

além <strong>de</strong> minas <strong>de</strong> calcário e ardósia, e está localizada<br />

na região da Extremadura (Espanha). Azpeitia e<br />

Lasao são produtoras <strong>de</strong> aços longos no País Basco,<br />

sendo a Azpeitia especializada em vergalhões<br />

e a Lasao em telas eletro-soldadas <strong>de</strong> aço. A SWT<br />

por sua vez, está situada em Unterwellenborn<br />

(Alemanha) e é especializada em perfis enquanto a<br />

Gallardo Sections, é distribuidora do Grupo AG. A<br />

CSN e o Grupo AG já haviam firmado um acordo<br />

<strong>de</strong> exclusivida<strong>de</strong> em 2010 para as negociações da<br />

Balboa, Azpeitia e Lasao.<br />

mercado<br />

CSn CoMprA CinCo<br />

EMprESAS EuropéiAS<br />

E MAiS uMA fAtiA dA uSiMinAS<br />

O objetivo da CSN com as 5 aquisições é o<br />

fortalecimento da empresa em cimento e aços<br />

longos, reforçando as reservas minerais e os<br />

ativos. A<strong>de</strong>mais, po<strong>de</strong>rá aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong><br />

novos investimentos em infraestrutura e estará<br />

estrategicamente posicionada: mais próxima<br />

aos centros consumidores como a China, Índia,<br />

Japão e Oriente Médio.<br />

Mais uma fatia da usiminas<br />

A CSN aumentou sua participação no capital<br />

da Usiminas e agora <strong>de</strong>tém 15,15% das ações<br />

preferenciais (sem direito a voto) e 11,29% das<br />

ações ordinárias (com direito a voto) <strong>de</strong> sua<br />

maior concorrente no mercado brasileiro. A<br />

Companhia comunicou que “continua avaliando<br />

alternativas estratégicas com relação a seu<br />

investimento na Usiminas”.<br />

Na primeira vez em que anunciou aquisições<br />

<strong>de</strong> ações da Usiminas, a nota enviada pela CSN<br />

<strong>de</strong>stacou que não existia, naquele momento,<br />

intenção <strong>de</strong> adquirir mais <strong>de</strong> 10% do capital<br />

da concorrente, o que já foi modificado, pois a


mercado empresarial<br />

mercado<br />

Companhia já ultrapassou esse percentual tanto<br />

nas ações preferenciais quanto nas ordinárias.<br />

Uma fusão entre os dois gigantes da si<strong>de</strong>rurgia<br />

seria um processo longo, que incluiria,<br />

além <strong>de</strong> duras negociações, posicionamentos<br />

do governo, já que as capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção<br />

das duas empresas, somadas, chegariam a 15,1<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> aço por ano, sem consi<strong>de</strong>rar<br />

processos <strong>de</strong> expansão, como a unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aços longos que está sendo construída em<br />

Volta Redonda.<br />

Esse volume correspon<strong>de</strong> a quase a meta<strong>de</strong><br />

da produção total do Brasil em 2010, que foi<br />

<strong>de</strong> pouco mais <strong>de</strong> 32 milhões <strong>de</strong> toneladas, segundo<br />

o Instituto Aço Brasil. Tal concentração<br />

em uma única empresa po<strong>de</strong>ria ser objeto <strong>de</strong><br />

salvaguardas por parte do Conselho Administrativo<br />

<strong>de</strong> Defesa Econômica (Ca<strong>de</strong>) já que<br />

haveria, em tese, uma gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa<br />

empresa para controlar oferta e preços <strong>de</strong> aço<br />

no mercado brasileiro. As duas empresas juntas<br />

teriam, apenas no Brasil, cerca <strong>de</strong> 20% da capacida<strong>de</strong><br />

que a maior si<strong>de</strong>rúrgica do mundo, a<br />

Arcelor Mittal , <strong>de</strong>tém no mundo inteiro (73,2<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas anuais).<br />

Segundo o Diário do Vale, as notícias <strong>de</strong><br />

investimento da CSN na Usiminas reavivam<br />

um rumor que correu em 2005, segundo o<br />

qual a CSN preten<strong>de</strong>ria comprar a Usiminas.<br />

A revista “IstoÉ Dinheiro” publicou em março<br />

daquele ano uma reportagem que afirma que<br />

o empresário Benjamin Steinbruch fez, através<br />

do Banco Pactual, fortes investidas para tentar<br />

adquirir uma posição acionária importante no<br />

bloco <strong>de</strong> controle da sua rival no mercado <strong>de</strong><br />

aços planos.<br />

Por meio do banco, o empresário chegou a<br />

fazer ofertas para vários dos grupos que <strong>de</strong>têm<br />

ações ordinárias na Usiminas. Entre os princi-<br />

mercado<br />

pais acionistas do bloco <strong>de</strong> controle da si<strong>de</strong>rúrgica<br />

mineira estão Nippon Steel, Votorantim, Camargo<br />

Corrêa, Bra<strong>de</strong>sco e o Clube dos Empregados da<br />

Usiminas.<br />

Os planos, porém, não se concretizaram naquele<br />

momento, segundo a revista, porque “esbarraram<br />

nos interesses <strong>de</strong> antigos <strong>de</strong>safetos do<br />

mundo dos negócios, a família Ermírio <strong>de</strong> Moraes,<br />

dona do grupo Votorantim. Os <strong>de</strong>sentendimentos<br />

entre Steinbruch e Antonio Ermírio <strong>de</strong> Moraes<br />

começaram durante o processo <strong>de</strong> privatização da<br />

Companhia Vale do Rio Doce, no início <strong>de</strong> 1997,<br />

em que os dois entraram em uma disputa agressiva<br />

pelo controle da mineradora”, segundo a revista.<br />

Também em 2005, o jornal “Valor Econômico”<br />

mencionou a possibilida<strong>de</strong> da fusão, mas em sentido<br />

inverso, com a Usiminas adquirindo a CSN. O<br />

então presi<strong>de</strong>nte da si<strong>de</strong>rúrgica mineira, Rinaldo<br />

Soares, preten<strong>de</strong>ria criar um gigante brasileiro do<br />

aço. Motivo: o cenário apontava - como agora - um<br />

forte crescimento na <strong>de</strong>manda interna.<br />

O <strong>de</strong>talhe é que, naquela época, não havia o<br />

volume <strong>de</strong> importação <strong>de</strong> aço existente atualmente.<br />

Em 2010, segundo o Instituto Aço Brasil, foram<br />

importadas 5,9 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> produtos<br />

si<strong>de</strong>rúrgicos, 154,2% acima do volume importado<br />

no ano anterior. O gigante CSN-Usiminas (ou<br />

Usiminas-CSN) po<strong>de</strong>ria enfrentar essa avalanche<br />

<strong>de</strong> aço importado melhor do que as duas empresas<br />

isoladamente.<br />

Entre os analistas do mercado <strong>de</strong> capitais, as<br />

interpretações do movimento da CSN se alternam<br />

entre os que veem na compra <strong>de</strong> ações um objetivo<br />

<strong>de</strong> criar um fato capaz <strong>de</strong> levar a uma aliança estratégica,<br />

ou mesmo a uma fusão e os que acreditam<br />

que a si<strong>de</strong>rúrgica <strong>de</strong> Benjamin Steinbruch está<br />

apenas comprando os papéis para revendê-los com<br />

lucro mais tar<strong>de</strong>. Com informações do Valor, IstoÉDinheiro<br />

e Diário do Vale ME<br />

No ano<br />

passado, os<br />

investimentos<br />

da empresa<br />

totalizaram r$<br />

3,6 bilhões<br />

29


30<br />

mercado mercado<br />

Grupo Açotubo<br />

iNAugurA NOVA FiliAl<br />

EM cAxiAS dO Sul<br />

O<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul é um importante mercado <strong>de</strong> produtos<br />

si<strong>de</strong>rúrgicos, em função da presença dos setores<br />

automobilístico, <strong>de</strong> construção civil e <strong>de</strong> máquinas<br />

agrícolas na região. Com as estratégias <strong>de</strong> negócios alinhadas<br />

ao crescimento <strong>de</strong>ste polo industrial, a Açotubo inaugura sua<br />

nova filial em Caxias do Sul (RS).<br />

A empresa, que já contava com um escritório na cida<strong>de</strong>,<br />

agora expan<strong>de</strong> suas operações como filial e estrutura um<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito com volume <strong>de</strong> estoque compatível com o<br />

padrão <strong>de</strong> atendimento da companhia. “Esta nova base têm<br />

máquinas <strong>de</strong> corte, equipe <strong>de</strong> ven-<br />

Empresa<br />

preten<strong>de</strong> dobrar as<br />

vendas em todo o rS<br />

das especializada, sendo que 90%<br />

dos profissionais contratados são<br />

da região”, afirma José A. Ribamar<br />

Bassi, diretor comercial do Grupo<br />

Açotubo.<br />

Além disso, também apresenta toda gama <strong>de</strong> produtos e<br />

serviços, como eixos para moenda <strong>de</strong> cana usinados e tratados,<br />

barras <strong>de</strong> aços laminados, trefilados e forjados, perfis<br />

estruturais, tubos <strong>de</strong> aços carbono, <strong>de</strong> termogeração e ligados,<br />

calandrados e mecânicos, na linha <strong>de</strong> aço inoxidável tubos,<br />

chapas, blank, bobinas e fitas.<br />

“Com a nova filial Caxias do Sul e com a filial <strong>de</strong> Porto Alegre,<br />

vamos atuar fortemente em todo o estado do Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul, um dos maiores polos metal-mecânico do país”, ressalta<br />

Ribamar Bassi. O executivo ainda acrescenta: “vamos praticar<br />

a personalização no atendimento, fi<strong>de</strong>lizar e conquistar novos<br />

clientes e projetos nesta nova fase da Açotubo”.<br />

A companhia também anunciou recentemente a fusão com<br />

as empresas Incotep e Artex Aços Inoxidáveis, já pertencentes<br />

ao Grupo. A partir <strong>de</strong> agora, para fins <strong>de</strong> marca comercial, as<br />

operações serão organizadas da seguinte forma: Divisão Tubos<br />

e Aços; Divisão Trefilados e Peças; Divisão Aços Inoxidáveis,<br />

e Incotep Sistemas <strong>de</strong> Ancoragem.<br />

Todas essas movimentações <strong>de</strong>vem contribuir para o<br />

alcance da projeção <strong>de</strong> faturamento <strong>de</strong> R$ 900 milhões em<br />

2011, e na perspectiva <strong>de</strong> ultrapassar a marca <strong>de</strong> R$ 1 bilhão<br />

em 2012. ME<br />

rio tinto E AnGlo<br />

AMEriCAn<br />

VENdEM PArticiPAçãO EM MiNA<br />

DE cOBrE SUL-AfrIcANA<br />

A<br />

s companhias Rio<br />

Tinto e Anglo<br />

American anunciaram<br />

em 5/9 último,<br />

em Londres, a venda <strong>de</strong><br />

suas participações na<br />

Divulgação/Rio Tinto<br />

A mina <strong>de</strong><br />

Palabora, uma<br />

das maiores a céu<br />

aberto do mundo,<br />

está sofrendo<br />

uma gradual<br />

extinção <strong>de</strong> seus<br />

recursos<br />

imensa mina <strong>de</strong> cobre sul-africana <strong>de</strong> Palabora,<br />

uma das maiores a céu aberto do mundo, <strong>de</strong>vido<br />

a uma gradual extinção <strong>de</strong> seus recursos.<br />

O gigante da mineração anglo-australiano<br />

Rio Tinto disse em um comunicado ter iniciado<br />

o processo <strong>de</strong> venda dos 57,7% que possui na<br />

companhia <strong>de</strong> Palabora por um montante não<br />

revelado. O grupo anglo-sul-africano Anglo<br />

American, proprietário <strong>de</strong> 16,8%, também<br />

informou estar ven<strong>de</strong>ndo sua parte.<br />

A mina continua sendo explorada em sua<br />

parte subterrânea, que <strong>de</strong>ve ter reservas até<br />

pelo menos 2016. A exploração da mina a céu<br />

aberto durante 40 anos criou um dos maiores<br />

buracos artificiais do mundo, <strong>de</strong> 2.000 metros<br />

<strong>de</strong> diâmetro e 760 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>,<br />

que requer uma vigilância permanente <strong>de</strong>vido<br />

a risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>sabamento. Fonte: Exame ME


mercado empresarial<br />

uSiMinAS MECâniCA<br />

ANUNcIA fáBrIcA DE pAINéIS<br />

EM SuAPE<br />

AUsiminas Mecânica investe R$ 138<br />

milhões em fábrica <strong>de</strong> painéis no Porto<br />

<strong>de</strong> Suape, em Pernambuco. A nova<br />

planta aten<strong>de</strong>rá à crescente <strong>de</strong>manda<br />

do mercado naval, impulsionado pelas obras<br />

do pré-sal. A previsão é que a unida<strong>de</strong> entre<br />

em funcionamento no final <strong>de</strong> 2012.<br />

Com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> 65 mil<br />

toneladas/ano, a fábrica terá uma linha <strong>de</strong><br />

produção totalmente automatizada para produzir<br />

painéis enrijecidos com até 18 metros <strong>de</strong><br />

comprimento. Trata-se <strong>de</strong> um produto <strong>de</strong> alto<br />

valor agregado, pois integra a qualida<strong>de</strong> em<br />

serviços e tecnologia da Usiminas Mecânica.<br />

Com a produção <strong>de</strong> painéis <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte,<br />

o empreendimento permite que a Usiminas<br />

Mecânica amplie seu mix <strong>de</strong> produtos para a<br />

indústria naval, além <strong>de</strong> se apresentar como<br />

opção <strong>de</strong> entrada no negócio <strong>de</strong> montagem <strong>de</strong><br />

blocos para gran<strong>de</strong>s embarcações.<br />

A logística também é uma vantagem para<br />

os clientes, tendo em vista as barreiras para<br />

importação <strong>de</strong>sses componentes. Hoje, a legislação<br />

brasileira exige que as embarcações<br />

Fábrica automatizada<br />

aten<strong>de</strong>rá a <strong>de</strong>manda do<br />

setor naval brasileiro<br />

licitadas sejam compostas por 65% <strong>de</strong> conteúdo local.<br />

“A Usiminas Mecânica está ampliando sua participação<br />

no mercado naval, oferecendo ao mercado um produto<br />

<strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> e com vantagens logísticas”, afirma<br />

Guilherme Muylaert, diretor executivo da Usiminas<br />

Mecânica.<br />

Os estaleiros, principais consumidores <strong>de</strong> painéis <strong>de</strong><br />

navios, vêm <strong>de</strong>monstrando gran<strong>de</strong> interesse no recebimento<br />

dos componentes já prontos. A nova planta da<br />

Usiminas Mecânica ten<strong>de</strong> a contribuir para que essas<br />

empresas possam ampliar sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<br />

e, com isso, se concentrem cada vez mais em seu core<br />

business, que é a montagem das embarcações.<br />

Em função da crescente <strong>de</strong>manda interna por navios<br />

e plataformas, ocorre hoje um aquecimento do<br />

mercado <strong>de</strong> componentes dos cascos <strong>de</strong> embarcações,<br />

especialmente blanks, painéis, subconjuntos e blocos.<br />

Além disso, as políticas governamentais <strong>de</strong> fomento<br />

para a indústria da construção naval contribuem para<br />

um cenário promissor para atuação da Usiminas Mecânica<br />

junto aos segmentos offshore e naval. A empresa<br />

amplia a sua gama <strong>de</strong> clientes e aprimora, ainda mais,<br />

a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu produto para aten<strong>de</strong>r ao setor naval<br />

brasileiro. Fonte: Fator Brasil ME<br />

mercado 31


32<br />

mercado mercado<br />

truMpf do brASil<br />

criA diViSãO dE<br />

SOldAgEM<br />

ATrumpf Brasil criou uma nova divisão <strong>de</strong> negócios,<br />

<strong>de</strong>ntro da linha <strong>de</strong> equipamentos a laser. O<br />

segmento <strong>de</strong> soldagem terá uma gerência específica,<br />

seguindo um mo<strong>de</strong>lo já adotado pela matriz<br />

alemã e outras filais no mundo. De acordo com o diretor<br />

da Trumpf no Brasil, João Carlos Visetti, a divisão é uma<br />

consequência do crescimento da empresa. “Temos que<br />

dividir para po<strong>de</strong>r ter foco nas necessida<strong>de</strong>s específicas<br />

<strong>de</strong> cada cliente, como da indústria automobilística e sua<br />

ca<strong>de</strong>ia”, afirmou.<br />

A divisão estará focada na engenharia <strong>de</strong> aplicação e<br />

responsável por ressonadores, máquinas para marcação<br />

e gravação em plástico, <strong>de</strong>posição <strong>de</strong><br />

materiais e a integração <strong>de</strong> máquinas a<br />

laser do robô.<br />

Para 2011, os investimentos da<br />

Trumpf estão voltados para o treinamento<br />

e contratação <strong>de</strong> pessoal. No Brasil, a empresa<br />

está focada na instalação, assistência técnica e pós-venda.<br />

Fonte: CIMM ME<br />

<strong>de</strong>ntro da linha <strong>de</strong><br />

equipamentos a laser<br />

tuzzi invEStE cErcA dE<br />

r$2 MILhõES EM NOvOS MAqUINárIOS<br />

I<br />

As 4 unida<strong>de</strong>s da<br />

empresa vão<br />

produzir mais<br />

nvestimentos da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> dois milhões <strong>de</strong> reais foram<br />

aplicados na renovação <strong>de</strong> equipamentos com o intuito<br />

<strong>de</strong> expandir a produção das quatro unida<strong>de</strong>s da Tuzzi,<br />

sobretudo, na fábrica <strong>de</strong> forjados.<br />

O novo forno <strong>de</strong> indução, a prensa vertical com capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 450 toneladas e o novo centro <strong>de</strong> usinagem para<br />

confecção <strong>de</strong> matrizes integram o processo <strong>de</strong><br />

melhoria contínua da empresa, com se<strong>de</strong> em<br />

São Joaquim da Barra-SP. Os equipamentos<br />

permitem o aumento da capacida<strong>de</strong> produtiva,<br />

melhorias na qualida<strong>de</strong> do produto final e<br />

garantem suporte para a empresa aten<strong>de</strong>r novos mercados<br />

como o <strong>de</strong> Construção Civil e Ferroviário. A Tuzzi já atua<br />

no Brasil há 26 anos com produtos para os segmentos<br />

agrícola e automotivo. ME


mercado empresarial<br />

<strong>de</strong>senvolvimento mercado mercado<br />

mercado<br />

33<br />

MElHOrA NO cONSuMO dE AçO<br />

AuMEntA A rECEitA<br />

líquidA dA GErdAu<br />

pArA r$ 9 BILhõES<br />

O<strong>de</strong>sempenho financeiro da Gerdau, no<br />

segundo trimestre <strong>de</strong>ste ano, foi influenciado<br />

pela maior <strong>de</strong>manda mundial por<br />

aço - que resultou na expansão das vendas<br />

físicas e da receita líquida - e pela elevação<br />

A<br />

dos custos com matérias-primas. As vendas<br />

físicas consolidadas chegaram a 4,9 milhões <strong>de</strong><br />

toneladas, uma evolução <strong>de</strong> 12%, ampliando a<br />

receita líquida total da companhia para R$ 9<br />

bilhões, 9% a mais em relação ao segundo trimestre<br />

<strong>de</strong> 2010. A produção consolidada <strong>de</strong> aço,<br />

por sua vez, alcançou 5,1 milhões <strong>de</strong> toneladas,<br />

um acréscimo <strong>de</strong> 9% sobre o mesmo período<br />

do ano anterior.<br />

O aumento dos custos das matérias-primas,<br />

especialmente do minério <strong>de</strong> ferro, do carvão<br />

mineral e da sucata ferrosa, impactou na geração<br />

<strong>de</strong> caixa operacional (Ebitda), a qual foi <strong>de</strong><br />

R$ 1,3 bilhão contra R$ 1,7 bilhão no segundo<br />

trimestre <strong>de</strong> 2010, uma redução <strong>de</strong> 24%.<br />

Entretanto, na comparação com o primeiro<br />

trimestre <strong>de</strong> 2011, o EBITDA apresentou 19%<br />

<strong>de</strong> crescimento. O lucro líquido alcançou R$<br />

503 milhões, 41% a menos do que no mesmo<br />

período <strong>de</strong> 2010. Já na comparação com os três<br />

ArcElOrMittAl ANuNciA lucrO<br />

DE US$ 1 BILhãO NO prIMEIrO trIMEStrE<br />

Amineradora ArcelorMittal registrou<br />

lucro líquido <strong>de</strong> US$ 1,069 bilhão<br />

durante o primeiro trimestre <strong>de</strong> 2011,<br />

<strong>de</strong> acordo com balanço divulgado em maio<br />

último. O valor é 232% maior em comparação<br />

ao registrado no mesmo período em 2010. No<br />

trimestre anterior, a ArcelorMittal registrou<br />

prejuízo <strong>de</strong> US$ 780 milhões.<br />

O Ebitda (lucros antes <strong>de</strong> juros, impostos,<br />

primeiros meses do ano, o lucro líquido teve uma<br />

evolução <strong>de</strong> 23%.<br />

“O resultado da Gerdau foi impactado pelo<br />

câmbio <strong>de</strong>sfavorável no Brasil e pelos altos custos <strong>de</strong><br />

matérias-primas. Seguimos com a estratégia <strong>de</strong> alcançar<br />

a autossuficiência em minério <strong>de</strong> ferro, bem como<br />

ampliar o abastecimento <strong>de</strong> carvão mineral a partir<br />

<strong>de</strong> nossas operações na Colômbia, as quais possuem<br />

uma capacida<strong>de</strong> para aten<strong>de</strong>r cerca <strong>de</strong> 25% das atuais<br />

necessida<strong>de</strong>s da Gerdau no Brasil, e expandir a re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fornecedores cativos <strong>de</strong> sucata”, afirma o diretorpresi<strong>de</strong>nte<br />

da Gerdau, André B. Gerdau Johannpeter.<br />

“Por outro lado, continuamos trabalhando no projeto<br />

<strong>de</strong> monetização <strong>de</strong> parte <strong>de</strong> nossos recursos minerais<br />

e vamos ampliar a linha <strong>de</strong> produtos com maior valor<br />

agregado, com <strong>de</strong>staque para o início da produção <strong>de</strong><br />

aços planos no Brasil em 2012. Além disso, continuamos<br />

a manter uma boa estrutura <strong>de</strong> capital da empresa,<br />

reforçada pela operação <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> capital<br />

<strong>de</strong> R$ 3,6 bilhões concluída no segundo trimestre. A<br />

partir <strong>de</strong>stas iniciativas, buscaremos atingir a máxima<br />

eficiência <strong>de</strong> nossas operações, com melhoria nas<br />

margens operacionais, e crescimento sustentável <strong>de</strong><br />

longo prazo”, complementa o diretor-presi<strong>de</strong>nte da<br />

Gerdau. Fonte: Fator Brasil ME<br />

<strong>de</strong>preciação e amortização) foi <strong>de</strong> US$ 2,582 bilhões,<br />

enquanto que no primeiro quarto <strong>de</strong> 2010 foi <strong>de</strong> US$ 1,701<br />

bilhões. Também apresenta aumento na comparação com<br />

os três meses anteriores, US$ 1,853 bilhão. Segundo o<br />

documento, o ebitda por tonelada produzida foi <strong>de</strong> US$<br />

118 milhões.<br />

As vendas da companhia atingiram US$ 22,184 bilhões,<br />

27% superior ao registrado no primeiro trimestre <strong>de</strong> 2010,<br />

e 7% maior quanto ao último. Fonte: Último Instante ME<br />

produção<br />

consolidada <strong>de</strong><br />

aço alcançou<br />

5,1 milhões <strong>de</strong><br />

toneladas<br />

33<br />

Valor é 232%<br />

maior em<br />

comparação<br />

ao registrado<br />

no mesmo<br />

período em<br />

2010


34<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

Acrise global provocou profundas mudanças<br />

na balança comercial da indústria.<br />

Des<strong>de</strong> o início da turbulência, a queda nas<br />

exportações e o aumento nas importações<br />

<strong>de</strong> manufaturados custou 568 mil empregos industriais<br />

no País, conforme estudo da Fe<strong>de</strong>ração das<br />

Indústrias do Estado <strong>de</strong> São Paulo (Fiesp).<br />

A Fiesp estimou os empregos<br />

diretos e indiretos gerados pelas<br />

exportações e perdidos via importações.<br />

O cálculo aponta que, em<br />

2008, o comércio internacional<br />

rendia à indústria 388 mil empregos.<br />

De janeiro a junho <strong>de</strong> 2011, o resultado foi<br />

negativo em 180 mil vagas. O número acima é a<br />

soma dos dois valores.<br />

“São as duas faces da mesma moeda, que é a<br />

perda <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>. O real forte prejudica<br />

capacida<strong>de</strong> exportadora da indústria e eleva a concorrência<br />

no mercado local”, diz Paulo Francini,<br />

diretor do <strong>de</strong>partamento econômico da Fiesp. Em<br />

2008, os manufaturados respondiam por 48% das<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

brASil ExportA<br />

568 Mil EMPrEgOS<br />

Só para a china, foram<br />

236 mil no primeiro<br />

semestre<br />

exportações. No primeiro semestre <strong>de</strong>ste ano,<br />

a participação caiu para 38%.<br />

Para Júlio Sérgio Gomes <strong>de</strong> Almeida, consultor<br />

do Instituto <strong>de</strong> Estudos para o Desenvolvimento<br />

Industrial (Iedi), o Brasil se tornou<br />

alvo para empresas ao redor do mundo, que<br />

<strong>de</strong>senvolveram canais <strong>de</strong> venda <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da<br />

crise e agora colhem os frutos.<br />

“O marco da entrada <strong>de</strong> importados<br />

no Brasil é 2011.”<br />

O saldo <strong>de</strong> empregos no<br />

comércio exterior piorou em<br />

relação a quase todos os parceiros<br />

comerciais, com exceção <strong>de</strong> Mercosul<br />

e África. A China foi a responsável pela maior<br />

perda <strong>de</strong> vagas. No primeiro semestre, o Brasil<br />

exportou 236 mil empregos industriais para o<br />

gigante asiático.<br />

Com a crise global, exportadores europeus<br />

e americanos também elevaram suas vendas<br />

para o Brasil. O País exportou 64 mil vagas para<br />

os EUA e 35 mil vagas para a UE <strong>de</strong> janeiro a


mercado empresarial<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

junho <strong>de</strong>ste ano. O comércio com o Mercosul,<br />

no entanto, gerou um saldo positivo <strong>de</strong> 62 mil<br />

empregos.<br />

Setores - O levantamento da Fiesp aponta<br />

que o setor têxtil e o <strong>de</strong> confecção é o mais prejudicado<br />

pelo comércio exterior. No primeiro<br />

semestre, a queda das exportações e o aumento<br />

das importações custou 186 mil vagas.<br />

É o dinamismo do mercado local que mantém<br />

a geração <strong>de</strong> empregos no setor, embora<br />

em ritmo bem mais lento que no ano passado.<br />

Segundo o Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e<br />

Estatística (IBGE), as tecelagens e confecções<br />

geraram 5 mil novos empregos no primeiro<br />

semestre, contra 17 mil no mesmo período <strong>de</strong><br />

2010. Em maio e junho, no entanto, o saldo foi<br />

negativo em 600 vagas.<br />

“Deveríamos já ter começado as contratações<br />

<strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano, mas não foi possível”, disse<br />

Aguinaldo Diniz, presi<strong>de</strong>nte da Associação Brasileira<br />

da Indústria Têxtil (Abit). “O mercado<br />

interno <strong>de</strong>sacelerou um pouco, acompanhando<br />

a redução do crédito, mas outro problema é a<br />

concorrência dos importados.”<br />

No setor calçadista, foram perdidas 1,5 mil<br />

vagas entre maio e julho - comparado à geração<br />

<strong>de</strong> 9,5 mil vagas no mesmo período em 2010.<br />

Os empresários reclamam do <strong>de</strong>scompasso<br />

entre o <strong>de</strong>sempenho do varejo e a produção<br />

da indústria local.<br />

A produção <strong>de</strong> calçados caiu 10,7% em<br />

junho em relação a junho <strong>de</strong> 2010, enquanto<br />

as vendas no varejo subiram 12%. “O mercado<br />

interno segue forte, mas as exportações caíram e<br />

as importações cresceram muito”, disse Milton<br />

Cardoso, presi<strong>de</strong>nte da Associação Brasileira da<br />

Indústria Calçadista (Abicalçados).<br />

No setor <strong>de</strong> máquinas, o nível <strong>de</strong> emprego<br />

é parecido com o <strong>de</strong> 2008. Carlos Pastoriza,<br />

diretor-secretário da Associação Brasileir da<br />

Indústria <strong>de</strong> Máquinas e Equipamentos (Abimaq),<br />

diz que estão sendo perdidas vagas nas<br />

empresas terceirizadas que fabricam peças.<br />

Segundo Rafael Bacciotti, analista da Tendência<br />

Consultoria, a geração <strong>de</strong> empregos pela<br />

indústria está acompanhando a sua capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> produção, que “vem andando <strong>de</strong> lado há um<br />

bom tempo”. Ele afirma que os brasileiros continuaram<br />

consumindo neste início <strong>de</strong> ano, mas<br />

a indústria per<strong>de</strong>u espaço para as importações.<br />

Fonte: Estadão ME<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

gOVErNO PrEVê<br />

novA MEtA dE<br />

EMprEGoS<br />

ENtrE 2,7MI E 3 MI DE vAgAS<br />

Em agosto, foram<br />

geradas 190,4 mil vagas, volume<br />

36,4% menor do que há um ano<br />

Aperda <strong>de</strong> fôlego na criação <strong>de</strong> empregos formais no Brasil<br />

já fez o governo rever a meta <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> vagas para<br />

2011. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou em<br />

14/9 último que a nova meta <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> empregos<br />

formais <strong>de</strong>verá ficar entre 2,7 milhões e 3 milhões <strong>de</strong> postos. Até<br />

então, o governo trabalhava com a meta <strong>de</strong> 3 milhões <strong>de</strong> novos<br />

empregos no período. “Vamos ter um cálculo mais preciso a partir<br />

do mês que vem”, afirmou.<br />

Em agosto, o saldo líquido <strong>de</strong> empregos criados com carteira<br />

assinada somou 190.446, segundo o Cadastro Geral <strong>de</strong> Empregados<br />

e Desempregados (Caged). Em agosto <strong>de</strong> 2010, o dado<br />

equivalente sem revisão apontou um total <strong>de</strong> 299.415 novas vagas,<br />

já <strong>de</strong>scontadas as <strong>de</strong>missões do período - melhor mês <strong>de</strong> agosto<br />

da série histórica do Caged, que teve início em 1992. Com isso,<br />

houve uma diminuição <strong>de</strong> 36,4% do saldo líquido em relação a<br />

agosto do ano passado. As estimativas do mercado para o indicador<br />

eram <strong>de</strong> um saldo <strong>de</strong> 170 mil vagas a 219 mil vagas criadas,<br />

conforme analistas consultados pelo AE Projeções. A mediana<br />

das previsões era <strong>de</strong> saldo líquido <strong>de</strong> 200 mil novos empregos<br />

com carteira assinada em agosto.<br />

No ano, as contratações superaram as <strong>de</strong>missões em 1.825.382<br />

postos. No mesmo período do ano passado, o saldo <strong>de</strong> geração<br />

<strong>de</strong> vagas formais foi <strong>de</strong> 2.195.370 - queda <strong>de</strong> 16,85%. Na primeira<br />

semana <strong>de</strong> setembro último, porém, o ministro do Trabalho,<br />

Carlos Lupi, já admitia que dificilmente essa meta será atingida<br />

este ano. Fontes: Agência Estado e Reuters ME<br />

35


36<br />

iniciativa do<br />

Sebrae e da<br />

si<strong>de</strong>rúrgica<br />

gerdau tem<br />

meta <strong>de</strong><br />

aten<strong>de</strong>r 360<br />

empresas <strong>de</strong><br />

oito estados<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

proGrAMA prEpArA<br />

pEquEnAS fornECEdorAS<br />

dA CAdEiA SidErúrGiCA<br />

OSebrae e a si<strong>de</strong>rúrgica Gerdau trabalharão juntos num<br />

programa nacional <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> micro e pequenas<br />

empresas fornecedoras da ca<strong>de</strong>ira produtiva do<br />

setor da si<strong>de</strong>rurgia em oito estados: Ceará, Pernambuco,<br />

Bahia, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Minas Gerais, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul,<br />

São Paulo e Paraná. A meta é aten<strong>de</strong>r a 360 empresas com<br />

capacitações nas áreas <strong>de</strong> gestão, inovação e implementação<br />

<strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> medição <strong>de</strong> resultados.<br />

O Sebrae e a Gerdau já têm um convênio <strong>de</strong> cooperação<br />

técnica com este objetivo assinado em junho <strong>de</strong> 2011.<br />

Em 12/9 último, seus diretores se reuniram na se<strong>de</strong> da<br />

Gerdau, em São Paulo, para um comunicado conjunto das<br />

ações. A iniciativa toma por base parceria <strong>de</strong> sucesso já<br />

<strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 com mais <strong>de</strong> 80 empresas do Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

Balanço dos resultados <strong>de</strong>ssa ação mostra que mais <strong>de</strong><br />

50% das empresas envolvidas utilizam controles gerenciais.<br />

Também aponta aumento em 15% do faturamento <strong>de</strong>sses<br />

negócios e em 90% a eficiência do prazo <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong><br />

produtos e serviços, a redução do índice <strong>de</strong> refugo em mais<br />

<strong>de</strong> 5%, além da elevação <strong>de</strong> número <strong>de</strong> clientes. A ação, que<br />

será <strong>de</strong>senvolvida nos oito estados, tem entre as metas, a<br />

ampliação em 5% do volume <strong>de</strong> vendas brutas das empresas<br />

envolvidas até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2012 e mais 5% até <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 2013. Também é meta aumentar em 5% a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho nessas empresas até o final <strong>de</strong> 2012<br />

e outros 5% até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2013.<br />

“Esta parceria é muito importante para as pequenas<br />

empresas, principalmente porque possibilita que elas fiquem<br />

preparadas para fornecer para a Gerdau e, também, para<br />

o mercado”, afirma a gerente <strong>de</strong> atendimento coletivo na<br />

área <strong>de</strong> indústria do Sebrae, Kelly Sanches. Conforme ela<br />

avalia, um gran<strong>de</strong> diferencial <strong>de</strong>sse trabalho é o acompanhamento<br />

das empresas integrantes do projeto por meio<br />

<strong>de</strong> indicadores. “A Gerdau escolhe um indicador, o Sebrae<br />

outro e a empresa outro, e monitoramos a evolução <strong>de</strong>sta<br />

empresa para alcançar e manter o padrão <strong>de</strong> excelência <strong>de</strong><br />

fornecimento”, explica. ME<br />

CoopErAtivAS<br />

fEMininAS<br />

tErãO APOiO NA OrgANizAçãO<br />

EcONôMicA<br />

Aprodução coletiva <strong>de</strong> 6,4 mil grupos<br />

<strong>de</strong> mulheres terão apoio para ampliar<br />

a gestão compartilhada e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

estratégias coletivas <strong>de</strong> produção e comércio<br />

até 2015. A Política Setorial <strong>de</strong> Mulheres<br />

do Ministério do Desenvolvimento Agrário<br />

também garantirá recursos para infraestrutura<br />

<strong>de</strong> ao menos 680 organizações, beneficiando<br />

10,2 mil trabalhadoras rurais até 2015. Essas<br />

ações fazem parte do Programa Nacional <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Sustentável <strong>de</strong> Territórios<br />

Rurais (Pronat).<br />

Já o Programa <strong>de</strong> Organização Produtiva <strong>de</strong><br />

Mulheres Rurais (POPMR), a partir <strong>de</strong>ste ano,<br />

<strong>de</strong>stinará apoio financeiro ao fortalecimento <strong>de</strong><br />

re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> grupos produtivos <strong>de</strong> mulheres, tendo<br />

como eixos principais a promoção comercial,<br />

a gestão e comunicação. O objetivo é aten<strong>de</strong>r<br />

cerca <strong>de</strong> 3,2 mil organizações articuladas em<br />

re<strong>de</strong>s até 2015.<br />

Criado em 2008, o POPMR fortalece a<br />

autonomia econômica <strong>de</strong> mulheres e as organizações<br />

produtivas. Em 2010, foram i<strong>de</strong>ntificados<br />

mais <strong>de</strong> 9,4 mil grupos produtivos com<br />

predominância feminina. Nos Territórios da<br />

Cidadania, mais <strong>de</strong> 15 mil mulheres foram<br />

capacitadas sobre as políticas públicas e mais<br />

<strong>de</strong> 296 grupos foram apoiados para participar<br />

em feiras, com investimento superior a R$ 2<br />

milhões. De 2008 a 2010, foram <strong>de</strong>stinados<br />

cerca <strong>de</strong> R$ 17,5 milhões, beneficiando mais<br />

<strong>de</strong> 65 mil mulheres.<br />

comitês <strong>de</strong> mulheres<br />

Des<strong>de</strong> 2009, o MDA apoia ações <strong>de</strong> articulação<br />

das mulheres nos Territórios da Cidadania,<br />

para fomentar a participação nos espaços <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão, gestão e monitoramento da política<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento territorial. Atualmente,<br />

são 77 comitês <strong>de</strong> mulheres em Territórios da<br />

Cidadania.<br />

A busca para alcançar a parida<strong>de</strong> entre<br />

mulheres e homens em todas as instâncias colegiadas<br />

se dará com a obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> 30%<br />

<strong>de</strong> mulheres dos 280 colegiados territoriais. Para<br />

isso, os colegiados ofertarão recreação infantil<br />

durante as reuniões. Também buscará garantir o<br />

equilíbrio <strong>de</strong> gênero nas composições das equipes<br />

articuladoras territoriais e estaduais. ME


Fascículo<br />

6<br />

Atitu<strong>de</strong>!<br />

T<br />

er qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida não é apenas cuidar da saú<strong>de</strong><br />

ou da alimentação. Não é apenas praticar um<br />

esporte ou realizar tarefas prazerosas. Não é fugir<br />

do stress ou mudar-se da cida<strong>de</strong> para o campo.<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida engloba a saú<strong>de</strong>, o bem-estar e a realização<br />

pessoal, mas também está ligada à forma como o indivíduo se<br />

vê, como enxerga o mundo, como pensa e reage às situações,<br />

como se posiciona em seus relacionamentos. Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida é atitu<strong>de</strong> positiva diante da vida.


Compreen<strong>de</strong>ndo<br />

o mundo<br />

Abusca pela qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida é o gran<strong>de</strong> tema da<br />

atualida<strong>de</strong>. O homem vem se conscientizando da<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentar-se bem, exercitar-se com<br />

frequência, fugir da rotina do stress, prevenir-se<br />

contra doenças, como também tem voltado suas<br />

atenções para o equilíbrio e à harmonia tanto interior quanto<br />

em relação ao mundo à sua volta.<br />

Frequentar uma aca<strong>de</strong>mia e manter bons níveis <strong>de</strong> colesterol<br />

e triglicéri<strong>de</strong>s não basta. Há outros fatores indispensáveis para<br />

se alcançar uma boa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Mas a base <strong>de</strong> tudo é a<br />

ótica pela qual um indivíduo vê o mundo. A partir <strong>de</strong>ssa ótica,<br />

explica-se como o indivíduo vê a si próprio, como é sua autoestima,<br />

como compreen<strong>de</strong> as outras pessoas e os fatos da vida<br />

e como reage às situações.<br />

Isso po<strong>de</strong> ser resumido numa palavra: atitu<strong>de</strong>. Qual é a sua<br />

atitu<strong>de</strong> diante da vida? Diante <strong>de</strong> seus próprios problemas? Diante<br />

<strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado acontecimento? Diante <strong>de</strong> alguém?<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida é encarar a vida <strong>de</strong> forma positiva, mantendo<br />

vínculos positivos com as outras pessoas, saber compreen<strong>de</strong>r<br />

as suas razões – pois não haverá qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida para um se<br />

não houver para o outro.<br />

É possível encontrar a tão falada qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida,<br />

mesmo nesse mundo regido pelo stress e pela competição<br />

extremada. Esse encontro tem que começar na sua própria<br />

mente, nos seus conceitos <strong>de</strong> vida, na forma como você vê<br />

o mundo e reage às situações, nas suas atitu<strong>de</strong>s.


O que é atitu<strong>de</strong>?<br />

Atitu<strong>de</strong> é um estado mental<br />

que cria presteza para o comportamento<br />

positivo ou negativo em<br />

relação a indivíduos, situações ou<br />

coisas. Po<strong>de</strong>m ser classificadas em<br />

operacionais, sociais e emocionais.<br />

(Littlejohn, Stephen W., “Fundamentos<br />

Teóricos da Comunicação<br />

Humana”, Zahar Editores, 1978)<br />

poSturA MEntAl<br />

Segundo a psicóloga e escritora Sandra Regina da Luz Inácio, diretora da Socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Psicanálise Transcen<strong>de</strong>ntal, postura mental é o nosso posicionamento<br />

em termos <strong>de</strong> pensamentos conscientes, conclusões, julgamentos, opiniões,<br />

i<strong>de</strong>ias, preconceitos, princípios, valores, enfim, o<br />

que passa pela nossa cabeça quando tomamos<br />

<strong>de</strong>cisões, mesmo que sejam simples. Este posicionamento<br />

afetará a nossa atitu<strong>de</strong>.<br />

Ou seja, a forma como pensamos <strong>de</strong>termina<br />

como agimos e reagimos ao<br />

Mu<strong>de</strong> a sua postura mental e<br />

você mudará sua vida<br />

que ocorre em nossas vidas. Se nossa atitu<strong>de</strong>, que é o reflexo <strong>de</strong> uma<br />

postura mental, não estiver alinhada com a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossa vida, os<br />

passos necessários para uma existência bem sucedida, em qualquer área da vida, não<br />

po<strong>de</strong>m ser sustentados, ou nós acabaremos numa jornada sem fim para curar<br />

nossas dores emocionais.<br />

Três elementos<br />

A postura mental é constituída por três elementos: o conhecimento que você tem<br />

<strong>de</strong> você mesmo, o valor que você dá a si mesmo e os conceitos ou paradigmas que<br />

você tem com relação à vida e ao mundo à sua volta. A auto-estima é o resultado<br />

do auto-conhecimento e dos paradigmas que foram criados ao longo <strong>de</strong> sua vida<br />

através <strong>de</strong> suas experiências.<br />

Segundo a psicóloga, ninguém vê a vida como ela realmente é. O problema é que<br />

todos nós acreditamos que o que vemos é a realida<strong>de</strong>, quando na verda<strong>de</strong> estamos<br />

enxergando uma representação, um mapa construído pelas lentes que usamos para<br />

olhar o mundo e nossas experiências.<br />

Destes mapas nascem nossos paradigmas. Quanto mais <strong>de</strong>formadas as nossas<br />

lentes, mais distantes da realida<strong>de</strong> estarão os nossos mapas, resultando em constantes<br />

frustrações e <strong>de</strong>cepções, já que o mundo não reage às nossas ações e estímulos da<br />

forma como esperamos. O que nós esperamos está diretamente relacionado à forma<br />

como interpretamos a realida<strong>de</strong>. Se a interpretamos <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>masiadamente<br />

errônea, vamos nos <strong>de</strong>cepcionar constantemente com os resultados obtidos, já que<br />

muitas coisas não acontecerão da forma como <strong>de</strong>sejamos ou esperamos.<br />

Mas como se muda uma postura mental?<br />

Muitas crenças equivocadas estão infiltradas em nossa cultura e são encaradas<br />

como verda<strong>de</strong> absoluta ou como “o jeito que as coisas são ou funcionam”. Para<br />

mudar a postura mental é necessário em primeiro lugar perceber e admitir que o<br />

que pensamos que sabemos não é necessariamente verda<strong>de</strong> ou a melhor forma <strong>de</strong><br />

ver o mundo ou a vida. Abertura é o primeiro passo. Informação é o segundo.<br />

Alguns paradigmas são alterados <strong>de</strong>vido a experiências <strong>de</strong> vida que nos forçam<br />

a ver o mundo <strong>de</strong> outra forma, mas não po<strong>de</strong>mos ficar parados esperando até que<br />

a vida nos mostre uma melhor forma <strong>de</strong> enxergá-la. O modo proativo <strong>de</strong> mudar<br />

paradigmas é ir atrás <strong>de</strong> informação. Não temos como saber se nossa forma <strong>de</strong> ver<br />

o mundo está equivocada se não nos <strong>de</strong>paramos com outras interpretações ou<br />

pontos <strong>de</strong> vista ou se os afastamos com preconceitos e rejeição.<br />

Auto-estima<br />

Paradigmas equivocados são encontrados em todas as áreas da vida, mas os mais<br />

sérios são aqueles que dizem respeito a nós mesmos e afetam nossa auto-estima.<br />

Nossos paradigmas sobre nós mesmos são formados através <strong>de</strong> nossas experiências<br />

e também do feedback que o mundo exterior nos fornece sobre “o que os outros<br />

acham <strong>de</strong> nós”. Isto não é uma questão <strong>de</strong> “se importar” ou não com o que os<br />

outros pensam, já que as percepções externas sobre a nossa pessoa começaram a<br />

formar nosso caráter e personalida<strong>de</strong> já na primeira infância.<br />

6<br />

Vol.


O que nos tornamos acaba sendo um reflexo do que “dá<br />

certo” em termos <strong>de</strong> proteção do ego e obtenção dos nossos<br />

<strong>de</strong>sejos e necessida<strong>de</strong>s. Ao crescermos e nos tornarmos conscientes<br />

<strong>de</strong> nossa própria realida<strong>de</strong>, cabe a nossa própria iniciativa<br />

mudar o que não foi construído a<strong>de</strong>quadamente em nossa fase<br />

<strong>de</strong> crescimento.<br />

Auto-ConHECiMEnto E Equilíbrio<br />

Nos fascículos anteriores, tratamos da habitação e alimentação<br />

saudáveis, dos benefícios da ativida<strong>de</strong> física feita corretamente,<br />

e das alternativas para o controle do stress. Neste, passaremos<br />

informações sobre algumas das práticas que as pessoas têm buscado<br />

para o auto-conhecimento e o alcance <strong>de</strong> maior equilíbrio<br />

interior, seja na área da Psicologia ou outras alternativas.<br />

Terapia cognitivo-comportamental<br />

Dentro do campo da Psicologia Clínica existem muitas teorias<br />

utilizadas pelos psicólogos como ferramentas para enten<strong>de</strong>r o<br />

funcionamento do comportamento humano, como a psicanálise,<br />

gestalt-terapia, terapia reichiana, existencial-humanista, etc.<br />

A Psicoterapia Cognitivo-Comportamental<br />

(TCC) é uma <strong>de</strong>ssas abordagens psicológicas,<br />

é contemporânea e vem mostrando gran<strong>de</strong><br />

Tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

como interpretamos<br />

os fatos<br />

eficácia no tratamento <strong>de</strong> diversos transtornos<br />

psicológicos.<br />

O mo<strong>de</strong>lo teórico cognitivo-comportamental<br />

propõe a hipótese <strong>de</strong> que nossas<br />

emoções e comportamentos são influenciados<br />

pela maneira <strong>de</strong> como percebemos e<br />

interpretamos os eventos. Ou seja, os problemas<br />

são resultantes <strong>de</strong> significados maladaptativos que construímos<br />

em relação a nós mesmos, ao contexto ambiental (experiência)<br />

e ao futuro (objetivos) que, juntos, formam a tría<strong>de</strong> cognitiva. Na<br />

ansieda<strong>de</strong>, por exemplo, a visão <strong>de</strong> si é vista como ina<strong>de</strong>quada<br />

(<strong>de</strong>vido a recursos <strong>de</strong>ficientes), o contexto é consi<strong>de</strong>rado perigoso<br />

e o futuro parece incerto. Já na <strong>de</strong>pressão, todos os três<br />

componentes são interpretados negativamente.<br />

Para a TCC, a cognição é a chave para os transtornos psicológicos,<br />

pois é a função que envolve <strong>de</strong>duções (pensamentos)<br />

sobre a experiência singular do indivíduo e sobre a ocorrência e<br />

o controle <strong>de</strong> sua percepção dos eventos.<br />

Através <strong>de</strong> registros <strong>de</strong> pensamentos, usados na terapia<br />

cognitivo-comportamental, as crenças não verda<strong>de</strong>iras e os<br />

pensamentos distorcidos po<strong>de</strong>m ser modificados pelo acesso a<br />

pensamentos alternativos e compensatórios, <strong>de</strong>senvolvendo-se<br />

novas crenças, facilitando a mudança dos estados <strong>de</strong> humor e<br />

do comportamento.<br />

Trata-se <strong>de</strong> uma forma <strong>de</strong> terapia objetiva, que procura tratar<br />

os sintomas <strong>de</strong> maneira direta e eficaz, com ênfase no presente.<br />

Isto não quer dizer que não sejam tratados aspectos emocionais<br />

passados, mas sim que, inicialmente, o foco da terapia é aquilo<br />

que mais aflige o paciente, como pensamentos, sentimentos e,<br />

consequentemente, comportamentos que estejam ocorrendo<br />

no dia-a-dia da pessoa.<br />

“O h O m e m p O d e supOrtar a s d e s g r a ç a s, e l a s s ã O<br />

a c i d e n t a i s e v ê m d e f O r a: O q u e realmente d ó i, n a v i d a,<br />

é s O f r e r p e l a s próprias c u l p a s.” (Os c a r Wi l d e)<br />

Análise bioenergética<br />

Outra abordagem terapêutica é a Análise Bioenergética, criada<br />

a partir do trabalho <strong>de</strong> Wilhelm Reich. Reich foi um psicanalista,<br />

aluno <strong>de</strong> Freud, que na década <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong>senvolveu os princípios<br />

da terapia corporal. Ele começou a trabalhar diretamente com o<br />

corpo, com uma técnica que visava especificamente aprofundar e<br />

liberar a respiração, a fim <strong>de</strong> melhorar e intensificar a experiência<br />

emocional. Mais tar<strong>de</strong>, Alexan<strong>de</strong>r Lowen e John Pierrakos, alunos<br />

<strong>de</strong> Reich, ampliaram esse método transformando-o no que se<br />

conhece hoje como Análise Bioenergética. Juntos começaram a<br />

explorar possibilida<strong>de</strong>s diferentes <strong>de</strong> trabalhos envolvendo o corpo<br />

no processo terapêutico. Buscando liberar as tensões, criaram<br />

as posturas em pé para promover vibrações, e <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>scoberta<br />

nasceu o conceito <strong>de</strong> grounding (alguém está groun<strong>de</strong>d quando<br />

está com “os pés no chão”, em contato com a realida<strong>de</strong>, inserida<br />

em seu contexto).<br />

Depois <strong>de</strong> algumas experiências, perceberam que era possível<br />

utilizar em conjunto o grounding, a respiração e as vibrações<br />

involuntárias, associadas ao som e aos<br />

toques sobre a musculatura tensa, para<br />

promover a ligação energética e emocional<br />

entre sentimentos do coração, sentimentos<br />

Palavras e i<strong>de</strong>ias<br />

po<strong>de</strong>m enganar. Mas<br />

o corpo revela a nossa<br />

verda<strong>de</strong><br />

sexuais e a consciência. Partiam dos movimentos<br />

voluntários para <strong>de</strong>spertar os<br />

involuntários e assim <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar os<br />

sentimentos inconscientes enraizados<br />

na memória corporal.<br />

A abordagem tem como ponto <strong>de</strong><br />

partida o trabalho corporal, buscando a


integração entre corpo, mente e espírito. O indivíduo é visto<br />

como uma unida<strong>de</strong> psicossomática. O que afeta a mente afeta<br />

o corpo, e o que afeta o corpo afeta a mente. As <strong>de</strong>fesas psicológicas<br />

usadas para lidar com a dor e o estresse, tais como<br />

racionalizações, negação e supressões também estão ancoradas<br />

no corpo. E aparecem como padrões musculares que inibem a<br />

expressão. Esses padrões tornam-se inconscientes e passam a<br />

fazer parte da própria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da pessoa, impedindo que ela<br />

consiga se modificar, mesmo que entenda a natureza do problema.<br />

Por isso, a Análise Bioenergética baseia-se na leitura corporal:<br />

o terapeuta ouve a história que a pessoa conhece e consegue<br />

contar e também <strong>de</strong>duz a história que ainda não conhece, a partir<br />

daquilo que o corpo mostra.<br />

Ao invés <strong>de</strong> se propor vencer resistências, a Análise Bioenergética<br />

busca dissolver couraças. Procura ajudar a pessoa a se<br />

mover para <strong>de</strong>ntro dos espaços internos on<strong>de</strong> os bloqueios po<strong>de</strong>m<br />

ser dissolvidos, porque se tornaram <strong>de</strong>snecessários. Dissolver<br />

couraças implica novos aprendizados, formas mais funcionais <strong>de</strong><br />

viver o próprio self e estar no mundo.<br />

Psicologia positiva<br />

Criada há 12 anos nos Estados Unidos e disseminada em<br />

seguida na Europa, a Psicologia Positiva chegou ao Brasil e outros<br />

países da América Latina há cerca <strong>de</strong> quatro anos. Destacar<br />

habilida<strong>de</strong>s, virtu<strong>de</strong>s e fortalezas das pessoas, ao invés <strong>de</strong> seus<br />

fracassos e dificulda<strong>de</strong>s, é tido como um <strong>de</strong> seus diferenciais.<br />

Seu criador, o norte-americano Martin Seligman, ressalta a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> as pessoas começarem a agir <strong>de</strong>ssa maneira com<br />

Destacar virtu<strong>de</strong>s e<br />

habilida<strong>de</strong>, ao invés <strong>de</strong><br />

fracassos<br />

as próprias qualida<strong>de</strong>s. Sugere, por exemplo,<br />

que, antes <strong>de</strong> dormir, pensem no que<br />

conseguiram atingir, em lugar <strong>de</strong> focar no<br />

que <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> fazer ou nas tarefas do<br />

dia seguinte. “Um dos aspectos mais<br />

saudáveis para qualquer indivíduo é<br />

reconhecer pequenas vitórias do diaa-dia,<br />

em vez <strong>de</strong> ficar só se cobrando”,<br />

explica Daniela Levy, psicóloga à frente<br />

da Associação <strong>de</strong> Psicologia Positiva da<br />

América Latina (APPAL).<br />

Embora não tenha sido criada especificamente para o ambiente<br />

corporativo, a psicologia Positiva e sua meta <strong>de</strong> manter a saú<strong>de</strong><br />

dos relacionamentos vêm sendo adotadas por <strong>de</strong>partamentos<br />

<strong>de</strong> recursos humanos das empresas.<br />

Por meio da Psicologia Positiva, é possível avaliar o nível <strong>de</strong><br />

prontidão <strong>de</strong> cada um para mudanças. “Existe o que chamamos<br />

<strong>de</strong> zona <strong>de</strong> conforto em que normalmente as pessoas ficam.<br />

Para melhorar atitu<strong>de</strong>s, o i<strong>de</strong>al é estimulá-las a sair <strong>de</strong>la, usando<br />

técnicas diferentes para avaliar fatores <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong> física e<br />

emocional e criar instrumentos <strong>de</strong> bem-estar”, explica Daniela.<br />

Essa avaliação é feita preferencialmente <strong>de</strong> forma individual. Em<br />

empresas, não existe a obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rir à ação, que<br />

<strong>de</strong>ve ser voluntária. De acordo com a psicóloga, essa avaliação<br />

é feita como se fosse uma “fotografia do funcionário”, e po<strong>de</strong><br />

ser em papel ou online.<br />

Sessões em grupo po<strong>de</strong>m ser alternativa para tornar o trabalho<br />

mais lúdico e incentivar a interação. Nelas, usam-se mé<br />

6<br />

Vol.


todos como dinâmicas, meditação para a mudança da linha <strong>de</strong><br />

pensamentos, cartas <strong>de</strong> gratitu<strong>de</strong> – escritas e trocadas pelos<br />

participantes – e até música. “Está comprovado que melodias e<br />

imagens positivas produzem conexões no cérebro que fazem a<br />

pessoa sentir mais prazer e estar aberta a produzir mudanças”,<br />

ressalta.<br />

Psicologia transpessoal<br />

É um ramo da psicologia que busca a compreensão dos<br />

múltiplos estados da consciência e propõe a superação dos<br />

conflitos por meio <strong>de</strong> uma “cosmovisão integradora”. Surgiu<br />

como evolução da psicologia humanista dos anos 60 e subverteu<br />

conceitos e práticas terapêuticas que marcaram a primeira<br />

meta<strong>de</strong> do século 20.<br />

Em vez do <strong>de</strong>terminismo das ações humanas e da ênfase na<br />

consciência normal em estado <strong>de</strong> vigília, implícitos nos princípios<br />

da psicanálise <strong>de</strong> Freud e na abordagem fisiológica do behaviorismo,<br />

a psicologia transpessoal realça os aspectos do chamado<br />

inconsciente coletivo e <strong>de</strong>safia o limite da ciência. Foi Jung,<br />

ex-discípulo <strong>de</strong> Freud, quem primeiro <strong>de</strong>screveu esse nível da<br />

mente e os fenômenos que lhe são associados. Tempos <strong>de</strong>pois,<br />

um grupo <strong>de</strong> psicólogos americanos e europeus,<br />

li<strong>de</strong>rado por Abraham Maslow e Stanislaf Grof,<br />

ampliou os conceitos junguianos e estruturou<br />

Dissolvendo a<br />

aparente fronteira<br />

entre o “eu” e o mundo<br />

exterior<br />

um novo tipo <strong>de</strong> psicoterapia.<br />

Enten<strong>de</strong>-se por transpessoal, tomado<br />

como adjetivo, aquilo que subsiste, que<br />

é quando <strong>de</strong>saparece o fenômeno ou a<br />

aparência da pessoa. Ou seja, transpessoal é<br />

o que fica por trás das máscaras da pessoa, dos<br />

seus condicionamentos, além da cultura.<br />

Os métodos da psicologia transpessoal abrangem experiências<br />

<strong>de</strong> expansão temporal e espacial da consciência, inclusive<br />

regressões a “vidas passadas”, como forma <strong>de</strong> conduzir o indivíduo<br />

a estados psíquicos superiores, que o aju<strong>de</strong>m a superar os<br />

condicionamentos do ego e a viver plenamente.<br />

Segundo Pierre Weil, Doutor em Psicologia pela Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Paris e Reitor da Universida<strong>de</strong> Holística Internacional<br />

<strong>de</strong> Brasília, po<strong>de</strong>-se dizer, genericamente, que se trata do estudo<br />

<strong>de</strong> consciência em que se dissolve a aparente fronteira entre o<br />

“eu” e o mundo exterior, em que <strong>de</strong>saparece o que chamamos<br />

<strong>de</strong> pessoa e surge uma vivência que está além. Esse estado <strong>de</strong><br />

consciência, segundo a cultura ou fase da história da humanida<strong>de</strong>,<br />

tem sido <strong>de</strong>signado <strong>de</strong> diferentes maneiras, como experiência<br />

mística, nirvana, iluminação, experiência transcen<strong>de</strong>ntal, êxtase,<br />

realização suprema, entre outras. Por sua visão holística, a psicologia<br />

transpessoal é o ponto <strong>de</strong> encontro da ciência, da arte, da<br />

filosofia e da mística. Neste último caso, ela aglutina as religiões,<br />

evi<strong>de</strong>nciando a origem única, apesar das divergências teológicas,<br />

oci<strong>de</strong>ntais ou orientais.<br />

De acordo com Weil, a psicologia transpessoal consiste numa<br />

pesquisa experimental e experiencial da natureza da realida<strong>de</strong><br />

vivida como um “ir além da dualida<strong>de</strong> espaço interior/espaço<br />

exterior”, além dos limites do pensamento conceitual inerente à<br />

pessoa humana. Estuda e evi<strong>de</strong>ncia o caráter relativo da vivência<br />

da realida<strong>de</strong>, em função dos diferentes estados <strong>de</strong> consciência,<br />

no qual tenta i<strong>de</strong>ntificar a natureza essencial a partir da vivência<br />

do estado <strong>de</strong> consciência cósmica ou transpessoal. Dissolve as<br />

fronteiras projetadas no espaço pelo espírito limitado do ser<br />

humano.


Na vida prática cotidiana, diz Weil, mostra ao homem os<br />

caminhos e métodos que permitem o acesso ao transpessoal<br />

<strong>de</strong>ntro do “pessoal”, por meio da <strong>de</strong>scoberta do “mestre interior”.<br />

Segundo o psicólogo, a psicologia transpessoal é possuidora <strong>de</strong><br />

um enorme potencial terapêutico, pois permite transformar as<br />

formas <strong>de</strong>strutivas <strong>de</strong> energia, como o ódio, a possessivida<strong>de</strong>, o<br />

orgulho competitivo, o crime e a inveja, em harmonia e paz para<br />

cada ser humano e para toda a humanida<strong>de</strong>.<br />

pEnSAMEnto poSitivo<br />

A noção <strong>de</strong> que ter pensamento positivo<br />

po<strong>de</strong> ser bom para sua saú<strong>de</strong> não é nova, mas<br />

Po<strong>de</strong>roso antídoto é realmente verda<strong>de</strong>? Um artigo publicado<br />

contra o estresse, na Current Directions in Psychological<br />

a dor e as doenças Science, sugere que os bons pensamentos<br />

po<strong>de</strong>m ser um po<strong>de</strong>roso antídoto para o<br />

estresse, a dor e as doenças.<br />

De acordo com os pesquisadores, existem<br />

vários caminhos através dos quais uma atitu<strong>de</strong> positiva po<strong>de</strong> proteger<br />

contra problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais tar<strong>de</strong> na vida. Por exemplo,<br />

as pessoas mais felizes po<strong>de</strong>m ter uma postura mais pró-ativa<br />

com relação ao envelhecimento, e por isso se exercitam regularmente.<br />

Segundo a pesquisa, essas pessoas também po<strong>de</strong>m evitar<br />

comportamentos menos saudáveis, como fumar. Os benefícios<br />

<strong>de</strong>stas opções <strong>de</strong> vida saudáveis são <strong>de</strong>cisivos quando você se<br />

torna idoso e seu corpo se torna mais suscetível à doenças.<br />

Cientistas têm constantemente afirmado: o pensamento positivo<br />

também po<strong>de</strong> combater o estresse, que é fator <strong>de</strong> risco para<br />

o <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento <strong>de</strong> outras doenças. Estudos constataram que<br />

“O nosso cérebro é o melhor brinquedo jamais<br />

criado: contém todo um conjunto <strong>de</strong> segredos,<br />

inclusive o da felicida<strong>de</strong>.”<br />

(Charles Chaplin)<br />

pessoas com fortes emoções positivas têm níveis mais baixos <strong>de</strong><br />

substâncias químicas associadas ao estresse. Além disso, adotando<br />

uma atitu<strong>de</strong> positiva, a pessoa po<strong>de</strong> até ser capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfazer<br />

alguns dos danos físicos causados pelo estresse.<br />

Os pesquisadores concluíram que, apesar da perda notável<br />

das funções físicas em todo o corpo, a capacida<strong>de</strong> emocional <strong>de</strong><br />

uma pessoa parecia ficar consistente com a ida<strong>de</strong>.<br />

A força do pensamento como analgésico<br />

A intensida<strong>de</strong> da sua dor <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da forma como você pensa<br />

sobre ela. “Se você tem uma expectativa negativa, certamente as<br />

chances <strong>de</strong> que a dor seja mais intensa são maiores. É o caso <strong>de</strong><br />

quem vai ao <strong>de</strong>ntista tremendo <strong>de</strong> medo do motorzinho: até o<br />

barulho causa dor”, afirma o neurologista Ricardo Teixeira, diretor<br />

do Instituto do Cérebro <strong>de</strong> Brasília/ICB.<br />

Quando você mentaliza que a dor não é assim tão forte,<br />

seu organismo sente-se estimulado a conduzir os impulsos por<br />

circuitos cerebrais que rendam resposta positiva, aliviando a dor.<br />

“Não dá para dizer que nenhuma dor será sentida, mas ela será<br />

mais sutil”, afirma o neurologista.<br />

Você precisa encontrar algo que dê prazer ao seu organismo.<br />

Não adianta experimentar a receita do seu vizinho ou as<br />

dicas <strong>de</strong> um livro best-seller. “Existem muitos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> funcionamento<br />

cerebral, é arriscado trabalhar com padrões nesta<br />

área. Posso dizer, com segurança, que o pensamento positivo<br />

alivia a dor. Mas não posso dizer que o caminho para isso é<br />

imaginar um oceano azul. E se a pessoa tem medo do mar, por<br />

exemplo?”, conclui Ricardo Teixeira.<br />

6<br />

Vol.


otiMiSMo<br />

Todos os dias entram nas nossas casas, através dos meios <strong>de</strong><br />

comunicação social, notícias <strong>de</strong>pressivas e bombásticas que<br />

influenciam as nossas vidas. Os bons não fazem história nem<br />

atraem audiência. Sabendo que um estado <strong>de</strong>pressivo influencia<br />

negativamente a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, é urgente mudar a nossa<br />

atitu<strong>de</strong> pessimista e começar a atribuir mais valor a uma perspectiva<br />

otimista.<br />

Segundo a psicóloga Marta Gonçalves, otimismo é uma filosofia<br />

<strong>de</strong> vida que influencia a forma como avaliamos os acontecimentos.<br />

Hoje sabemos que para estarmos satisfeitos com a vida não<br />

é suficiente curar a doença, é importante também estimular os<br />

aspectos que fortalecem o sistema imunológico, que nos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m<br />

contra agressões físicas e emocionais. Po<strong>de</strong> ser o amor, as<br />

relações com os outros ou o otimismo. Otimismo é a esperança<br />

<strong>de</strong> que o que sonhamos se concretizará.<br />

O otimismo é composto por três partes: o passado, o presente<br />

e o futuro. O futuro é a esperança; o passado é examinar a<br />

vida com um pensamento positivo “Eu estava errado, mas não<br />

podia fazer nada”; e o presente tem a ver com os sucessos do<br />

cotidiano, como: se eu quebrei a perna, pensar que tenho outra,<br />

que é algo temporário e que culpa não é minha. A explicação<br />

no presente otimista caracteriza-se por ser <strong>de</strong> impacto reduzido,<br />

temporário e sem culpa.<br />

Uma pessoa otimista vê os erros e as dificulda<strong>de</strong>s como oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r mais, <strong>de</strong>senvolver as suas capacida<strong>de</strong>s,<br />

melhorar a sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Não vê obstáculos mas sim<br />

<strong>de</strong>safios, sabe que existe sempre uma saída, uma solução, acredita<br />

e espera sempre o melhor, trabalhando também para o melhor.<br />

Dessa forma, tem mais oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> se dar bem na vida:<br />

tem uma auto-estima elevada, não pensa sempre nos seus pontos<br />

fracos, tem objetivos <strong>de</strong> vida e faz tudo para os alcançar, aceita<br />

as suas vitórias e os seus erros, poupa tempo a criticar os outros<br />

e a si própria e, sobretudo, tem gran<strong>de</strong>s probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ser<br />

mais feliz e mais bem sucedida.<br />

Ser otimista não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das circunstâncias, mas da atitu<strong>de</strong>. Ser<br />

otimista é uma forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>sintoxicação mental tornando-nos<br />

livres <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendências que nos impe<strong>de</strong>m <strong>de</strong> viver a vida da<br />

melhor maneira.<br />

Fontes: Frisch, Michael B. “Quality of life Therapy”, editora John Wiley & Sons, Inc.,<br />

New Jersey /2006; revista Cláudia/editora Abril; Wikipedia; Psicoclínica Cognitiva do Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro; Catho online/Lippi, Flávia; Associação <strong>de</strong> Psicologia Positiva da América Latina<br />

(APPAL); Psicóloga e escritora Sandra Regina da Luz Inácio, Diretora <strong>de</strong> Assessoria Geral<br />

da Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Psicanálise Transcen<strong>de</strong>ntal; Psicóloga Márcia Copetti; Psicóloga e Professora<br />

Universitária Marta Gonçalves/Portugal; Littlejohn, Stephen W. “Fundamentos Teóricos da<br />

Comunicação Humana”, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Zahar Editores, 1978; médico e filósofo Francesco<br />

Alberoni, Itália.<br />

fAxinA GErAl nA<br />

MEntE<br />

Quando estamos no “sufoco”, é preciso fazer uma faxina geral<br />

na mente e colocar sentimentos e energia em equilíbrio. Segundo<br />

o médico e filósofo italiano Francesco Alberoni, autor<br />

<strong>de</strong> vários livros sobre bem-estar, é fundamental <strong>de</strong>senvolver<br />

cinco posturas básicas:<br />

1. Aceitar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que não po<strong>de</strong>mos ficar presos ao passado:<br />

há momentos em que é necessário abandonar um estilo <strong>de</strong> vida<br />

e um modo <strong>de</strong> pensar que não servem mais para seguir em<br />

frente, por mais doloroso e difícil que pareça. Virar a página.<br />

2. Assumir uma atitu<strong>de</strong> positiva em relação à vida. Em vez <strong>de</strong><br />

se fechar em si mesma e entregar os pontos diante <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

problemas, procure acreditar que tem forças para ir à luta e<br />

mudar. A palavra-chave é persistência.<br />

3. Apren<strong>de</strong>r com a experiência alheia. Sempre há alguém que<br />

já passou pelo que estamos passando e encontrou uma saída.<br />

O mundo é incrivelmente rico em possibilida<strong>de</strong>s. Devemos<br />

abrir a mente, olhar com curiosida<strong>de</strong> para on<strong>de</strong> nunca olhamos.<br />

Temos a tendência <strong>de</strong> ver apenas o que nos é familiar. O que<br />

é novo geralmente nos assusta. Com isso, per<strong>de</strong>mos a chance<br />

<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e melhorar.<br />

4. Ter humilda<strong>de</strong>. Muitas vezes, a solução está diante do nosso<br />

nariz e não a vemos por presunção ou puro <strong>de</strong>sinteresse.<br />

5. Procurar o x da questão. Todo problema, mesmo aquele<br />

mais complicado, tem sempre um nó crucial. E só se vence uma<br />

guerra quando se compreen<strong>de</strong> o caráter, a força e a estratégia<br />

do inimigo.


46<br />

cases & cases<br />

A<br />

lAtAS dE Aço:<br />

MELHOR DESEMPENHO PARA O<br />

ENVASE DE MASSA CORRIDA<br />

lata <strong>de</strong> aço tem a força. Pelo menos é o<br />

que mostrou recente estudo realizado<br />

pelo Centro <strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong> Embalagem<br />

(CETEA), patrocinado pela Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Embalagem <strong>de</strong> Aço (ABEAÇO), para<br />

levantar dados <strong>de</strong> resistência mecânica <strong>de</strong> várias<br />

embalagens <strong>de</strong> massa corrida.<br />

De acordo com o estudo, a lata <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> 18L<br />

é mais resistente que<br />

outros materiais em<br />

relação a seu <strong>de</strong>sempenho<br />

físico-mecânico<br />

frente aos ensaios <strong>de</strong><br />

compressão dinâmica<br />

e queda livre. Durante<br />

a medição, as quatro embalagens avaliadas – bal<strong>de</strong><br />

plástico, barrica, caixa <strong>de</strong> papelão ondulado e lata<br />

<strong>de</strong> aço – apresentaram bom <strong>de</strong>sempenho, mas a lata<br />

se <strong>de</strong>stacou pela maior resistência.<br />

De acordo com a pesquisadora científica do<br />

CETEA/ITAL, Fiorella Dantas, a lata <strong>de</strong> aço não<br />

apresentou vazamento pelo sistema <strong>de</strong> fechamento<br />

ou qualquer tipo <strong>de</strong> rompimento no corpo da<br />

embalagem durante os testes mencionados. “Isso<br />

constata que a lata com um sistema <strong>de</strong> fechamento<br />

eficiente resiste aos impactos mesmo em alturas<br />

mais elevadas”, comenta.<br />

Conforme a gerente executiva da Abeaço, Thaís<br />

Fagury, os testes científicos só vêm comprovar o<br />

que as companhias pertencentes à indústria do aço<br />

fazem questão <strong>de</strong> ressaltar: que além <strong>de</strong> resistente, a<br />

lata é confiável para acondicionar massa corrida.<br />

Estudo do cEtEA mostra que, em<br />

matéria <strong>de</strong> massa corrida, as latas <strong>de</strong><br />

aço são consi<strong>de</strong>radas uma das melhores<br />

embalagens do mercado<br />

raio-x do teste<br />

O teste <strong>de</strong> resistência aplicado pelo CETEA<br />

leva em consi<strong>de</strong>ração uma simulação <strong>de</strong> peso<br />

máximo <strong>de</strong> empilhamento ao qual uma embalagem<br />

é submetida por meio <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong><br />

carga com incremento constante até que seja<br />

constatada <strong>de</strong>formação. Ou seja, me<strong>de</strong>-se a<br />

resistência a uma aplicação <strong>de</strong> força axial.<br />

Os testes <strong>de</strong> compressão dinâmica realizados<br />

com embalagens <strong>de</strong> massa corrida <strong>de</strong> 18L<br />

foram avaliados com base em <strong>de</strong>z repetições. A<br />

lata <strong>de</strong> aço apresentou 756,4 kgf <strong>de</strong> resistência<br />

média, com resultados variando <strong>de</strong> 681,2 kgf<br />

a 862,0 kgf.<br />

Para saber qual a resistência ao impacto<br />

por queda livre, as embalagens foram largadas<br />

a uma altura <strong>de</strong> até 1,20m por três vezes e analisadas<br />

três posições <strong>de</strong> impacto: topo, lateral<br />

e fundo.<br />

A lata <strong>de</strong> aço não apresentou vazamento<br />

do produto em nenhuma das posições. A caixa<br />

<strong>de</strong> papelão ondulado sofreu rompimento do<br />

saco plástico utilizado internamente quando<br />

a embalagem caiu com o fundo para baixo. A<br />

barrica apresentou falha em todas as posições,<br />

porém nem todas com vazamento do produto:<br />

quando largada lateralmente, não houve vazamento,<br />

mas o fundo se abriu; quando largada<br />

com a tampa para baixo ocorreu vazamento do<br />

produto e, quando largada com o fundo para<br />

baixo, ocorreu vazamento em um dos testes. Já<br />

com o bal<strong>de</strong> <strong>de</strong> plástico, no teste com a posição<br />

lateral, a tampa foi aberta nas três quedas. ME


mercado empresarial<br />

Há mais <strong>de</strong> três anos a Esab é parceira<br />

da “DCM Erectors” e “MRP LLC”<br />

na construção do novo World Tra<strong>de</strong><br />

Center, em Nova York. A torre principal do<br />

projeto, Torre 1, terá 107 andares - 562m <strong>de</strong><br />

altura - e conclusão ainda neste ano <strong>de</strong> 2011.<br />

Já fora consumidos mais <strong>de</strong> 45,400 kg <strong>de</strong> arames<br />

tubulares Esab. O 20º andar contará com<br />

todas as soldas <strong>de</strong> penetração total usando o<br />

Coreshield 8 e estima-se que somente este andar<br />

exigirá 9,080 kg do material.<br />

Além da Torre 1, a empresa está fornecendo<br />

consumíveis também para a Torre 4, que<br />

terá 65 andares. A linha completa <strong>de</strong> produtos<br />

com “Seismic Certified” é consi<strong>de</strong>rada i<strong>de</strong>al<br />

cases & cases<br />

ESAb AJudA A cONStruir<br />

O NOvO WOrLD trADE cENtEr<br />

para a construção <strong>de</strong> edifícios <strong>de</strong>sta natureza e<br />

os testes sísmicos feitos sobre estes produtos<br />

foram fundamentais para garantir a proposta<br />

da companhia.<br />

“A Esab está muito orgulhosa por ter sido<br />

escolhida para fornecer materiais<br />

Já foram consumidos mais <strong>de</strong><br />

para esta parte importante da his- 45,400 kg <strong>de</strong> arames tubulares<br />

tória americana”, diz Jerry Gleisner,<br />

vice presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Vendas da empresa no Leste<br />

dos EUA.<br />

A empresa está trabalhando estreitamente<br />

com a “Airgas <strong>de</strong> Piscataway, NJ” para estocar e<br />

distribuir todos os seus consumíveis necessários<br />

para este contrato especial. ME<br />

47


mercado empresarial<br />

Atuando no mercado <strong>de</strong> aços trefilados<br />

e laminados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005, a Novoaço<br />

Especial já é uma referência em seu<br />

segmento. A razão é simples: a empresa<br />

não tem poupado esforços em investir em<br />

qualida<strong>de</strong> e tecnologia <strong>de</strong> ponta. A qualificação<br />

dos funcionários, a escolha <strong>de</strong> excelentes parceiros<br />

e o investimento em equipamentos <strong>de</strong><br />

última geração são priorida<strong>de</strong> para a direção<br />

da empresa. O resultado é o alto padrão tanto<br />

dos produtos comercializados como os <strong>de</strong> fabricação<br />

própria, como é o caso das barras <strong>de</strong><br />

aços retificados.<br />

A empresa oferece ao mercado uma gama<br />

enorme <strong>de</strong> produtos, que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aço retificado,<br />

aço prata carbono, aço trefilado, aço<br />

laminado, aço inox, barras, chapas e tubos <strong>de</strong><br />

aço. E, apostando na inovação, consolida sua<br />

marca no setor com um trabalho que faz a diferença:<br />

a retificação <strong>de</strong> barras <strong>de</strong> aços <strong>de</strong>ntro<br />

das principais tolerâncias (h-7, h-8, h-9).<br />

Outra característica da Novoaço Especial<br />

frente ao mercado, é seu estoque para pronta<br />

entrega das principais bitolas <strong>de</strong> usos gerais, o<br />

que possibilita reduzir os custos para os clientes<br />

e maior agilida<strong>de</strong> nos prazos.<br />

A empresa, que tem sua se<strong>de</strong> na capital<br />

paulista, à rua José Manoel da Fonseca Jr., 500,<br />

na Vila Matil<strong>de</strong>, é também especializada na prestação<br />

<strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>de</strong>scascamento e retifica<br />

<strong>de</strong> aços em barras redondas nos diâmetros <strong>de</strong><br />

12.70 mm a 160,00 mm – aten<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>ntro dos<br />

padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> exigidos pelas normas <strong>de</strong><br />

tolerância <strong>de</strong> cada cliente seja em aços carbonos,<br />

ligados, inox ou aços-ferramenta:<br />

produtoS<br />

<strong>de</strong>staque<br />

novoAço ESpECiAl<br />

cOM QuAlidAdE E tEcNOlOgiA,<br />

MArcA já é rEfErêNcIA NO MErcADO<br />

• Materiais laminados somente para tolerância<br />

H.11, ou seja, trefilados.<br />

• Materiais trefilados e <strong>de</strong>scascados para tolerância<br />

<strong>de</strong> retificado em H.8 e H.9.<br />

• Barras <strong>de</strong> até 10 metros <strong>de</strong> comprimento.<br />

• Todos os materiais <strong>de</strong>verão vir endireitados.<br />

• Aços Retificados SAE 1020/45 = <strong>de</strong> 2,00 à 160,00mm <strong>de</strong> tol.<br />

h-8 e h-9 e sob consulta h-6 e h-7<br />

• Aços Retificados Ligas Gerais = Sob consulta = Inox/4140/ 8640<br />

/4340 / 4320 / 8620 /52100 - Etc.<br />

• Aços Retificados Cromados = <strong>de</strong> 2,00 a 160,00 mm camada <strong>de</strong><br />

cromo : 25 microns.<br />

• Tubos <strong>de</strong> Aço Trefilados/Brunidos = Diâmetro externo 31,75<br />

a 215,90 mm, Diâmetro interno 25,40 a 215,90 mm<br />

• Aços Fresados Usinados 1020/45 = Sextavados e Quadrados <strong>de</strong><br />

15,88mm à 254,00 mm Chatos <strong>de</strong> 25,00 à 223,00mm até 1000mm<br />

<strong>de</strong> larg.<br />

Sob Consulta 4140/ 8640 / 4320 /8620 Inox / BronzeComprimentos<br />

máximo: 3000 mm<br />

• Aços Trefilados SAE 1020/45 = Redondos <strong>de</strong> 3,00 mm à 101,60<br />

mm (4”)<br />

Sextavados <strong>de</strong> 3/16” à 50,80 mm (2”)<br />

Quadrados <strong>de</strong> 3/16” à 50,80 mm (2”)<br />

Chatos sob prévia consulta<br />

• Aços especiais para uso = Prata Tungstênio/ Carbono /<br />

VC-131/ VND, Ferramental e estampos (trabalho a Quente e a<br />

Frio)<br />

• Aços mecânicos laminados = 1020/ 1045 / 4140 / 8640 /8620<br />

/ 52100<br />

49


Imagem: Ricoh<br />

50<br />

meio ambiente<br />

EStruturAS<br />

dE MEtAl<br />

POdEM gErAr MENOS<br />

iMPActO<br />

Você sabe o quanto sua estrutura <strong>de</strong> estocagem<br />

ou embalagem metálica agrediu o<br />

meio ambiente até chegar no armazém?<br />

Provavelmente não, pois essa é uma questão<br />

pouco <strong>de</strong>batida. No entanto, isso ten<strong>de</strong> a mudar,<br />

porque a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um produto que<br />

agri<strong>de</strong> o meio ambiente é tanto <strong>de</strong> quem produz<br />

quanto <strong>de</strong> quem compra.<br />

Por isso, vale questionar o fornecedor em<br />

relação aos <strong>de</strong>talhes da produção e verificar o<br />

quanto o equipamento que está sendo comprado<br />

impactou o meio ambiente e o que foi feito para<br />

reduzir ou reverter esse impacto. A MetalShop,<br />

por exemplo, resolveu mudar sua forma <strong>de</strong> produção,<br />

justamente pensando no impacto <strong>de</strong> suas<br />

O outdoor utiliza apenas<br />

energia solar e eólica,<br />

por isso o seu funcionamento<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das<br />

condições atmosféricas<br />

Oprimeiro painel publicitário abastecido por<br />

energia eólica e solar da Europa foi instalado em<br />

Londres, na Inglaterra, pela empresa japonesa<br />

Ricoh Company. São 96 painéis solares e cinco<br />

turbinas eólicas individuais gerando energia. As duas fontes<br />

<strong>de</strong> energia são armazenadas e usadas para iluminar o<br />

outdoor, cujas luzes são acesas somente quando há energia<br />

suficiente recolhida, ou seja, o funcionamento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

muito das condições atmosféricas.<br />

Em 2010, a empresa já havia lançado um painel <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> exclusivamente por energia solar na Times<br />

embalagens e estruturas metálicas. Para isso, a empresa investiu em um<br />

processo robotizado, que utiliza eletrodo especial (MIG) na solda das<br />

estruturas. A tecnologia substitui a solda a base <strong>de</strong> cobre e chumbo,<br />

que atinge <strong>de</strong> forma negativa o meio ambiente.<br />

“Dessa forma, a automatização foi um ganho tanto na qualida<strong>de</strong> do<br />

processo <strong>de</strong> solda quanto no quesito preservação ambiental”, aponta<br />

André Montenegro, diretor administrativo da MetalShop. Segundo ele,<br />

90% do mercado nacional da indústria <strong>de</strong> solda ainda utiliza o eletrodo<br />

comum, que contém os metais pesados que agri<strong>de</strong>m a natureza.<br />

O novo processo <strong>de</strong> solda livre <strong>de</strong> chumbo e cobre foi lançado no<br />

mercado nos últimos seis meses. Fonte: <strong>Revista</strong> Intra Logística ME<br />

outdoor quE uSA EnErGiA<br />

SolAr E EóliCA é lAnçAdo nA inGlAtErrA<br />

O painel <strong>de</strong> londres, com três metros <strong>de</strong> altura e<br />

doze <strong>de</strong> largura, foi instalado em uma estrada que<br />

liga a capital inglesa ao aeroporto <strong>de</strong> heathrow<br />

Square, em Nova York (EUA). Este ano já instalou mais duas<br />

placas, uma solar em Sidney, na Austrália e esta com as duas<br />

fontes <strong>de</strong> energia.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Londres, com três metros <strong>de</strong> altura e doze <strong>de</strong><br />

largura, foi instalado em uma estrada que liga a capital inglesa<br />

ao aeroporto <strong>de</strong> Heathrow.<br />

A iniciativa faz parte do projeto da empresa em gerar<br />

energias alternativas. Ao longo dos anos, várias ações foram<br />

introduzidas para que o Grupo Ricoh alcance sua meta <strong>de</strong> reduzir<br />

seu impacto ambiental em 87,5%, em relação aos níveis<br />

<strong>de</strong> 2000, até 2050. ME


mercado empresarial<br />

meio ambiente<br />

PESQuiSAdOrES EStudAM<br />

rECiClAGEM dE<br />

dióxido dE CArbono<br />

Processo po<strong>de</strong>rá ser<br />

utilizado também para<br />

fins bioquímicos<br />

Acontribuição do excesso <strong>de</strong> emissão<br />

<strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbono (CO2) para as<br />

mudanças climáticas globais tem levado<br />

a comunida<strong>de</strong> científica a buscar<br />

formas mais eficientes para estocar e diminuir<br />

o lançamento do composto para a atmosfera.<br />

Um novo estudo realizado por pesquisadores<br />

do Laboratório <strong>de</strong> Química Orgânica Fina<br />

da Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista (Unesp),<br />

campus <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte, abre a perspectiva<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias<br />

que possibilitem capturar quimicamente o<br />

gás atmosférico e convertê-lo em produtos<br />

que possam ser utilizados pela indústria<br />

química para substituir reagentes altamente<br />

tóxicos utilizados hoje para fabricação <strong>de</strong><br />

compostos orgânicos usados como pesticidas<br />

e fármacos.<br />

Derivadas <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> pesquisa<br />

apoiado pela FAPESP por meio do Programa<br />

Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes,<br />

as <strong>de</strong>scobertas do trabalho, intitulado<br />

“Estudo da fixação e ativação da molécula <strong>de</strong><br />

dióxido <strong>de</strong> carbono com bases nitrogenadas”,<br />

foram publicadas na revista Green Chemistry,<br />

da The Royal Society of Chemistry.<br />

O estudo <strong>de</strong>monstrou, pela primeira<br />

vez, que uma molécula, <strong>de</strong>nominada DBN<br />

(uma base orgânica nitrogenada), é capaz<br />

<strong>de</strong> capturar dióxido <strong>de</strong> carbono, formando<br />

compostos (carbamatos) que po<strong>de</strong>m liberar<br />

CO2 seletivamente a temperaturas mo<strong>de</strong>radas.<br />

Dessa forma, a molécula po<strong>de</strong>rá ser<br />

utilizada como mo<strong>de</strong>lo para pesquisas sobre<br />

a captura seletiva <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbono <strong>de</strong><br />

diversas misturas <strong>de</strong> gases.<br />

“Essa <strong>de</strong>scoberta abre perspectivas sobre<br />

como po<strong>de</strong>remos fazer com que o composto<br />

resultante da ligação da DBN com o dióxido<br />

<strong>de</strong> carbono se forme em maior quantida<strong>de</strong>.<br />

Para isso, temos que estudar possíveis modificações<br />

em moléculas que apresentem semelhanças<br />

estruturais e funcionais com a DBN<br />

para que o composto seja mais eficiente”,<br />

disse Eduardo René Pérez González, principal<br />

autor do estudo, à Agência FAPESP.<br />

De acordo com o professor da Unesp,<br />

já se sabia que a DBN é capaz <strong>de</strong> capturar<br />

dióxido <strong>de</strong> carbono na presença <strong>de</strong> água.<br />

Por esse processo, a molécula retira um<br />

hidrogênio da água, ganha uma carga<br />

positiva (próton) e gera íons hidroxílicos<br />

(negativos) que atacam o dióxido <strong>de</strong> carbono,<br />

formando bicarbonatos.<br />

Até então, entretanto, não se tinha<br />

<strong>de</strong>monstrado que o composto também<br />

é capaz <strong>de</strong> capturar CO2, formando<br />

carbamato, por meio <strong>de</strong> uma ligação<br />

nitrogênio-carbono tipo uretano, que tem<br />

relação direta com um processo biológico<br />

em que 10% do dióxido <strong>de</strong> carbono do<br />

organismo humano é transportado por<br />

moléculas nitrogenadas.<br />

Em função disso, o processo também<br />

po<strong>de</strong>ria ser utilizado para o tratamento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminadas doenças relacionadas com<br />

a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> CO2 e seu transporte<br />

no organismo.<br />

“Essa <strong>de</strong>scoberta nos leva a pensar<br />

que também po<strong>de</strong>ríamos utilizar esse<br />

trabalho para fins bioquímicos, tentando,<br />

por exemplo, melhorar esse processo para<br />

tratamento <strong>de</strong> doenças relacionadas à<br />

concentração <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbono nas<br />

células e alguns tecidos, como o pulmonar”,<br />

disse González.<br />

Já na área industrial, os carbamatos<br />

– como, por exemplo, poliuretanas – <strong>de</strong>rivados<br />

da captura <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbono<br />

pela molécula DBN po<strong>de</strong>riam substituir<br />

tecnologias que utilizam reagentes altamente<br />

tóxicos, como o fosgênio, para<br />

preparação <strong>de</strong> compostos orgânicos<br />

usados como pesticidas e fármacos e em<br />

outras aplicações industriais.<br />

“A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se utilizar o<br />

dióxido <strong>de</strong> carbono para construir ou<br />

sintetizar moléculas que contêm o agrupamento<br />

carbonílico, sem a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se usar fosgênio ou isocianatos, representaria<br />

uma gran<strong>de</strong> vantagem”, disse<br />

o pesquisador. ME<br />

51


52<br />

sustentabilida<strong>de</strong><br />

O<br />

<strong>de</strong>vem fazer uso <strong>de</strong><br />

alternativas tecnológicas<br />

“ambientalmente<br />

sustentáveis”<br />

projEto dE lEi obriGA novoS<br />

CondoMínioS rESidEnCiAiS<br />

pAuliStAnoS A SErEM “vErdES”<br />

Projeto <strong>de</strong> Lei 126/2010, do vereador Souza<br />

Santos, que foi aprovado em primeira<br />

votação e tramita na Câmara Municipal <strong>de</strong><br />

São Paulo/SP, <strong>de</strong>termina que os novos condomínios<br />

resi<strong>de</strong>nciais que sejam construídos na cida<strong>de</strong> façam<br />

uso <strong>de</strong> alternativas tecnológicas “ambientalmente<br />

sustentáveis”.<br />

Em resumo, o projeto or<strong>de</strong>na que as novas obras<br />

dêem preferência à utilização <strong>de</strong> tecnologias como<br />

lâmpadas <strong>de</strong> alta eficiência para iluminação em áreas<br />

comuns e sistema <strong>de</strong> coleta seletiva <strong>de</strong> resíduos<br />

sólidos e <strong>de</strong> óleo comestível.<br />

No que tange à gestão <strong>de</strong> água nas edificações, a<br />

proposta torna obrigatória a utilização<br />

<strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> reuso e <strong>de</strong> aquecimento<br />

termo-solar <strong>de</strong> água, bem como a adoção<br />

<strong>de</strong> bacias sanitárias com volume <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scarga reduzida, torneiras e válvulas<br />

<strong>de</strong> fechamento automático em lavatórios,<br />

sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> águas da chuva (captação,<br />

retenção, armazenamento e utilização) e sistema <strong>de</strong><br />

tratamento <strong>de</strong> efluentes que reutilize água em<br />

finalida<strong>de</strong>s não-potáveis.<br />

Para aten<strong>de</strong>r o projeto, os equipamentos<br />

<strong>de</strong>verão aten<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>terminações da Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Normas Técnicas (ABNT). Segundo<br />

a proposta, o uso <strong>de</strong> água para finalida<strong>de</strong>s<br />

não-potáveis ficará subordinado às normas sanitárias<br />

vigentes e as condições técnicas específicas<br />

estabelecidas pelos órgãos competentes.<br />

Caso o projeto seja aprovado em segunda<br />

votação e sancionado pelo Executivo, os novos<br />

condomínios a serem construídos em São Paulo<br />

<strong>de</strong>verão aten<strong>de</strong>r às novas normas para obter<br />

alvará <strong>de</strong> construção.<br />

A proposta prevê aplicação <strong>de</strong> notificações<br />

preliminares em casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scumprimento<br />

<strong>de</strong> qualquer das novas normas e multa em<br />

caso <strong>de</strong> reincidência. O texto já votado pelos<br />

vereadores não fixou valores nem estabeleceu<br />

que órgão <strong>de</strong>verá aplicar as penalida<strong>de</strong>s.<br />

Fonte: revista Sustentabilida<strong>de</strong> ME


mercado empresarial sustentabilida<strong>de</strong><br />

ArEnA dE bASquEtE<br />

dAS OliMPíAdAS dE lONdrES<br />

SErá rECiClAdA APóS EVENtO<br />

Gran<strong>de</strong>s eventos esportivos, como Copas do Mundo<br />

<strong>de</strong> Futebol e Olimpíadas, costumam levar os paísesse<strong>de</strong>s<br />

a erguerem gran<strong>de</strong>s estádios e centros esportivos<br />

que, além <strong>de</strong> consumirem muita matéria-prima,<br />

dinheiro e energia durante a construção, muitas vezes não<br />

são tão utilizados após as competições.<br />

Não será o caso da Arena <strong>de</strong> Basquete que acaba <strong>de</strong><br />

ser concluída em Londres para as Olimpíadas <strong>de</strong> 2012.<br />

A estrutura foi erguida <strong>de</strong> tal forma que po<strong>de</strong>rá ser <strong>de</strong>smontada<br />

e suas partes recicladas ou reutilizadas em outras<br />

locações após as competições.<br />

O estádio foi entregue pela organização do evento antes<br />

do prazo, no dia 9 <strong>de</strong> junho, e é a quarta obra pronta para as<br />

Olimpíadas. A arena tem 35 metros <strong>de</strong> altura e foi erguida<br />

com mil toneladas <strong>de</strong> aço, posteriormente cobertos com<br />

uma membrana reciclável <strong>de</strong> PVC branca.<br />

Depois que a tocha olímpica for apagada, o estádio será<br />

<strong>de</strong>smontado, e suas partes serão reutilizadas em outras<br />

construções, remontadas em outros locais ou recicladas.<br />

Além <strong>de</strong> reduzir os impactos ambientais da fabricação<br />

<strong>de</strong> novas estruturas, o processo reduzirá custos para a<br />

cida<strong>de</strong>.<br />

Para o chefe executivo da Autorida<strong>de</strong> para a Realização<br />

da Olimpíada (ODA, na sigla em inglês), Dennis Hone,<br />

esse mo<strong>de</strong>lo móvel, mais leve e temporário <strong>de</strong> estrutura<br />

Práticas industriais <strong>de</strong> baixo carbono e<br />

tendências, riscos e oportunida<strong>de</strong>s do<br />

setor estão na agenda<br />

Além <strong>de</strong> reduzir os impactos ambientais<br />

da fabricação <strong>de</strong> novas estruturas, o<br />

processo reduzirá custos para a cida<strong>de</strong><br />

permitirá que mais países reforcem os benefícios econômicos<br />

associados a gran<strong>de</strong>s eventos esportivos.<br />

Pintada nas cores da bola <strong>de</strong> basquete, laranja e preto,<br />

a Basketball Arena tem capacida<strong>de</strong> para 12 mil pessoas,<br />

abrigadas em 35 metros <strong>de</strong> altura e 115 <strong>de</strong> largura. Ela<br />

será inaugurada com um torneio amistoso entre as equipes<br />

do Reino Unido, Austrália, China, Croácia, França<br />

e Sérvia, e durante as Olimpíadas receberá, além dos<br />

torneios <strong>de</strong> basquete feminino e masculino, os jogos das<br />

quartas <strong>de</strong> final em diante <strong>de</strong> han<strong>de</strong>bol. Ela também será<br />

a casa das competições <strong>de</strong> basquete e rúgbi em ca<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong> rodas nos Jogos Paraolímpicos, em agosto <strong>de</strong> 2012.<br />

Fonte: Eco<strong>de</strong>senvolvimento ME<br />

indúStriA dEbAtErá<br />

AçõES cLIMátIcAS<br />

ARe<strong>de</strong> Clima da Indústria Nacional, articulação que preten<strong>de</strong> reunir<br />

representantes <strong>de</strong> todos os setores industriais do Brasil para <strong>de</strong>bater<br />

medidas <strong>de</strong> mitigação e adaptação às mudanças climáticas, acaba <strong>de</strong> ser<br />

lançada pela CNI - Confe<strong>de</strong>ração Nacional da Indústria. A i<strong>de</strong>ia surgiu<br />

para dar um respaldo aos setores da indústria da transformação, construção<br />

civil e extrativa mineral, que, segundo <strong>de</strong>terminação da Política Nacional sobre<br />

Mudança do Clima, terão que entregar ao governo seus Planos Setoriais <strong>de</strong><br />

Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>ste ano.<br />

Entre os temas que estão pautados para serem discutidos durante as<br />

reuniões da Re<strong>de</strong> Clima da Indústria Nacional estão práticas industriais <strong>de</strong><br />

baixo carbono e tendências, riscos e oportunida<strong>de</strong>s do setor na agenda das<br />

mudanças do clima. ME<br />

53


mercado empresarial legislação<br />

novo CódiGo dEVErá<br />

rEduzir riSCo<br />

JurídicO PArA EMPrESAS<br />

Onovo Código <strong>de</strong> Processo Civil vai reduzir<br />

expressivamente o risco jurídico<br />

brasileiro e diminuir as chances <strong>de</strong> que<br />

o passado seja, como é hoje, uma fonte<br />

<strong>de</strong> surpresas <strong>de</strong>sagradáveis para as empresas em<br />

suas relações com o Fisco. Segundo o ministro<br />

Luiz Fux, do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral (STF),<br />

duas mudanças vão afetar diretamente a vida<br />

das empresas. A primeira é que as companhias<br />

que têm os mesmos pedidos na Justiça tenham<br />

a mesma <strong>de</strong>cisão. A segunda é que as mudanças<br />

<strong>de</strong> entendimento do Judiciário, que trazem<br />

inesperados custos adicionais <strong>de</strong> impostos e <strong>de</strong><br />

produção às empresas, só po<strong>de</strong>m valer a partir<br />

<strong>de</strong> posição <strong>de</strong>finitiva dos tribunais superiores.<br />

Essas duas mudanças estão previstas na<br />

reforma do Código <strong>de</strong> Processo Civil (CPC) e<br />

po<strong>de</strong>m transformar-se em realida<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong><br />

2013. O texto já foi aprovado no Senado e, se<br />

passar na Câmara, vai impedir que empresas<br />

que contam com <strong>de</strong>cisões judiciais para não<br />

pagar <strong>de</strong>terminados tributos tenham <strong>de</strong> fazêlo,<br />

caso o Judiciário mu<strong>de</strong> <strong>de</strong> posição, arcando<br />

inclusive com custos por anos anteriores à nova<br />

orientação. “Os empresários precisam <strong>de</strong> previsibilida<strong>de</strong>”,<br />

disse Fux. “Todos precisam saber o<br />

dia <strong>de</strong> amanhã e o CPC vai prever isso”, afirmou<br />

o ministro, em entrevista ao Valor.<br />

O novo Código terá inci<strong>de</strong>ntes processuais<br />

que permitirão ao STF assumir casos <strong>de</strong> instâncias<br />

inferiores e dar uma diretriz única para<br />

todo o país. Se, nesses casos, houver mudança<br />

<strong>de</strong> jurisprudência, o novo entendimento só será<br />

aplicado a partir da <strong>de</strong>cisão do STF, que terá<br />

<strong>de</strong> ser explícito sobre a partir <strong>de</strong> quando ele<br />

passará a valer. Será uma proteção às empresas.<br />

Por isso, Fux acredita que o novo CPC será mais<br />

revolucionário do que a reforma do Judiciário,<br />

aprovada em 2004.<br />

Fux informou que pelo menos dois gran<strong>de</strong>s<br />

casos <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>cididos pelo novo processo<br />

- a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empresários abrirem filiais<br />

<strong>de</strong> suas lojas próximas a shopping centers com<br />

os quais já têm contratos e a <strong>de</strong> as lojas <strong>de</strong><br />

conveniência em postos <strong>de</strong> gasolina po<strong>de</strong>rem<br />

ven<strong>de</strong>r remédios anódinos, como aspirina e<br />

vitamina C. Uma vez adotado, esse inci<strong>de</strong>nte<br />

também permitirá ao STF dar orientação única<br />

para milhares <strong>de</strong> questões, como a cobrança<br />

<strong>de</strong> tributos, cujo pagamento, hoje, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões que costumam ser divergentes na<br />

Justiça - algumas empresas pagam e outras não.<br />

Pelo instrumento, o STF terá o prazo máximo<br />

<strong>de</strong> um ano e meio para dar uma resposta única<br />

a todas as empresas do país. Fonte: Valor ME<br />

Mudanças<br />

po<strong>de</strong>m se<br />

tornar realida<strong>de</strong> a<br />

partir <strong>de</strong> 2013<br />

55


56<br />

qualida<strong>de</strong><br />

AltO PAdrãO NO SEgMENtO dE AçO<br />

A<br />

ten<strong>de</strong>r o cliente com soluções personalizadas no<br />

segmento <strong>de</strong> aço é o gran<strong>de</strong> diferencial da Acerotec<br />

Produtos Si<strong>de</strong>rúrgicos. A empresa, que atua <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1997 na prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>de</strong>scascamento, retífica e<br />

usinagem <strong>de</strong> barras <strong>de</strong> aço, é reconhecida pelo mercado pelo<br />

seu alto padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, tanto no atendimento, através<br />

<strong>de</strong> pessoal altamente especializado, como na linha <strong>de</strong> produção<br />

– razão pela qual conquistou, em 2005, a certificação<br />

ISO 9001: 2000.<br />

Participando ativamente do avanço da indústria nacional,<br />

a empresa tem investido sempre em novas tecnologias, trabalhando<br />

com barras <strong>de</strong> aço nos diâmetros <strong>de</strong> 12,00 a 160,00<br />

Soluções personalizadas,<br />

o gran<strong>de</strong> diferencial<br />

mm, nos vários tipos <strong>de</strong> aço,<br />

<strong>de</strong> acordo com a necessida<strong>de</strong><br />

do cliente (carbono, ligados,<br />

inox, aços ferramenta e tubos<br />

mecânicos) e <strong>de</strong>ntro das nor-<br />

mas <strong>de</strong> tolerância exigidas.<br />

O <strong>de</strong>scascamento do aço consiste na remoção <strong>de</strong> sobremetal<br />

até 1,50 mm, usando ferramentas <strong>de</strong> corte visando<br />

precisão dimensional e eliminação <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos superficiais. O<br />

processo <strong>de</strong>ixa o material com um acabamento totalmente<br />

liso e brilhante e po<strong>de</strong> ser feito diretamente no laminado, com<br />

endireitamento prévio, no trefilado e até mesmo material com<br />

tratamento térmico. Entre as vantagens no processo estão:<br />

superfície isenta <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos superficiais <strong>de</strong>vido a usinagem,<br />

dureza homogênea, superfície e núcleo, acabamento liso,<br />

polido e espelhado (sem marcas <strong>de</strong> endireitamento ou <strong>de</strong>scascamento)<br />

e ovalização máxima <strong>de</strong> 0,02mm no diâmetro.<br />

A empresa aten<strong>de</strong> barras <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> até 12 metros <strong>de</strong><br />

comprimento, materiais laminados somente para tolerância<br />

h11 (ou seja, trefilados) e materiais trefilados e <strong>de</strong>scascados<br />

para tolerância <strong>de</strong> retificado, h8. Os materiais <strong>de</strong>verão vir<br />

<strong>de</strong>vidamente endireitados.<br />

A personalização no atendimento à clientela é meta perseguida<br />

pela empresa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua fundação. Para isso, além<br />

dos investimentos em máquinas e equipamentos <strong>de</strong> ponta,<br />

a direção prioriza a constante atualização dos profissionais<br />

da equipe, que têm, <strong>de</strong>ssa forma, a competência para realizar<br />

um trabalho da mais alta qualida<strong>de</strong>. ME


mercado empresarial<br />

Onovo Código <strong>de</strong> Processo Civil vai reduzir<br />

expressivamente o risco jurídico<br />

brasileiro e diminuir as chances <strong>de</strong><br />

que o passado seja, como é hoje, uma fonte <strong>de</strong><br />

surpresas <strong>de</strong>sagradáveis para as empresas em<br />

suas relações com o Fisco. Segundo o ministro<br />

Luiz Fux, do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral (STF),<br />

duas mudanças vão afetar diretamente a vida<br />

das empresas. A primeira é que as companhias<br />

que têm os mesmos pedidos na Justiça tenham<br />

a mesma <strong>de</strong>cisão. A segunda é que as mudanças<br />

<strong>de</strong> entendimento do Judiciário, que trazem<br />

inesperados custos adicionais <strong>de</strong> impostos e <strong>de</strong><br />

produção às empresas, só po<strong>de</strong>m valer a partir<br />

<strong>de</strong> posição <strong>de</strong>finitiva dos tribunais superiores.<br />

Essas duas mudanças estão previstas na<br />

reforma do Código <strong>de</strong> Processo Civil (CPC) e<br />

po<strong>de</strong>m transformar-se em realida<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong><br />

2013. O texto já foi aprovado no Senado e, se<br />

passar na Câmara, vai impedir que empresas<br />

que contam com <strong>de</strong>cisões judiciais para não<br />

pagar <strong>de</strong>terminados tributos tenham <strong>de</strong> fazêlo,<br />

caso o Judiciário mu<strong>de</strong> <strong>de</strong> posição, arcando<br />

inclusive com custos por anos anteriores à nova<br />

orientação. “Os empresários precisam <strong>de</strong> previsibilida<strong>de</strong>”,<br />

disse Fux. “Todos precisam saber o<br />

dia <strong>de</strong> amanhã e o CPC vai prever isso”, afirmou<br />

o ministro, em entrevista ao Valor.<br />

gestão<br />

GuiA EMprESA CoMpEtitivA trAz<br />

diCAS pArA fortAlECEr GEStão<br />

O novo Código terá inci<strong>de</strong>ntes processuais<br />

que permitirão ao STF assumir casos <strong>de</strong> instâncias<br />

inferiores e dar uma diretriz única para<br />

todo o país. Se, nesses casos, houver mudança<br />

<strong>de</strong> jurisprudência, o novo entendimento só será<br />

aplicado a partir da <strong>de</strong>cisão do STF, que terá<br />

<strong>de</strong> ser explícito sobre a partir <strong>de</strong> quando ele<br />

passará a valer. Será uma proteção às empresas.<br />

Por isso, Fux acredita que o novo CPC será mais<br />

revolucionário do que a reforma do Judiciário,<br />

aprovada em 2004.<br />

Fux informou que pelo menos dois gran<strong>de</strong>s<br />

casos <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>cididos pelo novo processo<br />

- a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empresários abrirem filiais<br />

<strong>de</strong> suas lojas próximas a shopping centers<br />

com os quais já têm contratos e a<br />

<strong>de</strong> as lojas <strong>de</strong> conveniência em postos<br />

<strong>de</strong> gasolina po<strong>de</strong>rem ven<strong>de</strong>r remédios<br />

anódinos, como aspirina e vitamina<br />

C. Uma vez adotado, esse inci<strong>de</strong>nte<br />

também permitirá ao STF dar orientação única<br />

para milhares <strong>de</strong> questões, como a cobrança<br />

<strong>de</strong> tributos, cujo pagamento, hoje, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões que costumam ser divergentes na<br />

Justiça - algumas empresas pagam e outras não.<br />

Pelo instrumento, o STF terá o prazo máximo<br />

<strong>de</strong> um ano e meio para dar uma resposta única<br />

a todas as empresas do país. Fonte: Valor ME<br />

Mudanças po<strong>de</strong>m se<br />

tornar realida<strong>de</strong> a partir<br />

<strong>de</strong> 2013<br />

57


58<br />

empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

nEoCoMpEtênCiA<br />

Uma nova abordagem para o sucesso profissional<br />

A famigerada “regra do cHA” está ultrapassada.<br />

conheça um novo mo<strong>de</strong>lo para o conceito <strong>de</strong> competência<br />

S<br />

eja para construir uma carreira <strong>de</strong> sucesso<br />

ou para encontrar sua vocação e seguir<br />

uma missão, ser competente é um prérequisito<br />

básico. A mais difundida <strong>de</strong>finição para<br />

competências foi formulada por Scott B. Parry, em<br />

sua obra “The quest for competencies”, <strong>de</strong> 1996,<br />

em que ele diz:<br />

“Competências é um agrupamento <strong>de</strong> conhecimentos,<br />

habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s relacionados, que<br />

afeta a maior parte <strong>de</strong> uma tarefa (papel ou responsabilida<strong>de</strong>),<br />

correlacionado à performance,<br />

que po<strong>de</strong> ser medido a<br />

partir <strong>de</strong> parâmetros bem-aceitos,<br />

e que po<strong>de</strong> ser melhorado através<br />

<strong>de</strong> treinamento e <strong>de</strong>senvolvimento”.<br />

Esse conceito ficou registrado<br />

no mundo acadêmico<br />

e corporativo como a<br />

Regra do CHA.<br />

O “C” representa<br />

o conhecimento, o<br />

saber adquirido.<br />

É o processo<br />

<strong>de</strong> instrução<br />

e envolve<br />

formação,<br />

*tom coelho<br />

escolarida<strong>de</strong>, autodidatismo, leituras, cursos e<br />

treinamentos realizados. O “H” significa habilida<strong>de</strong>,<br />

o saber fazer. Trata-se da capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> produzir a partir do conhecimento adquirido<br />

e diz respeito a ações práticas como analisar,<br />

interpretar, compreen<strong>de</strong>r, julgar, planejar, administrar,<br />

comunicar, entre tantas outras. Mediante<br />

treino, repetição e prática constante, as habilida<strong>de</strong>s<br />

po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidas e lapidadas. O “A”<br />

constitui a atitu<strong>de</strong>, o querer fazer. É a <strong>de</strong>cisão<br />

consciente e emocional <strong>de</strong> agir diante dos fatos,<br />

com proativida<strong>de</strong> e assertivida<strong>de</strong>. Atitu<strong>de</strong>s são<br />

constatações, favoráveis ou <strong>de</strong>sfavoráveis, em<br />

relação a objetos, pessoas ou eventos. Uma atitu<strong>de</strong><br />

é formada por três componentes: cognição,<br />

afeto e comportamento.<br />

Ocorre que o conceito do CHA já não<br />

respon<strong>de</strong> às <strong>de</strong>mandas do mundo corporativo<br />

atual, motivo pelo qual <strong>de</strong>senvolvi um novo<br />

mo<strong>de</strong>lo ao qual intitulei “Neocompetência”.<br />

Embora o conhecimento continue imprescindível,<br />

na base <strong>de</strong>sta estrutura, é importante<br />

pontuar que ele não é mais estático. Aliás, as<br />

festas <strong>de</strong> “formatura” nas universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>veriam<br />

ser simplesmente abolidas, porque ao<br />

concluir um curso <strong>de</strong> graduação com quatro<br />

anos <strong>de</strong> duração, por exemplo, muito do que<br />

foi estudado no primeiro e segundo anos já<br />

está <strong>de</strong>fasado. Disso <strong>de</strong>corre a importância da<br />

atualização, o saber apren<strong>de</strong>r, representando o<br />

<strong>de</strong>safio <strong>de</strong> ampliar o conhecimento <strong>de</strong> forma<br />

contínua, além da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discernir sobre<br />

o que <strong>de</strong>ve ou não ser aprendido <strong>de</strong>ntre tantas<br />

possibilida<strong>de</strong>s.


mercado empresarial<br />

A atitu<strong>de</strong>, embora seja o elo supremo <strong>de</strong>sta<br />

corrente, precisa ser referendada pela realização,<br />

o fazer efetivamente, pois muitos que <strong>de</strong>sejam<br />

não levam a termo suas ações, capitulando e<br />

<strong>de</strong>sistindo no <strong>de</strong>correr do caminho.<br />

Neste contexto, surge a premência da motivação,<br />

o fazer. Num primeiro instante, do ponto<br />

<strong>de</strong> vista individual, mesmo porque a motivação<br />

é um processo pessoal, responsável pela intensida<strong>de</strong>,<br />

direção e persistência dos esforços <strong>de</strong><br />

uma pessoa para atingir uma <strong>de</strong>terminada meta.<br />

A intensida<strong>de</strong> está relacionada à quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> esforço empregado - muito ou pouco. A<br />

direção refere-se a uma escolha qualitativa e<br />

quantitativa em face <strong>de</strong> alternativas diversas.<br />

E a persistência reflete o tempo direcionado à<br />

prática da ação, indicando se a pessoa <strong>de</strong>siste<br />

ou insiste no cumprimento da tarefa.<br />

Mas para se alcançar a efetivida<strong>de</strong>, precisamos<br />

empreen<strong>de</strong>r ações não individualmente,<br />

mas em equipe. Neste ponto, a motivação se<br />

converte em apoio, sustentação e, em especial,<br />

inspiração àqueles que compõem o time.<br />

No estágio seguinte, o profissional competente<br />

compreen<strong>de</strong> que conhecimento bom<br />

é conhecimento compartilhado e que para<br />

evoluir não apenas na hierarquia, mas nos<br />

processos <strong>de</strong> reconhecimento e <strong>de</strong> autorrealização,<br />

é necessário ensinar aos que estão ao seu<br />

redor. É o fazer saber, por meio da educação,<br />

disseminando experiências, comportamentos e<br />

melhores práticas.<br />

Neste momento, surge a importância da<br />

autoconsciência <strong>de</strong> que na medida em que<br />

ampliamos nosso espectro <strong>de</strong> conhecimentos,<br />

maior é nossa ignorância diante do universo <strong>de</strong><br />

possibilida<strong>de</strong>s do saber. A humilda<strong>de</strong> representa<br />

o saber saber, a percepção clara e inequívoca<br />

<strong>de</strong> nossas próprias limitações e que nos faz<br />

simultaneamente educadores e educandos,<br />

combatendo a prepotência e a arrogância. Há<br />

que apren<strong>de</strong>r, porém há também que ensinar.<br />

A humilda<strong>de</strong> leva à prática inconteste da<br />

verda<strong>de</strong>. E como não há porque mascarar<br />

eventos ou ações passa-se a valorizar a autenticida<strong>de</strong>,<br />

o saber ser, on<strong>de</strong> importa não o que<br />

você tem, mas quem você é. Uma característica<br />

singular num mundo tão superficial em <strong>de</strong>ter-<br />

minados aspectos como o que vivenciamos<br />

atualmente.<br />

O homem é um ser social por natureza, <strong>de</strong><br />

modo que <strong>de</strong>ve apren<strong>de</strong>r não apenas a viver,<br />

mas também saber conviver, ou seja, viver com<br />

seus pares. A isso chamamos sociabilida<strong>de</strong>.<br />

Por fim, a solidarieda<strong>de</strong>, que remete não à<br />

solidão, mas à cooperação, à responsabilida<strong>de</strong><br />

e à inter<strong>de</strong>pendência. É a consciência plena<br />

<strong>de</strong> saber <strong>de</strong>volver à mesma socieda<strong>de</strong> em que<br />

convivemos um pouco do que apren<strong>de</strong>mos e<br />

somos a fim <strong>de</strong> mitigar as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s.<br />

Compreendido o conceito mo<strong>de</strong>rno <strong>de</strong><br />

“competência”, fica mais fácil para o profissional<br />

<strong>de</strong>finir como <strong>de</strong>ve se posicionar. Há competências<br />

técnicas, comportamentais, relacionais,<br />

valorativas e transcen<strong>de</strong>ntais. Mas este é assunto<br />

para outra oportunida<strong>de</strong>. ME<br />

empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

* Tom Coelho é educador,<br />

conferencista e escritor<br />

com artigos publicados<br />

em 15 países. É autor <strong>de</strong><br />

“Sete Vidas - Lições para<br />

construir seu equilíbrio<br />

pessoal e profissional”, pela<br />

Editora Saraiva, e coautor<br />

<strong>de</strong> outros quatro livros<br />

(www.tomcoelho.com.br )<br />

Há dois tipos <strong>de</strong> pessoas: aquelas que<br />

fazem o trabalho e aquelas que ficam com<br />

o crédito. tente estar no primeiro grupo: há<br />

menos competição lá.”<br />

(Indira gandhi)<br />

59


60<br />

inovação<br />

NANOMEtAiS SuPEr<br />

FOrtES cOMEçArãO A SEr<br />

uSAdOS EM AutOMóVEiS<br />

com o<br />

aumento da<br />

resistência<br />

das partes<br />

metálicas, os<br />

carros serão<br />

mais leves e<br />

seguros<br />

Um carro que sai da fábrica hoje usa nada menos<br />

do que 193 tipos diferentes <strong>de</strong> aço. Os aços para a<br />

fabricação <strong>de</strong> cada peça - da lataria às esferas dos<br />

rolamentos - vêm sendo cuidadosamente otimizado<br />

ao longo dos anos. Alguns tiveram que ficar mais fortes, para<br />

aten<strong>de</strong>r às exigências crescentes das normas <strong>de</strong> segurança.<br />

Outros tiveram que ficar o mais leve possível, para ajudar<br />

a diminuir o consumo <strong>de</strong> combustível.<br />

Com o advento da nanotecnologia, começam agora a<br />

entrar em cena os nanometais, metais super fortes, super<br />

resistentes e super leves, prometendo tornar os carros simultaneamente<br />

ainda mais leves e mais seguros.<br />

Nanometais<br />

Os nanometais são formados por grânulos metálicos<br />

muito pequenos - <strong>de</strong> 10 a 1.000 nanômetros - <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />

da utilização. Quanto menores são os grânulos, mais forte o<br />

metal se torna. Por exemplo, um metal po<strong>de</strong> se tornar duas<br />

vezes mais forte se seus grânulos individuais se tornarem<br />

quatro vezes menores.<br />

No aço e no alumínio, os cientistas já conseguiram romper<br />

a barreira dos 1.000 nanômetros em situações práticas,<br />

em nível <strong>de</strong> processo industrial. Mas então começaram a<br />

surgir os problemas. O metal fica cada vez mais forte, mas<br />

também amolece rapidamente se a temperatura subir. Isso<br />

tem impedido o uso dos nanometais em automóveis e outras<br />

aplicações industriais.<br />

[imagem: risoe]<br />

um dos maiores ganhos com os nanometais será o aumento da resistência das<br />

partes metálicas dos carros, que se tornarão mais leves e mais seguros.<br />

dupla fronteira<br />

O pesquisador Tianbo Yu, trabalhando na<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Riso, na Dinamarca, resolveu<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lado um pouco os grânulos e prestar<br />

mais atenção nas interfaces entre os grânulos.<br />

Ele verificou que, quanto menores ficam os<br />

grânulos, mais fácil fica para eles se moverem<br />

<strong>de</strong>ntro da estrutura cristalina, o que explica o<br />

amolecimento, mesmo a temperaturas relativamente<br />

baixas para cada metal.<br />

Mas então veio o melhor: Yu <strong>de</strong>scobriu não<br />

apenas que os grânulos po<strong>de</strong>m ser “travados”,<br />

como também verificou que a solução para o<br />

problema é tecnologicamente viável em termos<br />

industriais, abrindo o caminho para o uso dos<br />

nanometais pela indústria automobilística.<br />

A solução está na criação <strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong><br />

interface dupla entre os grânulos, que evita que<br />

uns “escorreguem” nos outros. Essa interface<br />

po<strong>de</strong> ser criada durante o processo <strong>de</strong> fabricação<br />

das micro e nano-partículas que entrarão<br />

na composição do nanometal.<br />

A universida<strong>de</strong> requereu a patente para a<br />

<strong>de</strong>scoberta e anunciou negociações com uma<br />

empresa dinamarquesa, cujo nome não foi divulgado,<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento das primeiras<br />

amostras <strong>de</strong> nanoalumínio super-resistente.<br />

Fonte: Inovação Tecnológica ME


mercado empresarial<br />

rEViSãO dO<br />

MArcO lEgAl<br />

dA iNOVAçãO<br />

Atualização<br />

e incentivo a<br />

investimentos<br />

estão entre as<br />

metas<br />

AFrente Parlamentar <strong>de</strong> Ciência,<br />

Tecnologia e Inovação da Câmara<br />

dos Deputados, lançada<br />

em 29/6 último, se fundiu à<br />

Frente Parlamentar da Pesquisa e Inovação<br />

da casa. Juntos os grupos preten<strong>de</strong>m<br />

consolidar um projeto nacional <strong>de</strong> revisão<br />

da legislação vigente para o setor <strong>de</strong><br />

Ciência, Tecnologia e Inovação.<br />

O ponto <strong>de</strong> partida para o novo marco<br />

legal proposto pelos <strong>de</strong>putados será<br />

o diagnóstico, que já foi iniciado com<br />

cerca <strong>de</strong> 300 propostas em tramitação<br />

na Câmara.<br />

A atualização do marco legal é uma<br />

das priorida<strong>de</strong>s da nova frente, bem<br />

como a questão dos incentivos fiscais,<br />

a flexibilização das licitações, redução<br />

da carga tributária brasileira, reforço da<br />

competitivida<strong>de</strong> no plano internacional.<br />

A criação <strong>de</strong> incentivos para as empresas<br />

e governo investirem em inovação,<br />

pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento, além <strong>de</strong><br />

aproximar pesquisador e empresários<br />

também estão entre as metas da frente.<br />

Fonte: <strong>Revista</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> ME<br />

MENOr MOtOr<br />

ELétrIcO DO<br />

MuNdO tEM<br />

APENAS uMA<br />

MOLécULA<br />

inovação<br />

Po<strong>de</strong>rá ter aplicações<br />

que vão da medicina à<br />

engenharia<br />

Químicos da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tufts, nos Estados Unidos, criaram<br />

o menor motor molecular acionado por eletricida<strong>de</strong>. Ele me<strong>de</strong><br />

apenas 1 nanômetro e consiste em uma única molécula <strong>de</strong> sulfeto<br />

<strong>de</strong> butil metil posta sobre uma superfície <strong>de</strong> cobre. Esta molécula,<br />

que contém enxofre, possui átomos <strong>de</strong> carbono e hidrogênio formando<br />

uma estrutura que lembra dois braços, com quatro carbonos <strong>de</strong> um lado<br />

e um do outro. As ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> carbono ficam livres para girar em torno da<br />

ligação <strong>de</strong> enxofre e cobre, que funciona como eixo.<br />

O fornecimento da eletricida<strong>de</strong> e o controle do motor molecular foi<br />

feito com um microscópio <strong>de</strong> varredura por tunelamento (STM-LT), que<br />

coloca as amostras sendo observadas em temperaturas criogênicas e que<br />

usa um feixe <strong>de</strong> elétrons, em vez <strong>de</strong> luz, para “enxergar” moléculas.<br />

A finíssima ponta <strong>de</strong> metal do microscópio fornece uma carga elétrica<br />

para a molécula <strong>de</strong> sulfeto <strong>de</strong> butil metil, que havia sido previamente<br />

colocada sobre uma superfície <strong>de</strong> cobre. Para ver seu funcionamento,<br />

contudo, é necessário manter uma temperatura <strong>de</strong> 5 Kelvin (-268º C). Em<br />

temperaturas mais altas do que isso, o motor gira rápido <strong>de</strong>mais, o que<br />

torna difícil controlar sua rotação e mesmo medir quantas voltas ele dá.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento faz parte <strong>de</strong> uma nova classe <strong>de</strong> dispositivos que<br />

po<strong>de</strong>rão ser usados em aplicações que vão da medicina à engenharia.<br />

Segundo Charles Sykes, coor<strong>de</strong>nador da equipe, eles vão submeter o<br />

motor elétrico molecular para o Guinness World Records. “Tem havido<br />

progressos significativos na construção <strong>de</strong> motores moleculares alimentados<br />

por luz e por reações químicas, mas esta é a primeira vez que se<br />

constrói um motor elétrico molecular,” disse Sykes.<br />

Na verda<strong>de</strong> não é. Embora o novo motor seja o menor, cientistas<br />

holan<strong>de</strong>ses construíram o primeiro motor molecular totalmente elétrico<br />

em 2010. Fonte: Inovação Tecnológica ME<br />

Limaq<br />

[Imagem: Tierney et al.]<br />

61


62<br />

tecnologia<br />

novA tECnoloGiA<br />

prEvê uSo do bioGáS nA<br />

SidErurGiA<br />

Conhecida fonte <strong>de</strong> energia renovável utilizada na<br />

geração <strong>de</strong> energia elétrica, alimentação <strong>de</strong> motores,<br />

resfriadores, aquecedores e até fogões <strong>de</strong> cozinha,<br />

o biogás está ganhando nova aplicação – <strong>de</strong>ssa<br />

vez nas si<strong>de</strong>rúrgicas. Estudo <strong>de</strong>senvolvido por dois pesquisadores<br />

da UFMG e três da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Outro Preto (Ufop) resultou no Biosid, nova tecnologia<br />

que propõe o uso do biogás na produção <strong>de</strong> ferro esponja<br />

nos reatores <strong>de</strong> redução direta, e <strong>de</strong> ferro-gusa nos altosfornos,<br />

em lugar, respectivamente, do gás natural e do<br />

carvão mineral e vegetal pulverizados. A novida<strong>de</strong> promete<br />

reduzir a emissão <strong>de</strong> gases poluentes pelas indústrias, diminuir<br />

o acúmulo <strong>de</strong> lixo nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> <strong>de</strong>jetos<br />

animais na pecuária e aumentar o ganho econômico no<br />

setor si<strong>de</strong>rúrgico.<br />

A i<strong>de</strong>ia do uso do biogás surgiu como alternativa ao<br />

carvão mineral e vegetal e ao gás natural na si<strong>de</strong>rurgia,<br />

amenizando o problema da emissão <strong>de</strong> gás metano, um<br />

dos vilões do efeito estufa, cuja produção ocorre tanto<br />

a partir do lixo orgânico quanto em criações <strong>de</strong> gado.<br />

Segundo a pesquisadora Andréa Amaral, professora do<br />

ICB, um morador <strong>de</strong> regiões urbanas produz, em média,<br />

<strong>de</strong> 0,6 a 1,1 quilograma <strong>de</strong> lixo por dia e cada bovino<br />

elimina, diariamente, cerca <strong>de</strong> 25 quilogramas <strong>de</strong> fezes. A<br />

proposta é aproveitar esses <strong>de</strong>jetos e o lixo urbano para<br />

gerar combustível que auxilie na produção <strong>de</strong> ferro esponja<br />

e ferro-gusa, matérias-primas do aço.<br />

Além disso, a tecnologia, que está em fase <strong>de</strong> patenteamento<br />

em processo conduzido pela Coor<strong>de</strong>nadoria<br />

<strong>de</strong> Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT), tem<br />

potencial para promover a redução do <strong>de</strong>smatamento e da<br />

emissão <strong>de</strong> gás carbônico no segmento si<strong>de</strong>rúrgico, uma<br />

vez que o biogás po<strong>de</strong>rá substituir o carvão vegetal nos<br />

altos-fornos. Por lei, 60% do carvão vegetal utilizado na si


mercado empresarial<br />

<strong>de</strong>rurgia brasileira <strong>de</strong>veria vir <strong>de</strong> matas<br />

reflorestadas. “No entanto, apenas<br />

30% <strong>de</strong>sse carvão tem origem<br />

em ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> reflorestamento”,<br />

estima o pesquisador Paulo Assis,<br />

professor da Ufop e coor<strong>de</strong>nador<br />

<strong>de</strong> engenharia do projeto.<br />

Já em relação aos ganhos econômicos,<br />

a maior vantagem oferecida<br />

pelo Biosid <strong>de</strong>corre da substituição do<br />

A novida<strong>de</strong> promete<br />

reduzir a emissão<br />

<strong>de</strong> gases poluentes<br />

pelas indústrias<br />

carvão mineral pelo biogás. Quase todo o carvão mineral utilizado<br />

na si<strong>de</strong>rurgia brasileira é importado <strong>de</strong> Austrália, Canadá,<br />

Estados Unidos, China e Rússia. Segundo o professor Assis, 70%<br />

do setor si<strong>de</strong>rúrgico brasileiro <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do coque, produzido em<br />

unida<strong>de</strong>s industriais que se valem do carvão importado. “Hoje,<br />

o país gasta mais <strong>de</strong> US$ 5 bilhões ao ano com importação <strong>de</strong><br />

carvão mineral”, calcula.<br />

Tanto em reatores <strong>de</strong> redução direta, on<strong>de</strong> se produz o ferro<br />

esponja, quanto em altos-fornos, <strong>de</strong>stinados à produção <strong>de</strong> ferrogusa,<br />

a utilização <strong>de</strong> biogás em lugar <strong>de</strong> outros combustíveis<br />

não altera a qualida<strong>de</strong> do aço. No caso do processo <strong>de</strong> redução<br />

direta, a proposta é substituir 100% do gás natural utilizado. Já<br />

nos altos-fornos, a substituição do carvão será parcial, pois a<br />

prática <strong>de</strong> injeção <strong>de</strong> carvão pulverizado em altos-fornos po<strong>de</strong><br />

substituir até 40% do redutor granulado carregado pelo topo<br />

do equipamento.<br />

transformações<br />

Para que a tecnologia seja implantada da forma como foi<br />

planejada – aproveitando tanto o metano proveniente do lixo<br />

orgânico quanto o originado a partir dos <strong>de</strong>jetos <strong>de</strong> animais –, é<br />

preciso que haja mudança <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong> por parte dos pecuaristas.<br />

A maior parte dos rebanhos <strong>de</strong> gado no Brasil é criada em<br />

regime extensivo, o que inviabiliza o recolhimento dos resíduos<br />

para produção <strong>de</strong> biogás. O acúmulo do material orgânico a ser<br />

transformado nos biodigestores rurais só é possível na pecuária<br />

intensiva, ou seja, com o gado criado em confinamento. “Estamos<br />

propondo uma mudança <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong> em longo prazo<br />

que irá levar ao <strong>de</strong>senvolvimento do campo, com o incremento<br />

na produção <strong>de</strong> fertilizantes e <strong>de</strong> ração animal, além <strong>de</strong> diminuir<br />

o impacto do <strong>de</strong>smatamento”, salienta Paulo Assis. A pecuária<br />

intensiva permite aproveitar melhor os espaços, uma vez que<br />

não exige a <strong>de</strong>rrubada <strong>de</strong> vegetação em gran<strong>de</strong>s áreas para<br />

transformá-las em pasto.<br />

O processo <strong>de</strong> produção do biogás no campo ou nas gran<strong>de</strong>s<br />

cida<strong>de</strong>s inicia-se com a coleta dos excrementos animais ou lixo<br />

orgânico. Um reator <strong>de</strong> digestão anaeróbica, capaz <strong>de</strong> suportar<br />

altas cargas orgânicas, gera o biogás como subproduto. Barato<br />

e <strong>de</strong> fácil construção, esse equipamento po<strong>de</strong> ser instalado<br />

próximo a gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s ou nas próprias fazendas. Para levar<br />

o biogás até a usina, o projeto sugere a utilização <strong>de</strong> gasodutos<br />

ou cilindros. “É o mesmo tipo <strong>de</strong> transporte usado para o gás<br />

natural”, afirma o professor Edmar Chartone <strong>de</strong> Souza, do ICB,<br />

também envolvido nos estudos.<br />

A ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção po<strong>de</strong> apresentar ganhos <strong>de</strong> custo caso<br />

vários empreendimentos agropecuários vizinhos se associem<br />

entre si e com as si<strong>de</strong>rúrgicas para facilitar a produção e o transporte<br />

do biogás em larga escala. Fonte: UFMG ME<br />

tecnologia<br />

trAtAMENtOS<br />

térMIcOS DEtErMINAM<br />

EStruturA dOS AçOS<br />

As temperaturas empregadas nos tratamentos térmicos<br />

dos aços para ferramentas e matrizes abrangem uma<br />

larga faixa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> temperaturas abaixo <strong>de</strong> zero até<br />

temperaturas da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 1.300°C. As temperaturas<br />

mais elevadas tornam os aços mais suscetíveis <strong>de</strong> adquirirem<br />

granulação grosseira, a não ser que cuidados especiais sejam<br />

tomados. Os aços-carbono para ferramentas, principalmente<br />

com os mais elevados teores <strong>de</strong> carbono, são os mais difíceis<br />

<strong>de</strong> temperar, já que as velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> resfriamento <strong>de</strong>vem ser<br />

altas para se evitar a formação <strong>de</strong> fases mais macias.<br />

No que se refere ao resfriamento utiliza-se também nos<br />

aços para ferramentas e matrizes todos os meios comercialmente<br />

disponíveis <strong>de</strong> resfriamento, como salmoura, água,<br />

óleo banho <strong>de</strong> sal, ar, etc. Do mesmo modo, a temperatura<br />

do meio <strong>de</strong> resfriamento po<strong>de</strong> variar gran<strong>de</strong>mente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

as temperaturas dos meios mais drásticos como a água e<br />

salmoura até as temperaturas <strong>de</strong> banhos <strong>de</strong> sal, que po<strong>de</strong>m<br />

atingir 540°C a 590°C.<br />

Na têmpera, po<strong>de</strong>m ocorrer <strong>de</strong>formações e são os<br />

aços-carbono para ferramentas os mais suscetíveis a esses<br />

fenômenos, <strong>de</strong>vido a velocida<strong>de</strong>s mais drásticas a que são<br />

submetidos com o objetivo <strong>de</strong> obter durezas mais altas.<br />

Nesses aços, a têmpera drástica origina ainda tensões internas<br />

muito elevadas, o que torna o revenido final uma operação<br />

muito importante.<br />

A faixa <strong>de</strong> temperaturas <strong>de</strong> revenido nos aços ferramentas<br />

e matrizes é muito extensa. Os aços-carbono ou contendo<br />

baixos teores <strong>de</strong> elemento <strong>de</strong> liga são freqüentemente revenidos<br />

a temperaturas relativamente baixas, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 120°C<br />

a 350°C, ao passo que os aços rápidos e os aços para trabalho<br />

a quente po<strong>de</strong>m ser revenidos a temperaturas muito elevadas<br />

da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 600°C ou 650°C. Por outro lado, é freqüente, em<br />

certos tipos <strong>de</strong> aços, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um revenido,<br />

sobretudo naqueles aços em que, após a têmpera, tem-se a<br />

presença <strong>de</strong> austenita retida. Esses aços no estado temperado<br />

são extremamente duros, frágeis com elevadas tensões e muito<br />

instáveis. O revenido múltiplo alivia as tensões internas, a<br />

fragilida<strong>de</strong> e a instabilida<strong>de</strong> sem prejudicar a dureza.<br />

Durante o revenido <strong>de</strong> alguns aços ferramentas po<strong>de</strong><br />

ocorrer a “dureza secundária”, que é da mesma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>za que a dureza original no estado temperado. Convêm<br />

observar ainda que o revenido dos aços para ferramentas e<br />

matrizes é comumente realizado logo após a têmpera, para<br />

permitir o alívio imediato das tensões internas, que são muito<br />

elevadas na maioria <strong>de</strong>sses aços no estado temperado. Finalmente,<br />

o revenido po<strong>de</strong> ser realizado em fornos com circulação<br />

forçada <strong>de</strong> ar, ou em banhos <strong>de</strong> sal ou <strong>de</strong> chumbo.<br />

O tratamento térmico constitui talvez a mais importante<br />

fase <strong>de</strong> fabricação em todos os aços ferramenta, pois é<br />

ele que irá <strong>de</strong>terminar a estrutura e as proprieda<strong>de</strong>s finais,<br />

<strong>de</strong> acordo com as condições e as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviço.<br />

Fonte: CIMM ME<br />

63


64<br />

tecnologia<br />

quíMiCA SupEr finA<br />

GErA políMEro biodEGrAdávEl<br />

EM proCESSo Contínuo<br />

Quando se fala em produção em escala<br />

industrial, sempre se imagina gran<strong>de</strong>s<br />

fábricas, consumindo toneladas <strong>de</strong><br />

matérias-primas por hora e gerando<br />

outras tantas toneladas <strong>de</strong> produtos. Isso principalmente<br />

porque escala industrial sempre foi<br />

equivalente a produzir mais para que o preço<br />

por unida<strong>de</strong> do produto seja mais baixo. Mas<br />

há inúmeros casos em que os produtos se<br />

originam <strong>de</strong> reações extremamente <strong>de</strong>licadas,<br />

feitas em pequena escala - e gerando produtos<br />

cotados em milhares <strong>de</strong> dólares por grama. Esta<br />

chamada “química fina” está agora se voltando<br />

para a produção <strong>de</strong> polímeros “ver<strong>de</strong>s”, bio<strong>de</strong>gradáveis<br />

e mais ambientalmente corretos.<br />

Microrreator<br />

Pesquisadores do Instituto Nacional <strong>de</strong> Padronização<br />

e Tecnologia dos Estados Unidos,<br />

acreditam que o melhor caminho para otimizar<br />

as reações da química fina e criar uma química<br />

fina ver<strong>de</strong> está na tecnologia microfluídica. A<br />

microfluídica é a tecnologia usada para construção<br />

dos biochips usados em exames médicos e<br />

pesquisas biológicas, mas também está presente<br />

em todas as impressoras jato-<strong>de</strong>-tinta, on<strong>de</strong><br />

a tinta <strong>de</strong>ve ser disparada sobre o papel em<br />

quantida<strong>de</strong>s medidas em picolitros - 1 picolitro<br />

é igual a 10-12 litros.<br />

Usando um pequeno bloco <strong>de</strong> alumínio, a<br />

equipe da Dra. Kathryn Beers escavou microcanais<br />

<strong>de</strong>ntro dos quais é possível realizar as<br />

reações que produzem os biopolímeros com<br />

uma precisão e um rendimento difíceis <strong>de</strong><br />

obter em gran<strong>de</strong> escala.”Nós <strong>de</strong>senvolvemos<br />

um microrreator que nos permite monitorar a<br />

polimerização contínua à base <strong>de</strong> enzimas,” diz<br />

ela. “Essas enzimas representam uma tecnologia<br />

ver<strong>de</strong> alternativa para fabricar esses polímeros<br />

- nós estamos focando no poliéster.”<br />

Fabricação paralela<br />

Em tão pequena escala, o processo ainda<br />

não é competitivo com as gran<strong>de</strong>s fábricas, mas<br />

a abordagem é duplamente promissora. Em primeiro<br />

lugar, os dados da observação da reação<br />

no interior dos minúsculos canais po<strong>de</strong>m ajudar<br />

a melhorar o processo industrial em larga escala,<br />

tornando-o mais eficiente. Em segundo lugar,<br />

é possível vislumbrar um futuro no qual esses


mercado empresarial<br />

microrreatores po<strong>de</strong>rão ser colocados para<br />

funcionar em paralelo, criando superfábricas <strong>de</strong><br />

produtos bio<strong>de</strong>gradáveis da mesma forma que<br />

os chips são postos para funcionar em paralelo<br />

para criar os supercomputadores.<br />

Polímero bio<strong>de</strong>gradável<br />

O grupo está estudando a síntese do PCL,<br />

um poliéster bio<strong>de</strong>gradável usado em dispositivos<br />

médicos e utensílios domésticos <strong>de</strong>scartáveis.<br />

O PCL é sintetizado usando um catalisador<br />

orgânico à base <strong>de</strong> estanho, um produto<br />

tecnologia<br />

altamente tóxico. Os pesquisadores<br />

O caminho é a já <strong>de</strong>scobriram uma forma mais<br />

tecnologia microfluídica ambientalmente correta <strong>de</strong> produzir<br />

o PCL, usando uma enzima<br />

produzida pela levedura Candida<br />

antartica. Mas o processo tradicional, <strong>de</strong> jogar tudo<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> reator industrial, é muito ineficiente,<br />

quando se usa as enzimas como catalisador, para<br />

competir comercialmente com a técnica tradicional.<br />

Química contínua<br />

Dentro do microrreator, porém, o processo se dá<br />

na forma <strong>de</strong> um fluxo contínuo ao longo dos seus<br />

microcanais. A matéria-prima química flui através do<br />

microcanal, repleto <strong>de</strong> esferas recobertas com a enzima<br />

catalisadora, saindo polimerizada do outro lado. Esse<br />

processo contínuo permite um monitoramento preciso<br />

da temperatura e do tempo <strong>de</strong> reação, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

da velocida<strong>de</strong> na qual a matéria-prima é bombeada<br />

para <strong>de</strong>ntro do microrreator. Os dados <strong>de</strong>talhados da<br />

cinética química do processo po<strong>de</strong>m então ser usados<br />

para <strong>de</strong>senvolver mo<strong>de</strong>los mais acurados da reação,<br />

eventualmente escaláveis para os gran<strong>de</strong>s reatores.<br />

Fonte: Inovação Tecnológica ME<br />

A matéria-prima química flui através do microcanal, repleto <strong>de</strong> esferas<br />

recobertas com a enzima catalisadora, saindo polimerizada do outro lado.<br />

[imagem: Kundu et al./NiSt]<br />

65


66<br />

pesquisa<br />

ipt AdquirE tECnoloGiA<br />

pionEirA no HEMiSfério Sul<br />

qUE DArá SUBSíDIOS pArA A fABrIcAçãO<br />

dE PEçAS MAiS lEVES<br />

Fiber Placement Machine, um investimento <strong>de</strong> 5 milhões <strong>de</strong> reais<br />

OIPT vai apoiar a indústria nacional no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estruturas leves<br />

com tecnologias inovadoras. Para isso<br />

adquiriu uma máquina <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição<br />

automática <strong>de</strong> fitas <strong>de</strong> fibra <strong>de</strong> carbono préimpregnadas<br />

com resina, a “Fiber Placement<br />

Machine”, única no hemisfério sul,<br />

que possibilitará a fabricação precisa<br />

<strong>de</strong> peças mais leves para a<br />

indústria aeronáutica, automotiva,<br />

<strong>de</strong> energia, naval<br />

e em moinhos eólicos, na<br />

exploração <strong>de</strong> petróleo,<br />

entre outras. Um investimento<br />

<strong>de</strong> cinco milhões<br />

<strong>de</strong> reais.<br />

“A máquina garante<br />

repetibilida<strong>de</strong> e confiabilida<strong>de</strong>,<br />

reduz o tempo<br />

<strong>de</strong> fabricação e o peso do<br />

produto <strong>de</strong>vidos aos materiais<br />

utilizados”, afirma Marco D’Elia,<br />

pesquisador responsável pela implantação<br />

do Laboratório <strong>de</strong> Estruturas Leves (LEL)<br />

do IPT em São José dos Campos. Ela possui<br />

múltiplos eixos <strong>de</strong> movimentação comandados<br />

por computador e todos os processos<br />

são realizados automaticamente, conforme<br />

programado. Po<strong>de</strong>rão ser produzidas superfícies<br />

côncavas, convexas e também superfícies<br />

planas. Para alcançar as características <strong>de</strong>sejadas<br />

para cada produto, são especificados o tipo <strong>de</strong><br />

fita, concentração <strong>de</strong> fibras e resina que serão<br />

<strong>de</strong>positadas em camadas (lâminas) para dar a<br />

espessura e resistência <strong>de</strong>sejadas.<br />

A equipe do Laboratório <strong>de</strong> Estruturas<br />

Leves - LEL do IPT realizou treinamento para<br />

operar a Fiber Placement, em Ohio, Estados<br />

Unidos, e po<strong>de</strong>rá aplicar essa tecnologia e propor<br />

soluções <strong>de</strong> engenharia para a indústria,<br />

em parceria com universida<strong>de</strong>s, no segundo<br />

semestre <strong>de</strong> 2012, quando o LEL estiver totalmente<br />

implantado.<br />

De acordo com Luiz Eduardo Lopes, Diretor<br />

do CINTEQ – Centro <strong>de</strong> Integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Estruturas e Equipamentos, ao qual o LEL pertence,<br />

as estruturas feitas <strong>de</strong> plástico reforçado<br />

são normalmente laminadas a mão. No entanto,<br />

estruturas <strong>de</strong> alta responsabilida<strong>de</strong> (críticas)<br />

<strong>de</strong>vem ser laminadas em máquinas <strong>de</strong> comando<br />

numérico, como a Fiber Placement Machine,<br />

que garantem a repetição e a precisão dos movimentos<br />

e a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar com fitas<br />

muito finas, que já são pré-plastificadas. A fita <strong>de</strong><br />

plástico é reforçada com fibras <strong>de</strong> carbono, que<br />

po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>positadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a largura <strong>de</strong> três<br />

milímetros até recobrir toda uma superfície. Isso<br />

permite fazer estruturas com raios <strong>de</strong> curvatura<br />

muito pequenos, o que seria difícil em outras<br />

máquinas do mesmo tipo.<br />

O Laboratório <strong>de</strong> Estruturas Leves- LEL<br />

terá uma Sala Limpa para a operação <strong>de</strong>ssa<br />

máquina e <strong>de</strong> outras que irão trabalhar com<br />

materiais compósitos, com controle <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>,<br />

temperatura e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partículas no<br />

ambiente (limite <strong>de</strong> 293.000 partículas maiores


mercado empresarial<br />

que 5μ/m³ - classe 9 conforme a norma ISO<br />

14644-1). A capacitação do LEL / IPT se esten<strong>de</strong>rá,<br />

além da área <strong>de</strong> materiais compósitos,<br />

à tecnologias inovadoras <strong>de</strong> fabricação com<br />

materiais metálicos leves, ensaios estáticos,<br />

dinâmicos, ensaios não-<strong>de</strong>strutivos, medições<br />

dimensionais entre outros. “Um dos processos<br />

<strong>de</strong> fabricação que estarão disponíveis é o <strong>de</strong><br />

soldagem por atrito ( FSW) on<strong>de</strong> o material metálico<br />

não atinge o ponto <strong>de</strong> fusão e consegue-se<br />

na região soldada 98% do material original”,<br />

diz Lopes.<br />

Os projetos <strong>de</strong> pesquisa, estruturantes do<br />

LEL, estão sendo realizados em parceria com<br />

instituições como Escola Politécnica da USP,<br />

Unicamp, Instituto Tecnológico da Aeronáutica<br />

- ITA, Escola <strong>de</strong> Engenharia São Carlos, Escola<br />

<strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Guaratinguetá da UNESP,<br />

entre outras, além da própria EMBRAER. O<br />

Laboratório está em implantação em área cedida<br />

pela Prefeitura <strong>de</strong> São José dos Campos no<br />

pesquisa<br />

Parque Tecnológico da cida<strong>de</strong> e conta com apoio do Governo do<br />

Estado para a<strong>de</strong>quar o local on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolverão as ativida<strong>de</strong>s.<br />

O BNDES viabilizou R$ 27,6 milhões para a implantação do<br />

Laboratório, a Financiadora <strong>de</strong> Estudos e Projetos – Finep mais R$<br />

8,3 milhões e o Governo do Estado, através da FAPESP e do IPT,<br />

completou o investimento, totalizando R$ 44,2 milhões. ME<br />

Fiber Placement, instalada no Laboratório <strong>de</strong><br />

Estruturas Leves do IPT, em São José dos Campos<br />

Imagem: IPT/Divulgação<br />

67


mercado empresarial<br />

legislação<br />

rEFErêNciA dE QuAlidAdE EM<br />

cONtrOlE dE PrAgAS<br />

Ocontrole <strong>de</strong> pragas químico requer<br />

muita atenção, pois envolve manipulação<br />

<strong>de</strong> princípios ativos que<br />

exigem conhecimentos técnicos e<br />

<strong>de</strong> segurança. Por isso, é preciso<br />

muito cuidado na contratação <strong>de</strong><br />

um serviço <strong>de</strong>sse tipo. É preciso<br />

informar-se e assegurar-se <strong>de</strong> que<br />

está contratando uma empresa que<br />

obe<strong>de</strong>ça às mais exigentes normas<br />

<strong>de</strong> controle. A Gadita tornou-se<br />

referência no segmento pelo seu padrão <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>: investe constantemente na formação<br />

<strong>de</strong> equipes altamente especializadas<br />

e equipamentos <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong> ponta, que<br />

asseguram um serviço do mais alto nível.<br />

“Temos como princípio oferecer o melhor<br />

atendimento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro contato até a<br />

finalização do serviço. Para isso, contamos<br />

com profissionais experiente, capacitados<br />

e frequentemente atualizados, prontos para<br />

garantir o melhor serviço possível, rápido e<br />

eficaz”, afirma o Sr. Josafá Pereira dos Santos<br />

Junior, Diretor da Gadita. Essa estrutura<br />

é completada com recursos mo<strong>de</strong>rnos em<br />

matéria <strong>de</strong> equipamentos e laboratório, além<br />

<strong>de</strong> uma ampla frota <strong>de</strong> veículos, garantindo à<br />

Gadita um <strong>de</strong> seus principais diferenciais: o<br />

atendimento 24 horas todos os dias.<br />

A empresa atua não apenas no segmento<br />

<strong>de</strong> extermínio <strong>de</strong> pragas (ratos, cupins, mor-<br />

Atendimento 24<br />

horas todos<br />

os dias<br />

cegos, pombos, formigas, aranhas, pulgas e<br />

insetos em geral) como soluciona problemas<br />

como vazamentos, entupimentos, limpeza<br />

<strong>de</strong> fossa, entre outros. Realiza também os<br />

trabalhos <strong>de</strong> hidrojateamento, terraplanagem<br />

e <strong>de</strong>molição.<br />

Sediada na Capital paulista, a Gadita<br />

(http://www.gaditapragas.com.br) aten<strong>de</strong><br />

todo o estado <strong>de</strong> São Paulo, <strong>de</strong> residências<br />

a indústrias (plantas fabris, galpões, tubulações,<br />

porões), empresas <strong>de</strong> serviços, comércio<br />

em geral (lojas, shoppings), hospitais e<br />

condomínios. ME<br />

expansão 69


70<br />

O METAL - TÉCNICAS DE<br />

CONFORMACAO FORJA E<br />

SOLDADURA<br />

A obra aborda as técnicas do trabalho artesanal<br />

com os metais mais comuns - ferro, cobre,<br />

latão, etc. O leitor encontrará capítulos <strong>de</strong>dicados<br />

às ferramentas e às máquinas <strong>de</strong> uso<br />

corrente na metalurgia e outros que explicam técnicas básicas<br />

<strong>de</strong> trabalho como o embutido, o corte por vários processos, o<br />

forjado clássico, os processos <strong>de</strong> soldadura ou os tratamentos<br />

superficiais <strong>de</strong> acabamento e conservação. Finalmente, explicase<br />

passo a passo a construção <strong>de</strong> vários objetos funcionais e<br />

artísticos com diversas técnicas e metais diferentes, que mostram<br />

o universo <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s práticas, plásticas e criativas<br />

<strong>de</strong>ste ofício.<br />

Autor: Ares, José Antonio<br />

Editora: Editorial Estampa<br />

Numero <strong>de</strong> páginas: 158<br />

dicas <strong>de</strong> leitura<br />

DESIGN INDUSTRIAL -<br />

MATERIAIS E PROCESSOS DE<br />

FABRICAÇÃO<br />

Este livro apresenta informações<br />

abrangentes sobre materiais e processos<br />

<strong>de</strong> manufatura, indispensáveis aos<br />

<strong>de</strong>signers industriais, sem aprofundar-se<br />

nas discussões técnicas direcionadas<br />

aos engenheiros. O autor oferece o conhecimento prático<br />

para a compreensão da realida<strong>de</strong> dos processos e os materiais<br />

utilizados, viabilizando escolhas conscientes para os projetos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sign industrial e gran<strong>de</strong> economia <strong>de</strong> tempo, que po<strong>de</strong>rá<br />

ser empregado no <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> produtos. A obra fornece <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

terminologia básica até dicas valiosas sobre como certas formas<br />

são melhores para uma aplicação em particular e como obter a<br />

melhor performance dos métodos e materiais mais utilizados.<br />

Um companheiro indispensável para estudantes e profissionais<br />

do <strong>de</strong>sign industrial.<br />

Jim Lesko, IDSA, foi professor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign industrial durante 15<br />

anos. Atualmente é professor associado e coor<strong>de</strong>nador da disciplina<br />

<strong>de</strong> Design Industrial da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bridgeport, no<br />

estado <strong>de</strong> Connecticut (EUA) e diretor da Lesko Design, uma<br />

empresa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign industrial.<br />

Autor: Jim Lesko<br />

Editora: Blucher/2004<br />

Número <strong>de</strong> páginas: 284


mercado empresarial<br />

AÇOS E LIGAS ESPECIAIS<br />

3ª EDIÇÃO<br />

Esta terceira edição foi totalmente revista pelos<br />

autores. Fornece informações fundamentais e<br />

atualizadas sobre os aços especiais <strong>de</strong> alta liga<br />

e as ligas especiais – produtos que se situam no<br />

topo da pirâmi<strong>de</strong> da Si<strong>de</strong>rurgia Mundial. Embora<br />

seu volume produzido seja pequeno comparativamente<br />

aos aços comuns, seu valor é muito maior, <strong>de</strong>vido ao seu<br />

alto teor <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> liga, tipicamente acima <strong>de</strong> 7%. Já as ligas<br />

especiais são constituídas na sua maioria por ligas a base <strong>de</strong> níquel<br />

e possuem características especiais. Ao mesmo tempo, esses aços e<br />

ligas exigem, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase <strong>de</strong> projeto, um profundo conhecimento<br />

da metalurgia envolvida. Ainda, o emprego <strong>de</strong> técnicas e processos<br />

avançados <strong>de</strong> fabricação os diferenciam dos aços comuns, pois suas<br />

características e proprieda<strong>de</strong>s finais são fortemente condicionadas<br />

pelo processo <strong>de</strong> fabricação.<br />

Autores: Andre Luiz V. Da Costa E Silva, Paulo Roberto Mei<br />

Editora: Edgard Blucher / 2010<br />

Número <strong>de</strong> páginas: 664<br />

METALOGRAFIA DOS<br />

PRODUTOS SIDERÚRGICOS<br />

COMUNS 4ª EDIÇÃO<br />

Lançado pela primeira vez em 1951,<br />

reunindo a vasta experiência do Professor<br />

Hubertus Colpaert na Seção <strong>de</strong><br />

Metalografia do Instituto <strong>de</strong> Pesquisas<br />

Tecnológicas <strong>de</strong> São Paulo, este livro<br />

se transformou, rapidamente, numa das mais importantes<br />

referencias brasileiras para todos os profissionais interessados<br />

no processamento, tratamento e emprego <strong>de</strong> aços e ferros<br />

fundidos. Uma feliz combinação <strong>de</strong> Atlas <strong>de</strong> Metalografia dos<br />

aços e ferros fundidos, manual <strong>de</strong> técnicas metalográficas e<br />

texto introdutório aos fundamentos das transformações <strong>de</strong><br />

fases e aos tratamentos térmicos <strong>de</strong>stes materiais, o livro, carinhosamente<br />

conhecido como “o Colpaert” educou gerações<br />

<strong>de</strong> metalurgistas brasileiros. Nesta edição, revista e atualizada<br />

pelo Prof. André Luiz V. da Costa e Silva, buscou-se preservar<br />

o espírito da edição original, agregando, entretanto, os importantes<br />

<strong>de</strong>senvolvimentos ocorridos nas últimas décadas, tanto<br />

sob o aspecto dos produtos si<strong>de</strong>rúrgicos como das técnicas <strong>de</strong><br />

caracterização assim como o progresso na compreensão das<br />

transformações que permitiram a realização dos extraordinários<br />

<strong>de</strong>senvolvimentos <strong>de</strong>stas ligas.<br />

Autor: Hubertus Colpaert<br />

Editora: Edgard Blucher /2008<br />

Número <strong>de</strong> páginas: 672<br />

dicas <strong>de</strong> leitura 71


72<br />

MANUAL DE SIDERURGIA<br />

VOLUME I<br />

Totalmente revisado, ampliado e incorporando<br />

os conceitos mais atualizados <strong>de</strong><br />

si<strong>de</strong>rurgia, este volume traz um capítulo<br />

completo sobre a história da si<strong>de</strong>rurgia brasileira<br />

e mundial, e aborda produção, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

as matérias-primas para obtenção do ferro até os processos<br />

<strong>de</strong> metalurgias secundária. Elaborado em linguagem simples<br />

e acessível, além <strong>de</strong> fartamente ilustrado, é o mais completo<br />

livro <strong>de</strong> referência abrangendo todos os aspectos da obtenção<br />

e elaboração do aço.<br />

Autor: Luiz Antonio <strong>de</strong> Araújo<br />

Editora: Arte e Ciência<br />

Número <strong>de</strong> páginas: 470<br />

dicas <strong>de</strong> leitura<br />

INTRODUÇÃO À META-<br />

LURGIA E AOS MATERIAIS<br />

METÁLICOS<br />

O objetivo da presente obra é<br />

apresentar os principais materiais<br />

metálicos utilizados nos projetos <strong>de</strong><br />

engenharia, com suas características<br />

e proprieda<strong>de</strong>s previstas nas principais normas <strong>de</strong> especificação,<br />

e orientar a seleção <strong>de</strong>stes materiais. Faz uma avaliação<br />

<strong>de</strong> integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos e instalações para que,<br />

através do conhecimento das características e proprieda<strong>de</strong>s,<br />

indique-se medidas para manter as instalações industriais<br />

com elevado nível <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong> operacional.<br />

Autor: Laerce <strong>de</strong> Paula Nunes; An<strong>de</strong>rson Teixeira Kreischer<br />

Editora: Interciência /2010<br />

Número <strong>de</strong> páginas: 350


mercado empresarial<br />

EDIFÍCIOS INDUSTRIAIS<br />

EM AÇO<br />

6ª EDIÇÃO<br />

A publicação aborda <strong>de</strong> maneira prática<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um edifício<br />

industrial em aço. A abordagem é feita<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o histórico passando pelos tipos <strong>de</strong><br />

materiais sistemas estruturais chegando ao dimensionamento <strong>de</strong><br />

todos os elementos. As soluções <strong>de</strong> projetos são apresentadas<br />

enfaticamente em mais <strong>de</strong> 700 ilustrações. Além disso, inclui<br />

as etapas do processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o <strong>de</strong>talhamento<br />

até a montagem.<br />

Autor: Ildony H. Bellei<br />

Editora: Pini /2010<br />

Número <strong>de</strong> páginas: 493<br />

SOLDAGEM MIG/MAG<br />

Este livro apresenta os fundamentos<br />

da soldagem MIG/MAG, os modos <strong>de</strong><br />

transferência metálica no processo, a<br />

estabilida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> soldagem,<br />

os processos MIG/MAG mo<strong>de</strong>rnos<br />

com controle <strong>de</strong> transferência metálica e os processos MIG/<br />

MAG mo<strong>de</strong>rnos com aumento <strong>de</strong> produção, além <strong>de</strong> tópicos<br />

avançados em processo <strong>de</strong> soldagem MIG/MAG.<br />

Autores: Americo Scotti, Vladimir Ponomarev<br />

Editora: Artliber /2008<br />

Número <strong>de</strong> páginas: 284<br />

dicas <strong>de</strong> leitura 73


74<br />

vitrine<br />

ESAB lANçA A NOVA cOluNA<br />

MANIpULADOrA cAB300 Br<br />

<strong>de</strong>sign compacto e<br />

alto <strong>de</strong>sempenho para<br />

automatização <strong>de</strong> soldagem<br />

A ESAB lança a Coluna Manipuladora CaB300 BR:<br />

<strong>de</strong>sign compacto e alto <strong>de</strong>sempenho para ambientes<br />

industriais, aten<strong>de</strong> a faixas <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> 4 e 5 metros<br />

úteis na vertical e horizontal. Produzida no Brasil, e<br />

<strong>de</strong>senvolvida com base em uma plataforma enxuta e <strong>de</strong><br />

alta tecnologia, a nova coluna proporciona um aumento<br />

<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> nos processos em que é aplicada<br />

promovendo um retorno rápido e lucrativida<strong>de</strong>.<br />

Versatilida<strong>de</strong> - Os sistemas <strong>de</strong> soldagem ESAB<br />

A2S ou A6S com o controlador <strong>de</strong> processo PEK são<br />

facilmente combinados com a CaB 300 para proporcionar<br />

uma soldagem estável e <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>. A<br />

soldagem longitudinal po<strong>de</strong> ser realizada através do<br />

<strong>de</strong>slocamento do braço ou da base da coluna sendo<br />

portanto indicada também para soldagem <strong>de</strong> peças<br />

longas. A CaB 300 permite rotação <strong>de</strong> 180 graus da<br />

coluna possibilitando que sejam criados em torno <strong>de</strong>la<br />

estações e linhas <strong>de</strong> soldagem.<br />

Funções Integradas - Todas os comandos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>slocamento, direção, controle <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, início<br />

e fim da soldagem são centralizados em um único<br />

controle remoto, através do qual o operador tem o<br />

controle total do processo. É possível ainda integrar<br />

ao equipamento o sistema <strong>de</strong> supervisão por câmera e<br />

seguidor automático <strong>de</strong> juntas GMH.<br />

Segurança - Baixa tensão <strong>de</strong> controle do sistema<br />

torna possível a soldagem em áreas úmidas e confinadas;<br />

o Dispositivo anti-queda tem travamento imediato<br />

da lança; e o mecanismo anti-tombamento se ajusta aos<br />

diversos padrões <strong>de</strong> trilhos <strong>de</strong> mercado. ME<br />

SOLUçõES DA WhItE<br />

MArtiNS PArA A árEA<br />

dE cOrtE E SOldAgEM<br />

inovadoras e econômicas<br />

A White Martins acaba <strong>de</strong> lançar a solução para<br />

soldagem MAG Pulsada Sinérgica <strong>de</strong> Aços Inoxidáveis<br />

Superduplex, que proporciona soldas com excelentes<br />

proprieda<strong>de</strong>s e isentas <strong>de</strong> porosida<strong>de</strong>s. Inédita<br />

no mercado, esta aplicação consiste na utilização da<br />

mistura gasosa Stargold SD juntamente com uma<br />

curva sinérgica especificamente <strong>de</strong>senvolvida para<br />

essa mistura, a MAG WM-SD. Esse pacote está<br />

sendo consi<strong>de</strong>rado como um dos mais inovadores<br />

e econômicos na soldagem MAG <strong>de</strong> aços inoxidáveis<br />

superduplex, por proporcionar altos níveis <strong>de</strong><br />

produtivida<strong>de</strong>, redução do custo do processo e do<br />

número <strong>de</strong> cilindros na área <strong>de</strong> produção.<br />

O lançamento foi <strong>de</strong>senvolvido no CTR Centro<br />

<strong>de</strong> Tecnologia Rio da White Martins, reconhecido<br />

como uma referência mundial no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> soldagem e corte térmico.<br />

A empresa também traz ao mercado a nova mistura<br />

Stargold Pipe, especialmente <strong>de</strong>senvolvida para<br />

a soldagem MAG, que utiliza arames Metal Cored<br />

na união <strong>de</strong> tubulações <strong>de</strong> aços ao carbono da raiz<br />

até o acabamento, garantindo maior produtivida<strong>de</strong><br />

e melhor qualida<strong>de</strong> à peça final. ME


mercado empresarial<br />

cENtrO dE uSiNAgEM<br />

Mv-760 EcO DO<br />

Grupo bEnEr<br />

Entre as novida<strong>de</strong>s voltadas para o setor <strong>de</strong> usinagem,<br />

mol<strong>de</strong>s e corte e conformação <strong>de</strong> metais que o Grupo<br />

Bener apresentou ao mercado, este ano, o <strong>de</strong>staque fica<br />

por conta do mo<strong>de</strong>rno Centro <strong>de</strong> Usinagem MV-760<br />

ECO, com guias lineares e acionamento direto nos eixos<br />

X/Y/Z (direct drive), garantindo assim maior rigi<strong>de</strong>z e<br />

precisão aos trabalhos. A coluna reforçada e o sistema<br />

<strong>de</strong> lubrificação automático<br />

centralizado são outros dife- rigi<strong>de</strong>z e precisão<br />

renciais da máquina, que será<br />

apresentada na feira em sua versão carenada.<br />

Fundada em 1995, a Bener tornou-se <strong>de</strong>staque no<br />

setor brasileiro <strong>de</strong> máquinas-ferramenta. Com se<strong>de</strong> em<br />

Vinhedo, região metropolitana <strong>de</strong> São Paulo, a empresa<br />

aten<strong>de</strong> a todo o Brasil por meio <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> distribuição<br />

em Contagem (MG), São Leopoldo (RS), Joinville (SC),<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro (RJ), Caxias do Sul (RS) e brevemente<br />

em Curitiba (PR). ME<br />

vitrine<br />

BAW BrASIL<br />

APrESENtA MáQuiNA<br />

cNc PArA cOrtE<br />

PESAdO<br />

Versatilida<strong>de</strong> e robustez<br />

Especializada em equipamentos CNC para corte<br />

térmico <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>finição, a BAW Brasil apresenta a<br />

máquina CNC da marca FEMCOR, mo<strong>de</strong>lo Mega-<br />

Cord, <strong>de</strong>senvolvida para o mercado <strong>de</strong> corte pesado.<br />

O equipamento tem preparo para o uso <strong>de</strong> até três<br />

fontes <strong>de</strong> corte a plasma <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>finição, além <strong>de</strong><br />

diversas estações adicionais <strong>de</strong> marcadores e maçaricos<br />

<strong>de</strong> oxicorte.<br />

“O gran<strong>de</strong> diferencial da MegaCord é a sua versatilida<strong>de</strong><br />

e robustez, o que possibilita equipá-la com<br />

o mo<strong>de</strong>rno sistema 3D-BH, <strong>de</strong>senvolvido pela BAW<br />

Brasil, que utiliza três eixos adicionais e 360º <strong>de</strong> rotação,<br />

atribuíndo capacida<strong>de</strong> ao sistema <strong>de</strong> chanfrar em até<br />

45º no corte a plasma”, explica Bruno Haas, gerente<br />

<strong>de</strong> Engenharia da BAW Brasil. Presente no mercado<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, a BAW Brasil está localizada em Caxias<br />

do Sul. ME<br />

75


mercado empresarial<br />

40 ANOS EM SOLUçõES DE trEfILADOS!<br />

Fundada em 1999, a Trefital iniciou suas<br />

ativida<strong>de</strong>s atu ando no ramo <strong>de</strong> trefilação<br />

<strong>de</strong> metais não ferrosos especificamente<br />

alumínio, cobre, latão e tomback operando<br />

inicialmente com mais da meta<strong>de</strong> da capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> produção, voltada para a prestação <strong>de</strong><br />

serviços, <strong>de</strong>sti nados a principais revendas do<br />

pais, sendo o restante <strong>de</strong>stinado à produção<br />

<strong>de</strong> peças dirigi das a diversos segmentos, tais<br />

como: antenas automotivas, aparelhos <strong>de</strong><br />

audios, imagens, telefonia, peças usinadas<br />

para indústria automobilística e bijuterias.<br />

Em 2001, após investimentos no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e ampliação <strong>de</strong> ferramen tal<br />

do processo <strong>de</strong> tubos e perfis especiais <strong>de</strong>stinados<br />

para a fabricação <strong>de</strong> bijuteria e semi<br />

joias, foi inaugurada a filial em Limeira-SP,<br />

on<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>mos gran<strong>de</strong>s indústrias e também<br />

pequenos fabricantes, fornecendo tubos em<br />

barras e peças para a montagens, argola para<br />

brincos e pulseiras, bem como toda a linha<br />

<strong>de</strong> complementos e insumos.<br />

Em 2007 a Trefital <strong>de</strong>u inicio na conformação<br />

e também na trefilação <strong>de</strong> tubos e microtubos <strong>de</strong><br />

aço inoxidável em rolo e em barras e rebites <strong>de</strong><br />

repuxo e maciço.<br />

Na fabricação <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong> aço inoxidável,<br />

principalmente dos microtubos, adicional mente,<br />

há <strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacar a forte presença nos ramos das<br />

indústrias <strong>de</strong> aparelhos médicos, odontológicos e<br />

hospitalares <strong>de</strong> forma em geral, não só no estado<br />

paulista como nos principais pólos industriais do<br />

Brasil.<br />

Hoje empresa já se consolida como uma das<br />

principais trefiladoras <strong>de</strong> metais do país e está<br />

preparada para solucionar qualquer problema<br />

em tubos e perfis trefilados, pois além <strong>de</strong> contar<br />

com máquinas e equipamentos mo<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> alta<br />

produção, tem um dos melhores profissionais <strong>de</strong><br />

trefila do mercado, seu fundador José Aparecido<br />

Robottu, com experiência <strong>de</strong> mais 40 anos no ramo.<br />

trefital Ind. e com. <strong>de</strong> <strong>Metais</strong> Ltda<br />

tel: (11) 4547-4114<br />

www.trefital.com.br<br />

TREFITAL<br />

CONFORMAÇÃO<br />

& TREFILAÇÃO<br />

rENAFEr: SOMANdO SErViçOS À SuA liNHA dE<br />

PrOdutOS<br />

A Renafer Aços Especiais foi criada<br />

para aten<strong>de</strong>r o segmento <strong>de</strong> perfis e aços<br />

com diferentes ligas. Mas, ao longo do tempo,<br />

percebeu-se a necessida<strong>de</strong> do mercado<br />

em somar serviço aos produtos vendidos.<br />

Com isso, a empresa adquiriu nova gama <strong>de</strong><br />

clientes que antes não faziam parte <strong>de</strong> seu<br />

segmento.<br />

“Hoje, muitas vezes ven<strong>de</strong>mos o<br />

material em função do serviço”, afirmam os<br />

diretores.<br />

A empresa atua no mercado com usinagem<br />

<strong>de</strong> peças acabadas, com <strong>de</strong>staque para<br />

auto peças, linha branca, rodas e rodízios.<br />

Assim, este novo setor traz aos clientes<br />

soluções, aten<strong>de</strong>ndo as necessida<strong>de</strong>s com baixo<br />

custo, sem per<strong>de</strong>r a qualida<strong>de</strong>.<br />

A Renafer possui um centro <strong>de</strong> usinagem<br />

composto por tornos CNC, além <strong>de</strong> torno<br />

automático, retífica e etc.<br />

release 79<br />

www.renafer.com.br<br />

Fone: (11) 2914-2030<br />

Rua Cipriano Barata, nº 662 - Ipiranga -<br />

São Paulo - SP


80<br />

release<br />

tUBONIL: DESDE 2006<br />

A Tubonil está no mercado <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2006. Trata-se <strong>de</strong> uma empresa nova,<br />

mas com profissionais com muitos anos<br />

<strong>de</strong> experiência no mercado <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong><br />

aço carbono sem costura e com costura,<br />

<strong>de</strong> pequenos e gran<strong>de</strong>s diâmetros.<br />

Comercializa também a linha <strong>de</strong> Tubos<br />

Especiais <strong>de</strong> 12” a 24” SCH 40 A SCH<br />

160, Tubos Mecânicos ST52 <strong>de</strong> 50,00mm<br />

a 650,00mm pare<strong>de</strong>s grossas, padrão e<br />

fora <strong>de</strong> padrão.<br />

Localizada no município <strong>de</strong> Guarulhos<br />

– SP, numa área <strong>de</strong> 2.500m 2 , tem<br />

instalações mo<strong>de</strong>rnas e funcionais que lhe<br />

permitem aten<strong>de</strong>r, com alto nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

todas as <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> seus clientes<br />

e fornecedores em todo o Brasil.<br />

A maior preocupação da empresa é com<br />

a satisfação <strong>de</strong> seus clientes e com o cumprimento<br />

qualitativo <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s: assim,<br />

<strong>de</strong>dica-se à melhoria contínua <strong>de</strong> seus produtos<br />

e serviços.<br />

Tudo isso faz da Tubonil mais que um<br />

distribuidor <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong> aço, um parceiro <strong>de</strong><br />

negócios preocupado em aten<strong>de</strong>r seus clientes<br />

<strong>de</strong> forma diferenciada, orientando e prestando<br />

suporte técnico.<br />

tubonil comercial <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong> Aço ltda.<br />

fone/fax: (11) 2406-7494<br />

www.tubonil.com.br • vendas@tubonil.com.br<br />

SOLUçõES SOB MEDIDA EM tUBOS DE AçO cArBONO<br />

Respeitada por sua tradição no mercado,<br />

e por fornecer soluções sob medida<br />

para cada um <strong>de</strong> seus clientes, a Tubonasa<br />

comemora em 2012 seu 32º aniversário em<br />

plena expansão.<br />

Presente no mercado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980, é pioneira<br />

no segmento <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> tubos<br />

em aço carbono quadrados, retangulares e<br />

redondos, em suas mais diversas normas.<br />

Fornecendo em qualquer quantida<strong>de</strong> e aten<strong>de</strong>ndo<br />

a todo o Brasil, a Tubonasa possui<br />

uma equipe <strong>de</strong> vendas completamente apta<br />

a assessorar seus clientes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase inicial<br />

<strong>de</strong> projetos, fornecendo sempre as melhores<br />

opções e condições <strong>de</strong> fornecimento.<br />

Inovação e Pioneirismo<br />

Com previsão <strong>de</strong> inauguração em 2013, a<br />

Tubonasa prepara uma planta-filial <strong>de</strong> distribuição<br />

com mais <strong>de</strong> 5 mil metros quadrados,<br />

estrategicamente localizada na Rod. Fernão<br />

Dias, a menos <strong>de</strong> 8 Km da chegada à capital,<br />

com acesso exclusivo ao futuro trecho<br />

norte do Rodoanel. “Além <strong>de</strong> ampliar toda<br />

a linha <strong>de</strong> fornecimento, agregaremos novos serviços<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> também garantidos pela implantação do<br />

sistema <strong>de</strong> gestão ISO 9001:2008”, enfatiza o Diretor<br />

Comercial, Walter Gongora Junior.<br />

Pioneirismo: A Tubonasa tem firmado sólidas parcerias<br />

com autarquias e órgãos públicos, no fornecimento<br />

<strong>de</strong> materiais estruturais, principalmente às obras ligadas<br />

aos eventos da Copa do Mundo 2014. “Nos últimos<br />

doze meses, recebemos qualificação e homologação<br />

emitidas pelos governos fe<strong>de</strong>rais e <strong>de</strong> outros seis estados,<br />

para fornecimento <strong>de</strong> toda a linha <strong>de</strong> tubos estruturais<br />

e <strong>de</strong> condução”, comemora Gongora Junior.<br />

Também em parceria firmada com o governo fe<strong>de</strong>ral<br />

e através do BNDES, a Tubonasa passou a aceitar<br />

pagamentos com o Cartão BNDES, proporcionando<br />

a seus clientes a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> financiar suas compras<br />

em até 48 vezes com taxas <strong>de</strong> juros muito abaixo das<br />

praticadas pelo mercado.<br />

tubonasa Aços<br />

tel: (11) 2954.0299 • fax: (11) 2954.8064<br />

www.tubonasa.com.br


mercado empresarial<br />

cEMAçO, O AçO NO SEU MELhOr cOrtE!<br />

A Cemaço (Centro Manufatureiro do<br />

Aço) foi criada a partir da visão empreen<strong>de</strong>dora<br />

<strong>de</strong> seu fundador, Antonio Carlos<br />

Corrêa. Em meados <strong>de</strong> 1998, ao i<strong>de</strong>ntificar o<br />

potencial do mercado <strong>de</strong> oxicorte <strong>de</strong> chapas<br />

grossas e extragrossas, ele intensificou as<br />

pesquisas que serviram <strong>de</strong> base para o planejamento<br />

da empresa e articulou parcerias<br />

importantes. Em 2001, a Cemaço iniciou<br />

suas ativida<strong>de</strong>s e em pouco tempo passou a<br />

integrar o rol das principais companhias do<br />

segmento. Com a chancela <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s players<br />

da si<strong>de</strong>rurgia nacional, como a Usiminas,<br />

Gerdau Açominas e Arcelor Mittal, a empresa<br />

se especializou no corte <strong>de</strong> chapas <strong>de</strong> aço,<br />

nos mais variados formatos e dimensões,<br />

além do fornecimento <strong>de</strong> chapas e placas<br />

em espessuras fora dos padrões correntes<br />

<strong>de</strong> laminação.<br />

O crescimento surpreen<strong>de</strong>nte levou a<br />

companhia a ampliar a se<strong>de</strong>, localizada em<br />

Guarulhos (SP), e abrir filiais em Taubaté<br />

(SP), Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES).<br />

O projeto não visava apenas aumentar a capacida<strong>de</strong><br />

produtiva, mas também facilitar a logística e prestar<br />

um atendimento personalizado aos clientes <strong>de</strong> outras<br />

regiões, consi<strong>de</strong>radas estratégicas. Paralelamente,<br />

durante o processo <strong>de</strong> expansão, a empresa adquiriu<br />

companhias direcionadas tanto ao mercado industrial<br />

quanto ao comércio varejista, como a Minas Moxiaço,<br />

Gabicajo e Proeso, o que permitiu sua participação<br />

em outros mercados e segmentos. O resultado da<br />

ampliação superou todas as expectativas e o Grupo<br />

Cemaço atualmente cresce num ritmo ainda mais<br />

acelerado, em torno <strong>de</strong> 65% ao ano.<br />

O grupo já exportou peças oxicortadas até para a<br />

Três Gargantas, maior usina hidrelétrica do mundo,<br />

situada no Rio Yangtse, na China. Além da China,<br />

mantém relações comerciais com os Estados Unidos,<br />

Argentina e Paraguai e se prepara para atuar na<br />

Europa e em outros países asiáticos.<br />

cemaço - centro Manufatureiro do Aço<br />

tels: (11) 2431-4600 • 2433-1131<br />

www.cemacobr.com.br<br />

release<br />

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81


82<br />

índice <strong>de</strong> anunciantes<br />

Acerotec Produtos Si<strong>de</strong>rúrgicos ........................................ Capa / 45<br />

ACMW Indústria e Comércio ..................................................4ª Capa<br />

Aços Inter Mundial ......................................................................... 72<br />

Aços Lapefer .................................................................................... 60<br />

Aços Radial Indústria e Comércio <strong>de</strong> Ferro e Aço ....................... 73<br />

Anglo Americana Comercial <strong>de</strong> Ferro e Aço ................................ 48<br />

Anuario das Industrias............................................................76 / 77<br />

BGL - Bertoloto & Grotta ................................................................ 19<br />

Cemaço............................................................................................ 81<br />

CIESP ....................................................................................................5<br />

Damol Indústria e Comércio <strong>de</strong> Molas ......................................... 60<br />

Del-Art Gráficas ............................................................................... 61<br />

Desentupidora Gadita .............................................................2ª Capa<br />

Fast-Bras Abrasivos e Equipamentos Vibratórios ........................ 78<br />

Fesma Indústria e Comércio <strong>de</strong> Ferramentas .............................. 73<br />

Lapefer Com. e Ind. <strong>de</strong> Laminados ............................................... 72<br />

Limaq Máquinas e Equipamentos ................................................. 61<br />

Lotus Metal ...................................................................................... 65<br />

Marcamp Equipamentos ................................................................ 54<br />

Metalúrgica Lopes .......................................................................... 65<br />

Novoaço Especial ............................................................................ 54<br />

Ox-Fer Ind e Com <strong>de</strong> Ferro e Aço ................................................. 67<br />

Oxicorte Guaçu ................................................................................ 67<br />

Partel Parafusos .............................................................................. 70<br />

Perficon ............................................................................................ 70<br />

Portal 123Achei ..................................................................... 26 / 27<br />

Pro & Ind .......................................................................................... 25<br />

Renafer ............................................................................................ 79<br />

Repuxabem Comercial ................................................................... 70<br />

Ronemak Máquinas Operatrizes ................................................... 72<br />

SESI ................................................................................................... 68<br />

Tekno S/A Indústria e Comércio ................................................... 78<br />

Trefital Ind e Com <strong>de</strong> <strong>Metais</strong>. ............................................... 72 / 79<br />

Tubonasa Aços ................................................................................ 80<br />

Tubonil Comercial <strong>de</strong> Tubos <strong>de</strong> Aço ....................3ª Capa / 71 / 80<br />

Vertex Comércio e Indústria .......................................................... 25

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