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<strong>Revista</strong><br />

Atendimento | 05<br />

ano VI nº 70 novembro 2009<br />

www.petros.com.br<br />

O FUTURO AGORA<br />

Congresso dos Fundos de Pensão mostra a inserção<br />

do sistema e sua contribuição no redesenho do “país<br />

do futuro”, prognóstico que nunca esteve tão próximo<br />

Fundação vai inaugurar“Central<br />

de Relacionamento”, que unifi ca o<br />

sistema telefônico e integra os canais<br />

de atendimento<br />

Concurso | 16<br />

Selecionados os 23 contos dentre<br />

os quais sairão os 10 fi nalistas que<br />

comporão a antologia a ser lançada no<br />

dia 4 de dezembro<br />

Instituídos | 19<br />

Planos <strong>Petros</strong> BD: 0800-56 00 55 Plano <strong>Petros</strong>–2: 0800-28 60 600 Ouvidoria: 21 2506-0855<br />

Mala Direta<br />

Postal<br />

Devolução<br />

Garantida<br />

9912187803/DR-RJ<br />

CORREIOS CORREIOS<br />

Adesão de estatísticos, com criação<br />

do Prev-Estat, aumenta potencial de<br />

captação da previdência associativa,<br />

segmento liderado pela Fundação<br />

PETROS


Por três dias, Curitiba concentrou o equivalente<br />

a 17% do PIB, resultado da presença dos fundos de<br />

pensão que desembarcaram na capital paranaense<br />

com a tarefa de discutir alternativas para a conjuntura<br />

econômica mundial. Autoridades de governo (federal,<br />

estadual e municipal) e os principais atores do setor<br />

discutiram as oportunidades de investimentos que<br />

se desenham com o novo cenário macroeconômico<br />

nacional de juros em queda.<br />

A simples presença de três ministros de Estado no<br />

congresso anual tradicionalmente organizado pela<br />

Abrapp dá mostras da dimensão estratégica assumida<br />

pela previdência complementar no atual governo.<br />

Em linhas gerais, as autoridades mencionaram<br />

oportunidades de negócio, com destaque para as<br />

áreas de infraestrutura, energia, logística e transporte,<br />

bem como na indústria petrolífera, reabastecida com<br />

as descobertas na camada de pré-sal.<br />

Nosso país outrora nunca havia gozado de<br />

tamanho prestígio no cenário internacional. E a<br />

chancela das esferas competentes dando sinal<br />

verde para a realização de uma Copa do Mundo<br />

e das Olimpíadas logo na sequência são provas<br />

incontestes nesse sentido.<br />

O Brasil entrou defi nitivamente na agenda global.<br />

Para nós, o futuro é agora e os fundos de pensão já<br />

celebram a sua chegada. O desenlace da crise fi nanceira<br />

internacional por aqui pôs por terra quaisquer suspeitas<br />

<strong>Revista</strong><br />

Produzida pelo Setor de Imprensa e Conteúdo<br />

(Gerência de Comunicação e Relações<br />

Institucionais)<br />

Gerente | Washington Araújo<br />

Editor e Jornalista Responsável | Hélio Pereira<br />

(MTb 20.160/SP)<br />

Reportagem e Redação | Charles Nascimento<br />

(editor), Antonia Moraes, Gleice Sabbad e<br />

Vanessa Marinho (estagiária)<br />

Projeto Gráfi co | Núcleo da Idéia Publicidade<br />

Diagramação | Leonardo Gomes<br />

Capa | Leonardo Gomes<br />

Fotos | Américo Vermelho e Jupiter Images<br />

Impressão | Bangraf<br />

Tiragem | 130.300 exemplares<br />

Redação | Rua do Ouvidor, 98, Rio de Janeiro, RJ<br />

CEP 20040-030 – Tel | (21) 2506-0335<br />

E-mail | revista@petros.com.br<br />

editorial<br />

que porventura ainda teimavam em pairar em torno<br />

das decisões do governo na condução da economia.<br />

Para nós, gestores da <strong>Petros</strong>, um dos grandes<br />

diferenciais do atual momento brasileiro é a busca<br />

pelo crescimento sustentável, tendência que se refl ete<br />

no segmento da previdência complementar fechada.<br />

Nessa linha, a seleção dos investimentos tem requerido<br />

um quesito adicional, qual seja o alinhamento dos<br />

ofertantes aos princípios de responsabilidade social.<br />

Não é só retórica. A presente edição reporta ao leitor<br />

a participação acionária da Fundação na recém-criada<br />

empresa Florestal, concebida com a capacidade de<br />

plantar 6 mil mudas de eucaliptos ao mês e propiciar<br />

2 mil empregos diretos. Outra bandeira empunhada<br />

pelos atuais gestores é do multipatrocínio.<br />

A chegada dos estatísticos em outubro abre a<br />

possibilidade de receber 9 mil novos participantes.<br />

Em se tratando de uma categoria profi ssional tão<br />

relevante para o mercado da previdência, a assinatura<br />

do termo de adesão veio carregado de simbolismo.<br />

Por fi m, o conjunto de matérias reunida na<br />

<strong>Revista</strong> PETROS tenta mostrar que os<br />

fundos estão exercendo um papel importante para<br />

a construção de “futuro” cada vez mais presente<br />

e palpável.<br />

DIRETORIA EXECUTIVA<br />

Presidente | Wagner Pinheiro de Oliveira<br />

Diretores | Luís Carlos Fernandes Afonso, Maurício<br />

França Rubem e Newton Carneiro da Cunha<br />

Secretário-Geral | Wagner Luiz Constantino de Lima<br />

CONSELHO DELIBERATIVO<br />

Titulares | Wilson Santarosa (presidente), Jorge<br />

José Nahas Neto, Paulo Teixeira Brandão,<br />

Regina Lucia da Rocha Valle, Ronaldo Tedesco<br />

Vilardo e Yvan Barretto de Carvalho<br />

Suplentes | Agnelson Camilo da Silva, Alexandre<br />

Aparecido Barros, Claudia Padilha da Araújo<br />

Gomes, Armando Ramos Tripodi, Epaminondas<br />

de Souza Mendes e Roberto de Castro Ribeiro<br />

Diretoria Executiva<br />

<strong>Novembro</strong>/2009<br />

expediente<br />

Filiada à<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Titulares | Fernando Leite Siqueira (presidente),<br />

Bruno Passos da Silva Melo, Eurico Dias Rodrigues<br />

e Silvio Sinedino Pinheiro<br />

Suplentes | André Luiz da Fonseca Fadel,<br />

Denise Frazão Ginzo, Oscar Ângelo Scotta e<br />

Sérgio Salgado<br />

E-Mail | conselhofi scal@petros.com.br


fórum<br />

Recentemente IBDD editou uma cartilha com os<br />

direitos das pessoas defi cientes. A <strong>Petros</strong>, engajada<br />

na luta pela cidadania, apoiou a ideia porque<br />

também considera fundamental a inclusão dessas<br />

pessoas no mercado de trabalho, além da luta objetiva<br />

por uma legislação por melhor acesso nos<br />

transportes coletivos, por vagas nas universidades,<br />

pela capacitação profi ssional, reabilitação física<br />

e psicológica. A sociedade deve se habituar a<br />

refl exões mais profundas. Como cidadãos, temos<br />

direitos e deveres, mas há algo que vai além das<br />

obrigações legais que regulam a vida em sociedade:<br />

o respeito, a consciência de que somos responsáveis<br />

uns pelos outros. Uma sociedade de amor<br />

e paz acolhe, protege, educa, propicia o desenvolvimento.<br />

Na prática e não apenas no papel. Vamos<br />

fazer a nossa parte. Não foi isso o que ensinaram<br />

todos os Mestres que passaram pela Terra?<br />

Está havendo um pequeno problema quanto<br />

ao endereçamento da <strong>Revista</strong> PETROS. A etiqueta<br />

está colando na revista e fi ca impossível abrir o<br />

envelope plástico sem rasgar a capa da revista.<br />

Resposta: A franquia dos Correios responsável<br />

pela remessa informa que tomará as providências<br />

necessárias. A empresa já havia reclamado<br />

com o fornecedor em relação ao envelope, que realmente<br />

são muito justos e difi cultam o manuseio.<br />

A franquia acrescenta que está em processo de<br />

mudança de fornecedor e uma das exigências foi<br />

justamente quanto ao tamanho da embalagem.<br />

4 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009<br />

Responsabilidade Social I<br />

Rosana Rossi C. F. Romero /RJ<br />

Etiqueta da revista<br />

Hugo Feijó Filho, Santos /SP<br />

Participe desse FÓRUM.<br />

Escreva para revista@petros.com.br<br />

Responsabilidade Social II<br />

René Ruschel, Curitiba /PR<br />

O apoio da <strong>Petros</strong> ao Instituto Brasileiro dos<br />

Direitos da Pessoa com Defi ciência para a edição<br />

da “Cartilha IBDD” é um gesto de grandeza<br />

social. Além de servir como “instrumento básico<br />

para efetivação dos direitos fundamentais das<br />

pessoas com defi ciência”, a cartilha é uma<br />

ferramenta de conscientização da sociedade<br />

contra a discriminação e o preconceito – que<br />

infelizmente ainda existem. O Brasil vive<br />

um momento ímpar em sua história. Daí a<br />

importância em acelerar estas conquistas e<br />

buscar a inclusão de milhões de brasileiros<br />

neste processo. Parabéns a <strong>Petros</strong> e ao IBDD.<br />

EM NOVEMBRO, O PAGAMENTO<br />

DOS BENEFÍCIOS SERÁ NO DIA 25<br />

Composição da carteira (julho)<br />

João Alberto Vieira Santos, Rio de Janeiro /RJ<br />

A página 20 da revista do mês de out/09<br />

informa que as quatro partes da composição<br />

da carteira somam 103% do nosso patrimônio.Será<br />

feita a correção?<br />

Resposta: houve um grave erro na transposição<br />

dos dados da planilha, não percebido pela<br />

revisão. segue a planilha correta<br />

28,07%<br />

2,3%<br />

2,64%<br />

66,99%<br />

Renda Fixa<br />

Renda Variável<br />

Participações Imobiliárias<br />

Operações com Participantes


NOVA CENTRAL<br />

Até o fi nal deste ano, a <strong>Petros</strong> deverá concluir<br />

o projeto de implantação da sua nova Central de<br />

Relacionamento (também conhecida no mercado<br />

como Contact Center). Segundo o diretor<br />

Administrativo, Newton Carneiro, a ferramenta<br />

foi escolhida por meio de um rigoroso processo<br />

de tomada de preços e permitirá o gerenciamento<br />

integrado dos canais de atendimento. “Além<br />

disso, possibilitará o aumento da produtividade<br />

dos teleatendentes, que poderão utilizar os<br />

canais de voz, e-mail e chat”, diz o dirigente.<br />

“A consequência natural será a prestação de<br />

um serviço personalizado, com a redução das<br />

fi las de espera e direcionamento das chamadas<br />

para os teleatendentes especializados em seu<br />

respectivo plano.”<br />

O novo sistema permitirá a unifi cação<br />

dos números 0800 atualmente existentes e<br />

a reformulação dos menus do atendimento<br />

automático (URA – Unidade de Resposta Audível),<br />

que terá navegação mais simples e adequada a cada<br />

plano e situação do participante. A URA também<br />

oferecerá diversas consultas automáticas, sem a<br />

necessidade de o usuário falar com os atendentes –<br />

endereços da <strong>Petros</strong>, valor do saldo da conta, valor<br />

líquido do benefício depositado, saldo devedor do<br />

empréstimo, solicitação de 2ª via do contracheque<br />

e de Informe Anual de Rendimentos para o IR.<br />

O público do PP–2 e dos demais planos já está<br />

sendo atendido pela nova central, com todas<br />

serviço<br />

DE RELACIONAMENTO ENTRA EM OPERAÇÃO<br />

Fundação investiu na modernização dos sistemas tecnológicos na área de<br />

atendimento ao participante<br />

as consultas automáticas disponíveis. Com<br />

isso, a Fundação passou a ter dois números de<br />

Discagem Direta Gratuita: 0800-560066 (Planos<br />

<strong>Petros</strong> BD) e 0800-0253545 (PP–2 e demais<br />

planos). A Central de Relacionamento funciona<br />

de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h. Para<br />

agilizar o contato, é aconselhável ter em<br />

mãos o número da matrícula ou do CPF. Caso<br />

queira obter informações personalizadas, será<br />

necessário digitar a senha pessoal.<br />

Segundo Carneiro, uma das novidades mais<br />

interessantes do sistema é a chamada de retorno<br />

(callback) para o participante que tentou acessar<br />

o 0800 em horário de grande movimento (com<br />

fi la de espera) e desistiu da chamada. No período<br />

de menor fl uxo, o próprio sistema irá gerar uma<br />

ligação automática para o telefone de origem<br />

do participante. A central contará também<br />

com sistema de gravação das chamadas, além<br />

de permitir a realização de campanhas de<br />

telemarketing ativo.<br />

Mas as novidades não se atêm à atualização<br />

tecnológica. A área está buscando cada vez<br />

mais prestar um atendimento humanizado,<br />

personalizado e efi caz, com atendentes mais<br />

capacitados a responder a todos os tipos de<br />

demanda. “Assim que os testes de implantação<br />

do sistema estiverem concluídos, o novo número<br />

unifi cado da central de atendimento 0800 da <strong>Petros</strong><br />

será amplamente divulgado”, fi naliza o diretor.<br />

PLANOS PETROS BD - 0800-560066<br />

PP-2 E DEMAIS PLANOS - 0800-0253545<br />

DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, DAS 8H ÀS 19H.<br />

<strong>Novembro</strong> 2009 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> 5


por dentro do sistema<br />

CONGRESSO DOS FUNDOS DE PENSÃO<br />

CELEBRA A “CHEGADA DO FUTURO”<br />

Em sua 30ª edição – realizada entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro,<br />

em Curitiba –, o evento anual da Abrapp registra recorde de público e grande<br />

variedade de temas<br />

Durante três dias, mais de 2.600 profi ssionais atuantes nos<br />

diversos segmentos da previdência complementar participaram, em<br />

Curitiba, do 30º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão. A capital<br />

paranaense acolheu ainda diversas autoridades governamentais e<br />

representantes de órgãos públicos que, norteados pelo eixo temático<br />

“Cenário Econômico Mundial – Momentos Difíceis, Competências<br />

Maiores”, também contribuíram para o êxito da edição.<br />

A abertura ofi cial, na noite de 30 de setembro, registrou a presença de<br />

três ministros, o governador do Estado, deputados federais e principais<br />

autoridades do mundo previdenciário nacional. Em seu discurso, a<br />

ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, convidou os fundos de<br />

pensão brasileiros a investirem no setor de infraestrutura. Mencionou o<br />

projeto do trem-bala e as reservas de petróleo do pré-sal e garantiu que<br />

“investimentos em projetos nas áreas de energia, logística e transporte<br />

não vão faltar”. Antes, a ministra recebeu – das mãos do presidente da<br />

<strong>Petros</strong>, Wagner Pinheiro – os troféu e diploma na categoria Seguridade<br />

Social da 14ª edição do Prêmio Nacional de Seguridade Social.<br />

Dilma lembrou que o governo terá o papel de garantir normas<br />

e diretrizes para o funcionamento dos fundos privados. “A criação<br />

da Previc está sofrendo atrasos indesejados, mas o Senado deve<br />

acelerar a sua votação”, afi rmou. A ministra destacou ainda a<br />

saúde fi nanceira do sistema, “que conseguiu recuperar uma parte<br />

expressiva das perdas registradas durante a crise”.<br />

Também homenageado com o prêmio – que foi conferido a 14<br />

destaques em diversas categorias pelo Instituto Nacional de Seguridade<br />

Social (ICSS) –, o ministro da Previdência Social, José Pimentel, fez<br />

um breve discurso traçando o histórico da previdência complementar<br />

desde sua criação e pontuando o trabalho realizado pelo atual governo<br />

para fortalecer a previdência complementar no país. Já o ministro do<br />

Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, falou de sua fé no<br />

futuro do país “que vai crescer com inclusão social” e lembrou “das 25<br />

milhões de pessoas incluídas na economia pelo governo do presidente<br />

Lula e que foram decisivas para o país vencer a crise econômica”.<br />

6 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009<br />

Já, o governador do Paraná,<br />

Roberto Requião, alertou aos<br />

dirigentes dos fundos a fi carem<br />

atentos ao novo cenário e convocou-os<br />

a investirem em opções<br />

que congreguem retornos seguros<br />

com o desenvolvimento do<br />

país, como obras de infraestrutura<br />

e empresas rentáveis e geradoras<br />

de emprego. O tom de<br />

saudação à retomada do crescimento<br />

com a efetiva participação<br />

dos fundos de pensão também<br />

pautaram as colocações dos ministros<br />

– sobretudo da ministra


Dilma, condutora dos principais<br />

programas governamentais de<br />

“aceleração do crescimento” – e<br />

do diretor-presidente da Abrapp,<br />

José de Souza Mendonça.<br />

Também participaram da solenidade<br />

de abertura o vice-go-<br />

EXPERIÊNCIAS<br />

EM PRIVATE EQUITY<br />

vernador paranaense Orlando<br />

Liderança Empresarial<br />

Responsabilidade Social<br />

Pessuti; o secretário-executivo<br />

do Ministério da Previdência,<br />

Carlos Eduardo Gabas; o secre-<br />

Seguridade Social<br />

tário de PrevidênciaComplementar,<br />

Ricardo A ministra-chefe da Casa<br />

Pena Pinheiro; Civil, Dilma Rousseff, teve<br />

e os deputados sua atuação em prol da se-<br />

federais André guridade reconhecida pelo<br />

Zacarow e Fran- ICSS e recebeu o diploma e<br />

cisco D’Angelo, troféu das mãos de Wagner<br />

integrantes da Pinheiro, presidente da <strong>Petros</strong><br />

Comissão de Se- e ex-presidente instituto.<br />

guridade na Câmara.<br />

por dentro do sistema<br />

O diretor Financeiro e de Investimentos da <strong>Petros</strong>, Luís<br />

Carlos Afonso, foi o coordenador do painel “Alocação em<br />

Investimentos de Longo Prazo e falou sobre a experiência<br />

da Fundação em private equity. “É como se eles (os<br />

private equity) nos dessem novos braços e pernas para<br />

nos movimentar.”<br />

Segundo Afonso, os Fundos de Investimento em<br />

Participações (FIPs) são vistos pela <strong>Petros</strong> como<br />

oportunidades de diversifi cação da carteira e ampliação<br />

do portfólio. Os 26 fundos nos quais a Fundação participa<br />

ou em fase de captação perfazem um capital de R$ 9,3<br />

bilhões. “Nossa participação é de 24% desse montante,<br />

correspondente a cerca de R$ 2,2 bilhões.”<br />

Ação Parlamentar<br />

Ação Social<br />

Administração Pública<br />

Comunicação<br />

Dirigente Regional<br />

Educação, Cultura e Esporte<br />

PRÊMIO ICSS<br />

CATEGORIA PREMIADO<br />

Chico D’Angelo (PT/RJ)<br />

Cláudia Bonfi glioli<br />

José Pimentel<br />

Nelson Sirotsky<br />

Reginaldo José Camilo<br />

Forluz<br />

Jorge Gerdau Johnnpeter<br />

Jorge Queiroz de Moraes Junior<br />

Dilma Rousseff<br />

<strong>Novembro</strong> 2009 2009 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> 7


por dentro do sistema<br />

AS FUNDAÇÕES<br />

E AS DEMANDAS JUDICIAIS<br />

O presidente Wagner Pinheiro mostrou a visão<br />

dos gestores das fundações durante o painel “O<br />

Poder Judiciário e o Equilíbrio Atuarial e Financeiro<br />

dos Fundos de Pensão”. Para um auditório repleto,<br />

fez questão de frisar inicialmente que os fundos<br />

conhecem e colocam em prática os principais fundamentos<br />

dentro do ordenamento jurídico. “Conhecemos<br />

a natureza contratualista da relação entre<br />

os participantes e as entidades, a necessidade<br />

de constituição de reserva para a percepção dos<br />

benefícios, a necessidade de segregação entre<br />

planos”, disse o dirigente. “Nós sabemos de tudo<br />

isso, mas a sociedade brasileira não sabe.”<br />

Pinheiro ressalvou a fi rme atuação do atual<br />

governo federal criando um ordenamento jurídico<br />

“para que tenhamos segurança para trabalhar”.<br />

Mas, na sua opinião, os fundos tem de aumentar<br />

sua atuação junto aos sindicatos, patrocinadoras,<br />

A GESTÃO DA IMAGEM<br />

DAS FUNDAÇÕES<br />

Ao coordenador da Comissão Técnica Nacional<br />

de Comunicação e Fomento da Abrapp, Washington<br />

Araújo, coube a tarefa de fechar o painel<br />

“A Gestão de Imagem dos Fundos de Pensão”,<br />

missão cumprida, mesmo com a responsabilidade<br />

deixada pelas excelentes e acaloradamente<br />

aplaudidas palestras que o precederam.<br />

Em exposição bem-humorada, Clóvis Barros Filho,<br />

professor livre-docente da Escola de Comunicação<br />

e Artes da USP, instigou o público a acompanhálo<br />

numa viagem pelo “pensamento fi losófi co” – da<br />

Antiga Grécia aos botequins de hoje. Numa profusão<br />

de “imagens”, falou das difi culdades para construção<br />

de uma identidade, um dos principais valores para as<br />

8 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009<br />

instituidores, associações de aposentados, entidades<br />

como a Anapar e desenvolver um trabalho incessante<br />

de esclarecimento junto ao Judiciário.<br />

Nesse momento, fazia referência ao juiz federal<br />

e doutor em direito econômico pela USP, José<br />

Marcos Lunardelli, que acabara de dar suas “impressões<br />

pessoais” – fez questão de frisar – sobre<br />

a visão do Judiciário. Segundo o juiz, o Tribunal<br />

hoje se debate entre dois confl itos clássicos: a natureza<br />

individual versus plurilateral (distributiva)<br />

das ações. “E a grande difi culdade é justamente<br />

resolver essa questão.”<br />

Também participaram os advogados Adacir Reis,<br />

que falou sobre a visão das entidades fechadas de<br />

previdência complementar; Flávio Marcílio Moreira,<br />

que discorreu sob a ótica dos entes públicos; e,<br />

Ivan Jorge Bechara Filho, diretor de Legislação e<br />

Normas da SPC, em nome de quem advogou.<br />

organizações. Já o presidente da Previ (formado em<br />

Jornalismo), Sérgio Rosa, recomendou que os esforços<br />

em Comunicação sejam “permanentes e coerentes”.<br />

Na sua opinião, “a boa comunicação externa<br />

começa pela feita internamente”.<br />

Gerente executivo de Comunicação e Relações Institucionais<br />

da <strong>Petros</strong>, Araújo usou os efeitos da animação<br />

gráfi ca para mostrar a evolução do personagem<br />

Prevenildo (representando todos os profi ssionais que<br />

atuam em seguridade), que aos poucos vai percebendo<br />

sua importância individual para a construção da<br />

imagem que é “enxergada” pelos participantes. Também<br />

começa a valorizar e construir canais de comunicação<br />

efetivos para todos os públicos.


Em posição destacada pela<br />

magnitude dos recursos que movimenta,<br />

os expressivos investimentos<br />

em fundos estruturantes (FIPs)<br />

e sua liderança no segmento de<br />

fundos multipatrocinados, a Fundação<br />

foi uma das protagonistas<br />

do evento e reforçou sua já sólida<br />

imagem junto aos congressistas.<br />

Pelo seu estande passaram mais<br />

de 500 visitantes, que demonstraram<br />

elevado interesse pelos<br />

planos, sobretudo o Anaparprev,<br />

que é acessível a participantes de<br />

qualquer fundo fechado e abre a<br />

possibilidade de inclusão de parentes<br />

até o terceiro grau. “Nosso<br />

estande representou bem as transformações<br />

ocorridas no<br />

sistema no governo Lula,<br />

pois abriu espaço para que<br />

a previdência complementar<br />

possa ser estendida<br />

para mais trabalhadores”,<br />

diz o diretor de Seguridade,<br />

Maurício Rubem.<br />

Em sua primeira participação<br />

no Congresso, Silvio<br />

Sinedino, do Conselho Fiscal, se<br />

disse “bastante impressionado”<br />

com a qualidade dos debates e o<br />

nível de discussão. Ele lamentou<br />

apenas o fato de que nem todos<br />

os conselheiros tenham podido<br />

participar do evento.<br />

Na avaliação do diretor Administrativo,<br />

Newton Carneiro, o<br />

evento demonstrou a consolida-<br />

por dentro do sistema<br />

PETROS TEM PRESENÇA MARCANTE<br />

Mais de 500 visitantes compareceram ao estande da Fundação e<br />

receberam orientações sobre o Anaparprev<br />

ção do sistema e sua reconheci- bertas que marcam um novo parada<br />

importância para o desenvoldigma para o país e trará inúmeras<br />

vimento do país. “A presença de oportunidades de investimentos<br />

ministros, governador do Estado para os fundos de pensão.”<br />

e parlamentares diretamente liga- O gerente de Relação com<br />

dos com a previdência atestam a os Instituidores da Petrobras,<br />

Alexandre Quintão Fernandes,<br />

prestou informações pormenorizadas<br />

a respeito do modelo regulatório<br />

de exploração e produção<br />

no pré-sal e áreas estratégicas e<br />

trouxe detalhes<br />

O diretor Luís Carlos Afonso falou<br />

sobre a experiência da <strong>Petros</strong> em<br />

sobre o novo modelo<br />

de partilha.<br />

private equity. equity... ..<br />

Caberá à comparepresentanhia<br />

o papel de<br />

tividade das<br />

operadora exclu-<br />

fundações.”<br />

siva de todas as<br />

O dirigente<br />

coordenou<br />

..e o diretor Newton Carneiro<br />

coordenou palestra sobre o<br />

pre-sal<br />

áreas sujeitas ao<br />

regime. “Ela será<br />

a mesa de debates durante a apre- a responsável pela coordenação<br />

sentação da Petrobras [“Pré-Sal – das atividades de exploração e<br />

Expectativas e Desafios”] e desta- produção, providenciando os<br />

cou a importância do tema para as recursos críticos em tecnologia,<br />

fundações. “As pessoas ainda não pessoal e recursos materiais”, ex-<br />

tm a exata dimensão dessas desco- plicou o executivo.<br />

<strong>Novembro</strong> 2009 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> 9


esponsabilidade social<br />

EM DEFESA DAS<br />

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA<br />

Cartilha busca efetivar direitos fundamentais e reduzir os preconceitos que<br />

impedem o pleno exercício da cidadania<br />

Uma parceria entre a <strong>Petros</strong> e o Instituto<br />

Brasileiro dos Direitos da Pessoa com<br />

Defi ciência possibilitou a reedição da Cartilha<br />

IBDD, uma espécie de instrumento de luta<br />

para fazer valer os direitos dessa signifi cativa<br />

parcela da população. Segundo a assessora da<br />

superintendência do IBDD, Fernanda Japiassu, a<br />

ideia de fazer uma publicação nesses moldes foi<br />

detectada a partir do grande número de pessoas<br />

que procuravam a instituição para se informar<br />

sobre seus direitos. “Percebemos que não existia<br />

no mercado um material impresso que reunisse<br />

tais informações de maneira sucinta e acessível<br />

e buscamos parceiros.”<br />

Ela conta que a primeira edição foi lançada<br />

no ano passado em parceria com Furnas, com<br />

tiragem de 5 mil exemplares. Mas, na sua<br />

concepção, o assunto não se esgotou. “Vencer a<br />

negação de direitos e a invisibilidade da pessoa<br />

com defi ciência é um desafi o permanente.”<br />

Criado em 1998, o IBDD é uma organização<br />

não governamental, sem fi ns lucrativos, com uma<br />

proposta contrária às políticas assistencialistas. A<br />

entidade trabalha pela construção da cidadania<br />

das pessoas com defi ciência, para que elas se<br />

tornem sujeitos ativos de seus direitos e lutem<br />

contra o preconceito.<br />

Apesar dos recentes avanços conquistados,<br />

ainda permanecem problemas estruturais como<br />

a difi culdade de acessibilidade aos transportes<br />

coletivos, o desemprego e a discriminação.<br />

Segundo Japiassu, nesse particular, o IBDD tem<br />

como linha de ação o desenvolvimento de projetos<br />

exemplares de inclusão social. Entre outras ações,<br />

10 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009<br />

oferece atendimento personalizado, escritório<br />

de defesa de direitos, capacitação profi ssional,<br />

inclusão no mercado de trabalho formal e<br />

promoção de atividades esportivas.<br />

Para as empresas e demais instituições,<br />

provê recursos de consultoria, otimização do<br />

emprego dos trabalhadores com defi ciência e<br />

orientação atualizada. “Além disso, atuamos<br />

para que a questão da pessoa com defi ciência<br />

seja entendida com real importância, em função<br />

do seu papel fundamental para a resolução das<br />

desigualdades sociais.”<br />

A publicação está acessível no portal da<br />

<strong>Petros</strong> para quem quiser baixar o arquivo em pdf.<br />

Os exemplares impressos também podem ser<br />

solicitados gratuitamentejunto ao IBDD (telefone<br />

21-3235 9290 ou via e-mail ibdd@ibdd.org.br)


esponsabilidade social<br />

FUNDAÇÃO<br />

INVESTE NO REFLORESTAMENTO<br />

Entidade tem 25% de participação na Florestal, que nasce com capacidade de plantio<br />

de 6 milhões de mudas de eucalipto/mês e de gerar 2 mil empregos diretos<br />

Os sócios da empresa Florestal<br />

Brasil S.A., de refl orestamento<br />

de eucalipto para fi ns<br />

comerciais, escolheram uma<br />

data repleta de simbolismo<br />

para promover o lançamento<br />

do negócio, em São Paulo –<br />

29 de setembro, Dia da Árvore.<br />

Com o aporte de R$ 1,1 bilhão,<br />

a companhia conta com a participação<br />

acionária da <strong>Petros</strong> e<br />

Funcef, da holding J&F (controladora<br />

do grupo JBS-Friboi)<br />

e da MCL Empreendimentos.<br />

Maior conglomerado do setor de proteínas<br />

do mundo e com participação acionária da<br />

<strong>Petros</strong>, a JBS participou, em 5 de outubro,<br />

da cerimônia de assinatura de um convênio<br />

com o Greenpeace, que visa ao estabelecimento<br />

de critérios mínimos para operações<br />

com gado e produtos bovinos em escala<br />

industrial no bioma amazônico. Conforme<br />

noticiado pelos jornais “O Globo” e “Valor<br />

Econômico”, o termo foi assinado também<br />

pela Marfrig e o Minerva, o segundo e terceiro<br />

maiores frigoríficos nacionais.<br />

Pelo compromisso, os frigoríficos terão<br />

de comprovar que nenhum de seus fornecedores<br />

diretos tenham ferido o bioma amazônico<br />

para garantir a entrega de bois para o<br />

A Fundação e cada um dos demais<br />

sócios terá uma participação<br />

de 25% na empresa.<br />

A Florestal começa com<br />

um viveiro de eucaliptos em<br />

Andradina, no interior de São<br />

Paulo, com capacidade para<br />

produzir 6 milhões de mudas<br />

por mês. A primeira colheita<br />

está prevista para 2014<br />

e, a partir daí, o faturamento<br />

anual previsto é de R$ 2<br />

bilhões, chegando à casa dos<br />

R$ 3 bilhões em 2021.<br />

Em torno de 20% da produção<br />

deverá ser utilizada para<br />

abastecer as caldeiras das<br />

unidades de abate e processamento<br />

de carne da JBS-Friboi.<br />

O excedente de madeira será<br />

dirigido a empresas que utilizam<br />

lenha como biomassa ou<br />

para produção de celulose. O<br />

projeto prevê a criação de 2<br />

mil empregos diretos e terá<br />

responsabilidade sobre 335<br />

mil hectares em Mato Grosso<br />

e Mato Grosso do Sul.<br />

PARCERIA SOCIALMENTE RESPONSÁVEL<br />

abate. Em dois anos, a exigência valerá para<br />

“fornecedores indiretos”, incluindo fazendas<br />

de cria e recria de gado.<br />

Para José Batista Júnior, sócio-diretor<br />

da JBS, os frigoríficos estão preocupados<br />

com a imagem do segmento no<br />

exterior. “Desenvolvemos projetos que representam<br />

o Brasil”, diz o executivo. “Estamos<br />

quebrando barreiras e paradigmas<br />

mundo afora. Mas não basta querer vender,<br />

temos que preservar”. A JBS vem de participar<br />

de uma das maiores operações do mundo<br />

dos negócios, ao incorporar a Bertin e<br />

a aquisição da americana Pilgrim’s Pride,<br />

tornando-se um conglomerado com faturamento<br />

anual da ordem de R$ 60 bilhões.<br />

<strong>Novembro</strong> 2009 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> 11


sistema petrobras<br />

PETROBRAS, 56 ANOS<br />

Cerimônia no Rio de Janeiro foi celebrada conjuntamente com o Dia do<br />

Petroleiro, instituído pelo governo do Estado<br />

Embalada pelas recentes descobertas na<br />

camada de pré-sal e com a perspectiva de<br />

dobrar o seu tamanho em um futuro próximo,<br />

a Petrobras completou 56 anos de existência<br />

no dia 3 de outubro. E a partir deste ano os<br />

petroleiros fl uminenses em particular têm<br />

um motivo a mais para celebrar a data. Uma<br />

lei estadual sancionada recentemente pelo<br />

governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral,<br />

estabeleceu a data como o Dia do Petroleiro.<br />

O autor da lei é o deputado estadual Paulo<br />

Ramos (PDT), que teve o intuito de homenagear<br />

a categoria. Como justificativa, lembra que<br />

ao longo de sua trajetória, os trabalhadores<br />

da companhia venceram dificuldades,<br />

desenvolvendo técnicas de exploração do<br />

petróleo, especializando-se na pesquisa e<br />

extração em águas profundas.<br />

Aliás, motivos para que todos os brasileiros<br />

se orgulhem da companhia não faltam. Maior<br />

produtora mundial de petróleo em águas pro-<br />

12 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009<br />

fundas, com 23% das operações globais, a Petrobras<br />

conquistou a autossuficiência a partir<br />

de 2006 – passou a produzir um volume superior<br />

à demanda nacional. “A maior empresa<br />

brasileira, e uma das maiores do mundo,<br />

já contribui com grande ênfase para que to-<br />

CAIXA POSTAL TEM NOVO CEP<br />

O CEP da caixa postal exclusiva mantida pela <strong>Petros</strong><br />

na agência dos Correios da Petrobras mudou. Agora,<br />

o participante interessado em utilizar o serviço devem<br />

endereçar suas correspondências para:<br />

AC Petrobras Caixa Postal – 15.559 CEP – 20031-975<br />

Diariamente, o setor interno responsável pelo serviço<br />

de malote recolhe todos os envelopes, faz a triagem<br />

conforme o assunto e encaminha à área responsável.<br />

O serviço de caixa postal concilia segurança – todo<br />

material recebido fi ca cuidadosamente guardado no<br />

interior da agência dos Correios – e privacidade –<br />

somente o profi ssional autorizado pela Fundação tem<br />

acesso às correspondências.


dos desfrutem do desenvolvimento<br />

social e econômico do<br />

país”, declarou o presidente<br />

da <strong>Petros</strong>, Wagner Pinheiro.<br />

Para o executivo, “a concretização<br />

desta realidade só<br />

foi possível graças ao empenho<br />

dos milhares de empregados<br />

que trabalham com<br />

entusiasmo na construção de<br />

uma empresa que pertence<br />

a todos os brasileiros e, portanto,<br />

a eles também”. Pinheiro<br />

também externou o seu<br />

orgulho pelo fato de estar à<br />

frente de uma instituição que<br />

tem a Petrobras como a sua<br />

principal patrocinadora.<br />

Atualmente, a companhia<br />

produz mais de 2,5 milhões de<br />

barris de petróleo e gás natural<br />

equivalente por dia. Com<br />

a proposta do novo modelo<br />

regulatório apresentada pelo<br />

governo federal, a Petrobras<br />

deverá ser a única operadora<br />

– com percentual mínimo<br />

de 30% de participação – de<br />

todos os blocos explorados<br />

sob o regime de partilha. Caso<br />

a proposta seja aprovada<br />

pelo Congresso Nacional, o<br />

sistema de partilha substituirá<br />

o regime de concessão para<br />

as áreas do pré-sal e estratégicas<br />

ainda não licitadas. Para<br />

os 70% restantes, a União<br />

poderá contratar exclusivamente<br />

a Petrobras ou realizar<br />

licitações com livre participação<br />

de empresas.<br />

A proposta também prevê o<br />

direito de a companhia exercer<br />

atividades de exploração e produção<br />

em determinadas áreas<br />

do pré-sal, no limite de até 5 bilhões<br />

de barris de petróleo e gás<br />

natural. Para ampliar a capacidade<br />

de investimento, levando em<br />

consideração inclusive os investimentos<br />

necessários para o desenvolvimento<br />

das atividades na<br />

região do pré-sal, o projeto de lei<br />

também autoriza o aumento de<br />

REAJUSTE DOS ASSISTIDOS<br />

Em setembro, benefícios suplementares dos<br />

repactuados subiu 4,36%<br />

Em setembro, os benefícios de<br />

suplementação de aposentadoria,<br />

pensão por morte e auxílio-doença<br />

dos aposentados e pensionistas<br />

que aderiram à proposta de<br />

repactuação foi reajustado em<br />

4,36% (equivalente à variação do<br />

IPCA de setembro de 2008 a agosto<br />

de 2009). Para aqueles cuja<br />

data de início do benefício (DIB) é<br />

DIB<br />

Até 30/09/2008<br />

Até 31/10/2008<br />

Até 30/11/2008<br />

Até 31/12/2008<br />

Até 31/01/2009<br />

Até 28/02/2009<br />

Até 31/03/2009<br />

Até 30/04/2009<br />

Até 31/05/2009<br />

Até 30/06/2009<br />

Até 31/07/2009<br />

Até 31/08/2009<br />

sistema petrobras<br />

capital da Petrobras.<br />

A aprovação do modelo<br />

regulatório institui ainda<br />

o Fundo Social, que terá investimentos<br />

no Brasil e no<br />

exterior e poderá aplicar os<br />

recursos arrecadados no<br />

pré-sal em projetos na área social<br />

(saúde, educação, ciência<br />

e tecnologia, meio ambiente<br />

e cultura) e de infraestrutura,<br />

contribuindo para a erradicação<br />

da pobreza no país.<br />

posterior a 30 de setembro de<br />

2008, o reajuste foi aplicado<br />

proporcionalmente, conforme<br />

tabela. Os aposentados e pensionistas<br />

que não aderiram à<br />

repactuação devem aguardar<br />

o fechamento do acordo coletivo<br />

da patrocinadora para<br />

terem seus benefícios <strong>Petros</strong><br />

reajustados.<br />

VARIAÇÃO IPCA %<br />

4,36400<br />

4,09336<br />

3,62704<br />

3,25532<br />

2,96701<br />

2,47513<br />

1,91460<br />

1,71118<br />

1,22530<br />

0,75177<br />

0,39036<br />

0,15000<br />

<strong>Novembro</strong> 2009 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> 13


projeto memória<br />

A HISTÓRIA<br />

CONTADA POR<br />

SEUS HERÓIS ANÔNIMOS<br />

Telefonista por 20 anos na empresa, Ana Dias bem<br />

representa os milhares de personagens desconhecidos<br />

que deram sua parcela de colaboração para construir os<br />

40 anos da Fundação<br />

A revista optou nesse mês por narrar a história<br />

da <strong>Petros</strong> a partir do ponto de vista de<br />

uma personagem anônima que colaborou para<br />

transformá-la na segunda maior entidade de<br />

previdência complementar do País. Sua voz<br />

representa os milhares de trabalhadores sem<br />

nome e sem rosto que levaram adiante o sonho<br />

de um grupo de abnegados que, em meados<br />

da década dos 60 idealizou uma maneira<br />

para salvaguardar o padrão econômico dos petroleiros<br />

após a aposentadoria.<br />

Uma dessas protagonistas é Ana Dias, que<br />

por duas décadas trabalhou na <strong>Petros</strong> como telefonista<br />

(1971 a meados de 1991). Se, por algum<br />

motivo, você ligou para a Fundação nessa época,<br />

pode até não estar associando o nome à pessoa,<br />

mas muito provavelmente foi atendido por ela.<br />

A simpática dona da matrícula de empregada<br />

número 56, trabalhou nos primeiros imóveis<br />

que serviram de sede à Fundação – na rua Teófi<br />

lo Otoni e por último no histórico Edifício Serrador,<br />

negociado pela gestão passada, em 2002.<br />

14 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009<br />

Ana garante não ter predileção por nenhuma das<br />

sedes, e lamenta não ter tido a oportunidade de<br />

trabalhar na atual (rua do Ouvidor).<br />

Ao longo de sua trajetória laborativa, viveu fases<br />

conjunturais bastante distintas e viu a <strong>Petros</strong><br />

ser presidida por sete executivos diferentes -– Petrônio<br />

Barcellos, Joaquim Caetano Gentil, Orfi la<br />

Lima dos Santos, Gilberto Amaro Rodrigues, Alcides<br />

Nunes da Costa Filho, João Reynaldo Pereira<br />

da Costa e Nelson Lacerda da Silveira. No<br />

contexto político e econômico nacional, foram<br />

cinco presidentes da República, sendo que um<br />

deles faleceu antes de tomar posse. Cinco moedas<br />

diferentes vigoraram na economia (Cruzeiro,<br />

Cruzado, Cruzado Novo, novamente Cruzeiro e<br />

Real), a infl ação chegou a alcançar inacreditáveis<br />

2.900% ao ano, houve confi sco da poupança.<br />

Apesar do clima de instabilidade, independentemente<br />

do momento histórico, a <strong>Petros</strong> jamais<br />

deixou de honrar os compromissos assumidos<br />

com os seus participantes. Pode-se até contestar<br />

alguns aspectos relativos à administração dos


projeto memória<br />

de atendimento da Fundação atualmente tem 50<br />

teleatendentes divididos em dois turnos e recebe,<br />

em média, 24 mil chamadas mensais.<br />

Muito festeira e dona de hábitos simples, a<br />

aposentada hoje reside em bairro no subúrbio do<br />

Rio de Janeiro e orgulha-se de ter feito parte dessa<br />

história. “Foram os melhores tempos da minha<br />

vida”, revela a ex-telefonista, sem esconder<br />

uma pontinha de saudades daqueles tempos.<br />

Ela avalia que a Fundação e sua principal patrocinadora<br />

cresceram de maneira exemplar,<br />

pois souberam se adaptar às várias mudanças ao<br />

longo dessas quatro décadas. Do ponto de vista<br />

técnico, sua avaliação está absolutamente correta.<br />

Na <strong>Petros</strong>, por exemplo, o número de participantes<br />

já ultrapassa a casa dos 130 mil e o total<br />

dos ativos de investimentos chegou em julho a<br />

R$ 42,8 bilhões, garantindo o pagamento de 50<br />

mil benefi ciários (aposentados e pensionistas) e<br />

seus dependentes – nada mal para uma empresa<br />

investimentos, mas o conjunto da obra ostenta que nasceu sob a égide da desconfi ança.<br />

resultados altamente positivos.<br />

Hoje Ana utiliza o telefone somente quando<br />

Ana Dias lembra que naquela época ela e mais necessário e mantém certa distância dos avanços<br />

duas colegas davam conta de todas as ligações tecnológicos. “Não utilizo computador de jeito<br />

destinadas à <strong>Petros</strong> e transferiam para o ramal nenhum.” Já o celular, geralmente fi ca esquecido<br />

desejado. Além disso, eram responsável por rea- na bolsa e ela mal sabe o número. “O pior é que<br />

lizar as ligações interurbanas solicitadas por em- quando toca, eu não ouço.”<br />

pregados. “Geralmente, eram<br />

telefonemas para unidades da<br />

Petrobras em outros estados.”<br />

Para organizar a agenda de<br />

tarefas diárias, Ana organizava<br />

o pedido de ligações em fi chas<br />

escritas à mão. Tão logo a missão<br />

fosse cumprida, as anotações<br />

eram arquivadas, com um<br />

adendo: as chamadas de caráter<br />

pessoal ainda recebiam uma<br />

observação para que pudessem<br />

ser cobradas dos empregados<br />

no fi m do mês. Somente para<br />

ONTEM E HOJE...em visita à sede da <strong>Petros</strong>, Ana Dias tem contato com<br />

os novos equipamentos e processos<br />

efeito comparativo, a central<br />

<strong>Novembro</strong> 2009 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> 15


concurso de contos<br />

DEFINIDOS OS<br />

SEMIFINALISTAS<br />

Comissão seleciona as 23 obras que continuam concorrendo ao prêmio<br />

A comissão julgadora já escolheu os<br />

semifi nalistas do IX Concurso de Contos da<br />

<strong>Petros</strong>. A exemplo dos anos anteriores, a seleção<br />

está sendo feita em duas etapas. Na primeira,<br />

os 219 textos foram entregues aos vencedores<br />

das três últimas edições do certame – Cleo de<br />

Oliveira, Edison Bohrer e Roberto Marcio Pimenta<br />

–, que selecionaram dez contos cada um. Como<br />

alguns foram escolhidos por mais de um jurado,<br />

a relação totalizou 23 textos.<br />

Na segunda fase, os contos serão submetidos<br />

à apreciação do jornalista José Carlos Conte, que<br />

atribuirá novas notas. O “jurado” trabalhou em<br />

diversos jornais e emissoras de TV e tem vasta<br />

LISTAGEM POR ORDEM ALFABÉTICA<br />

A Emboscada<br />

A Senda de Ratnavali Vaisrali<br />

A Viagem do Ônibus 592<br />

A Vida na Mansão, Eu, Teco e a Cozinheira<br />

Arlequim Esfarrapado<br />

Astrologia Acidental<br />

Cartola Vermelha<br />

Homo Sapiens<br />

O Casamento<br />

O Manequim<br />

O Pavilhão Marrom<br />

O Último Paraíso<br />

16 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009<br />

bagagem na área cultural. Na mídia televisiva,<br />

seu currículo registra experiências na Rede<br />

Globo, Bandeirantes e SBT, além da extinta<br />

Manchete. No jornalismo impresso, foi de “O<br />

Estado de S. Paulo“ (Caderno 2, editoria de<br />

artes) e correspondente na Itália. Atualmente,<br />

escreve sobre literatura e comportamento para<br />

publicações do Brasil, Argentina e Itália.<br />

O evento representa uma iniciativa da Fundação<br />

de incentivo à literatura entre os participantes. A<br />

cerimônia de premiação está marcada para o dia<br />

4 de dezembro, na Academia Brasileira de Letras,<br />

com a presença da homenageada deste ano – a<br />

escritora e acadêmica Nélida Piñon.<br />

Oníria<br />

Os Biscoitos Dinamarqueses<br />

Os Parques Abandonados<br />

Planos de Voo<br />

Relicário<br />

Sentinela<br />

Supérfl uo, Corta<br />

Tempos Mágicos<br />

Travessia<br />

Urdidura<br />

Vós Sois Máquinas


“APOSTO NA LITERATURA<br />

BRASILEIRA. É UMA<br />

MATRIZ SÓLIDA.”<br />

A antologia do “Concurso de Contos da<br />

<strong>Petros</strong>” vai trazer entrevista exclusiva da<br />

escritora Nélida Piñon, uma das maiores<br />

intelectuais brasileiras e ocupante da cadeira<br />

número 30 na Academia Brasileira de Letras.<br />

Filha de imigrantes da Galícia (uma das regiões<br />

autônomas da Espanha), a escritora penetra em<br />

suas lembranças da infância para reconstituir<br />

parte da história recente do país. Veja alguns<br />

trechos da entrevista e leia a íntegra no livro.<br />

Em seu livro mais recente [Coração Andarilho],<br />

a senhora diz que desde criança já tinha escolhido<br />

ser escritora.<br />

Desde pequena, a literatura era a minha<br />

paixão. A imagem que eu guardo é de sentir tal<br />

prazer em ler um livro que chegava a acreditar<br />

que qualquer história lida provinha de uma<br />

experiência real vivida pelo autor. Eu desconhecia<br />

então o conceito de fi cção. Ficção era a realidade,<br />

daí se criar. Era como uma espécie de memória do<br />

autor. Assim, acreditava que Dumas e Monteiro<br />

Lobato tinham vivido as aventuras que relataram<br />

em seus livros. Claro que Lobato frequentara o<br />

Sítio do Pica-Pau Amarelo.<br />

Quando a senhora percebeu que tinha<br />

qualidades sufi cientes para ser escritora?<br />

Não pensei se teria ou não as virtudes<br />

necessárias para ser um escritor já acabado.<br />

Assumi o risco como assumi os mistérios da<br />

vida. Sabia que era árduo, mas prossegui, a<br />

despeito dos erros, das hesitações, do medo. E<br />

da pergunta: acaso o meu sonho tem razão de<br />

ser? Cada dia eu obtinha uma resposta diferente.<br />

Cada frase escrita te dá uma resposta. Aliás, o<br />

próprio livro que se está fazendo te orienta. Ora<br />

desperta agonia, euforia, um prazer secreto, uma<br />

concurso de contos<br />

paixão indescritível. Você constata que existe<br />

algo fora de você só porque o seu texto passou a<br />

existir independente da sua pessoa física.<br />

A opinião da crítica interfere no seu trabalho?<br />

É prazerosa quando nos é favorável e pode<br />

decepcionar quando parece que é excessivamente<br />

severa ou expressa uma avaliação ideológica,<br />

de caráter pessoal. O que, aliás, pode ocorrer.<br />

Evidentemente, fi co satisfeita com a aprovação.<br />

Em compensação, nenhuma reprovação me<br />

fez desistir. Eu crio independente da crítica,<br />

embora julgue que a crítica é indispensável<br />

para a orientação do leitor, do escritor, e para<br />

consolidar o prestígio do escritor no panorama<br />

do seu país. Mas confesso que respeito a crítica,<br />

mas não lhe tenho medo.<br />

E com os leitores, a senhora mantém algum<br />

tipo de aproximação? Tem, por exemplo, o hábito<br />

de utilizar blogs, e-mails?<br />

Não recorro a estes recursos, mas recebo<br />

<strong>Novembro</strong> 2009 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> 17


concurso de contos<br />

cartas que leio com o maior prazer. Não sou<br />

como quem vive em uma torre de marfi m. Quero<br />

ser íntima do mundo. Assim, faço palestras<br />

e, quando me aplaudem, me abraçam, fi co<br />

emocionada. Assim, como quando me abordam<br />

na rua. Julgo-me acessível.<br />

Como funciona o seu processo criativo?<br />

A senhora é disciplinada, escreve todos os dias?<br />

Já tive mais disciplina. Hoje, mesmo que<br />

não escreva diariamente, escrevo com o<br />

pensamento, com a leitura, as refl exões sobre<br />

o modesto cotidiano dos seres. Preparo-me<br />

sempre, engendro frases a cada hora, razão pela<br />

qual tenho pastas com textos ainda inéditos,<br />

prontos para que eu me ocupe deles. Acredito,<br />

porém, que uma pausa temporária revigora a<br />

sua escrita, mas quando estou num processo<br />

ativo, posso escrever quase 10 horas diárias.<br />

Não me canso, o meu intelecto na hora do ardor<br />

da escrita é de um atleta.<br />

Se a senhora tivesse optado por escrever em<br />

espanhol talvez tivesse as portas do mercado internacional<br />

abertas com mais facilidade.<br />

Embora tenha pressentido as difi culdades<br />

inerentes ao mercado de língua portuguesa,<br />

dos sacrifícios que são cobrados do escritor<br />

brasileiro, senti desde cedo que nasci com a<br />

língua lusa no meu coração. Tive a noção que<br />

a despeito das difi culdades que se imprimia<br />

ao escritor brasileiro, soube cedo que a língua<br />

portuguesa era uma paixão. Eu não poderia, de<br />

modo algum, separar-me desta língua a pretexto<br />

de uma eventual glória, reconhecimento.<br />

Tal renúncia à língua golpearia a minha<br />

visão moral do mundo. Na minha intimidade<br />

mais profunda, sou a própria língua portuguesa<br />

enquanto escrevo, enquanto falo dela e com<br />

ela. Sempre que falho, e com muita frequência,<br />

a culpa é minha, jamais de seus recursos<br />

18 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009<br />

poéticos. Eu estou aquém da língua, que me<br />

supera. E penso sempre que graças à travessia<br />

atlântica do meu avô galego enveredei para o<br />

enigma da criação.<br />

A senhora é reconhecida como uma<br />

pessoa extremamente sofi sticada. De onde vem<br />

essa sofi sticação?<br />

Se assim é, devo à família e a todos os mestres<br />

da vida. Recordo a fi nura da avó amada,<br />

cuja família ostentava na porta da casa um brasão.<br />

Julgo, porém, que a delicadeza e demais<br />

atributos, tendo dimensão transcendente, não<br />

são privilégios do dinheiro ou das dinastias.<br />

Devo destacar que minha mãe, Carmem, era de<br />

rara elegância de gestos, de gosto e de espírito.<br />

Ensinou-me muito.<br />

O que representou para uma feminista<br />

ser a primeira mulher a presidir uma casa<br />

tradicionalmente de homens?<br />

Desde o início, agi com naturalidade e<br />

responsabilidade. Seria uma presidência única<br />

por coincidir com o primeiro centenário da<br />

Academia Brasileira de Letras, o que exigiu<br />

um esforço rigoroso para que a casa pudesse<br />

corresponder a sua elevada importância<br />

histórica no cenário brasileiro. Foi um labor<br />

exaustivo, mas compensador. A casa viveu um<br />

momento de honra e glória.<br />

Como a senhora avalia o atual momento da<br />

literatura brasileira?<br />

Temos uma produção relevante, tanto<br />

da parte de escritores já estabelecidos<br />

quanto dos jovens que tenho lido. Aposto na<br />

literatura brasileira. Ela é uma matriz sólida.<br />

Temos,pois, presente e temos futuro. Só<br />

aspiro que nenhum autor renuncie aos seus<br />

postulados estéticos por conta dos obstáculos<br />

da carreira. Há que prosseguir.


multipatrocínio<br />

ESTATÍSTICOS DARÃO<br />

NOVOS NÚMEROS À FUNDAÇÃO<br />

Quase 9 mil profi ssionais fi liados aos conselhos regionais da categoria já<br />

podem aderir<br />

O diretor Maurício Rubem recebe dirigentes de entidades ligadas aos<br />

estatísticos e da Mongeral durante lançamento do Prev-Estat<br />

Segundo o dirigente, a<br />

<strong>Petros</strong> administra 40 planos<br />

já aprovados pela Secretaria<br />

de Previdência Complementar<br />

(SPC) e está em fase avançada<br />

de negociação com outras<br />

categorias. O ingresso no<br />

segmento de planos criados a<br />

partir do vínculo associativo,<br />

esclareceu, “foi uma decisão<br />

estratégica que está possibilitando<br />

ampliar a previdência<br />

fechada ao maior número de<br />

No dia 8 de outubro, a <strong>Petros</strong> lançou ofi cial-<br />

trabalhadores possíveis”.<br />

mente o plano de previdência destinado aos es- Também compareceram à cerimônia de<br />

tatísticos, abrindo a possibilidade concreta de 9 adesão do Prev-Estat os presidentes da So-<br />

mil novos participantes ingressarem na Fundaciedade Brasileira de Estatística, José Ronald<br />

ção. Nesse primeiro momento, quatro conselhos Noronha Lemos, do Conselho Regional de<br />

regionais da categoria (totalizando 13 estados) e Estatística da 2ª Região, Hélio Otsuka, e do<br />

a Sociedade Brasileira de Estatística farão parte Conselho Federal de Estatística, Luiz Carlos<br />

do Prev-Estat. A expectativa do diretor de Segu- da Rocha.<br />

ridade da <strong>Petros</strong>, Maurício Rubem, porém, é que O diretor executivo da Mongeral, Luiz Cel-<br />

outros conselhos venham a fazer parte do plano. so Ferreira Lemos, saudou a iniciativa. Durante<br />

Durante a reunião que selou a parceria, o sua apresentação, ele lembrou os três anos de<br />

executivo disse que, pela afi nidade dos estatís- atividades conjunta com a Fundação, iniciadas<br />

ticos com o segmento da previdência comple- a partir do lançamento do CulturaPrev. Em sua<br />

mentar, a adesão “é mais um importante selo avaliação, a previdência fechada passa por um<br />

de qualidade conferido à <strong>Petros</strong>”. Para mostrar momento altamente favorável, principalmen-<br />

que o multipatrocínio vem sendo uma estratéte por causa dos avanços regulatórios e deve<br />

gia bem-sucedida, Rubem lembrou ainda que a mais do que dobrar de tamanho nos próximos<br />

Fundação já administra planos pertencentes a 10 anos, alcançando 40% do PIB. Ele destacou a<br />

profi ssionais formadores de opinião tais como iminente aprovação da Previc, autarquia dotada<br />

os atuários, os servidores do Tribunal de Con- de estrutura própria e que irá regulamentar os<br />

tas do Rio de Janeiro e os jornalistas.<br />

fundos de pensão.<br />

<strong>Novembro</strong> 2009 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> 19


investimentos<br />

NOVAS REGRAS DE INVESTIMENTOS<br />

PARA OS FUNDOS DE PENSÃO<br />

Entidades poderão investir no exterior, mas a Fundação irá priorizar<br />

investimentos no País<br />

O Conselho Monetário Nacional<br />

(CMN) aprovou, em 24 de setembro,<br />

novas diretrizes de investimentos<br />

para os fundos de pensão.<br />

Dentre as novidades introduzidas<br />

pela Resolução 3.792, as entidades<br />

poderão aumentar suas aplicações<br />

em renda variável e no exterior.<br />

Além disso, o órgão permitiu mais<br />

investimentos em setores que estimulam<br />

o crescimento econômico,<br />

como infraestrutura e construção<br />

civil. O limite de aplicação em renda<br />

variável subiu de 50% para 70%<br />

do patrimônio.<br />

O presidente da <strong>Petros</strong>, Wagner<br />

Pinheiro, vê com bons olhos<br />

a decisão do CMN. Mas, embora<br />

seja favorável a que os fundos<br />

tenham liberdade de aplicar<br />

seus recursos onde desejarem,<br />

diz que a diretoria da <strong>Petros</strong> não<br />

tem interesse, no momento, em<br />

alocar recursos no exterior.<br />

Segundo Pinheiro declarou<br />

à imprensa, “o Brasil tem uma<br />

carência muito grande de investimentos,<br />

principalmente em<br />

infraestrutura, e está repleto de<br />

oportunidades”. Na avaliação do<br />

dirigente, a Copa do Mundo e<br />

as Olimpíadas, as Participações<br />

Público-Privadas e as concessões<br />

devem trazer boa rentabilidade<br />

para quem quer investir.<br />

20 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009<br />

A nova resolução do CMN,<br />

segundo a diretora de Monitoramento<br />

e Controle, Patrícia Monteiro,<br />

“buscou adequar os limites<br />

de aplicação ao atual cenário<br />

macroeconômico de infl ação<br />

controlada, taxa de juros em trajetória<br />

declinante e crescimento<br />

econômico.” Também se ateve<br />

às oportunidades de investimento,<br />

aproveitando a inclusão<br />

de novos produtos fi nanceiros,<br />

a convergência com normas<br />

editadas por outros órgãos<br />

reguladores e ao atual estágio<br />

da fi scalização da SPC.<br />

“MELHORES EMPRESAS”<br />

FAZEM PARTE DA CARTEIRA<br />

Entre as organizações que fi guram na lista das melhores<br />

empresas do País em gestão de talentos e práticas de<br />

Recursos Humanos estão três nas quais a <strong>Petros</strong> tem<br />

participação acionária. Destaque para a CPFL Energia,<br />

holding que atua no segmento de distribuição, geração e<br />

comercialização de energia, que ocupa a oitava colocação.<br />

As outras organizações com participação da Fundação<br />

são All, que opera a malha ferroviária mais extensa da<br />

América Latina e a Coelce, Companhia Energética do<br />

Ceará. O ranking do “Guia Você S/A - Exame”, trazendo as<br />

150 melhores empresas para se trabalhar, foi divulgado<br />

dia 9 de setembro. Há ainda outras empresas que fi guram<br />

na carteira de seleção da <strong>Petros</strong> (investimentos de curto<br />

prazo) e que são negociadas com alguma frequência.<br />

Estudos comprovam que as políticas de gestão de<br />

Recursos Humanos impactam nos resultados das empresas<br />

e consequentemente no retorno do capital investido pelos<br />

acionistas. Neste ano, 491 empresas se inscreveram para<br />

participar da pesquisa. Do total, 223 companhias, situadas<br />

em 103 cidades do país, passaram pelo processo de visita<br />

e entrevistas realizadas pela equipe de Você S/A. A listagem<br />

das 150 empresas pode ser conferida em ordem alfabética<br />

no site www.vocesa.com.br.


POR DENTRO<br />

DA PORTABILIDADE<br />

Resolução de 2003 regulamenta transferência de recursos do participante para<br />

outra entidade de previdência complementar<br />

A portabilidade no sistema de previdência<br />

complementar foi regulamentada a partir de<br />

uma resolução do Ministério da Previdência<br />

Social e do Conselho de Gestão da Previdência<br />

Complementar, em outubro de 2003. Por se tratar<br />

de um termo técnico, para algumas pessoas esse<br />

conceito ainda não fi cou sufi cientemente claro.<br />

Em bom português, portabilidade é o<br />

instrumento que permite ao participante<br />

transferir recursos acumulados do seu plano de<br />

benefícios para um outro que ele eventualmente<br />

pretenda aderir. A transferência de reserva para<br />

outro plano pode ser total ou parcial, desde que<br />

respeitadas algumas regras como o fi m do vínculo<br />

empregatício com o patrocinador (quando for o<br />

caso) e que obrigatoriamente os recursos sejam<br />

transferidos para outro plano sem passar pelas<br />

mãos do participante.<br />

Além disso, é necessário cumprir uma carência<br />

de até três anos de vinculação ao plano. No caso de<br />

transferência de recursos para entidades abertas de<br />

previdência, os valores portados devem ser todos<br />

utilizados para a contratação de renda mensal vitalícia<br />

ou por prazo determinado. Esse prazo, no entanto,<br />

não poderá ser inferior ao período em que a reserva<br />

foi constituída, limitado ao mínimo de quinze anos.<br />

A legislação vigente não permite a<br />

portabilidade entre um plano com tributação em<br />

regime regressivo para o progressivo. A mão<br />

inversa, no entanto, é perfeitamente viável – da<br />

tabela de tributação progressiva para a regressiva.<br />

Mas, nessa hipótese, o tempo de acumulação<br />

desta portabilidade terá início a partir da data da<br />

efetivação do aporte no novo plano. Mas atenção:<br />

não há pagamento de Imposto de Renda nem<br />

atendimento<br />

qualquer cobrança de carregamento de entrada<br />

ou saída sobre os recursos provenientes de outra<br />

entidade, seja aberta ou fechada.<br />

E por se tratar de um direito inalienável do<br />

participante, não é permitido portar os recursos de<br />

uma pessoa para outra. Da mesma forma, é vedado<br />

o resgate de valores portados de outra entidade.<br />

OUTROS<br />

INSTITUTOS PREVIDENCIÁRIOS<br />

Além de dispor sobre a portabilidade, a Resolução<br />

nº 6 (Ministério da Previdência Social e<br />

do Conselho de Gestão da Previdência Complementar),<br />

disciplina também os institutos<br />

do benefício proporcional diferido, resgate e<br />

autopatrocínio em fundos de pensão.<br />

Entende-se por benefício proporcional<br />

diferido a possibilidade do participante que interromper<br />

o vínculo empregatício com o patrocinador<br />

(ou associativo com o instituidor), antes<br />

do direito ao benefício pleno, optar por receber o<br />

benefício decorrente dessa opção futuramente.<br />

Já o resgate é o instituto que faculta ao<br />

participante o recebimento do valor decorrente<br />

do seu desligamento do plano de benefícios.<br />

Com o autopatrocínio, no caso de perda<br />

parcial ou total da remuneração, o participante<br />

pode manter a sua contribuição e a do<br />

patrocinador para assegurar os benefícios nos<br />

níveis correspondentes àquela remuneração.<br />

<strong>Novembro</strong> 2009 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> 21


petros.com.br<br />

COMISSÃO DO SENADO<br />

APROVA PROJETO DA PREVIC<br />

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou projeto que cria agência<br />

reguladora dos fundos de pensão fechados<br />

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)<br />

do Senado aprovou no dia 13 de outubro projeto<br />

de lei que cria a Superintendência Nacional de<br />

Previdência Complementar (Previc). Caberá ao<br />

órgão supervisionar todo o regime operado por<br />

entidades fechadas de previdência complementar.<br />

O relator da matéria, Romero Jucá (PMDB-<br />

RR), destacou a necessidade de o País reforçar o<br />

aparato de regulação e fi scalização desse setor,<br />

que cresceu muito nos últimos anos. Segundo<br />

o senador, o Brasil possui hoje o oitavo maior<br />

sistema de previdência complementar do mundo<br />

em termos absolutos com a atuação de 372<br />

entidades fechadas.<br />

Essas instituições administram recursos<br />

da ordem de R$ 442 bilhões de ativos totais.<br />

O dinheiro administrado pelo sistema de<br />

previdência complementar corresponde a 17%<br />

do Produto Interno Bruto (PIB), com 66% dos<br />

investimentos distribuídos em títulos de renda<br />

fi xa -– títulos públicos ou papéis privados – e 28%<br />

em títulos de renda variável.<br />

O projeto de lei prevê que os ex-diretores da<br />

Previc fi carão impedidos, por quatro meses, de<br />

prestar serviço ou de exercer qualquer atividade<br />

HISTÓRICO<br />

A Previc foi criada em 2004 e chegou<br />

a funcionar por cinco meses mas foi<br />

extinta porque o Senado não votou a<br />

medida provisória que criava a autarquia.<br />

Uma das diferenças da Previc<br />

em relação à secretaria é que a autarquia<br />

terá os custos pagos pelos fundos<br />

de pensão, que farão contribuições<br />

trimestrais. Os valores da Taxa<br />

22 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009<br />

de Fiscalização e Controle da Previdência<br />

Complementar (Tafi c) administrados<br />

por cada fundo de pensão.<br />

O quadro de funcionários da<br />

Previc será formado por 100 especialistas<br />

em Previdência Complementar,<br />

50 analistas administrativos<br />

e 50 técnicos administrativos<br />

– cargos que serão ocupados via<br />

no setor. Aprovado na CAE, o projeto de lei<br />

terá que ser analisado ainda pelas Comissões<br />

de Assuntos Sociais (CAS) e de Constituição e<br />

Justiça (CCJ) antes de ser votado pelo plenário<br />

do Senado. Se for preservado o texto já aprovado<br />

na Câmara dos Deputados, a matéria vai à sanção<br />

do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.<br />

De acordo com o ministro da Previdência<br />

Social, José Pimentel, a criação da Previc irá<br />

garantir a boa governança, a normatização e<br />

maior estabilidade ao setor. Ele ressaltou que a<br />

criação do órgão integra um conjunto de normas<br />

que tem por fi nalidade aperfeiçoar o sistema<br />

de previdência complementar brasileiro. “Com<br />

estas mudanças, os fundos de pensão ganharam<br />

estabilidade jurídica e tributária”, frisou Pimentel.<br />

O secretário de Previdência Complementar,<br />

Ricardo Pena, também destacou a importância<br />

da autarquia para o fortalecimento das políticas<br />

que garantem a solvência e a governança do<br />

sistema no país. Ele ressaltou que o sistema<br />

ocupa a sétima posição em termos de ativos,<br />

com patrimônio acumulado de R$ 460 bilhões. “É<br />

um sistema moderno e atualizado que precisa de<br />

um órgão fi scalizador para ser consolidado.”<br />

concurso público. A autarquia também<br />

poderá ser reforçada com<br />

até 385 auditores fi scais oriundos<br />

da Receita Federal. De acordo<br />

com relatório produzido pelo senador<br />

Romero Jucá (PMDB-RR),<br />

estima-se que o impacto orçamentário<br />

anual com o provimento dos<br />

cargos será de R$ 28,882 milhões.


LANÇADO LIVRO SOBRE<br />

TRABALHO NAS PLATAFORMAS<br />

perfi l<br />

Tese de mestrado da assistente social Rose Mery dos Santos Costa Leite aborda<br />

os sucessos e os dissabores da rotina além-mar<br />

Muito antes das questões de<br />

gênero permearem a pauta de<br />

prioridades nas empresas brasileiras,<br />

a assistente social Rose<br />

Mery dos Santos Costa Leite fi -<br />

gurava no seleto time de petroleiras<br />

que conhecia as entranhas<br />

de uma plataforma. Entre 1987 e<br />

1991, viu de perto as principais<br />

angústias dos trabalhadores<br />

offshore da Bacia de Campos,<br />

região responsável por cerca de<br />

80% da produção nacional.<br />

A partir de sua experiência,<br />

decidiu elaborar uma tese acadêmica<br />

para entender melhor o processo<br />

de construção da identidade<br />

dos profi ssionais embarcados.<br />

Esse trabalho de pesquisa deu origem<br />

ao livro Bandeirantes do mar:<br />

a identidade do trabalhador das plataformas<br />

de petróleo, lançado em<br />

outubro pela Editora Intertexto.<br />

Rose Mery diz ter deparado<br />

com um universo cheio de contradições,<br />

onde o petroleiro expõe<br />

sua veia nacionalista e o orgulho<br />

de ser responsável por conquistas<br />

relevantes para o País como<br />

a autossufi ciência, por exemplo.<br />

“Uma vez petroleiro, petroleiro<br />

para sempre”, ela profetiza. De<br />

acordo com a tese da pesquisadora,<br />

“a categoria assume para<br />

si a grandiosidade da companhia,<br />

que simboliza desenvolvimento,<br />

inovação tecnológica e uma série<br />

de simbolismo, que na plataforma<br />

é ainda mais forte”.<br />

Esse mesmo profi ssional,<br />

segundo Rose Mery, queixase<br />

da vida “pendular” cheia de<br />

idas e vindas e das tensões ocasionadas<br />

no ambiente familiar.<br />

Até por isso, ele “não se sente<br />

devidamente recompensado”.<br />

A pesquisadora imprimiu ao<br />

texto uma linguagem leve, procurando<br />

responder aos seus inúmeros<br />

questionamentos para entender<br />

a “dicotomia de uma vida<br />

fragmentada imposta pela rotina<br />

de 21 dias em terra e 14 dias em<br />

alto-mar”. Atualmente na função<br />

de gerente de Planejamento, Desempenho<br />

e Gestão de Competências<br />

da BR Distribuidora, Rose<br />

Mery enxerga a indústria petrolífera<br />

como um processo contínuo,<br />

que invariavelmente força<br />

os petroleiros offshore a deixarem<br />

parte da vida social relegada ao<br />

segundo plano.<br />

Para se adaptarem a essa realidade,<br />

“existe um processo natural<br />

de embrutecimento e a cada<br />

ano que passa fi ca mais difícil<br />

romper o vínculo”. Diferentemente<br />

do que ocorria no passado, no<br />

entanto, Rose Mery detectou nos<br />

novatos (conhecidos nas plataformas<br />

como borrachas) a busca por<br />

alternativas ao trabalho embarcado.<br />

“Eles estão sempre estudando,<br />

atrás de outra qualifi cação.”<br />

Muito sorridente, a assistente<br />

social conta que entrou na Petrobras<br />

para trabalhar seis meses e<br />

já está há 24 anos. “A experiência<br />

na Bacia de Campos foi singular,<br />

um constante aprendizado.”<br />

Casada, mãe de uma jovem que<br />

acaba de completar a maioridade,<br />

ela brinca que felizmente o<br />

casamento sobreviveu às agruras<br />

do mercado de trabalho.<br />

Filha de pescador, Rose<br />

Mery especula que o interesse<br />

pelo tema offshore está, mesmo<br />

que inconscientemente,<br />

ligado ao seu DNA. Para ela,<br />

o que torna viável a convivência<br />

numa plataforma é a relação<br />

de companheirismo. “Se<br />

a pessoa não sentir isso, não<br />

consegue sobreviver.”<br />

<strong>Novembro</strong> 2009 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> 23


28,92%<br />

2,38%<br />

2,68%<br />

prestando contas<br />

RESULTADOS DE AGOSTO/2009<br />

O Total de Ativos de Investimentos da Fundação chegou a R$ 43,1 bilhões,<br />

rentabilidade acumulada nos últimos doze meses foi de 8,60%, para meta<br />

atuarial de 10,76% e referencial ponderado de 9,69%.<br />

COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA<br />

Renda Fixa<br />

66,02%<br />

Total investido<br />

% em relação à Carteira Global<br />

Rentabilidade – No mês<br />

– Acumulada (12 meses)<br />

Renda Variável<br />

Total investido<br />

% em relação à Carteira Global<br />

Rentabilidade – No mês<br />

– Acumulada (12 meses)<br />

24 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009<br />

ATIVOS DE INVESTIMENTOS (*)<br />

(*) consolidado dos bens e direitos de todos os planos administrados pela <strong>Petros</strong>, estes<br />

recursos estão “aplicados” em renda fi xa, renda variável, imóveis e operações com participantes,<br />

nos montantes e proporções indicados no gráfi co e nas tabelas abaixo<br />

Renda Fixa<br />

Renda Variável<br />

Participações Imobiliárias<br />

Operações com Participantes<br />

Fonte: Relatório de Atividades / Elaboração: Gerência de Controle<br />

Fonte: Relatório de Atividades / Elaboração: Gerência de Controle<br />

R$ 28.467.866 mil<br />

66,02 %<br />

0,68 %<br />

11,07 %<br />

R$ 12.471.318 mil<br />

28,92 %<br />

2,07 %<br />

- 0,70 %<br />

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA (*)<br />

Receitas<br />

Previdenciais<br />

Acumulado no ano 1.048.815.475 69.074.754<br />

Últimos 12 meses 1.529.606.838 103.588.182<br />

(*) incluindo receitas e despesas extraordinárias<br />

Participações Imobiliárias<br />

Total investido<br />

% em relação à Carteira Global<br />

Rentabilidade – No mês<br />

– Acumulada (12 meses)<br />

R$ 1.026.842 mil<br />

2,38 %<br />

5,37 %<br />

38,90 %<br />

Operações com Participantes<br />

Total investido<br />

% em relação à Carteira Global<br />

Rentabilidade – No mês<br />

– Acumulada (12 meses)<br />

R$ 1.157.790 mil<br />

2,68 %<br />

0,99 %<br />

14,10 %<br />

Nota da Redação: O Relatório de Atividades completo pode ser acessado no portal (www.petros.com.br)<br />

Despesas<br />

Adminstrativas


POR DENTRO DE CADA PLANO<br />

AGOSTO/2009<br />

prestando contas<br />

Ativo Líquido, Provisões Matemáticas, Fundos e Equilíbrio Técnico de cada<br />

plano de benefícios administrado pela Fundação<br />

(em R$ mil)<br />

1 - Ativo Líquido: montante destinado à cobertura dos compromissos com pagamento de benefícios. Corresponde à diferença entre:<br />

i) o Ativo de Investimento do Plano, defi nido como o somatório de todos seus bens e direitos (“aplicados” em renda fi xa, renda<br />

variável, imóveis e operações com participantes) e outros ativos a receber; e ii) o exigível operacional (eventuais despesas/retenções<br />

a pagar), exigível contingencial (eventuais ações judiciais a pagar) e Fundos com destinação específi ca;<br />

2 - Provisões Matemáticas: total das obrigações do Plano, com benefícios concedidos e benefícios a conceder ao conjunto de<br />

seus participantes;<br />

3 - Fundos: reservas de recursos para cobrir benefícios de riscos (Fundo Previdencial) e para cobrir perdas nas Operações com<br />

participantes (Programa Investimentos);<br />

4 - Operações Administrativas: recursos vinculados à Fundação (<strong>Petros</strong> Administradora) e destinados à cobertura das despesas<br />

administrativas, presentes e futuras, de todos os planos, visando garantir a perenidade da estrutura administrativa;<br />

5 - Equilíbrio Técnico: diferença entre o Ativo Líquido e as Provisões Matemáticas do Plano. Se positiva, diz-se que a situação do<br />

Plano é superavitária, se negativa, diz-se que a situação do Plano, é defi citária.<br />

<strong>Novembro</strong> 2009 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> 25


consultoria<br />

CONSTITUIÇÃO FEDERAL<br />

E O ESTATUTO DO IDOSO<br />

Mês de outubro marcou o aniversário destas normas e a comemoração dos<br />

dias nacional e internacional do idoso<br />

A Constituição Federal, promulgada pela<br />

Assembleia Nacional Constituinte em 5 de outubro<br />

de 1988, comemorou 21 anos no mês passado. Sua<br />

criação representou verdadeiro marco histórico<br />

para a sociedade, na medida em que a nova Carta<br />

Magna propiciou a transição para a democracia e<br />

a garantia de direitos fundamentais, consolidados<br />

nas últimas duas décadas, simbolizando uma<br />

grande conquista da cidadania brasileira.<br />

Entre os diversos direitos e garantias<br />

assegurados pela Constituição, pode-se destacar<br />

a proteção da pessoa idosa, explicitada no dever<br />

da família, sociedade e Estado de amparar<br />

o idoso, assegurando-lhe a participação na<br />

comunidade, defendendo sua dignidade e bemestar<br />

e garantindo-lhe o direito à vida.<br />

Também no mês de outubro passado, a Lei<br />

n.º 10.741/2003, que instituiu o Estatuto do Idoso,<br />

comemorou o sexto aniversário de sua publicação,<br />

ocorrida em 3 de outubro de 2003. O Estatuto do<br />

Idoso, que entrou em vigor em 1º de janeiro de<br />

2004, é destinado a regular os direitos assegurados<br />

às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.<br />

O Estatuto prevê a obrigação da família, da<br />

comunidade, da sociedade e do Poder Público de<br />

assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a<br />

efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação,<br />

à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao<br />

trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao<br />

respeito e à convivência familiar e comunitária.<br />

Da relação de garantias e prioridades previstas<br />

na Lei, destacamos, no âmbito da saúde, o direito do<br />

idoso ao atendimento preferencial perante o Sistema<br />

26 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009<br />

Único de Saúde (SUS) e à distribuição gratuita de<br />

remédios, principalmente os de uso continuado,<br />

assim como de próteses e outros recursos relativos<br />

ao tratamento, habilitação ou reabilitação.<br />

Aos maiores de 65 anos é garantida a<br />

gratuidade dos transportes coletivos públicos<br />

urbanos e semi-urbanos, sendo-lhes reservados<br />

assentos especiais. A participação dos idosos<br />

em atividades culturais, esportivas e de lazer<br />

será proporcionada mediante descontos de pelo<br />

menos 50% no valor dos ingressos, bem como<br />

deve ser assegurado o acesso preferencial aos<br />

locais onde as atividades estão sendo realizadas.<br />

Nas relações de trabalho, é proibida a<br />

discriminação por idade e a fi xação de limite<br />

máximo de idade para a contratação de<br />

empregados. Em concursos públicos, o primeiro<br />

critério de desempate é o da idade, com preferência<br />

para os concorrentes com idade mais avançada.<br />

Na seara do direito da habitação, em programas<br />

habitacionais públicos ou subsidiados por<br />

recursos públicos, é obrigatória a reserva de 3%<br />

das unidades residenciais para os idosos. Ainda,<br />

é garantida ao idoso a prioridade de tramitação<br />

de processos judiciais e administrativos.<br />

Por fi m, também em outubro, foi comemorado<br />

o Dia Nacional do Idoso, celebrado em 1º de<br />

outubro, conforme defi nição da Lei n.º 11.433,<br />

de 28 de dezembro de 2006. Neste mesmo dia,<br />

festeja-se o Dia Internacional do Idoso, instituído<br />

pela Organização das Nações Unidas (ONU).<br />

Texto elaborado pelo advogado Cristiano Borges<br />

Castilhos Castilhos, , do Setor de Consultaria da Gerência Jurídíca.


<strong>Novembro</strong> 2009 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> 27


28 <strong>Revista</strong> <strong>Petros</strong> <strong>Novembro</strong> 2009

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