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Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais 49<br />

No entanto, a simples utilização <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> especificação da interface não garante a sua<br />

usabilida<strong>de</strong>. Para i<strong>de</strong>ntificar problemas <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong> existem vários méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> avaliação<br />

que po<strong>de</strong>m ser emprega<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da aplicação.<br />

Atualmente, vários méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ram requisitos específicos <strong>do</strong><br />

ambiente Web [2, 8]. A gran<strong>de</strong> maioria <strong>de</strong>stes méto<strong>do</strong>s i<strong>de</strong>ntifica problemas a partir da<br />

observação direta ou indireta <strong>de</strong> usuários durante a utilização da interface [4, 10, 16]. Outros<br />

porém, como a avaliação por questionários [3], consi<strong>de</strong>ram informações indiretas sobre a<br />

utilização que po<strong>de</strong>m sugerir a existência <strong>de</strong> problemas, como a insatisfação <strong>do</strong>s usuários com<br />

relação à interface. Outros ainda, como a avaliação heurística e méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> inspeção [13],<br />

baseiam-se no conhecimento <strong>de</strong> um especialista que inspeciona a interface no intuito <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificar problemas <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong>. Em qualquer um <strong>do</strong>s casos, uma interface (ou um<br />

protótipo) é necessária para aplicação <strong>do</strong> méto<strong>do</strong>. Isto significa que, se utiliza<strong>do</strong> um mo<strong>de</strong>lo<br />

para <strong>de</strong>screver a interface, este não é diretamente consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> durante a avaliação. Em alguns<br />

casos, o méto<strong>do</strong> ou ferramenta <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong> cria um mo<strong>de</strong>lo da interface por<br />

engenharia reversa, ou seja, dada um aplicação existente, a ferramenta cria um mo<strong>de</strong>lo sobre o<br />

qual realiza a avaliação [15]. Observa-se, porém que este mo<strong>de</strong>lo gera<strong>do</strong> por engenharia<br />

reversa obviamente não é o mesmo usa<strong>do</strong> para criar a aplicação e, <strong>de</strong>sta forma, to<strong>do</strong>s os<br />

componentes que são explícitos no processo <strong>de</strong> concepção não são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s.<br />

Os méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong> disponíveis para Web não aproveitam as<br />

informações contidas no mo<strong>de</strong>lo da interface para i<strong>de</strong>ntificar problemas <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong>.<br />

Além disso, os resulta<strong>do</strong>s das avaliações <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong>, na maioria <strong>do</strong>s casos, precisam <strong>de</strong><br />

um esforço <strong>de</strong> interpretação para serem aplica<strong>do</strong>s ao <strong>de</strong>sign. Constata-se, assim, que existe<br />

um gap entre as etapas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign e avaliação <strong>de</strong> interfaces Web.<br />

O objetivo principal <strong>de</strong>ste trabalho é <strong>de</strong>monstrar como uma série <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong><br />

usabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s utilizan<strong>do</strong> somente um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> especificação. Com<br />

isto, preten<strong>de</strong>-se estimular a utilização <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> concepção <strong>de</strong> sites Web e o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ferramentas baseadas nestes mo<strong>de</strong>los. Esta abordagem sugere a<br />

verificação automática ou semi-automática da usabilida<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> interfaces<br />

Web. Vários aspectos relaciona<strong>do</strong>s à interface po<strong>de</strong>m ser avalia<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los.<br />

Contu<strong>do</strong>, neste trabalho, somente o aspecto navegacional das interfaces é investiga<strong>do</strong>.<br />

Optou-se pelo mo<strong>de</strong>lo StateWebCharts [23], que ressalta o aspecto navegacional, e que<br />

consi<strong>de</strong>ramos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> aos propósitos <strong>de</strong>ste artigo. Isto não significa que as verificações<br />

propostas sejam estritas a este mo<strong>de</strong>lo pois elas po<strong>de</strong>m ser aplicadas a outros mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

navegação.<br />

Este artigo está organiza<strong>do</strong> como segue. A seção 2 discute o ciclo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aplicações para ambiente Web e requisitos para o processo <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>lagem neste ambiente. A seção 3 <strong>de</strong>screve um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso <strong>de</strong> especificação <strong>de</strong><br />

interface Web utilizan<strong>do</strong> a notação StateWebCharts para o site <strong>do</strong> projeto Hidrologia da<br />

Bacia Amazônica. A seção 4 apresenta uma discussão sobre que aspectos <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>m ser avalia<strong>do</strong>s sobre o mo<strong>de</strong>lo apresenta<strong>do</strong> na seção prece<strong>de</strong>nte. Na seção 5 é<br />

discutida a análise realizada. E finalmente, na seção 6, são apresenta<strong>do</strong>s conclusões e<br />

trabalhos futuros.<br />

2. Ciclo <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Aplicações Web<br />

O ciclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> interfaces Web é uma espiral contínua, notadamente<br />

marca<strong>do</strong> por sucessivas modificações, que são muito mais freqüentes em aplicações Web

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