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Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

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252<br />

<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais<br />

Deste mo<strong>do</strong>, dizer que uma linguagem computacional é uma Abstração<br />

Interpretativa <strong>de</strong> uma ou mais outras linguagens quer dizer que um usuário <strong>de</strong>ve ser capaz<br />

<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r e interagir com a primeira, sem conhecimento algum das especificações<br />

expressas nas <strong>de</strong>mais linguagens. No caso <strong>de</strong> software extensível típico, a UIL é composta<br />

<strong>de</strong> uma parte fixa e uma parte extensível (UILx). Assim, a parte extensível da UIL é uma<br />

abstração interpretativa <strong>de</strong> uma ou mais linguagens computacionais subjacentes — por<br />

exemplo, a EUPL, as linguagens <strong>de</strong> programação usadas pelos <strong>de</strong>signers <strong>de</strong> software, ou<br />

mesmo as linguagens assembly ou <strong>de</strong> máquina — se um usuário consegue enten<strong>de</strong>r<br />

completamente to<strong>do</strong>s os signos da UIL <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>:<br />

1. Aos padrões <strong>de</strong> signos e combinações <strong>de</strong> signos que ele encontra enquanto<br />

interage com a aplicação;<br />

2. Às explicações disponíveis sobre a UIL — da forma como estão disponibilizadas<br />

na UEL por meio <strong>de</strong> help online e tutoriais, screen tips, e <strong>do</strong>cumentação em geral<br />

da aplicação; e<br />

3. À sua própria experiência com computa<strong>do</strong>res — trazen<strong>do</strong> à tona o conhecimento<br />

associa<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> nas metáforas da interface, conhecimento <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio da<br />

aplicação e puro senso comum.<br />

O princípio da Abstração Interpretativa é uma forma qualificada <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong><br />

abstração conheci<strong>do</strong> <strong>do</strong>s teóricos da informática. Trata-se primariamente da interpretação<br />

<strong>do</strong> discurso situa<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> por sistemas computacionais (à medida que eles<br />

mostram aos usuários alguns resulta<strong>do</strong>s da aplicação) e pelos próprios usuários (à medida<br />

que eles dão entrada em coman<strong>do</strong>s ou da<strong>do</strong>s para o sistema). O termo qualifica<strong>do</strong>r<br />

‘interpretativa’ é <strong>de</strong>sta forma adiciona<strong>do</strong> ao princípio já conheci<strong>do</strong> para fins <strong>de</strong> ênfase e<br />

clareza. Em um ambiente <strong>de</strong> EUP, todas as linguagens computacionais contribuem para as<br />

tarefas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign. Estas tarefas são dirigidas por intenções, e todas as intenções são<br />

<strong>de</strong>terminadas não somente pela experiência <strong>do</strong>s usuários com o meio e o <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s — itens 1 e 3 acima —, mas também pela expressivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> código no qual esta<br />

experiência po<strong>de</strong> ser expressa — itens 1 e 2 acima. Assim, <strong>de</strong> fato, não é somente uma<br />

questão <strong>de</strong> abstrair as camadas semânticas subjacentes aos construtos sintáticos, mas<br />

também, e talvez ainda mais importante, <strong>de</strong> abstrair os objetivos e efeitos que po<strong>de</strong>m ser<br />

alcança<strong>do</strong>s tão logo os signos sejam combina<strong>do</strong>s. Logo, este princípio <strong>de</strong>ve valer para as<br />

interfaces que tenham boa usabilida<strong>de</strong> em geral, e não somente para os ambientes <strong>de</strong> EUP.<br />

4.2 O princípio <strong>do</strong> contínuo semiótico<br />

No mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> software extensível, <strong>de</strong>scrito na Seção 3 <strong>de</strong>ste artigo, assinalamos a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controlar o tipo <strong>do</strong> texto (extensão) que um usuário final po<strong>de</strong> gerar por<br />

meio da EUPL. Este controle é necessário para po<strong>de</strong>r i<strong>de</strong>ntificar os textos da EUPL que<br />

são váli<strong>do</strong>s na UIL, isto é, os textos que são pragmaticamente a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s, e para garantir o<br />

Ciclo <strong>de</strong> Interação Mínimo <strong>do</strong> software. Ele também indica a existência <strong>de</strong> um forte<br />

relacionamento entre a EUPL e a UIL no software extensível. Tal relacionamento requer<br />

que os elementos da UILx possam ser expressos na EUPL (para que o usuário possa<br />

manipulá-los) e que os elementos expressos na EUPL tenham um reflexo na UIL (para que<br />

constituam uma extensão). O princípio <strong>do</strong> Contínuo Semiótico, proposto pela Engenharia<br />

Semiótica [DE SOUZA ’01], procura avaliar o quanto <strong>do</strong>is códigos artificiais apresentam<br />

obstáculos à sua tradução dirigida. Desta forma, ele avalia os obstáculos para traduzir

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