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Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais 251<br />

4. O perfil <strong>do</strong>s códigos no software extensível<br />

A introdução da EUPL no conjunto <strong>de</strong> códigos manipuláveis pelo usuário (possibilitan<strong>do</strong> a<br />

alteração da UIL) e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alteração dinâmica da UEL (para suprir as<br />

necessida<strong>de</strong>s metalingüísticas <strong>do</strong> usuário) <strong>de</strong>monstram que o inter-relacionamento entre os<br />

códigos existentes em um software extensível é bem mais complexo que o encontra<strong>do</strong> em<br />

um software não-extensível. Para regular este relacionamento, a Engenharia Semiótica<br />

[DE SOUZA ’01] <strong>de</strong>fine os princípios da Abstração Interpretativa e <strong>do</strong> Contínuo semiótico,<br />

que serão <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s a seguir.<br />

4.1 O princípio da abstração interpretativa<br />

Na seção anterior assinalamos o fato <strong>de</strong> que para o usuário final a UIL é o software. No<br />

entanto, é essencial observar que este fato somente será verda<strong>de</strong> caso a UIL realmente<br />

funcione como uma camada <strong>de</strong> abstração sobre o nível <strong>de</strong> implementação <strong>do</strong> software. Isto<br />

somente ocorrerá caso o usuário consiga interpretar os códigos emprega<strong>do</strong>s na UIL<br />

recorren<strong>do</strong> apenas ao conhecimento disponível no seu contexto <strong>de</strong> comunicação. Qualquer<br />

informação a mais, necessária à interpretação <strong>de</strong> algum signo da UIL, implica que o<br />

usuário precisará <strong>de</strong> conhecimentos que remontam ao nível <strong>de</strong> implementação <strong>do</strong> software<br />

e, portanto, a barreira <strong>de</strong> abstração gerada pela UIL será quebrada.<br />

Para melhor compreen<strong>de</strong>rmos a afirmação acima apresentamos, na Figura 4, um<br />

exemplo típico <strong>de</strong> uma mensagem gerada por um editor <strong>de</strong> texto comercial em resposta a<br />

uma ação <strong>do</strong> usuário no caso em que o usuário esqueceu <strong>de</strong> inserir o disquete no drive<br />

antes <strong>de</strong> realizar a ação. No diálogo apresenta<strong>do</strong> nesta figura é empregada uma mensagem<br />

(Error 70) que não faz parte <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio da aplicação, não consta <strong>de</strong> parte alguma da UEL<br />

<strong>do</strong> software e muito menos faz parte <strong>do</strong> background computacional <strong>de</strong> um usuário final<br />

típico. Este mensagem somente po<strong>de</strong>rá ser interpretada corretamente após uma série <strong>de</strong><br />

inferência abdutivas por parte <strong>do</strong>s usuários finais levan<strong>do</strong>-os a i<strong>de</strong>ntificar a ausência <strong>do</strong><br />

disquete no drive.<br />

Figura 4: Exemplo <strong>de</strong> uma mensagem <strong>de</strong> erro que emprega códigos que pertencem<br />

ao nível <strong>de</strong> implementação <strong>do</strong> software.<br />

Como po<strong>de</strong>mos ver, este é um problema que po<strong>de</strong>rá ocorrer em qualquer tipo <strong>de</strong><br />

software e está diretamente liga<strong>do</strong> à forma <strong>de</strong> relacionamento entre os códigos interativos<br />

<strong>de</strong> sua interface e os emprega<strong>do</strong>s na sua implementação, que <strong>de</strong>finem a semântica<br />

operacional da UIL. O princípio da Abstração Interpretativa, proposto pela Engenharia<br />

Semiótica [DE SOUZA ’01], procura avaliar quão bem um código artificial abstrai outro<br />

sobre o qual ele está implementa<strong>do</strong>, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> sua interpretação. No caso <strong>do</strong><br />

software extensível, ele procura avaliar, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> interpretação, quão bem a<br />

UIL abstrai a faixa <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s pre<strong>de</strong>finidas e estendidas <strong>do</strong> software. Deste mo<strong>do</strong>,<br />

este princípio serve como baliza<strong>do</strong>r da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s códigos emprega<strong>do</strong>s no software<br />

(seja ele extensível ou não).

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