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Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais<br />

cada nova extensão inserida no software. Sem esta atualização não será possível manter a<br />

função metalingüística atuan<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma satisfatória, pois ela falhará quan<strong>do</strong> for necessário<br />

acessar informações sobre estas extensões.<br />

É interessante observar que os requisitos até agora levanta<strong>do</strong>s vão ao encontro<br />

direto da proposta <strong>de</strong> Adler e Winograd [ADLER ’92] refletin<strong>do</strong> o problema da aquisição <strong>de</strong><br />

conhecimento <strong>do</strong> software por parte <strong>do</strong>s usuários finais para a realização <strong>de</strong> suas tarefas,<br />

sejam elas normais ou <strong>de</strong> extensão. Porém, nenhum <strong>de</strong>les garante que as extensões ao<br />

software produzidas por estes usuários não venham a invalidar o conhecimento já<br />

adquiri<strong>do</strong>. A fim <strong>de</strong> evitar a perda <strong>de</strong>ste conhecimento é indispensável que as extensões<br />

somente possam adicionar, reorganizar ou personalizar a UIL <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma faixa <strong>de</strong> tipos<br />

possíveis <strong>de</strong> modificações antecipadas pelo <strong>de</strong>signer, <strong>de</strong> forma a não corromper seu <strong>de</strong>sign<br />

original. Devi<strong>do</strong> a esta limitação nos tipos <strong>de</strong> extensões e ao fato <strong>de</strong> que estas extensões<br />

ocorrerão sobre a UIL, a tarefa <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> extensões em EUP será equivalente à<br />

geração <strong>de</strong> tokens <strong>de</strong> tipos interativos realiza<strong>do</strong>s ou potenciais que <strong>de</strong>verão ser<br />

intrínsecos à concepção da mensagem original <strong>do</strong> <strong>de</strong>signer para o usuário [DE SOUZA ’01].<br />

Esta visão está <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o mecanismo <strong>de</strong> programação por <strong>de</strong>monstração<br />

[CYPHER ’93], no qual os tipos interativos são usa<strong>do</strong>s para inferir extensões pretendidas e<br />

somente tokens específicos da UIL <strong>do</strong> software, que pertençam a estes tipos, po<strong>de</strong>m ser<br />

gera<strong>do</strong>s pelos mecanismos <strong>de</strong> EUP. Estas observações procuram <strong>de</strong>ixar claro o fato <strong>de</strong> que<br />

extensão é estritamente diferente <strong>de</strong> programação, pois na primeira pressupõe-se a<br />

existência <strong>de</strong> algo a ser estendi<strong>do</strong> enquanto na segunda po<strong>de</strong>-se partir “<strong>do</strong> nada”. Isto<br />

implica que um usuário no papel <strong>de</strong> <strong>de</strong>signer não po<strong>de</strong>rá introduzir novos elementos que<br />

não tenham relação com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong> original <strong>do</strong> software.<br />

Contu<strong>do</strong>, não basta garantir a exclusão <strong>de</strong> elementos estranhos ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

usabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> software para evitar a perda <strong>de</strong> conhecimento com a criação <strong>de</strong> extensões, é<br />

preciso também que as extensões construídas pelo usuário respeitem o Ciclo <strong>de</strong> Interação<br />

Mínimo necessário à criação <strong>de</strong> diálogos completos na UIL. No mo<strong>de</strong>lo conceitual aqui<br />

proposto, este ciclo mínimo é composto por três passos que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scritos como [DE<br />

SOUZA ’01]:<br />

software diz alguma coisa para o usuário — isto é, a mensagem <strong>do</strong> <strong>de</strong>signer,<br />

<strong>de</strong>screven<strong>do</strong> as funcionalida<strong>de</strong>s disponíveis, é passada ao usuário através da UIL;<br />

usuário diz alguma coisa ao software — isto é, o usuário <strong>de</strong>fine a ação que quer<br />

executar para realizar parcialmente, ou totalmente, sua tarefa; e<br />

software respon<strong>de</strong> ao usuário — isto é, o software apresenta o resulta<strong>do</strong> da<br />

efetivação <strong>de</strong> sua funcionalida<strong>de</strong>.<br />

É interessante observar que este ciclo diferencia-se <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> interação <strong>do</strong>s<br />

mo<strong>de</strong>los da tarefa <strong>de</strong> EUP tradicionais <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> àqueles, geralmente, consi<strong>de</strong>rarem somente<br />

os <strong>do</strong>is últimos passos <strong>de</strong>scritos acima. Desta forma, aqueles mo<strong>de</strong>los não levam em conta<br />

o fato <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>signer comunica ao usuário, através da interface, a estrutura <strong>de</strong><br />

funcionamento <strong>do</strong> software e que uma falha nesta comunicação resultará na sua baixa<br />

usabilida<strong>de</strong>, como nos mostra Prates et al. em [PRATES ’00]. Assim, para garantir que o<br />

Ciclo <strong>de</strong> Interação Mínimo seja respeita<strong>do</strong>, é necessário que a EUPL tenha uma noção<br />

<strong>de</strong> texto que seja sintaticamente distinta, ou uma construção <strong>de</strong> mais alta or<strong>de</strong>m que aquela<br />

equivalente às instruções, bloco ou programa executável, <strong>de</strong> tal forma que se possa associar<br />

uma interpretação pragmaticamente válida (na UIL) às construções <strong>de</strong> texto (na EUPL).

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