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Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais<br />

tarefa <strong>de</strong> EUP <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase inicial <strong>de</strong> aquisição <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> software em<br />

virtu<strong>de</strong> da existência <strong>de</strong> no mínimo <strong>do</strong>is contextos diferentes <strong>de</strong> uso e mostra também que é<br />

essencial a presença no software extensível <strong>de</strong> um forte mecanismo <strong>de</strong> explicação para<br />

minimizar a perda da função metalingüística pelo usuário final.<br />

3.2 O uso <strong>do</strong> software extensível na criação <strong>de</strong> extensões<br />

No segun<strong>do</strong> caso <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> software extensível, o software po<strong>de</strong>rá ter suas<br />

funcionalida<strong>de</strong>s ampliadas por meio da criação <strong>de</strong> extensões. Como o <strong>de</strong>signer não mais<br />

está presente no diálogo, estas extensões somente po<strong>de</strong>rão ser realizadas pelo usuário.<br />

Logo, neste caso haverá <strong>do</strong>is emissores: o <strong>de</strong>signer <strong>do</strong> software (que cria a mensagem<br />

original) e o usuário como <strong>de</strong>signer (que criará extensões à mensagem original). Este duplo<br />

papel <strong>do</strong> usuário é um <strong>do</strong>s elementos críticos no software extensível, pois o usuário não<br />

<strong>de</strong>tém conhecimento algum <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> software e, na maioria das vezes,<br />

não <strong>de</strong>seja per<strong>de</strong>r seu tempo para adquiri-lo. Desta forma, o <strong>de</strong>signer <strong>de</strong>verá prover<br />

mecanismos internos ao software que auxiliem o usuário na realização <strong>de</strong>sta tarefa.<br />

Para <strong>de</strong>terminarmos os mecanismos <strong>de</strong> suporte necessários às ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> usuário<br />

como <strong>de</strong>signer é preciso que analisemos o efeito que seu duplo papel exerce sobre o<br />

processo comunicativo. Para isto, primeiramente, é necessário caracterizar o que será<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> uma extensão ao software. Como discuti<strong>do</strong> anteriormente, para o usuário, a<br />

UIL é o software, assim po<strong>de</strong>mos concluir que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da forma <strong>de</strong> realizar as<br />

extensões, elas <strong>de</strong>verão resultar na alteração <strong>do</strong> código da UIL, pois é este o código que o<br />

usuário usa para se comunicar com o software.<br />

O fato <strong>de</strong> a UIL ser a forma <strong>de</strong> comunicação <strong>do</strong> usuário e também o componente<br />

que será altera<strong>do</strong> nos aponta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um mecanismo <strong>de</strong> apoio ao usuário que<br />

introduza um novo contexto <strong>de</strong> operação <strong>do</strong> software — um contexto <strong>de</strong> realização <strong>de</strong><br />

extensões. Este novo contexto será necessário para distinguir o uso normal da UIL, no qual<br />

o usuário estará se referin<strong>do</strong> a elementos <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio e/ou <strong>do</strong> ambiente computacional, <strong>do</strong><br />

seu uso metalingüístico, no qual o usuário estará se referin<strong>do</strong> a elementos <strong>do</strong> meta-mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>do</strong> software. Uma vez que o usuário precisa referenciar elementos metalingüísticos,<br />

também será necessária a introdução <strong>de</strong> um novo código — uma linguagem <strong>de</strong> extensão<br />

<strong>do</strong> software (End-User Programming Language) — que lhe possibilite comunicar as<br />

operações metalingüísticas requeridas para a criação <strong>de</strong> suas extensões, pois os códigos<br />

existentes não lhe possibilitam esta tarefa. A Figura 3 mostra a instanciação <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

Comunicação Verbal <strong>de</strong> Jakobson para este caso.<br />

A introdução <strong>de</strong>stes <strong>do</strong>is novos componentes no software extensível resolve apenas<br />

parcialmente o problema <strong>de</strong> suporte ao usuário, pois eles somente fornecem os meios <strong>de</strong><br />

realizar a tarefa mas não <strong>de</strong>screvem o processo para realizá-la. Para estabelecermos um<br />

mo<strong>de</strong>lo satisfatório para a tarefa <strong>de</strong> EUP, é necessário estudar os reflexos da alteração <strong>do</strong><br />

código da UIL sobre o seu uso como meio <strong>de</strong> comunicação entre o usuário e o software .<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong> usuário, o maior reflexo da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alteração <strong>do</strong><br />

código da UIL é que, ao ocupar o papel <strong>de</strong> emissor na criação <strong>de</strong> extensões ao software,<br />

sua competência terá que mudar, visto que o foco <strong>de</strong> seu discurso passará a ser os<br />

elementos <strong>do</strong> meta-mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> software. Assim sen<strong>do</strong>, não bastará mais a ele saber<br />

expressar-se bem na UIL, ele também terá que saber se expressar <strong>de</strong> forma produtiva na<br />

EUPL (End-User Programming Language). Esta exigência <strong>de</strong>corre <strong>do</strong> fato <strong>de</strong> que a

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