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Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais 247<br />

<strong>de</strong>sta forma, um peso bastante gran<strong>de</strong> sobre a qualida<strong>de</strong> da UEL necessária para minimizar<br />

esta perda.<br />

Software Designer<br />

(emissor)<br />

(contexto)<br />

(código)<br />

Domínio da aplicação<br />

Sistema computacional<br />

Background <strong>do</strong> usuário<br />

Software<br />

(mensagem)<br />

Hardware<br />

(canal)<br />

Linguagem <strong>de</strong> interface (UIL)<br />

Linguagem <strong>de</strong> explicação (UEL)<br />

Diálogo<br />

Normal <strong>de</strong> Uso<br />

Usuário<br />

(receptor)<br />

Figura 2: Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> Jakobson completamente instancia<strong>do</strong> para o<br />

caso <strong>de</strong> uso normal <strong>do</strong> software extensível.<br />

Jakobson também comenta que “to<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> aprendizagem da linguagem (…)<br />

faz largo uso <strong>de</strong> operações metalingüísticas” [JAKOBSON ’60], <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que a<br />

impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usar parte da função metalingüística afetará também a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aprendizagem e <strong>de</strong> aquisição <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> software pelo usuário final<br />

[LEITE ’98]. Este problema será agrava<strong>do</strong> pelo fato que, segun<strong>do</strong> a Engenharia Semiótica<br />

[DE SOUZA ’01], a UIL <strong>de</strong> um software é uma linguagem única que se refere<br />

exclusivamente aos elementos <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo semântico único <strong>do</strong> software em questão. Por<br />

exemplo, na realização <strong>de</strong> uma mesma tarefa em <strong>do</strong>is softwares diferentes que atuam sobre<br />

o mesmo <strong>do</strong>mínio, o usuário normalmente empregará uma seqüência <strong>de</strong> interação diferente<br />

que é característica da UIL única daquele software. Isto implica que não é possível<br />

transferir to<strong>do</strong> o conhecimento <strong>do</strong> funcionamento <strong>de</strong> um software para outro.<br />

A função referencial (ou <strong>de</strong>notativa) é a função da linguagem em que o enfoque é o<br />

contexto da comunicação e, portanto, ela enfatiza o referente informan<strong>do</strong> sobre o objeto <strong>do</strong><br />

discurso. No processo <strong>de</strong> interação com o software, o usuário estará veiculan<strong>do</strong> e<br />

manipulan<strong>do</strong> informação nas mais variadas formas. Para tanto, ele se envolverá em<br />

diálogos com o software que fazem referência a, no mínimo, <strong>do</strong>is contextos diferentes: 1) o<br />

<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> aplicação <strong>do</strong> software e 2) o ambiente computacional em que ele executa.<br />

Assim, a função referencial exercerá papel primordial para esclarecer a quais objetos o<br />

usuário e o software estão se referin<strong>do</strong> em um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> momento e em que contexto<br />

isto acontece. A existência <strong>de</strong> contextos diferentes <strong>de</strong> atuação impõe outra necessida<strong>de</strong> ao<br />

software, a <strong>de</strong> ter uma UEL que seja sensível a esta diferença. A maioria das UELs atuais<br />

são, no máximo, sensíveis aos elementos léxicos da UIL dan<strong>do</strong> respostas idênticas a<br />

situações <strong>de</strong> uso bastante diferentes. Esta não diferenciação no diálogo metalingüístico tem<br />

uma gran<strong>de</strong> influência sobre a aquisição <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong> da aplicação pelo<br />

usuário, uma vez que ele não terá como distinguir a natureza <strong>de</strong> suas dúvidas através da<br />

diferenciação das situações em que elas ocorrem.<br />

Assim sen<strong>do</strong>, a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> estarmos analisan<strong>do</strong> o uso normal <strong>do</strong> software<br />

extensível, é importante observar que somente quan<strong>do</strong> um usuário compreen<strong>de</strong>r<br />

suficientemente o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> usabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> software para saber que a funcionalida<strong>de</strong> por<br />

ele requerida não se encontra disponível é que ele po<strong>de</strong>rá ter a intenção <strong>de</strong> criar uma<br />

extensão a este software. Isto torna as funções metalingüística e referencial essenciais à

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