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Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais<br />

Este trabalho tem, entre outros objetivos, apresentar diretivas para a reengenharia <strong>de</strong><br />

interfaces OO com recursos <strong>de</strong> RV utilizan<strong>do</strong> o ambiente GaCIV (Gabaritos Configuráveis<br />

para elaboração <strong>de</strong> Interfaces com RV) [22] como apoio.<br />

Este artigo está organiza<strong>do</strong> da seguinte maneira: a seção 2 apresenta uma visão geral <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> interfaces; uma breve análise <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logias para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> interfaces é mostrada na seção 3; na seção 4 será apresenta<strong>do</strong> o ambiente GaCIV como<br />

ferramenta <strong>de</strong> apoio para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> interfaces com recursos <strong>de</strong> RV; a seção 5<br />

apresenta a integração entre engenharia reversa e reengenharia com recursos <strong>de</strong> RV; o<br />

estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso utiliza<strong>do</strong> neste trabalho é mostra<strong>do</strong> na seção 6; na seção 7 são apresentadas<br />

as consi<strong>de</strong>rações finais; na seção 8 são apresenta<strong>do</strong>s os agra<strong>de</strong>cimentos e, finalmente, na<br />

seção 9 a bibliografia.<br />

2. Visão Geral <strong>do</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Interfaces<br />

Durante toda a história da evolução das técnicas <strong>de</strong> interface, três estilos bem distintos<br />

caracterizaram três gerações <strong>de</strong> interfaces. Cada uma <strong>de</strong>ssas gerações foi <strong>de</strong>finida pela<br />

tecnologia <strong>de</strong> hardware existente na época [24].<br />

Entre a década <strong>de</strong> 1950 e 1960, a primeira geração <strong>de</strong> “interfaces” era formada por cartões<br />

perfura<strong>do</strong>s e computa<strong>do</strong>res que só funcionavam em mo<strong>do</strong> batch, sem haver interação real<br />

entre homem e máquina. A segunda geração <strong>de</strong> interfaces, durante o início da década <strong>de</strong><br />

1960, foi marcada pelo uso <strong>de</strong> mainframes e minicomputa<strong>do</strong>res, através da técnica <strong>de</strong><br />

timesharing com monitores monocromáticos e interfaces textuais. Usuários podiam então<br />

interagir com o computa<strong>do</strong>r digitan<strong>do</strong> coman<strong>do</strong>s com parâmetros.<br />

A geração seguinte surgiu das pesquisas da Xerox PARC durante a década <strong>de</strong> 1970 [24].<br />

Estações <strong>de</strong> trabalho ligadas em re<strong>de</strong> com monitores gráficos e WIMP GUI’s (Win<strong>do</strong>ws,<br />

Icons, Menus, Pointin Device – Graphical User Interface), que segun<strong>do</strong> [24] são interfaces<br />

gráficas baseadas em janelas, ícones, menus, e um dispositivo <strong>de</strong> seleção, tipicamente um<br />

mouse.<br />

A quarta geração <strong>de</strong> interfaces, segun<strong>do</strong> [24], é formada por interfaces que implementam<br />

pelo menos uma interação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> widgets WIMP. Essas interfaces são chamadas<br />

<strong>de</strong> Pós-WIMP e têm por objetivo: envolver diversos senti<strong>do</strong>s humanos em paralelo; tornar<br />

a interação mais natural e intuitiva; permitir a interação <strong>de</strong> múltiplos usuários<br />

simultaneamente; e aumentar a liberda<strong>de</strong> em relação à proximida<strong>de</strong> física <strong>do</strong> usuário e<br />

sistema.<br />

A tecnologia <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> quarta geração mais difundida é a RV. Tem como principal<br />

característica exploração <strong>de</strong> diversos senti<strong>do</strong>s <strong>do</strong> usuário para causar uma sensação <strong>de</strong><br />

imersão <strong>do</strong> usuário em um ambiente virtual on<strong>de</strong> o usuário manipula objetos e realiza<br />

tarefas semelhante ao que é feito no mun<strong>do</strong> real [26]. Dessa forma, a realida<strong>de</strong> vitual torna<br />

a interação <strong>do</strong> usuário mais intuitiva e natural.<br />

As mudanças propostas pela RV e outras tecnologias <strong>de</strong> interface Pós-WIMP causam um<br />

impacto direto à forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> interfaces. A implementação <strong>de</strong> tais<br />

interfaces ainda apresentam alto grau <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> [7] e custo em relação às interfaces<br />

WIMP.

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