Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC
Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC
Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
214<br />
<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais<br />
Relação com instrumento/experiência<br />
A palavra instrumento, nesta subcategoria, é abordada como qualquer objeto emprega<strong>do</strong> na<br />
execução <strong>de</strong> alguma ativida<strong>de</strong>.<br />
A palavra experiência foi adicionada para representar a relação <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>stes instrumentos,<br />
em práticas contínuas <strong>de</strong> uma arte ou ofício. Isto significa que as escolhas realizadas que se<br />
enquadram nesta categoria estão vinculadas à aparição <strong>de</strong> certos instrumentos que, <strong>de</strong><br />
alguma forma, já haviam si<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s pelos sujeitos, ou já tinham ti<strong>do</strong> sua utilização<br />
presenciada. Esta afirmação po<strong>de</strong> ser evi<strong>de</strong>nciada pelas expressões: “por que é o jeito <strong>de</strong><br />
pintar”, “Por que se pinta com lápis <strong>de</strong> cor” , “Por que só com pincéis eu consigo pintar” e<br />
“Está muito certo usar saco <strong>de</strong> lixo lata.”.<br />
Essas categorias são provenientes <strong>de</strong> uma análise das justificativas escritas pelos<br />
respon<strong>de</strong>ntes e, por emergirem <strong>de</strong>stes <strong>de</strong>poimentos, mostram-se como um caminho para<br />
ajudar na produção <strong>de</strong> signos, uma vez que, segun<strong>do</strong> Saraiva, “ o mecanismo da invenção<br />
não é suficientemente claro” [SAR98], este tipo <strong>de</strong> categorização vem também em acor<strong>do</strong><br />
a idéia <strong>de</strong> Eco apud [SAR98] que diz que o mais razoável é analisar o mecanismo pelo<br />
qual as metáforas são interpretadas e, a partir <strong>de</strong>le, procurar conjeturar as possíveis faces <strong>de</strong><br />
sua geração.<br />
4.3 Análise quantitativa<br />
A Tabela 2 mostra o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Teste da diferença <strong>de</strong> proporções, propriamente,<br />
dito. On<strong>de</strong>:<br />
FS - Freqüência <strong>de</strong> aparição <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> Sur<strong>do</strong>s na categoria;<br />
FO – Freqüência <strong>de</strong> aparição <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> ouvintes na categoria.<br />
Zc – Proporções propriamente ditas.<br />
Tabela 2 – Resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Teste da diferença <strong>de</strong> proporções<br />
CATEGORIAS FS(%) FO(%) Zc Resulta<strong>do</strong><br />
Relação com a representação <strong>de</strong><br />
movimento<br />
Relação com a presença da figura<br />
humana<br />
Relação com a completeza (movimento<br />
+ figura humana + instrumento)<br />
31,74 18,26 2,0800<br />
7,93 11,11 0,9366<br />
Há diferença<br />
significativa<br />
Não há diferença<br />
significativa<br />
25,40 26,20 -0,1194 Não há diferença<br />
Relação com a linguagem/vocabulário 4,77 0 8,5791<br />
Relação com instrumento/experiência 19,05 33,33 -2,0635<br />
Fonte: [PON00]<br />
Há diferença<br />
significativa<br />
Há diferença<br />
significativa<br />
Realizan<strong>do</strong> algumas consi<strong>de</strong>rações finais referentes ao Teste <strong>de</strong> diferença <strong>de</strong><br />
proporções, é possível concluir que há diferença significativa na valorização <strong>de</strong> algumas<br />
características, apresentadas nos signos, por Sur<strong>do</strong>s e Ouvintes. Sur<strong>do</strong>s valorizam, em<br />
primeiro lugar, a característica <strong>de</strong> representação <strong>do</strong> movimento, enquanto ouvintes<br />
valorizam, preferencialmente, a representação <strong>de</strong> um instrumento, relaciona<strong>do</strong> à sua