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Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais 213<br />

da manifestação <strong>de</strong> uma força ou ação. Isto significa que os Sur<strong>do</strong>s preferem símbolos que<br />

representam uma certa dinâmica. Neste estu<strong>do</strong> foi possível perceber que o que parece<br />

importar para o grupo <strong>do</strong>s Sur<strong>do</strong>s, é a aparência <strong>de</strong> animação na figura, mesmo que ela<br />

esteja representada <strong>de</strong> forma indireta. Muitos ícones que não foram projeta<strong>do</strong>s,<br />

intencionalmente, para representar movimento, foram percebi<strong>do</strong>s por este grupo, como<br />

figuras movíveis. Sem a preocupação <strong>de</strong> explicar o porquê ou como <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> ato<br />

ocorre, muitos <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong>monstram relação com uma ação que parece estar<br />

acontecen<strong>do</strong> naquele <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> instante. Para ilustrar esta afirmação po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar as<br />

expressões: “está pintan<strong>do</strong>” , “Algo está sen<strong>do</strong> joga<strong>do</strong> fora.””, ou ainda “procuran<strong>do</strong><br />

muito”.<br />

Relação com a presença da figura humana<br />

Um número significativo <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos, tanto <strong>de</strong> Sur<strong>do</strong>s, quanto <strong>de</strong> Ouvintes,<br />

aborda a questão da presença da figura humana nos ícones apresenta<strong>do</strong>s. Figura humana<br />

aqui envolve a aparição <strong>de</strong> um indivíduo ou partes que lembram membros <strong>de</strong> um corpo<br />

humano(braço, mão, olho, etc.), os quais fizeram os sujeitos se i<strong>de</strong>ntificaram nas figuras.<br />

Esta perspectiva mostra-nos a importância <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar o sujeito ser “aquele que <strong>de</strong>termina<br />

um acontecimento”, ou seja, agrada ao usuário a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com sua vonta<strong>de</strong>,<br />

controlar ou não, o acontecimento <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada ação. Esta categoria foi<br />

fundamentada na aparição <strong>de</strong> pronomes como:”eu”, “ele”, “aquele”, em nomes próprios<br />

como: “Paulo” e em substantivos como: “homem” e “” “trabalha<strong>do</strong>r”.<br />

Relação com a completeza (movimento + figura humana + instrumento)<br />

Manifestada por um número significativo <strong>de</strong> sujeitos, a relação com a completeza<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>senho está inteiramente relacionada com a característica <strong>de</strong> “que não falta nada <strong>do</strong><br />

que po<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>ve ter um ícone”. Quer dizer, a aparição da sensação <strong>de</strong> movimento, mais a<br />

manifestação da figura humana, e a representação <strong>de</strong> um instrumento se complementam,<br />

forman<strong>do</strong> um sentimento <strong>de</strong> satisfação, melhor dizen<strong>do</strong> <strong>de</strong> aceitação <strong>do</strong> complexo, que<br />

concerne na qualida<strong>de</strong> sintática [SAR98] que diz respeito às combinações <strong>do</strong>s atributos<br />

visuais, tais como aparência e movimento (linhas, padrões, tamanho e formato) que<br />

<strong>de</strong>terminam a facilida<strong>de</strong> com que signos visuais po<strong>de</strong>m ser distingui<strong>do</strong>s e i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s.<br />

Exemplo: “Ele está excluin<strong>do</strong> o lixo na lata.”<br />

Relação com a linguagem/vocabulário<br />

Esta categoria representa a importância da escolha <strong>de</strong> palavras e termos baseada no<br />

conjunto <strong>de</strong> palavras e significa<strong>do</strong>s existentes na língua natural <strong>do</strong>s usuários. Ficou<br />

evi<strong>de</strong>nte, nesta categoria, que a habilida<strong>de</strong> em relacionar um ícone com um significa<strong>do</strong><br />

está, inteiramente, relaciona<strong>do</strong> à habilida<strong>de</strong> em i<strong>de</strong>ntificar este significa<strong>do</strong> em um contexto<br />

lingüístico conheci<strong>do</strong>. Quer dizer, que no processo <strong>de</strong> relacionamento da figura com o<br />

significa<strong>do</strong>, há a intervenção direta <strong>do</strong> vocabulário existente na linguagem utilizada pelo<br />

sujeito Sur<strong>do</strong>. Então, todas as representações <strong>de</strong> signos na interface <strong>de</strong>vem visar a<br />

a<strong>de</strong>quação das representações à luz <strong>do</strong>s conhecimentos lingüísticos <strong>do</strong>s usuários. Esta<br />

característica foi marcante no grupo e Sur<strong>do</strong>s, pois não tinham conhecimento <strong>de</strong> palavras<br />

como: “exluir”.

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