Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC
Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC
Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais 3<br />
como artefatos <strong>de</strong> metacomunicação que utilizam signos para representar mensagens <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>signers para os usuários da aplicação.<br />
A Figura 1 ilustra o escopo da avaliação por comunicabilida<strong>de</strong> e usabilida<strong>de</strong>, que po<strong>de</strong>m ser<br />
vistas como méto<strong>do</strong>s complementares uma vez que a usabilida<strong>de</strong> enfoca a comunicação<br />
usuário–sistema e comunicabilida<strong>de</strong> a comunicação <strong>de</strong>signer–usuário através <strong>do</strong> sistema. A<br />
avaliação <strong>de</strong> comunicabilida<strong>de</strong> envolve uma visão mais global <strong>do</strong> sistema voltada a<br />
avaliação da comunicação entre <strong>de</strong>signer, sistema e usuários, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong>, a<br />
interação. Além disso, esta abordagem está fundamentada na proposta teórica da<br />
Engenharia Semiótica, o que propicia uma séria <strong>de</strong> novas expectativas e justificativas para<br />
os fatores consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s.<br />
����������������<br />
����������������<br />
�����������<br />
��������������<br />
������������������<br />
Figura 1: Comunicabilida<strong>de</strong> X Usabilida<strong>de</strong>.<br />
3. Méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> Avaliação por Testes <strong>de</strong> Comunicabilida<strong>de</strong><br />
��������������<br />
O méto<strong>do</strong> proposto por Prates, De Souza, e Barbosa (2000) utiliza as idéias da Engenharia<br />
Semiótica numa aplicação prática para a avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> interfaces. Nessa<br />
abordagem os sistemas são vistos como mensagens <strong>de</strong> <strong>de</strong>signers para usuários constituin<strong>do</strong><br />
uma espécie <strong>de</strong> conversação. Manter a continuida<strong>de</strong> nesta conversação significa manter a<br />
estabilida<strong>de</strong> da própria aplicação. O objetivo <strong>de</strong>ste méto<strong>do</strong> é a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> rupturas na<br />
interação. Essas rupturas <strong>de</strong>screvem situações on<strong>de</strong> a continuida<strong>de</strong> na conversação foi<br />
rompida ou mal formulada. Desta forma, foi instituí<strong>do</strong> um conjunto <strong>de</strong> interjeições ou tags<br />
capazes <strong>de</strong> expressar as principais situações <strong>de</strong> ruptura durante a interação. Em Prates<br />
(2000) po<strong>de</strong>-se a lista completa <strong>de</strong> tags e seus significa<strong>do</strong>s. Alguns exemplos <strong>de</strong> tags são<br />
• Que é isso? O usuário tenta <strong>de</strong>scobrir o que significa um objeto ou ação da<br />
interface já que seu significa<strong>do</strong> não lhe parece claro.<br />
• Para mim está bom... O usuário obtém um resulta<strong>do</strong> que ele acredita ser o<br />
<strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, mas que não o é.<br />
• Não dá. O usuário não é capaz <strong>de</strong> alcançar o objetivo proposto, ou porque os<br />
recursos (tempo, paciência, informação <strong>de</strong>sejada, ...) não estavam disponíveis, ou<br />
porque ele não sabia como.<br />
• Socorro. O usuário não consegue alcançar o seu objetivo e então recorre ao sistema<br />
<strong>de</strong> ajuda (help).<br />
A <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong>ste conjunto <strong>de</strong> interjeições está baseada na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong><br />
sintomas que caracterizam cada situação. A associação <strong>de</strong>ssas interjeições com problemas<br />
clássicos <strong>de</strong> interação e usabilida<strong>de</strong> permite-nos traçar e reutilizar estratégias que