29.01.2013 Views

Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais 209<br />

A importância <strong>de</strong> levar em consi<strong>de</strong>ração a cultura <strong>do</strong>s usuários também é enfatizada<br />

por Portigal quan<strong>do</strong> afirma que “A a<strong>de</strong>quação cultural é crítica para o sucesso <strong>de</strong> um<br />

produto. Este <strong>de</strong>ve ser o ponto <strong>de</strong> partida e não o ponto final <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, e <strong>de</strong>ve<br />

ser o alicerce para a a<strong>de</strong>quação funcional, ergonômica e cognitiva. “ [POR97]. Esta<br />

a<strong>de</strong>quação é uma forma po<strong>de</strong>rosa <strong>de</strong> alcançar a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> satisfação no usuário em relação<br />

ao uso <strong>de</strong> sistemas, bem como a maneira efetiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar as preferências <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign, as<br />

crenças sobre a utilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> sistema e a percepção <strong>do</strong> usuário sobre facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso.<br />

4. Méto<strong>do</strong> para levantamento <strong>de</strong> características culturalmente significativas<br />

O quadro referencial, a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> neste trabalho, parte <strong>do</strong> reconhecimento <strong>de</strong> que a<br />

cultura e o mun<strong>do</strong> em que vivemos são condicionantes na maneira como construímos a<br />

realida<strong>de</strong><br />

Nesta perspectiva, o méto<strong>do</strong> aqui proposto se concentra na <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong><br />

expectativas ocultas no pensamento <strong>do</strong>s usuários e nos seus meios culturais. Mediante as<br />

ativida<strong>de</strong>s a seguir apresentadas, acredita-se que é possível obter informações sobre<br />

preferências que o usuário não sabe informar <strong>de</strong> maneira direta. O trabalho também<br />

procura por categorias e princípios <strong>de</strong> organização para incorporá-las aos projetos.<br />

O méto<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ser representa<strong>do</strong> a partir da seguinte seqüência <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s[PON00]: a) construção e aplicação <strong>de</strong> um instrumento <strong>de</strong> reconhecimento<br />

visual; b) Análise qualitativa das respostas ao instrumento; c) I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

características aplicáveis; d) Análise quantitativa.<br />

As ativida<strong>de</strong>s propostas no méto<strong>do</strong> são uma combinação <strong>de</strong> técnicas já utilizadas e<br />

validadas em outras áreas <strong>de</strong> conhecimento e que aqui são adaptadas para sua efetiva<br />

contribuição ao contexto computacional. Estas ativida<strong>de</strong>s serão, resumidamente,<br />

apresentadas a seguir.<br />

1ª Fase – Construção e Aplicação <strong>de</strong> experimentos visuais<br />

Demonstrações perceptuais representam o mais tradicional méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> da<br />

percepção visual. Ele consiste na apresentação, para <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s sujeitos, <strong>de</strong> figuras<br />

simples e perguntas diretas sobre o que eles vêem. Este méto<strong>do</strong> requer que sujeitos relatem<br />

suas introspecções e procura, nestes relatos, informações importantes sobre o que abrange<br />

a natureza da tarefa <strong>do</strong> sistema visual.<br />

Contu<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> Roth [ROT98] <strong>de</strong>monstrações perceptuais apresentam <strong>do</strong>is<br />

problemas como méto<strong>do</strong> para investigação da percepção visual. Primeiro, enquanto os<br />

sujeitos percebem a natureza <strong>do</strong> fenômeno a ser interpreta<strong>do</strong>, acabam por não interpretar o<br />

fenômeno, propriamente dito, segun<strong>do</strong>, introspecções são potencialmente inexatas e,<br />

muitas vezes, não <strong>de</strong>monstram o que realmente o sujeito percebeu.<br />

Como um caminho <strong>de</strong> solucionar esses problemas aparecem os experimentos. Eles,<br />

por sua vez, se referem às <strong>de</strong>monstrações combinadas à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar o estu<strong>do</strong><br />

das respostas <strong>do</strong>s sujeitos. Este estu<strong>do</strong> visa selecionar, cuida<strong>do</strong>samente, tipos <strong>de</strong><br />

informações visuais, apresentadas sob condições cautelosamente controladas. Neste<br />

méto<strong>do</strong>, várias técnicas são usadas para mensurar as respostas <strong>do</strong>s sujeitos e as conclusões<br />

são, usualmente, baseadas em uma média <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> um grupo, mais <strong>do</strong> que em<br />

respostas individuais. A maioria <strong>do</strong>s experimentos contemporâneos se ocupam <strong>de</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!