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Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais 197<br />

Desta forma, esse novo acervo vai permitir que sejam eliminadas, <strong>de</strong> fato, as<br />

pare<strong>de</strong>s da sala <strong>de</strong> aula, sen<strong>do</strong> o aprendiza<strong>do</strong> para os alunos virtuais realiza<strong>do</strong><br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> sua distância ou localização [CUN 00].<br />

2.1 A problemática da interação humano computa<strong>do</strong>r em Bibliotecas Digitais<br />

A busca <strong>de</strong> informação é um processo impreciso. Quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> usuário acessa um<br />

SRI (Sistema <strong>de</strong> Recuperação <strong>de</strong> Informação) ele freqüentemente tem somente uma<br />

compreensão confusa <strong>de</strong> como po<strong>de</strong> alcançar seu objetivo. Deste mo<strong>do</strong>, a interface <strong>de</strong><br />

usuário <strong>de</strong>veria ajudá-lo a compreen<strong>de</strong>r e expressar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação. Ela<br />

<strong>de</strong>veria também ajudá-lo a formular suas consultas, selecionar entre as fontes <strong>de</strong><br />

informações disponíveis, compreen<strong>de</strong>r os resulta<strong>do</strong>s da busca e guardar o caminho <strong>do</strong><br />

progresso <strong>de</strong> sua busca [BAE 99].<br />

Isto ocorre porque em muitos casos a interface homem-computa<strong>do</strong>r é bem menos<br />

compreendida <strong>do</strong> que outros aspectos da recuperação <strong>de</strong> informações, em parte porque os<br />

humanos são mais complexos <strong>do</strong> que os sistemas <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res e suas motivações e<br />

comportamentos são mais difíceis <strong>de</strong> medir e caracterizar [BAE 99].<br />

Inúmeras tecnologias existem ou se encontram atualmente em <strong>de</strong>senvolvimento que<br />

po<strong>de</strong>m ser aplicadas na concepção <strong>de</strong> tais interfaces: a navegação hipertexto que facilita a<br />

exploração <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s espaços <strong>de</strong> informação [FOX 93]; técnicas <strong>de</strong> busca e recuperação<br />

<strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> interesses específicos [BAE 99] [KOW 97]; técnicas <strong>de</strong> visualização <strong>do</strong><br />

contexto e <strong>de</strong> vários níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes da informação <strong>de</strong>sejada [BAE 99]; além da<br />

integração <strong>do</strong> espaço e <strong>do</strong> tempo em ambientes <strong>de</strong> trabalhos computacionais [LEG 95].<br />

Porém a exploração <strong>de</strong>ssas técnicas ainda está em fase embrionária no atual cenário<br />

brasileiro. E ainda que a exploração <strong>de</strong>ssas técnicas possa oferecer uma qualida<strong>de</strong> maior<br />

na interação entre o usuário e a informação, há uma série <strong>de</strong> outros fatores primários<br />

dificultan<strong>do</strong> a compreensão das interfaces <strong>de</strong> BDi levan<strong>do</strong> o usuário a fazer uso <strong>do</strong>s<br />

recursos mínimos ofereci<strong>do</strong>s por estas. Dentre esses fatores, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar [CAR 99a]:<br />

1. Muitos usuários não são especialistas em informática – e <strong>de</strong>sta forma tem<br />

dificulda<strong>de</strong> para compreen<strong>de</strong>r as capacida<strong>de</strong>s que lhe são oferecidas, como os<br />

opera<strong>do</strong>res booleanos, busca exata, wildcard, por exemplo.<br />

2. Diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> opções, sintaxe e terminologia – dificultan<strong>do</strong> assim a memorização<br />

<strong>de</strong> ações a serem realizadas e que acabam inibin<strong>do</strong> o usuário a usá-las;<br />

3. Freqüentemente as interfaces <strong>de</strong> BDi apresentam uma “interface simples” e outra<br />

“avançada”, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o usuário iniciante ou avança<strong>do</strong> somente, não motivan<strong>do</strong><br />

ao <strong>de</strong>scobrimento e utilização – quan<strong>do</strong> o usuário se <strong>de</strong>para com formulários muito<br />

extensos há uma gran<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>le acabar <strong>de</strong>sistin<strong>do</strong> daquele site ou<br />

biblioteca.<br />

4. Com muita freqüência os usuários alternam entre sites <strong>de</strong> busca até que um <strong>de</strong>les<br />

lhe apresente algo que chame sua atenção em relação ao que está sen<strong>do</strong> procura<strong>do</strong>;<br />

não há fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> por parte <strong>do</strong>s usuários, eles consi<strong>de</strong>ram mais interessantes tentar<br />

encontrar o termo especifica<strong>do</strong> em outro search engine ao invés <strong>de</strong> tentar<br />

compreen<strong>de</strong>r como <strong>de</strong>ve ser realizada a consulta naquele site.

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