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Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais<br />

entre grupos <strong>de</strong> alunos em ferramentas síncronas <strong>de</strong> comunicação (por exemplo, chat). Para<br />

tanto, ele assiste os alunos durante as interações, incentivan<strong>do</strong>-os quan<strong>do</strong> se mostrarem<br />

<strong>de</strong>smotiva<strong>do</strong>s, apresentan<strong>do</strong> novos conceitos e corrigin<strong>do</strong> concepções errôneas.<br />

Devi<strong>do</strong> a sua função social - comunicar-se com o usuário e promover e monitorar a<br />

interação entre alunos - é interessante que esse agente possua uma interface que permita<br />

explorar a natureza social <strong>do</strong> homem. Por isso, optamos por representá-lo como um agente<br />

anima<strong>do</strong> que possui uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e que interage com o aluno através <strong>de</strong> linguagem<br />

natural. Uma <strong>de</strong> nossas preocupações é explorar mais profundamente toda a<br />

pontencialida<strong>de</strong> social <strong>do</strong> ser humano na aprendizagem. Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>monstram que pessoas<br />

interagin<strong>do</strong> com personagens anima<strong>do</strong>s apren<strong>de</strong>m a interagir com outros seres humanos<br />

(Huard, 1998).<br />

Assim, como nas interações sociais humanas, o agente colaborativo <strong>de</strong>ve perceber e exibir<br />

emoções. A aprendizagem é um processo maior on<strong>de</strong> não se encontra apenas a<br />

transmissão e o aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>. O tutor, no caso o agente colaborativo, <strong>de</strong>ve<br />

promover o <strong>de</strong>senvolvimento emocional e afetivo <strong>do</strong> aluno, geran<strong>do</strong>-lhe autoconfiança e<br />

um esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> espírito positivo, mais i<strong>de</strong>ais à aprendizagem. A forma como as perturbações<br />

emocionais interferem na vida mental não é novida<strong>de</strong>. Alunos mal-humora<strong>do</strong>s, ansiosos ou<br />

<strong>de</strong>primi<strong>do</strong>s encontram maior dificulda<strong>de</strong> em apren<strong>de</strong>r (Goleman, 1995).<br />

Porém, para tanto, o agente tem <strong>de</strong> interpretar corretamente as emoções <strong>do</strong> aluno para lhe<br />

respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong> maneira a<strong>de</strong>quada. Por exemplo, digamos que o aluno tenha dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

realizar seus exercícios, pois se encontra muito ansioso. Se o agente interpretar<br />

erroneamente o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> espírito <strong>do</strong> aluno, ele po<strong>de</strong>rá gerar uma reação que <strong>de</strong>ixará o<br />

aluno mais ansioso e prejudicá-lo no seu estu<strong>do</strong>, ao invés <strong>de</strong> ajudá-lo. Para tanto, é<br />

necessário que ele possua não apenas um mo<strong>de</strong>lo cognitivo <strong>do</strong> aluno, mas também um<br />

mo<strong>de</strong>lo emocional. Na arquitetura proposta utilizaremos o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> por Bercht<br />

(Bercht et al., 1999).<br />

Temos que ter em mente a responsabilida<strong>de</strong> da utilização <strong>de</strong> uma arquitetura emocional<br />

para agentes interagirem com o usuário, principalmente na educação. Muitas vezes,<br />

observamos que os agentes possuem atitu<strong>de</strong>s que não são apropriadas para o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

espírito <strong>do</strong> aluno. Por exemplo, Vincent possui a atitu<strong>de</strong> triste que é apresentada quan<strong>do</strong> o<br />

aluno não conseguiu realizar um exercício. Esse tipo <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> po<strong>de</strong> gerar uma reação<br />

pertuba<strong>do</strong>ra no aluno, o <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> mais ansioso e menos autoconfiante. É necessário que<br />

busquemos i<strong>de</strong>ntificar quais os comportamentos são apropria<strong>do</strong>s para promoverem um<br />

esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> espírito no aluno que lhe proporcione um melhor aprendiza<strong>do</strong>.<br />

Para conseguir esse objetivo, o agente também <strong>de</strong>ve obter a empatia <strong>do</strong> aluno. Por<br />

exemplo, o aluno <strong>de</strong>ve gostar <strong>do</strong> agente, se i<strong>de</strong>ntificar com ele, confiar nele. Se o aluno não<br />

gostar <strong>do</strong> agente, ele não irá consi<strong>de</strong>rar relevantes as colocações <strong>do</strong> agente, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> até<br />

evitar a utilização <strong>do</strong> sistema ou <strong>de</strong>sabilitar a presença <strong>do</strong> agente.<br />

Além disso, para que o aluno possua empatia pelo agente é necessário que o agente seja<br />

credível, ou seja, o aluno se envolve <strong>de</strong> tal maneira com o agente que acredita que ele seja<br />

real. Para tanto, o agente <strong>de</strong>ve possuir um repertório <strong>de</strong> comportamentos varia<strong>do</strong>s e<br />

respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong> maneira a<strong>de</strong>quada e dinâmica às ações <strong>do</strong> aluno.

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