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Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais 109<br />

inteligentes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, utilizam esta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação e improvisação, é porque ela<br />

é interessante e até mesmo fundamental para o <strong>de</strong>senvolvimento da vida em socieda<strong>de</strong>.<br />

Se a improvisação é algo importante para os agentes humanos, por que não utilizála<br />

em agentes que habitam ambientes computacionais? Os ambientes computacionais,<br />

assim como o mun<strong>do</strong> real, po<strong>de</strong>m ser bastante dinâmicos e complexos, pois simulam<br />

situações reais e permitem a interação com agentes humanos. A Inteligência Artificial tem<br />

proposto o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> agentes <strong>de</strong> software para habitar ambientes com estas<br />

características. Estes agentes normalmente consi<strong>de</strong>ram aspectos tradicionalmente trata<strong>do</strong>s<br />

na Inteligência Artificial como planejamento, raciocínio e aprendizagem. Contu<strong>do</strong>, se os<br />

ambientes são dinâmicos, eles po<strong>de</strong>m apresentar surpresas aos agentes, e para tratar <strong>de</strong>stes<br />

imprevistos os agentes <strong>de</strong>vem possuir capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> improvisação.<br />

A necessida<strong>de</strong> da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> improvisação é mais evi<strong>de</strong>nte quan<strong>do</strong> os agentes<br />

são representa<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> personagens anima<strong>do</strong>s ou figuras e faces humanas que<br />

interagem com o usuário. Algumas pesquisas mostram que os usuários aplicam regras<br />

sociais aos computa<strong>do</strong>res, mesmo que suas interfaces não sejam explicitamente<br />

antropomórficas (Ball 1997) (Koda 1996a) (Koda 1996b). Desta maneira, nada mais<br />

interessante <strong>do</strong> que personificar a interface incorporan<strong>do</strong> aos agentes uma representação<br />

humana ou <strong>de</strong> personagens. Assim como os agentes humanos, os agentes <strong>de</strong> software<br />

representa<strong>do</strong>s graficamente <strong>de</strong>vem apresentar comportamentos coerentes, interessantes e ao<br />

mesmo tempo credíveis. Para agir <strong>de</strong> forma credível, o agente <strong>de</strong> software <strong>de</strong>ve simular<br />

comportamentos <strong>do</strong>s agentes humanos. Sen<strong>do</strong> assim, o agente <strong>de</strong> software <strong>de</strong>ve possuir<br />

amplas capacida<strong>de</strong>s e uma <strong>de</strong>stas capacida<strong>de</strong>s é a improvisação.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, este artigo apresenta a utilização da improvisação na Inteligência<br />

Artificial mais especificamente em agentes <strong>de</strong> software volta<strong>do</strong>s para a interface com o<br />

usuário, os chama<strong>do</strong>s agentes improvisacionais. O artigo inicialmente apresenta uma<br />

revisão literária que mostra a importância da personificação nos agentes <strong>de</strong> interface e o<br />

papel que a improvisação <strong>de</strong> comportamentos tem neste processo. Logo após são<br />

apresenta<strong>do</strong>s alguns conceitos relaciona<strong>do</strong>s aos agentes improvisacionais como, <strong>de</strong>finição,<br />

requisitos e critérios <strong>de</strong> avaliação.<br />

Vários pesquisa<strong>do</strong>res têm realiza<strong>do</strong> avaliações <strong>de</strong> agentes <strong>de</strong> interface<br />

personifica<strong>do</strong>s. Neste artigo iremos apresentar uma avaliação para agentes<br />

improvisacionais <strong>de</strong> interface, iremos validar os agentes improvisacionais <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s<br />

para o Museu Virtual SAGRES, <strong>do</strong> Museu <strong>de</strong> Ciências e Tecnologia da Pontifícia<br />

Universida<strong>de</strong> Católica <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul (MCT/PUCRS). O Museu Virtual SAGRES<br />

tem como objetivo buscar uma cooperação entre museus e escolas a fim <strong>de</strong> criar um novo<br />

ambiente educacional que possibilite a educação continuada e disponibilize acesso as<br />

informações <strong>do</strong> museu para a comunida<strong>de</strong> em geral. Neste senti<strong>do</strong>, a interface <strong>do</strong> SAGRES<br />

<strong>de</strong>ve ser interessante e <strong>de</strong> fácil entendimento para diferentes tipos <strong>de</strong> usuários. Os agentes<br />

foram aplica<strong>do</strong>s ao sistema para aten<strong>de</strong>r estes requisitos e proporcionar ajuda aos usuários.<br />

Através da avaliação <strong>do</strong>s agentes improvisacionais <strong>do</strong> SAGRES preten<strong>de</strong>mos verificar se<br />

os agentes cumprem o seu papel e se a improvisação <strong>de</strong> comportamentos os torna ao<br />

mesmo tempo atraentes e úteis para os usuários.

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