Anais do IHC'2001 - Departamento de Informática e Estatística - UFSC
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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> IHC’2001 - IV Workshop sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais<br />
problemas relaciona<strong>do</strong>s ao seu trabalho, muitas vezes dispensan<strong>do</strong> a presença <strong>de</strong><br />
especialistas (Costella & Guimarães, 1998).<br />
A participação <strong>do</strong>s usuários na implementação <strong>de</strong> melhorias em software, em<br />
especial em software <strong>de</strong> uso geral, faz-se necessária, não apenas como uma maneira <strong>de</strong><br />
reduzir a resistência natural a mudanças, mas para incorporar os seus conhecimentos ao<br />
projeto.<br />
O DM permite discriminar as diferentes <strong>de</strong>mandas <strong>do</strong>s usuários em função das suas<br />
ativida<strong>de</strong>s, a partir <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informação que privilegiam a sua opinião. A<br />
aplicação <strong>de</strong> ferramentas estatísticas possibilita a priorização das <strong>de</strong>mandas e o<br />
estabelecimento <strong>de</strong> relações entre estas e suas possíveis soluções. Até o momento, o DM<br />
foi utiliza<strong>do</strong> com sucesso em projetos <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho (Guimarães et al., 1998;<br />
Fogliatto & Guimarães, 1999; Krug, 1999) e ambientes <strong>de</strong> trabalho (Van <strong>de</strong>r Lin<strong>de</strong>n, 1999;<br />
Ramirez, 2000).<br />
A meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> DM é operacionalizada através <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> ferramentas para<br />
seleção <strong>de</strong> amostras e coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, como questionários e entrevistas estruturadas, assim<br />
como estratégias para organização das informações obtidas. As opiniões e <strong>de</strong>sejos<br />
manifesta<strong>do</strong>s pelos usuários são processa<strong>do</strong>s com base em um conjunto <strong>de</strong> técnicas<br />
estatísticas e <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, geran<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s confiáveis para elaboração <strong>de</strong><br />
parâmetros ergonômicos <strong>de</strong> projeto. Esses da<strong>do</strong>s são consolida<strong>do</strong>s como características ou<br />
itens <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>s pelo usuário diante das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua tarefa ou <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> produto em<br />
estu<strong>do</strong>. No DM, essas características são <strong>de</strong>nominadas Itens <strong>de</strong> Demanda Ergonômica<br />
(IDEs).<br />
A implementação <strong>do</strong> DM segue um processo estrutura<strong>do</strong> em sete etapas; as seis<br />
primeiras etapas <strong>de</strong>stinam-se a gerar parâmetros <strong>de</strong> projeto, enquanto que a última etapa<br />
correspon<strong>de</strong> à interação com a ativida<strong>de</strong> projetual propriamente dita. As sete etapas são:<br />
1) I<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> usuário e coleta organizada <strong>de</strong> informações.<br />
2) Priorização <strong>do</strong>s Itens <strong>de</strong> Demanda Ergonômica (IDEs) i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s pelo usuário.<br />
3) Incorporação da opinião <strong>de</strong> especialistas.<br />
4) Listagem <strong>do</strong>s Itens <strong>de</strong> Design.<br />
5) Determinação da força <strong>de</strong> relação entre Itens <strong>de</strong> Demanda Ergonômica e Itens <strong>de</strong><br />
Design.<br />
6) Tratamento ergonômico <strong>do</strong>s Itens <strong>de</strong> Design.<br />
7) Implementação <strong>do</strong> novo <strong>de</strong>sign e acompanhamento.<br />
4. Construção <strong>do</strong>s questionários eletrônicos<br />
As etapas 1 e 2 <strong>do</strong> DM <strong>de</strong>finiram os IDEs, on<strong>de</strong> observou-se a sua direta relação com as<br />
diretrizes publicadas pelo Labiútil (1999). As diretrizes, juntamente com os da<strong>do</strong>s<br />
coleta<strong>do</strong>s a partir da realização <strong>de</strong> entrevistas abertas, foram a base para a construção <strong>do</strong>s<br />
questionários eletrônicos que avaliaram os graus <strong>de</strong> satisfação e importância <strong>do</strong>s usuários.<br />
Por este motivo, serão <strong>de</strong>talhadas apenas as etapas 1 e 2 <strong>do</strong> DM. Na etapa 1 (I<strong>de</strong>ntificação<br />
<strong>do</strong> usuário e coleta organizada <strong>de</strong> informações) foi realizada uma entrevista aberta para a<br />
<strong>de</strong>finição <strong>do</strong>s itens a serem incluí<strong>do</strong>s no questionário.