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EXPLORANDO O UNIVERSO HH47 Objetos de Herbig-Haro Hemerson Brandão | Revista macroCOSMO.com editor@revistamacrocosmo.com Descobertos pelo astrônomo americano George Herbig e o mexicano Guilhermino Haro, no final da década de 1940, os objetos de Herbig-Haro estão associados a colisões de gás interestelar durante os processos de formação de jovens estrelas. As estrelas se formam no interior de grandes nebulosas de gás, principalmente hidrogênio e hélio, e poeira interestelar, que ao entrarem em colapso, normalmente devido à gravidade, assumem a forma de um disco de acresção de matéria, onde a futura estrela situa-se em seu centro. Conforme mais matéria a proto-estrela atrai, a pressão dos gases eleva a temperatura em seu núcleo, alcançando milhões de graus, até o ponto em que se dá início às reações termonucleares. Durante essa ignição, parte do disco envolvente é irradiado pela jovem estrela, fazendo com que parte da matéria seja emitida na forma de jatos perpendiculares ao disco de acresção de matéria. Esses jatos ao se chocarem com o meio interestelar frio, geram calor, ionizando o gás ao seu redor, tornando-se numa coluna de gás brilhante, conhecido como Objeto de Herbig-Haro. Esses jatos de gás residual da formação estelar, possuem velocidades superiores à do som, emitem intensas linhas de emissão do infravermelho, e podem estender-se por bilhões de quilômetros no formato cônico, provavelmente por influência do campo magnético da estrela progenitora. Mais de 300 objetos tipo H-H já foram catalogados, normalmente nas imediações de nebulosas onde está ocorrendo formação de estrelas. Devido suas baixas magnitudes (em torno de 5% da magnitude do Sol), os objetos H-H só podem ser observados até cerca de 3.000 anos-luz do nosso sistema solar. O estudo desses objetos pode fornecer informações valiosas sobre os processos de formação de estrelas, pois situam-se a meio caminho entre o colapso gravitacional da nebulosa primordial e o nascimento de uma nova estrela. Φ 72 revista macroCOSMO.com | abril de 2005

dicas digitais revista macroCOSMO.com | abril de 2005 A B R I L 2 0 0 5 Rosely Grégio | Revista macroCOSMO.com rgregio@uol.com.br Ciência Hoje ______________________________________________________ Querendo ficar ‘’por dentro’’ de tudo que rola nos vários campos científicos? Então não deixe de conferir tudo em: http://cienciahoje.uol.com.br 73

EXPLORANDO O<br />

UNIVERSO<br />

HH47<br />

Objetos de Herbig-Haro<br />

Hemerson Brandão | <strong>Revista</strong> <strong>macroCOSMO</strong>.<strong>com</strong><br />

editor@revistamacrocosmo.<strong>com</strong><br />

Descobertos pelo astrônomo americano George Herbig e o<br />

mexicano Guilhermino Haro, no final da década de 1940, os objetos<br />

de Herbig-Haro estão associados a colisões de gás interestelar<br />

durante os processos de formação de jovens estrelas.<br />

As estrelas se formam no interior de grandes nebulosas de gás,<br />

principalmente hidrogênio e hélio, e poeira interestelar, que ao<br />

entrarem em colapso, normalmente devido à gravidade, assumem a<br />

forma de um disco de acresção de matéria, onde a futura estrela<br />

situa-se em seu centro. Conforme mais matéria a proto-estrela atrai,<br />

a pressão dos gases eleva a temperatura em seu núcleo, alcançando<br />

milhões de graus, até o ponto em que se dá início às reações<br />

termonucleares. Durante essa ignição, parte do disco envolvente é<br />

irradiado pela jovem estrela, fazendo <strong>com</strong> que parte da matéria seja<br />

emitida na forma de jatos perpendiculares ao disco de acresção de<br />

matéria. Esses jatos ao se chocarem <strong>com</strong> o meio interestelar frio,<br />

geram calor, ionizando o gás ao seu redor, tornando-se numa coluna<br />

de gás brilhante, conhecido <strong>com</strong>o Objeto de Herbig-Haro.<br />

Esses jatos de gás residual da formação estelar, possuem<br />

velocidades superiores à do som, emitem intensas linhas de emissão<br />

do infravermelho, e podem estender-se por bilhões de quilômetros<br />

no formato cônico, provavelmente por influência do campo magnético<br />

da estrela progenitora. Mais de 300 objetos tipo H-H já foram<br />

catalogados, normalmente nas imediações de nebulosas onde está<br />

ocorrendo formação de estrelas. Devido suas baixas magnitudes<br />

(em torno de 5% da magnitude do Sol), os objetos H-H só podem<br />

ser observados até cerca de 3.000 anos-luz do nosso sistema solar.<br />

O estudo desses objetos pode fornecer informações valiosas<br />

sobre os processos de formação de estrelas, pois situam-se a meio<br />

caminho entre o colapso gravitacional da nebulosa primordial e o<br />

nascimento de uma nova estrela. Φ<br />

72 revista <strong>macroCOSMO</strong>.<strong>com</strong> | abril de 2005

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