Revista macroCOSMO.com - Astronomia Amadora.net
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CAPA<br />
historicamente a denominação de nebulosas<br />
pla<strong>net</strong>árias. O gás deste tipo de nebulosa<br />
apresenta temperaturas da ordem de 30.000 o C a<br />
150.000 o C e se encontra tão ionizado pela<br />
radiação ultravioleta da estrela central que se<br />
mostra fluorescente. Podem existir nebulosas<br />
pla<strong>net</strong>árias de várias formas simétricas (globos,<br />
discos, bipolares) e cores. O diâmetro de uma<br />
nebulosa pla<strong>net</strong>ária pode ser da ordem de um anoluz.<br />
Se a estrela excede a uma massa solar e meia<br />
a contração do núcleo de hélio se dá de forma<br />
mais rápida. Como a massa é muito grande a<br />
contração não para quando se atinge a<br />
temperatura de ignição do hélio. Desta maneira a<br />
supergigante vermelha funde elementos ainda<br />
mais pesados que o carbono até atingir o número<br />
atômico do ferro. Quando se forma um núcleo de<br />
ferro o processo de fusão exige mais energia do<br />
que fornece Surge então um desequilíbrio<br />
dinâmico intenso. Numa fração de tempo muito<br />
pequena (questão de horas) a estrela funde<br />
elementos mais pesados que o ferro a custa da<br />
energia de praticamente todas as camadas. Isso<br />
acontece num intervalo que, dentro do padrão<br />
cósmico, é praticamente instantâneo. Então um<br />
colapso gravitacional brusco se realiza onde<br />
prótons e elétrons se fundem. A produção de<br />
energia é muito grande. As camadas externas são<br />
expulsas <strong>com</strong> tamanha violência que a estrela<br />
explode ao mesmo tempo que o núcleo colapsa.<br />
Este fenômeno é chamado de supernova. A<br />
estrela quando se torna uma supernova aumenta<br />
milhões de vezes a sua luminosidade, chegando<br />
a brilhar mais que toda uma galáxia. É durante<br />
uma explosão <strong>com</strong>o esta que se produzem<br />
elementos mais pesados que o ferro <strong>com</strong>o o<br />
chumbo, o urânio e o tungstênio. A presença<br />
destes elementos no Sistema Solar sugere que a<br />
nebulosa primitiva foi “enriquecida” pela matéria<br />
ejetada de uma supernova. Quando descrevemos<br />
a formação das estrelas mencionamos poeira<br />
contendo elementos mais pesados que o hélio.<br />
Estes elementos certamente teriam sido<br />
produzidos no interior de uma estrela mais antiga.<br />
Assim, é <strong>com</strong>um falar de estrelas de 1 ª geração<br />
(que não têm em seu interior material pesado<br />
produzido por outra estrela) e oposição as estrelas<br />
de 2 ª , 3 ª gerações e assim por diante.<br />
O núcleo que resta desta explosão é um corpo<br />
22 revista <strong>macroCOSMO</strong>.<strong>com</strong> | abril de 2005