Revista macroCOSMO.com - Astronomia Amadora.net
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CAPA<br />
No diagrama acima as classes à esquerda são formadas por estrelas quentes e azuladas. Da esquerda<br />
para a direita a temperatura decai e a cor das superfícies estelares passa gradualmente do azul para o<br />
vermelho passando pelo branco, amarelo e alaranjado. Assim uma estrela do tipo O é azulada, uma do tipo<br />
A é branca e uma do tipo G é amarelada (que é o caso do Sol). As estrelas dos tipos R, Q, N, S e W são<br />
especialmente classificadas.<br />
podemos distinguir o <strong>com</strong>ponentes químicos das<br />
estrelas. A superfície densa emite um espectro<br />
contínuo e a atmosfera mais rarefeita emite e<br />
absorve linhas espectrais específicas.<br />
Na verdade há muitas outras informações<br />
dadas pelo espectro (intensidade de campo<br />
magnético, velocidade, estado da matéria etc.),<br />
contudo basta, a princípio, conhecer estes até aqui<br />
mencionados para nossa visão introdutória a<br />
astrofísica. Mais adiante teremos oportunidade<br />
de falar no chamado Efeito Doppler, outra pista<br />
poderosa em astrofísica estelar que a<br />
espectroscopia nos dá.<br />
O Diagrama HR<br />
Se fizermos um gráfico utilizando a Magnitude<br />
Absoluta contra a Temperatura (que é o mesmo<br />
que fazer Luminosidade versus Cor) notamos que<br />
as estrelas se dividem em grupos distintos<br />
revista <strong>macroCOSMO</strong>.<strong>com</strong> | abril de 2005<br />
conforme o tamanho e a cor. Isto significa que<br />
estas propriedades estão relacionadas. A maior<br />
parte das estrelas vai se concentrar ao longo de<br />
uma diagonal do gráfico por isto denominamos a<br />
esta faixa de seqüência principal. É neste grupo<br />
que se enquadra o Sol. Quanto mais alto no<br />
gráfico, mais luminosa é a estrela (por<br />
conseqüência maior ela é) e quanto mais a direita<br />
mais vermelha, logo mais fria. Assim temos o<br />
grupo das gigantes e supergigantes vermelhas<br />
e também o grupo das anãs brancas. Estes<br />
grupos nos dão importantes pistas quanto a<br />
evolução das estrelas. As estrelas a medida que<br />
consomem elementos leves no processo de fusão<br />
nuclear mudam de temperatura e volume. Assim<br />
elas percorrem o gráfico ao longo dos milênios.<br />
Este tipo de análise gráfica foi desenvolvida em<br />
1912 e recebeu o nome de diagrama HR em<br />
homenagem aos seus criadores, os astrônomos<br />
Ejnar Hertzsprung (1873-1967) e Henry N. Russell<br />
(1877-1957).<br />
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